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Unidades de 26 países anunciaram, nesta quarta-feira, 22, adesão à retomada de greve dos servidores do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty). A paralisação nacional foi decidida na última terça-feira, 21. A greve deve afetar a emissão de passaportes e vistos no País e no exterior.

Conforme informações do Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), não há jurisprudência que considere as atividades do Itamaraty essenciais para o público e, sem essa determinação, o órgão pretende parar 100% o trabalho, sem manter o mínimo de 30% dos cargos efetivos em serviço. Os cargos que integram a categoria são diplomatas oficiais e assistentes de chancelaria.

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Repartições consulares e diplomáticas na Austrália, Líbano, Síria, Israel, Índia, Itália, Espanha, Bélgica, Alemanha, Inglaterra, Argentina, Paraguai, Cuba, Senegal e Suíça já confirmaram sua participação na greve. Ao todo, são 26 unidades do ministério.

Na manhã desta quarta, a categoria realizou uma passeata em frente ao Ministério das Relações Internacionais. Segundo o Sinditamaraty, está previsto um protesto por volta das 16h de hoje em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no Distrito Federal.

Os servidores do Itamaraty já haviam feito uma greve entre os dias 18 de junho e 2 de julho e retornaram aos trabalhos depois que o Ministério do Planejamento prometeu um acordo. Segundo o sindicato a decisão de retomada de greve foi determinada depois de o governo federal não ter chamado os funcionários para as negociações realizadas entre 13 e 17 de agosto, período em que a pasta reuniu-se com outras categorias de servidores públicos.

O sindicato alerta que, com a paralisação do Itamaraty, os serviços de assistência a brasileiros no exterior e a emissão de vistos de trabalho podem ficar prejudicados. Entre os itens da pauta de reivindicação estão a equalização do tipo de vencimento pago aos diplomatas para as outras carreiras da categoria. Outra demanda é um reajuste que recomponha perdas com a inflação no período de 2008 a 2012. A estimativa do Sinditamaraty é de que o acerto culmine em uma correção salarial da ordem de 30%.

O Ministério do Planejamento marcou, depois do anúncio de retomada da greve, uma reunião com os servidores do Itamaraty para o fim da tarde desta quarta-feira. Até às 13h, o Ministério das Relações Exteriores não havia se posicionado sobre a greve.

Os servidores do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) voltam ao comando de greve pela segunda vez em três meses a partir de quarta-feira. A categoria havia paralisado os trabalhos entre 18 de junho e 2 de julho.

Diplomatas oficiais e assistentes de chancelaria são os profissionais que integram a categoria. Segundo o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty), o ministério decidiu paralisar novamente os trabalhos depois de o governo federal não ter chamado os funcionários para as negociações realizadas entre 13 e 17 de agosto, período em que o Ministério do Planejamento reuniu-se com outras categorias de servidores públicos.

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Não há jurisprudência que considere as atividades do Itamaraty essenciais para o público e, sem essa determinação, o órgão pretende parar 100% o trabalho, sem manter o mínimo de 30% dos cargos efetivos em serviço.

O sindicato alerta que, com a paralisação do Itamaraty, os serviços de assistência a brasileiros no exterior e a emissão de vistos de trabalho podem ficar prejudicados. Entre os itens da pauta de reivindicação estão a equalização do tipo de vencimento pago aos diplomatas para as outras carreiras da categoria. Outra demanda é um reajuste que recomponha perdas com a inflação no período de 2008 a 2012. A estimativa do Sinditamaraty é de que o acerto culmine em uma correção salarial da ordem de 30%.

O Ministério do Planejamento marcou, depois do anúncio de retomada da greve, uma reunião com os servidores do Itamaraty para o fim da tarde de quarta-feira.

O massacre na vila de Tremseh, no norte da Síria, fez o governo brasileiro endurecer de modo inédito a condenação ao governo de Bashar Assad. Em nota, o Itamaraty "condenou veementemente a repressão violenta contra civis desarmados" e cobrou Damasco que lembre os compromissos assumidos com o plano de paz do enviado especial da ONU, Kofi Annan.

Ao menos 200 civis teriam sido assassinados por forças regulares da Síria ou milícias leais a Assad no quinto massacre em larga escala em 16 meses de crise. Alguns grupos de oposição, porém, colocam a cifra de mortos em mais de 300.

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Segundo observadores da ONU, o regime Assad usou helicópteros de ataque, tanques e artilharia pesada contra a vila sunita nas cercanias de Hama. Em seguida, as milícias shabiha ("fantasma", em árabe) teriam ido de casa em casa.

Conhecido - e criticado - pela posição excessivamente cautelosa no trato com a ditadura síria, o Brasil cobrou nesta sexta-feira diretamente o regime de Damasco. "O governo brasileiro insta o governo sírio a interromper imediatamente quaisquer ações militares contra civis desarmados e a cooperar com a Missão de Supervisão das Nações Unidas na Síria (UNSMIS) permitindo-lhe acesso irrestrito aos locais conflagrados por conflitos", diz o texto.

Autoridades internacionais

A condenação ao massacre de Tremseh foi praticamente unânime entre autoridades internacionais. Conhecido pelas declarações contidas, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exortou o Conselho de Segurança a "adotar ações coletivas" com "sérias consequências". Assad "não pode receber uma licença para matar".

Para a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, o massacre é uma "evidência indiscutível de que Assad deliberadamente assassina civis inocentes".

Tradicional aliada de Damasco na ONU, a Rússia pediu uma investigação internacional para apurar a tragédia, mas não culpou Assad pelas mortes. Moscou garante que vetará qualquer resolução que contemple o uso da força contra a Síria.

Alvo de ataques frequentes, os monitores da ONU passaram a atuar praticamente apenas em Damasco. Em um comunicado sigiloso ao Conselho de Segurança, a missão de observadores alertou para o risco de mais violência. "A situação na Província de Hama continua altamente volátil e imprevisível. (...) A Força Aérea continua com os ataques em larga escala contra áreas urbanas ao norte de Hama."

O massacre em Tremseh é parte de uma ofensiva maior que as forças de Assad vêm conduzindo na Província de Hama, constataram monitores da ONU. Há três dias, Assad recebeu em Damasco o enviado especial das Nações Unidas, Kofi Annan, a quem prometeu dialogar com representantes da oposição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os servidores do Itamaraty decidiram nesta segunda suspender a greve iniciada em 18 de junho. A decisão foi comunicada pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (SindItamaraty) e pela Associação Nacional dos Oficiais de Chancelaria do Serviço Exterior Brasileiro (ASOF). O retorno dos servidores ao trabalho está marcado para esta terça, às 9 horas, pelo horário de Brasília.

A categoria agora entra em "estado de alerta" e continuará a negociar com o ministério do Planejamento. Serão realizadas assembleias regulares, sendo que a próxima reunião está marcada para a próxima sexta-feira (6), às 15h.

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Em nota divulgada na semana passada, o SindItamaraty argumentou que as reivindicações incluem adequar os vencimentos das carreiras do Serviço Exterior Brasileiro (SEB) a outras carreiras típicas de Estado. O texto destaca que o objetivo do movimento é elevar a remuneração de diplomatas para o grau mais elevado das carreiras típicas de Estado, como os delegados da Polícia Federal; adequar o vencimento de assistentes de chancelaria ao nível dos agentes de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); e a de oficiais de chancelaria ao mesmo patamar dos oficiais técnicos de inteligência da Abin.

O SindItamaraty e a ASOF informam que nesta segunda foi realizada uma assembleia, com transmissão ao vivo, pela internet, com a participação de servidores lotados em postos no exterior, quando houve decisão por suspender a greve. O sindicato estima que a paralisação tenha envolvido 75% da categoria, atingindo 130 postos de representação do Ministério das Relações Exteriores (MRE) no Brasil e no Exterior. Fora do País, a greve afetou postos como os de Moscou, Paris, Buenos Aires, Frankfurt, Nova York, Cairo, Teerã, Lisboa, Zurique, Bogotá, Damasco, Estocolmo e Pequim.

Depois de três dias de greve dos funcionários do Itamaraty, o Ministério do Planejamento marcou para o dia 28 a primeira reunião de negociação com a categoria. Na quinta-feira a conta dos postos consulares fechados por conta do movimento chegou a 91.

Apesar de ter uma assembleia marcada para a tarde desta sexta-feira, os servidores não devem modificar o estado de greve, decretado por tempo indeterminado. A intenção é apenas avaliar o alcance do movimento e a pauta de reivindicações a ser levada ao Planejamento na próxima semana.

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De acordo com o SindItamaraty, o sindicato da categoria, o secretário geral do ministério, embaixador Rui Nogueira, comprometeu-se a defender a principal reivindicação dos oficiais de chancelaria e assistentes de chancelaria, que é a transformação dos salários de vencimentos em subsídios. A diferença principal entre os dois tipos de pagamento é o fato de que o subsídio incorpora em um salário base todas as antigas gratificações, o que evita o risco de perdas ao longo da carreira e na aposentadoria.

Os servidores também pretendem equiparação salarial com categorias equivalentes do serviço público. Os reajustes significariam um aumento de quase 50% para os assistentes, que hoje tem um salário inicial de R$ 2,9 mil. Já para os oficiais, o subsídio praticamente dobraria, chegando a R$ 12,9 mil.

Já são 70 os postos consulares no exterior fechados por conta da greve dos funcionários do Itamaraty, incluindo alguns dos mais movimentados do mundo, como Boston, São Francisco, Houston e Nova York, nos Estados Unidos, Madri, Roma e Paris, na Europa, Pequim e Cingapura, na Ásia. Também pararam as seções consulares de Montevidéu e Buenos Aires.

Os postos parados não chegam à metade das representações do Brasil no exterior, mas concentram a grande maioria dos oficiais e assistentes de chancelaria e quase todo o atendimento consular do Brasil. Apesar da grande quantidade de postos, a maioria deles é composta de apenas um ou dois diplomatas e alguns funcionários locais. É o caso da maioria das novas representações na África e, por exemplo, da embaixada na Coreia do Norte, onde há o embaixador, dois funcionários locais e um oficial emprestado temporariamente por Pequim.

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Na sede do Ministério das Relações Exteriores em Brasília, cerca de 250 funcionários estão sem trabalhar. No entanto, a maioria dos Oficiais de Chancelaria e Assistentes de Chancelaria, cerca de 300, está no Rio de Janeiro para a Conferência Rio+20, e só deve parar a partir da semana que vem - o sindicato dos servidores se comprometeu a não atrapalhar a realização da conferência, da qual participarão mais de uma centena de chefes de Estado.

Também há paralisações em postos do Itamaraty nos estados. No Paraná e em Minas Gerais, por exemplo, as representações foram fechadas porque mesmo os diplomatas lotados nas seções aderiram à greve. Já em Brasília e nos postos no exterior, o movimento está centrado basicamente entre os oficiais e assistentes de chancelaria, que têm as maiores reivindicações. Na sede do ministério, os diplomatas que continuam trabalhando dizem que ainda não dá para saber o impacto da paralisação. Com mais da metade dos servidores no Rio de Janeiro, os dias anteriores à greve já estavam bastante complicados.

Até agora, o Ministério do Planejamento nem mesmo marcou uma reunião com os servidores. Nesta terça, o SindItamaraty, que representa diplomatas, oficiais e assistentes de chancelaria, reuniu-se com a secretaria-geral do MRE, que se propôs a manter aberta uma mesa de negociações e levar algumas das reivindicações ao Planejamento.

O MRE não se comprometeu com as reivindicações salariais da categoria. Os oficiais, que hoje recebem R$ 6,3 mil, querem passar para a segunda categoria, com salários de R$ 12.960 - o que recebe hoje um diplomata em início de carreira.

O Ministério das Relações Exteriores lançou esta semana o primeiro concurso para coproduções cinematográficas dos países sul-americanos. O objetivo é “incentivar a troca entre as cinematografias da América do Sul e ajudar no desenvolvimento de um espaço regional cada vez mais integrado no âmbito cultural".

Segundo as normas do Concurso Itamaraty para o Cinema Sul-Americano, os filmes inscritos devem ter, obrigatoriamente, o envolvimento de dois ou mais países do continente. Cada um dos 12 países sul-americanos poderá indicar para a competição até dois longas metragens, com duração superior a 70 minutos.

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No Brasil, a seleção será feita pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Os filmes podem ser inscritos até o dia 15 de maio. Os vencedores serão exibidos o 7° Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, entre os dias 12 e 19 de julho. O melhor filme receberá prêmio de R$ 90 mil, que será entregue na cerimônia de encerramento do festival paulista.

O Itamaraty reiterou o pedido de explicações à Espanha pelo tratamento dispensado à aposentada Dionísia Rosa da Silva, de 77 anos, barrada no Aeroporto de Barajas, em Madrid, ao tentar entrar no País. Ela teria ficado três dias retida no aeroporto por não ter uma carta-convite, exigência da Espanha aos brasileiros que chegam ao país para se hospedar na casa de familiares e amigos. Dionísia foi deportada e voltou ao Brasil na última sexta-feira (9).

De acordo com o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tovar Nunes, a carta enviada pela ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, dá mais força e reforça o pedido do Itamaraty. "Vamos reiterar e formalizar o pedido de explicações sobre a senhora Dionísia e os alegados maus tratos a cidadãos brasileiros que tentam entrar em território espanhol", afirmou.

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Segundo ele, as autoridades espanholas disseram ao Itamaraty que Dionísia recebeu tratamento adequado. "Não temos elementos completos, por isso estamos pedindo informações porque achamos que uma senhora de idade que tenha o legítimo desejo de entrar no país não merecia o tratamento que parece ter recebido".

Segundo o embaixador, a aplicação de medidas de reciprocidade por parte do Brasil aos espanhóis que queiram entrar no País terá início em abril. Os espanhóis interessados terão de comprovar que têm dinheiro e local para ficar no Brasil. "Faremos a aplicação do que nós consideramos adequado para filtrar a entrada de cidadãos espanhóis e, claro, refletindo o que eles acham necessário para a entrada de brasileiros", afirmou. "Tentamos por um bom tempo aliviar os requisitos para a entrada de brasileiros, mas não foi possível. Não houve alternativa ao Brasil, senão aplicar também esses requisitos".

O governo brasileiro classificou de indevido o bloqueio das contas de suas representações diplomáticas na Itália, determinado pela Justiça de Arezzo, na Toscana, e avisou que reagirá à decisão. O secretário-geral do Itamaraty, embaixador Ruy Nogueira, viaja a Roma na segunda-feira para negociar com a chancelaria italiana uma solução para liberar os recursos.

Segundo na hierarquia do Itamaraty e um dos mais experientes negociadores brasileiros, Nogueira foi escolhido para demonstrar o cuidado que o Brasil terá na relação com os italianos, combalida desde o caso Cesare Battisti. As conversas com a chancelaria italiana já começaram. Apesar de reforçar a questão da independência do Judiciário, a Itália se comprometeu a apoiar o Brasil numa alternativa para o problema, já que o bloqueio infringe a Convenção de Viena.

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A Advocacia Geral da União (AGU) argumentou hoje que, segundo a convenção, recursos para o funcionamento de serviços diplomáticos são protegidos por imunidade e não podem ser retidos por ordem judicial estrangeira. Em nota, o órgão adiantou que prepara providências judiciais contra a decisão judicial, em coordenação com Itamaraty e o Ministério dos Transportes.

Como o jornal o Estado de S. Paulo mostrou hoje, o Brasil foi condenado ao pagamento de 15,7 milhões de euros pela Seção de Montevarchi do Tribunal de Arezzo e, como não apresentou contestação em 60 dias, sofreu o bloqueio das contas para o pagamento de uma suposta dívida da Valec com a Italplan Engineering, empresa que forneceu projetos para o trem-bala Rio-São Paulo. O débito discutido alcança 261 milhões de euros.

A retenção dos recursos dificulta o pagamento de pessoal e de despesas de custeio. Conforme a reportagem apurou, um dos últimos bloqueios, na quarta-feira, se deu sobre 1,1 milhão de euros depositados em conta do governo no Banco do Brasil em Milão.

Embora afinadas no discurso, o clima entre as diplomacias dois países é beligerante nas questões mais prosaicas. Até a colocação de correntes há cerca de duas semanas em frente à Embaixada do Brasil em Roma, que impede a circulação de carros e obriga o embaixador José Viegas Filho e seus convidados a entrar pelos fundos do prédio, tem causado desconforto e constrangimento aos brasileiros.

Embora o governo tenha sido informado da decisão em outubro, mediante notificação entregue à Embaixada em Roma, a AGU sustenta que a comunicação não foi feita da forma adequada. Segundo a nota, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) só recebeu em 22 de novembro carta rogatória referente ao caso. Trata-se de um instrumento de notificação de processos judiciais em curso no exterior contra qualquer órgão ou pessoa. Além disso, dia a AGU, a decisão sobre a execução da dívida não foi comunicada nesse âmbito. "O Estado brasileiro, portanto, ainda não foi devidamente citado para se defender", alega.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, elogiou hoje a decisão do governo dos Estados Unidos de facilitar os vistos para os brasileiros. O chanceler lembrou que os brasileiros são um dos maiores grupos de visitantes ao país e também deixam por lá muito dinheiro. "Só podemos ver como uma manifestação positiva. Um grande número de brasileiros tem viajado aos Estados Unidos e contribuído até bastante com a economia americana. Acho que isso é levado em conta pelo governo americano", afirmou.

O governo brasileiro briga há bastante tempo pela facilitação dos vistos, especialmente de negócios. Na visita do presidente Barack Obama, em março do ano passado, essa foi uma das principais reivindicações do fórum de empresários que se reuniu às margens do encontro presidencial. Tanto brasileiros quanto americanos reclamaram da burocracia.

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Recentemente, os brasileiros ganharam apoio de empresários e políticos dos estados da Flórida e de Nova York, que pediram a seus parlamentares providências para facilitar a emissão de vistos. Mais de 1,5 milhão de brasileiros viajou aos Estados Unidos em 2011, a maioria para Flórida e Nova York. Recentemente, os vistos passaram a ser emitidos com validade de 10 anos - anteriormente era de cinco - para diminuir as filas nos consulados, mas não resolveu.

Patriota afirmou, ainda, que é um bom sinal no momento em que o governo brasileiro prepara a visita da presidente Dilma Rousseff, em retribuição à visita de Obama no ano passado. No entanto, ao ser perguntado se as facilidades que serão dadas aos brasileiros - por exemplo, a isenção de entrevista para quem renova o visto, para idosos e crianças - seria também dado aos americanos por reciprocidade, Patriota afirmou que "as dificuldades e demora e entrevista são do lado deles" e que as mudanças eram em reciprocidade ao tratamento já recebido pelos americanos. No entanto, não são poucas as queixas do lado de lá da falta de estrutura dos consulados brasileiros para a concessão de vistos.

O Senado Federal anunciou hoje (26) que deverá ser votado, após o recesso parlamentar, o projeto de lei da Câmara (PLC 122/11) que criará 400 cargos de diplomata e amplia em 893 o quadro de oficiais de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores, para provimento gradual ao longo dos próximos quatro anos. De acordo com informações do Senado, a matéria tramita em regime de urgência. 

As Comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) já mostraram pareceres favoráveis à ampliação de cargos. No entanto, a intensidade do debate em ralação ao tema nesta na última comissão evidencia a possibilidade de uma grande discussão também no Plenário, local onde haverá a última votação, antes do envio da matéria à sanção presidencial, caso haja aprovação.

Em meio a todo o processo está ocorrendo um embate - o governo tenta demonstrar a importância do quadro do Itamaraty, ao dizer que será o maior protagonismo brasileiro no cenário econômico e político mundial. Em contraponto, a oposição relata críticas contra o alto custo da ação, previstos para R$ 600 milhões.

De acordo com informações da Agência Senado, o senador e relator do projeto, Luis Henrique (PMDB-SC), disse que a ação não pode ser avaliada apenas em termos de despesa para o Tesouro Nacional. Ele destacou que o aumento da presença brasileira em âmbito internacional fez com que, desde de 2006, fossem criadas 32 novas embaixadas e 15 repartições consulares no país.

O Itamaraty informou que morreu hoje (26) a diplomata brasileira Milena Oliveira de Medeiros. Ela contraiu malária em Malabo, na Guiné Equatorial, durante uma viagem a trabalho em novembro.

“A secretária Milena Oliveira de Medeiros sempre exerceu suas funções com grande dedicação e sentido de dever. Sua passagem, que abrevia prematuramente uma carreira promissora, é sentida profundamente por todos os seus amigos e colegas”, diz a nota.

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Segundo o Itamaraty, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, manifestou aos familiares da diplomata suas condolências e a solidariedade de todo o corpo de funcionários do ministério.

 

Brasília - A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou hoje (8) projeto de lei que autoriza a criação de 400 cargos de diplomata e amplia em 893 o quadro de oficiais de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores.

Pela proposta, de autoria do Executivo, o provimento dos cargos será feito de forma gradual e mediante autorização do Ministério do Planejamento, observada a disponibilidade orçamentária.

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Para o relator do projeto, Gim Argello (PTB-DF), a criação dos cargos é necessária devido às “extraordinárias transformações em curso no cenário internacional, que apresentam complexos desafios à política externa brasileira".

“Tal iniciativa resulta da crescente importância internacional do país que requer sua decidida atuação em áreas como a promoção da integração da América do Sul, a aproximação com os países africanos, em especial com as nações de língua portuguesa”, argumentou o relator.

Já aprovada na Câmara, a matéria segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois para o plenário.

 

O Senado autoriza os 81 senadores a requerer pessoalmente passaportes diplomáticos ao Itamaraty, inclusive para terceiros. A assessoria da Casa alega que, como não existe norma proibindo, o documento pode ser solicitado por cada um de seus parlamentares. É o que explica o fato de o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) ter obtido passaportes especiais para o chefe da Igreja Internacional do Reino de Deus, pastor Romildo Ribeiro Soares, conhecido por R.R. Soares, e para sua mulher, Maria Madalena Bezerra Soares. Eles são tios do senador.

A portaria do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, concedendo esses passaportes diplomáticos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última sexta-feira, 18. A polêmica é que a concessão se dá em nome da instituição Senado e não do parlamentar. Nem o pastor nem sua mulher têm ligações com o parlamento brasileiro.

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Na Câmara, os deputados têm de recorrer à segunda secretaria para obter o documento. Crivella defende que cabe ao Itamaraty analisar o "mérito" do pedido. Nesse caso específico, ele acredita que o ministro Patriota se convenceu pelos "carimbos do passaporte do pastor com centenas de viagens. Todas elas para atender milhares de brasileiros que vivem lá fora". Ou seja, o pastor evangélico estaria executando uma das atribuições do próprio Itamaraty. "O parlamentar tem todo o direito de pedir o passaporte", insiste.

Crivella afirma não ser esta a primeira vez que ele pede e obtém passaporte para R.R. Soares. "Ele viaja tanto, tanto, tanto, que na hora de fazer fila, ele pega a de prioridade diplomática", justifica, referindo-se a um dos motivos para ter o passaporte.

A assessoria do Itamaraty limita-se a informar que "os passaportes diplomáticos são concedidos de acordo com a legislação". A maioria dos senadores recorre à Coordenação de Atividades Externas (Coatex) para obter passaportes e outros serviços do Itamaraty. O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR), disse desconhecer a brecha para os colegas pedirem o passaporte sem a intermediação do órgão da Casa. "Isso é um absurdo, é uma exceção que não se admite", protesta. "Isso para mim é o início da farra do passaporte". O líder diz não entender a importância dada ao passaporte diplomático que, na sua opinião, "não tem nenhum valor especial".

A pedido do Senado, o Itamaraty concedeu passaportes diplomáticos para o chefe da Igreja Internacional do Reino de Deus, pastor Romildo Ribeiro Soares, conhecido por R. R. Soares, e para sua mulher, Maria Madalena Bezerra Soares. Nenhum dos dois exerce atividade parlamentar ou tem ligação com a instituição. A portaria de 10 de novembro do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, está publicada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje.

O portador de passaporte diplomático tem tratamento privilegiado nos aeroportos e alfândegas, como dispensa da fila para obtenção do visto de entrada ou saída e da revista da bagagem. Pela lei, o passaporte diplomático deve ser concedido somente a funcionários do governo ou a autoridades que viajam em missão oficial representando o Brasil. O passaporte diplomático é concedido gratuitamente pelo Itamaraty. O cidadão brasileiro paga R$ 156,07 pelo passaporte comum.

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Patriota informa na portaria que atendeu ao pedido feito pelo ofício 308/2011 do Senado. A Coordenação de Atividades Externas do Senado (Coatex), órgão encarregado de intermediar os pedidos de passaportes ao Itamaraty, informa que desconhece o documento. Tampouco a Presidência do Senado e a primeira-secretaria sabem de onde saiu ou quem assinou o tal ofício. A assessoria do Itamaraty informou que "está buscando a informação" sobre quem assinou o ofício.

Técnicos do Senado afirmam que o documento é do gabinete do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), à revelia da direção do Senado. Crivella é sobrinho do pastor e sua mulher, cunhada do chefe da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo. Não é a primeira vez que o senador usa do mandato para favorecer familiares. Em abril, o jornal O Estado de S.Paulo informou que o senador já tinha intermediado o pedido de passaporte para o tio, só que o pedido passou pela Coatex, ao contrário do que ocorreu agora. A assessoria de Crivella foi procurada, mas não se manifestou até às 16h40 de hoje.

A polêmica sobre a concessão de passaporte a pessoas não previstas na lei se deu com divulgação de que dois filhos maiores de idade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um neto usufruíam do benefício, contrariando a lei em vigor. Em janeiro, a presidente Dilma Rousseff e o ministro Antonio Patriota tentaram tornar mais rígida a lei sobre os passaportes especiais e a tornar obrigatória a divulgação no Diário Oficial da União do nome dos favorecidos.

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