Tópicos | Imbassahy

Foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (14) a exoneração de Antônio Imbassahy do cargo de ministro da Secretaria de Governo. O tucano pediu demissão na sexta-feira (8) passada, um dia antes da convenção nacional do PSDB.

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), relator da CPMI da JBS, assumirá o lugar do tucano Imbassahy, cuidando da articulação política com o Congresso Nacional.

##RECOMENDA##

O quarto andar do Palácio do Planalto voltou, nesta segunda-feira (11) a ter maior movimentação de parlamentares, atraídos pela troca de comando na Secretaria de Governo. No fim da tarde, a pedido do presidente Michel Temer, o ministro demissionário Antonio Imbassahy (PSDB) recebeu em seu gabinete o sucessor, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), para começar a transição no cargo.

A missão dada ao tucano era repassar ao peemedebista as demandas e tarefas da pasta. Coube ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, intermediar o início da primeira reunião entre os dois. Padilha e Marun visitaram Temer antes. A cerimônia de posse deve ocorrer na quinta-feira (14) depois que Marun concluir seu relatório na CPI mista da JBS no Congresso. Até quinta-feira Imbassahy continua na pasta, a pedido do presidente Michel Temer.

##RECOMENDA##

A tendência é que o peemedebista mantenha no cargo, ao menos por um período, o chefe de gabinete Carlos Henrique Sobral e a secretária executiva Ivani dos Santos. Eles são nomes ligados ao PMDB e foram levados para o Planalto pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), denunciado pela Procuradoria-Geral da República no caso do apartamento em Salvador onde foram encontrados R$ 51 milhões.

Deputados da base voltaram a circular nos corredores do Planalto e a formar fila na sala de espera da Secretaria de Governo. Antes, partidos do Centrão vinham pressionando o governo a afastar Imbassahy da articulação política. Parlamentares alegavam que não conseguiam interlocução com o tucano. Nesta segunda, um dos que acompanharam a chegada de Marun foi André Amaral (PMDB-PB). "Com o Imbassahy eu nem tratava", disse o deputado.

Office-boy

O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) aproveitou para ir à Secretaria pedir o pagamento de cerca de R$ 1 milhão em emendas já empenhadas para prefeituras de Minas Gerais.

Algumas, segundo ele, são do orçamento de obras já realizadas, mas que não tiveram o repasse do governo ao município para quitar o débito com empreiteiras. "Está sendo uma transição de alto nível, com respeito pelo trabalho do Imbassahy. Tem que ser assim, até office-boy faz transição", disse Sávio à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ainda ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, está reunido neste momento com o seu sucessor Carlos Marun para acertar os detalhes da transição do cargo. A conversa entre os dois foi um pedido do próprio presidente Michel Temer.

A expectativa em torno da troca de comando na Secretaria de governo - que será oficializada com cerimônia apenas na quinta-feira - animou aliados e inclusive formou filas de deputados no quarto andar do Palácio do Planalto a espera de uma conversa com o futuro ministro.

##RECOMENDA##

Um dia após o desgaste provocado pela tentativa de mudança na Secretaria de Governo, emissários de Michel Temer foram acionados para acalmar Antonio Imbassahy (PSDB-BA), titular da pasta. Disseram ao tucano que o anúncio da nomeação de Carlos Marun (PMDB-MS) para sua cadeira, nesta quarta-feira, 22, não passou de uma "trapalhada".

Imbassahy deixará o cargo em breve, talvez antes mesmo do desembarque oficial do PSDB com o governo. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o Palácio do Planalto procuram uma "saída negociada". Se não houvesse, na última hora, uma ordem de Temer para segurar Imbassahy, os tucanos ameaçavam votar contra a reforma da Previdência na Câmara.

##RECOMENDA##

Embora a tendência do PSDB seja desembarcar da equipe no dia 9 de dezembro - quando o partido fará sua convenção -, os tucanos não querem que Temer dê o primeiro passo para não parecer que estão sendo enxotados. Nesse cenário, as tratativas entre Temer e Aécio são para não aprofundar o confronto entre o PMDB e o PSDB e deixar as "portas abertas" para a campanha de 2018.

O próprio presidente conversou com Imbassahy mais de uma vez, na tentativa de conter o mal-estar criado por notícias sobre a demissão. Na quarta, enquanto circulavam informações sobre sua dispensa, Imbassahy estava na reunião da Executiva do PSDB, defendendo o apoio do partido à reforma da Previdência. Saiu de lá sem esconder o aborrecimento com os rumores e não foi ao almoço oferecido por Temer a governadores, no Palácio da Alvorada.

Em conversas reservadas, auxiliares do presidente afirmavam nesta quinta-feira, 23 que a escolha de Marun havia subido no "telhado". O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), articula para que a Secretaria de Governo seja entregue ao ex-ministro Roberto Brant, que foi do PFL e do PSD. O PMDB, porém, quer voltar à articulação política e não abre mão de um peemedebista no lugar de Imbassahy. Já o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL), repetiu que seu partido não votará nada de interesse do governo enquanto Imbassahy não for trocado.

Além disso, PMDB e partidos do Centrão aguardam a mudança para negociar a divisão das secretarias ligadas ao Ministério das Cidades, agora nas mãos de Alexandre Baldy. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pressionado pela ala governista do PSDB, o presidente Michel Temer recuou da decisão de nomear nesta quarta-feira, 22, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) para a Secretaria de Governo no lugar do tucano Antonio Imbassahy (BA). A posse de Marun chegou a ser anunciada pelo Twitter oficial do Palácio do Planalto, mas a mensagem foi logo apagada. Em um dia marcado por muitas idas e vindas, Temer empossou apenas o deputado Alexandre Baldy (GO) no Ministério das Cidades.

Sob o argumento de que a saída de Imbassahy, neste momento, faria o PSDB votar contra a reforma da Previdência, o senador Aécio Neves (MG) fez um apelo para que o presidente mantivesse o tucano na articulação política até a convenção do partido, em 9 de dezembro. Em café da manhã com Temer, no Palácio do Jaburu, Aécio também afirmou que a substituição de Imbassahy, agora, atrapalharia o seu plano de convencer o PSDB a não desembarcar.

##RECOMENDA##

Duas horas mais tarde, porém, os líderes do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e da bancada do PMDB, Baleia Rossi (SP), além dos deputados Beto Mansur (PRB-SP) e Darcísio Perondi (PMDB-RS) foram ao Palácio do Planalto acompanhados de Marun. Saíram com a certeza da nomeação do deputado, indicado pelo PMDB, para a cadeira de Imbassahy.

A notícia da posse conjunta de Marun e de Baldy - que entrou no lugar do tucano Bruno Araújo - vazou em instantes e chegou a ser confirmada, em caráter reservado, por ministros do Planalto. Para tanto, o governo mudou até mesmo o horário da cerimônia, de 15h30 para 17 horas.

O anúncio agradou ao Centrão - bloco que reúne PP, PR, PSD e PTB -, mas contrariou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é amigo de Imbassahy e tenta fazer um jogo combinado com o PSDB de Aécio. Nos bastidores, Maia avaliou que a entrada de mais um peemedebista no núcleo político do Planalto - os outros dois são Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) - também daria excessivo poder ao PMDB.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o nome de Marun não está descartado, mas o presidente optou por um recuo tático.

Desmentido. Diante do mal-estar com o PSDB, porém, Temer pediu que a Secretaria de Comunicação da Presidência desmentisse que ele tivesse batido o martelo sobre a substituição de Imbassahy. Minutos depois, no entanto, o Twitter do Planalto anunciava: "Em instantes, acompanhe a cerimônia de posse dos ministros do @MinCidades, @alexandrebaldy, e da Secretaria de Governo, @deputadomarun". Na mensagem, o perfil de Marun foi marcado.

O post com a "gafe" provocou mais um desgaste no Planalto. À noite, a Secretaria de Comunicação Digital reconheceu a publicação como um equívoco.

Maia e Marun conversaram com Temer pouco antes da cerimônia de posse de Baldy. "Não fui convidado oficialmente", desconversou o deputado, que é considerado da "tropa de choque" de Temer na Câmara. "Se vier a ser, estarei à disposição. Continuo defendendo o governo e a reforma da Previdência", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, se encontrou nesta quarta-feira, 22, com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, pouco antes de a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informar que o tucano permanece até o momento no cargo.

Imbassahy participou hoje de reunião da executiva do PSDB pela manhã. Depois disse que iria participar de almoço no Palácio da Alvorada com o presidente e governadores, no entanto, segundo a assessoria do Planalto, ele não compareceu. Em meio a esse tempo, fontes do governo começaram a dar como certa sua substituição pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS), informando até que a posse poderia ocorrer hoje junto com a de Alexandre Baldy no Ministério das Cidades.

##RECOMENDA##

Após o almoço, ao chegar no Planalto, entretanto, o presidente teve o encontro com o tucano e sua assessoria informou oficialmente que ele permanece por enquanto no cargo. A Secom confirmou que há conversas sendo feitas em torno da possível substituição do tucano pelo deputado Carlos Marun, mas que o presidente Michel Temer ainda vai fazer novas conversas para bater o martelo.

Hoje pela manhã, Temer esteve no Jaburu com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) que tenta manter parte do PSDB com o governo ou pelo menos se comprometer a aprovar a reforma da previdência.

Pela agenda oficial de Temer, após o almoço, às 15 horas, ele teria um encontro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que segundo fontes, ainda não aconteceu.

Cerimônia

Nesta tarde acontece a cerimônia de posse de Baldy. O evento, que foi adiado das 15h30 para as 17 horas, lotou a entrada do Planalto. Havia uma fila de empresários e políticos de Goiás, reduto eleitoral do novo ministro, que vieram prestigiá-lo.

Mais cedo, a Secom informou ainda que o deputado Alexandre Baldy tomará posse sozinho, em cerimônia no Palácio do Planalto.

O presidente da República, Michel Temer, reuniu-se com o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) um pouco antes de um almoço com governadores e, segundo interlocutores, no encontro fechou a escolha do deputado para substituir o tucano Antonio Imbassahy na Secretaria de Governo.

Apesar de interlocutores confirmarem a mudança, há uma ala no governo que defendia que mais conversações fossem feitas ao longo do dia para que o nome fosse o de maior consenso possível. Essa ala contrária a antecipação da definição de Marun diz que ainda estão sendo feitas as últimas costuras da nomeação.

##RECOMENDA##

Depois de diversas conversas na terça-feira sobre a configuração da articulação política, Temer recebeu Marun na quarta-feira em reunião com o líder do PMDB, Baleia Rossi, e com o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro. O encontro passou a constar na agenda oficial. Baleia foi um dos líderes que brigou para a retomada da pasta ao PMDB.

O Palácio do Planalto confirmou também que a posse de Alexandre Baldy foi adiada das 15h30 para as 17 horas. Apesar disso, ainda não há - segundo auxiliares do presidente - a definição da possibilidade de a posse de Marun também ser realizada nesta quarta.

O encontro de Temer com o tucano Aécio Neves, que aconteceu nesta quarta pela manhã no Jaburu, também foi incluído na agenda oficial.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviço aprovou nesta terça-feira, 31, um requerimento para convocar o ministro Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo) a dar explicações na Câmara.

Imbassahy tem sido alvo de críticas da base aliada, que não se mobilizou para impedir a aprovação do requerimento apresentado pelo deputado da oposição Helder Salomão (PT-ES). Deputados do Centrão pedem a saída do ministro do cargo.

##RECOMENDA##

O deputado pediu a convocação do ministro para que ele preste esclarecimentos sobre a entrada de novos projetos no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) que, na verdade, é de responsabilidade de Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).

Salomão minimizou esse fato e argumentou que, apesar de o projeto ser tocado por Moreira, Imbassahy também participou da elaboração das propostas. "Já tinha requerimento em outras comissões para o Moreira, então como o Imbassahy é do núcleo central do governo, que participa ativamente das decisões, decidimos pedir a convocação dele", disse.

O deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) leu uma questão de ordem no plenário e pediu para que a convocação fosse anulada, alegando "erro no objeto", já que o PPI é tocado por Moreira e não Imbassahy. Caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), analisar o pedido do deputado tucano.

Em meio aos avanços nas negociações sobre o ingresso do PSDB no núcleo duro do governo, o presidente Michel Temer tomou café da manhã nesta segunda-feira (12) com o presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG), e com o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP).

O encontro ocorreu no palácio do Jaburu horas depois de Temer ter se reunido na tarde desse domingo (11) com o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), cotado para assumir o cargo de Secretário do Governo, no lugar do ex-ministro Geddel Vieira Lima.

##RECOMENDA##

De acordo com integrantes da cúpula do PSDB, o nome de Imbassahy é fruto de um acordo interno em que foram consultados integrantes da bancada do Senado e da Câmara, governadores da legenda e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A indicação do tucano foi alvo de forte contestação por parte de integrantes da bancada do PMDB da Câmara que reivindicam a vaga e por parte dos integrantes do Centrão - que vêm na escolha uma interferência do Palácio do Planalto na disputa pela Presidência da Câmara.

A confirmação do nome de Imbassahy pode fazer com que a bancada do PSDB apoie a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para o comando da Casa. O deputado fluminense conta com o "sinal verde" do governo para tentar permanecer no posto, após o mandato tampão que expira no próximo mês de fevereiro.

Em meio ao "vai e vem" da indicação de Imbassahy, o senador Aloysio Nunes chegou a cobrar publicamente na última sexta-feira (9) o Planalto por uma definição. "Acho importante o governo prover logo esse cargo. O nome do Imbassahy recebendo flechadas de todos os lados é muito ruim para ele. Ele não merece. Essa situação, de vai ou não vai, é ruim", afirmou Nunes.

Responsável pela articulação do governo no Senado, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) cobrou nesta sexta-feira, 9, do Palácio do Planalto uma solução rápida sobre a possibilidade de o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), ocupar a vaga de Secretário do Governo. "Acho importante o governo prover logo esse cargo. O nome do Imbassahy recebendo flechadas de todos os lados é muito ruim para ele. Ele não merece. Essa situação, de vai ou não vai, é ruim", afirmou Nunes.

O líder ressaltou, contudo, que, independentemente da decisão do Palácio do Planalto, o PSDB irá manter o apoio o governo no Congresso Nacional. "Lógico que o presidente tem que levar em conta a maioria parlamentar. Não é essa indicação que vai levar o PSDB a apoiar ou deixar de apoiar o governo. A minha preocupação é não deixar que essa situação vire fonte de desgaste para o líder do PSDB na Câmara", ressaltou. "O Imbassahy é uma pessoa ultra qualificada para o cargo."

##RECOMENDA##

Questionado sobre qual seria o melhor momento para o governo confirmar o nome do deputado, o Aloysio Nunes respondeu: "Não nasci ontem para dar prazo para presidente".

Até esta quinta-feira, 8, estava tudo acertado entre o presidente Michel Temer e a cúpula do PSDB para que os tucanos assumissem a Secretaria de Governo. Nas conversas ficou acordado que a pasta seria "turbinada" com temas federativos e não ficaria apenas com a função de atuar "atrás do balcão", ou seja, na articulação política com o Congresso.

De acordo com integrantes da cúpula do PSDB, o nome de Imbassahy é fruto de um acordo interno em que foram consultados integrantes da bancada do Senado e da Câmara, governadores da legenda e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Segundo auxiliares do presidente, envolvidos nas negociações e ouvidos pela reportagem nesta sexta-feira, apesar das reações contrárias de parte do PMDB da Câmara e do chamado Centrão, a indicação de Imbassahy não está descartada. Mas o vazamento "precipitado" das conversas entre Temer e a cúpula do PSDB fez com que a confirmação do tucano para a pasta ficasse em "stand by".

Antes de avançar na decisão, o presidente gostaria de consultar os integrantes do PMDB no Congresso, considerados como detentores do cargo, ocupado até o último dia 25 de novembro por Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). O peemedebista deixou o posto após ser acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de pressioná-lo para liberar uma obra no centro histórico de Salvador, onde é proprietário de um apartamento.

Além do PMDB, Temer também gostaria de levar a questão para os demais integrantes da base aliada, para só depois bater o martelo. O vazamento das conversas entre o presidente e a cúpula do PSDB acarretou numa forte reação de peemedebistas na Câmara e ameaças de integrantes do Centrão (composto por PP, PR, PSD, PTB, entre outros) que pretendem obstruir a votação do projeto da Reforma Previdenciária, enviado pelo Palácio do Planalto nesta semana.

Recesso

Apesar de não cobrar uma data, o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes, considera importante a ocupação da pasta mesmo que ela ocorra na próxima semana, a última de atividades no Congresso. "É um lugar importante que o governo precisa, mesmo durante o recesso. Já ocupei esse cargo. Ali se faz a ligação do presidente com o mundo político, com sociedade civil, prefeitos, governadores".

Em sua estreia em viagens pelo Nordeste como presidente, Michel Temer concedeu na manhã desta sexta-feira entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco e disse que não houve recuo em relação a escolha do líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), para comandar a Secretaria de Governo no lugar do ex-ministro Geddel Vieira Lima. "Recuo zero. Não houve convite", disse, ressaltado que nunca chegou a formalizar um convite ao deputado.

O presidente reconheceu que há um acordo para um maior espaço do PSDB no governo, destacou que a legenda já tem o comando de três "grandes pastas", mas disse que é preciso costurar melhor o acordo com a base aliada para que seja enfim encontrado o substituto de Geddel.

##RECOMENDA##

"Houve um equivoco. Antes que eu fechasse a imprensa noticiou, não sei por meio de quem, mas o fato é que não estava fechada a matéria", disse. O presidente reconheceu que o nome de Imbassahy foi cogitado, destacou o perfil do deputado baiano e disse que recebeu a indicação "com o maior agrado". "É politicamente adequado, elegante do trato", destacou.

Segundo interlocutores, o presidente escolheu Imbassahy, mas recuou no anúncio diante das reações contrárias. Temer também ficou contrariado com rumores de que a Secretaria de Governo, sob a gestão do PSDB, terá agora maior peso, assumindo funções antes conduzidas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como a relação com governadores.

Temer concordou que houve reação dos parlamentares, ponderou que não havia objeção ao nome de Imbassahy, mas que a escolha estava sendo interpretada como apoio à reeleição de Rodrigo Maia na Câmara dos Deputados. "Como há o processo de eleições na Câmara federal, alguns partidos acharam que isso poderia favorecer um ou outro candidato", afirmou.

O presidente disse então que vai voltar a discutir o perfil para o substituto de Geddel e que como "se faz" vai "costurar o acordo em todos os setores da base". "Temos uma base muito ampla que está nos dando um apoio extraordinário no Congresso".

A forte reação do Centrão, que ameaçou bloquear a reforma da Previdência no Congresso, abortou nesta quinta-feira, 8, a nomeação do líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), para comandar a Secretaria de Governo no lugar do ex-ministro Geddel Vieira Lima. O bloco, formado por 13 partidos da base aliada - entre os quais PTB, PSD e PP -, se rebelou por considerar que o Palácio do Planalto articulou uma manobra para ajudar a reconduzir Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Casa.

O presidente Michel Temer chegou a convidar Imbassahy, mas desistiu do anúncio diante da pressão. Temer também ficou contrariado com rumores de que a Secretaria de Governo, sob a gestão do PSDB, terá agora maior peso, assumindo funções antes conduzidas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como a negociação da dívida dos Estados e a relação com governadores. Em conversas reservadas, o presidente atribuiu os "vazamentos" ao PSDB e negou que a pasta será "turbinada" para abrigar o partido aliado.

##RECOMENDA##

Diante dos ânimos exaltados, até mesmo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, telefonou para deputados do Centrão e disse que o presidente ainda não havia decidido quem seria o sucessor de Geddel. No fim do dia, o Planalto se viu às voltas com uma nova crise política, escancarada com a revolta de deputados do Centrão, que foram procurar Temer.

Com cerca de 200 parlamentares na Câmara, o grupo alega ter ficado isolado na disputa pela presidência da Casa porque a entrega da Secretaria de Governo a Imbassahy fortalece a candidatura de Maia (DEM-RJ), já que ele terá o apoio do PSDB. A pasta é justamente responsável pela articulação política com o Congresso. Desgastado com o episódio, Temer conversou ontem com Maia, no Planalto.

Representação

O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel, disse que seu partido ficará "subrepresentado" na equipe de Temer. "O PMDB não vai criar problemas para o presidente, mas é natural que, mais adiante, queira o reconhecimento por estar abrindo mão de um espaço importante", afirmou. "Não vamos disputar a presidência da Câmara e estamos sinalizando boa vontade com Michel, mas logicamente o PMDB precisa sobreviver."

Geddel caiu no dia 25 do mês passado, após ser acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de interferir indevidamente para mudar decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que embargou a construção de um prédio de luxo, nos arredores de uma área tombada, em Salvador.

Se assumir a Secretaria de Governo, o PSDB não apenas ampliará o seu espaço no primeiro escalão, de três para quatro ministérios, como entrará no "núcleo duro" do Planalto. "Trata-se de um posto da maior importância. É o coração político", afirmou o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

A decisão de Temer de aumentar o espaço do PSDB na equipe também tem o objetivo de "segurar" o partido no governo. Nos últimos dias, diante do agravamento da recessão, os tucanos fizeram várias críticas à condução da política econômica, sob o argumento de que é preciso ir além do ajuste fiscal.

Proposta

A Secretaria de Governo já havia sido oferecida ao PSDB, mas os tucanos resistiam em aceitá-la, alegando que o posto é uma fonte de desgastes políticos. A preferência dos tucanos sempre foi por maior protagonismo na área econômica. O presidente, porém, não gostou nada de ver seus aliados "fritando" Meirelles e reiterou a confiança no comandante da economia.

Antes desse novo impasse, Temer pretendia anunciar o sucessor de Geddel somente depois das eleições que renovarão o comando da Câmara e do Senado, em fevereiro de 2017. Foi o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que aconselhou o presidente a apressar a nomeação.

O problema é que toda a estratégia do Planalto para esconder o apoio à reeleição de Maia foi exposta ontem, com o "vazamento" da indicação de Imbassahy para a Secretaria de Governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As resistências de grupos aliados do governo, especialmente do chamado Centrão, fizeram com que o Planalto desistisse de nomear o deputado federal tucano Antonio Imbassahy para assumir a Secretaria Geral do governo em substituição a Geddel Vieira Lima.

Como precisa aprovar no Congresso propostas que exigem bastante apoio, como a reforma da Previdência, o governo avaliou que era melhor negociar com mais calma a escolha do novo titular da pasta.

##RECOMENDA##

Alguns nomes já começam a ser falados como opções para o posto, como os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e José Aníbal (PSDB-SP). Mas essa escolha precisaria ser articulada com o Centrão ou repetiria o problema ocorrido com Imbassahy.

A provável nomeação do líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), para Secretaria de Governo poderá ter efeitos negativos em votações de matérias de interesse do governo na Casa. Lideranças do Centrão - bloco informal de 13 partidos da base aliada liderado por PP, PTB e PSD - já falam em obstruir a votação da admissibilidade da PEC da reforma da Previdência como reação à indicação do tucano.

"Não acredito que essa nomeação vai se concretizar. É um governo experiente. Mas, em se concretizando, claro que vai ter efeito para Previdência. Toda ação tem uma reação. É a Lei de Newton", afirmou o líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO). "Tenho certeza que antes de se concretizar, o governo vai reunir a base, porque estamos diante de importantes votações, como a da Previdência", disse Rogério Rosso (DF), líder do PSD na Casa.

##RECOMENDA##

Deputados do Centrão lembram que o a PEC da Previdência, por si só, terá dificuldades de ser aprovada na Câmara, em razão da polêmica da proposta. Com a disputa política na base aliada em torno da presidência da Casa agravada pela provável nomeação de Imbassahy, essa dificuldade aumentaria. "Temo pela reforma da previdência. Alguns deputados já não gostavam da PEC, imagine agora", afirmou um líder do Centrão.

Deputados do grupo lembram que outros partidos da base aliada, como PSB, já pretendiam obstruir a votação da admissibilidade da PEC na CCJ independente da nomeação do líder do PSDB para Secretaria de Governo. A votação da admissibilidade da proposta está prevista para a próxima semana, penúltima de atividades no Congresso Nacional antes do início do recesso de fim de ano, que começa em 23 de dezembro.

Além da votação da admissibilidade da PEC da previdência, deputados e senadores votarão matérias importantes para o governo antes do início do recesso. Antes de saírem de férias, parlamentares ainda precisam aprovar os últimos destaques à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017 e o próprio Orçamento do próximo ano.

Para o Centrão, a escolha de Imbassahy significa uma "interferência clara" do governo na próxima disputa pela presidência da Câmara, prevista para fevereiro de 2017. Na avaliação de líderes do grupo, a nomeação favorece a reeleição do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na medida em que ele é apoiado pelo PSDB. Além disso, fala-se nos bastidores que a negociação para escolha de Imbassahy passou pela amarração do apoio do PMDB, maior sigla da Casa, à reeleição de Maia.

O presidente Michel Temer escolheu o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), para assumir uma turbinada Secretaria de Governo. O anúncio do tucano para a pasta, que será reformulada com o ganho de novas atribuições, deverá ocorrer até no máximo a segunda-feira (12). A troca na Secretaria de Governo foi antecipada pela Coluna do Estadão e em reportagens do Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Imbassahy vai substituir no cargo o também baiano Geddel Vieira Lima, amigo de Temer, que pedira demissão há duas semanas após ser acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de ter pressionado para rever uma decisão que embargava um empreendimento imobiliário em que o ex-titular da Secretaria de Governo tinha cargo.

##RECOMENDA##

A ampliação do espaço do PSDB - que receberá o quarto ministério na Esplanada dos Ministérios - visa a aumentar o protagonismo do partido nas decisões de governo, inclusive com a busca de ações de reanimação para a economia brasileira.

Em sua nova configuração, a pasta vai cuidar, além da articulação com a base aliada, da interlocução com os Estados, atualmente concentrada no Ministério da Fazenda. Esse desenho pode contemplar, conforme as negociações, debate por questões gerais como renegociação das dívidas, empréstimos de entes federados com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e assuntos referentes a royalties.

A nova secretaria também deverá assumir a relação direta com movimentos sociais, papel que no governo do PT era realizado pelo ex-ministro Gilberto Carvalho na extinta Secretaria-Geral da Presidência. Nas conversas também ficou acertado que a estrutura do Ministério de Micro e Pequenas Empresas, que foi extinto, será inserida dentro da nova pasta.

A primeira conversa do aumento da participação do PSDB ocorreu no dia da queda de Geddel, quando Temer almoçou com a cúpula do PSDB, inclusive o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nos últimos dias, as conversas do governo com a cúpula tucana se intensificaram. Imbassahy esteve ontem no Planalto e assistiu com Temer e dois governadores tucanos - Beto Richa (PR) e Marconi Perillo (GO) - ao julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve Renan Calheiros (PMDB-AL) na Presidência do Senado. O próprio Renan era um defensor público do aumento da participação do PSDB no governo.

Núcleo duro

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), trabalhou ativamente, nos últimos dias, para emplacá-lo no cargo. A avaliação da maioria da legenda é que o líder tucano - ex-prefeito de Salvador - é o primeiro passo para que o partido tenha assento no "núcleo duro" do governo.

Desde que vieram à tona notícias de que os tucanos querem "fritar" o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, porém, criou-se um clima de constrangimento. Temer não gostou das críticas do PSDB, saiu em defesa de Meirelles e disse que mantém toda a confiança no comandante da equipe econômica.

Confirmado na Secretaria de Governo, Imbassahy será o quarto ministro do PSDB no governo Temer. O partido já comanda os ministérios das Cidades (Bruno Araújo), da Justiça (Alexandre de Moraes) e das Relações Exteriores (José Serra).

A indicação do parlamentar baiano para a reformulada Secretaria de Governo também faz parte da negociação para amarrar o apoio do PSDB à reeleição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao comando da Casa. Imbassahy era um dos tucanos que queriam disputar a sucessão de Maia.

O ainda líder do PSDB - o detentor do cargo será trocado na próxima quarta-feira (14) - vinha articulando nos bastidores para manter algum cargo político de destaque. Ele disputa internamente no PSDB da Bahia para ser o candidato do partido ao Senado na chapa DEM/PSDB/PMDB das eleições de 2018.

A intenção trilhada por dirigentes das três legendas é repartir da seguinte forma a chapa eleitoral: Imbassahy ou outro tucano para o Senado; a segunda vaga de senador seria do PMDB, Geddel Vieira Lima ou algum indicado dele; e o postulante ao governo baiano seria o atual prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).

O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Antonio Imbassahy (BA), disse que o resultado da pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira mostra que a população está insatisfeita com o governo Dilma Rousseff. "Os resultados da pesquisa Ibope são mais um claro indicativo do descontentamento da população com os rumos do governo Dilma: a Saúde é um drama, na Segurança Pública nada se faz e a inflação está de volta de maneira acelerada", afirmou o tucano.

O levantamento apontou que a avaliação positiva do governo caiu de 43% para 36% em relação a dezembro. No mesmo período, o porcentual de entrevistados que consideram o governo regular registrou oscilação dentro da margem de erro de 35% para 36%. O índice dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo subiu de 20% para 27%.

##RECOMENDA##

Na avaliação de Imbassahy, as denúncias envolvendo negócios da Petrobras devem colaborar para que a avaliação negativa da população aumente. A estatal virou foco da oposição e pode se transformar em objeto de apuração de uma comissão parlamentar no Congresso. "Não tenho dúvidas de que a próxima pesquisa mostrará uma queda ainda mais acentuada, já que a divulgada hoje foi feita antes da divulgação de que a compra escandalosa da refinaria de Pasadena pela Petrobras teve autorização da presidente Dilma. A Petrobras, empresa que é a principal estatal brasileira, agora aparece nas páginas policiais", disse.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando