Deixar um filho de 8 a 12 anos fazer um intercâmbio é sempre uma decisão difícil para os pais brasileiros. Mesmo com várias opções de cursos, em escolas dos Estados Unidos e Europa, por exemplo, os genitores ainda não se sentem seguros para deixar as crianças passarem uma temporada no exterior. A convivência em outro ambiente, a distância e o "desconhecido" são alguns dos fatores que preocupam os pais que pensam em presentear os filhos com um curso em outra nação.
Divididos em oferecer uma nova experiência cultural aos filhos e o tempo que precisarão ficar longe deles, os pais começam a se questionar sobre o melhor momento, idade e principalmente o destino dos pequenos. Diante desses dilemas, há três anos algumas agências estão investindo em mais opções de cursos de férias ou programa familiar.
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Foi o que aconteceu com a arquiteta Lúcia Lima. Mãe de duas filhas, Maria Eduarda, de 9 anos, e Maria Fernanda, de 12, ela escolheu fazer o programa familiar. “Optamos em viajar para a Europa, eu, meu marido e minhas filhas, durante um mês. Nesse período, fiz um curso e minhas meninas outro. Acredito que elas obtiveram um excelente desenvolvimento no idioma”, diz Lúcia.
Quando questionada se deixaria as filhas viajarem sozinhas, a arquiteta sorriu e respondeu de forma protetora. “É uma pergunta difícil. Sei que isso é importante para as duas, mas o coração fica na mão, isso é inevitável. A mais velha está querendo fazer outro intercâmbio, mas estou avaliando. Talvez a deixe viajar com as amigas para fazer outro curso, mas durante um mês, apenas”, falou a genitora.
Segundo a gerente da Student Travel Bureau (STB), Marina Motta (foto à esquerda), ainda há uma grande resistência dos genitores brasileiros em deixar os filhos viajarem para outros países. “Muitos pais não se sentem seguros ainda. Além disso, eles são muito apegados aos filhos. Observo que essa é uma das características mais fortes dos pais do Brasil”, opina.
De acordo com Marina, a solução que muitos pais encontram para presentear os filhos e ao mesmo tempo acompanhá-los no intercâmbio é o programa familiar. “A ideia é que os pais e os filhos aproveitem o período para estudar e se divertir. Assim, os responsáveis proporcionam um curso de intercâmbio supervisionado por eles”, explica.
Com a proposta de oferecer mais segurança e otimizar a estadia dos pequenos nas férias, as agências, além de oferecerem cursos de idiomas, intercalam atividades culturais, esportivas ou de lazer. “Atualmente, é possível fazer um curso de idioma intercalado com passeios culturais ou atividades esportivas, como futebol, tênis, baseball, fotografia e até curso de liderança,” elenca a gestora da STB.
A franqueadora do Intercâmbio Exterior, da unidade de Recife, Daniela Loureiro (foto à direita), também lembra que há as tradicionais viagens à Disney. “Hoje em dia os pais procuram aliar a diversão ao aprendizado. Por isso que as viagens para a Disney são excelentes opções. Normalmente os intercambistas têm aulas de idioma no turno da manhã e no período da tarde brincam nos parques”, explana.
Para fazer um intercâmbio, em média, os valores podem variar de R$ 4 mil a R$ 15 mil. Essas quantias devem sofrer alterações mediante o destino escolhido, quantidade de pessoas, curso escolhido e acomodação. Quanto à documentação necessária e as dúvidas, Marina Motta fala o que deve ser avaliado para a tomada de decisão. Assita ao vídeo abaixo:
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