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O patriarca de Jerusalém, Fuad Twal, protestou nesta terça-feira (5) contra a demolição pelas forças israelenses de uma propriedade do patriarcado que abrigava uma família palestina em Jerusalém Oriental anexada.

"Esse ato é contra a lei, a justiça e a humanidade, é contra a ideia de construção da paz. Ele aumenta a segregação e o ódio", declarou Twal, a mais alta autoridade católica na Terra Santa, que visitou o local com representantes de todas as correntes cristãs locais, perto do acesso à cidade palestina de Belém.

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Usando escavadeiras, as forças de segurança israelenses começaram a demolir a construção nesta madrugada, afirmando que tinha sido construída sem licença, de acordo os moradores. A família muçulmana despejada tinha 14 pessoas encontrou abrigo em uma barraca.

Twal disse que a propriedade era legal e que o Patriarcado Latino (católico) não tinha recebido uma ordem de demolição por parte das autoridades israelenses.

"Este é um terreno religioso e sempre será. O Ministério (israelense) do Interior e a Prefeitura (israelense) de Jerusalém sabiam muito bem que esta terra pertencia ao Patriarcado", lamentou o prelado que irá acionar a justiça israelense e internacional.

O Ministério do Interior e a Prefeitura não quiseram comentar o caso. A demolição da casa acontece 48 horas antes de uma nova visita do secretário de Estado americano, John Kerry, para impulsionar o processo de paz na região. Kerry se reunirá na quarta-feira com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em Belém (Cisjordânia).

Em um comunicado divulgado nesta terça, a Associação Israelense pelos Direitos Civis em Israel (ACRI), alertou que a Prefeitura israelense de Jerusalém havia notificado nos últimos dias centenas de famílias palestinas em Jerusalém Oriental, acusadas de construírem suas casas sem autorização.

Jerusalém Oriental, de maioria árabe, foi ocupada e anexada por Israel em junho de 1967. Essa anexação não é reconhecida pela comunidade internacional.

O atual prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, derrotou com 51% dos votos Moshe Lion, candidato do partido Likud e ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, nas eleições municipais de terça-feira.

Os prefeitos das grandes cidades de Israel, como Tel Avivi e Haifa, também foram reeleitos em uma votação marcada pelo alto índice de abstenção, segundo os números do ministério do Interior.

O candidato de direita Moshe Lion, que sonhava em captar o voto religioso, fracassou na tentativa de derrotar Barkat, um empresário apoiado pelos setores laicos.

Os prefeitos de Tel Aviv e de Haifa, o trabalhista Ron Huldai e Yona Yahav, do partido Kadima, também foram reeleitos.

O ministério do Interior anunciou que a taxa de participação final ainda não estava determinada, mas que era possível afirmar que foi inferior a 50%.

Nas eleições municipais de 2008, o índice de participação foi de 51,85%.

Assim como na votação anterior, a participação foi maior nos setores ultraortodoxos judeus e nas cidades com importante população árabe.

Apenas duas mulheres foram eleitas prefeitas em um total de 191 municípios.

Arqueólogos israelenses descobriram 36 peças de ouro, um medalhão e várias joias que datam da época bizantina na Cidade Velha de Jerusalém, anunciou nesta segunda-feira a Universidade hebraica da cidade sagrada.

A diretora das escavações, Eilat Mazar, citada em um comunicado, mencionou "uma descoberta impressionante que só acontece uma vez na vida".

O tesouro inclui 36 peças de ouro, um medalhão em ouro com um candelabro judaico entalhado e várias joias em ouro e prata.

Foi descoberto a 50 metros do muro sul da Esplanada das Mesquitas, que muitos judeus chamam de "Monte do Templo" e veneram como local de templos judaicos dos reis Salomão e Herodes.

Eilat Mazar disse que as escavações neste perímetro tornaram possível descobrir vários objetos da época do templo de Salomão, destruído pelos babilônios em 586 antes de Cristo, segundo a tradição judaica. Mas de acordo com a cientista, descobertas que datam do século VII depois de Cristo são completamente inesperados.

"A explicação mais provável é que (...) o local onde se escondeu o tesouro teria como objetivo destacar onde devia ser construída uma nova sinagoga, em um local próximo ao Monte do Templo", informou Mazar no comunicado.

"O que é certo é que o objetivo (...) foi um fracasso. O tesouro foi abandonado e seu proprietário nunca pode recuperá-lo", acrescentou.

Levando em conta a época e a forma como os objetos foram encontrados, Mazar considera que foram "abandonados no contexto da conquista persa de Jerusalém em 614", continua o comunicado.

"Após a conquista de Jerusalém pelos persas, muitos judeus voltaram a esta cidade com a esperança de encontrar liberdade política e religiosa e eram a maioria da população. Mas os persas, com a decadência do seu poder, ao invés de se aliar aos judeus, procuraram o apoio dos cristãos e autorizaram estes a tirar os judeus de Jerusalém", diz o texto.

O governo de Israel anunciou que acrescentou 20 assentamentos no território palestino ocupado da Cisjordânia a uma lista de comunidades judaicas que terão prioridade para receber ajuda econômica. O anúncio acrescenta uma nova complicação às negociações de paz com a Autoridade Nacional Palestina, que tomam como base a tese da restauração das fronteiras israelenses existentes em 1967.

Segundo o jornal israelense Haaretz, entre os assentamentos incluídos na lista estão comunidades localizadas fora dos principais blocos de terras árabes ocupadas que Israel pretende continuar controlando se e quando houver um acordo de paz com os palestinos. A maioria desses assentamentos tem vínculos com o partido nacionalista Pátria Judaica, que faz parte da coalizão de governo liderada pelo primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

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As negociações de paz entre israelenses e palestinos foram retomadas na semana passada, por iniciativa dos EUA, depois de ficarem paralisadas por três anos. O principal obstáculo à retomada das conversações era a insistência de Israel em continuar a construir e expandir assentamentos judaicos em terras tomadas dos palestinos.

As informações são da Dow Jones.

O chefe da Igreja Anglicana e arcebispo de Canterbury, Justin Welby, visitou Jerusalém nesta quinta-feira (27) e se reuniu com líderes religiosos, em sua primeira viagem à Terra Santa desde sua posse em março.

"O arcebispo Justin está fazendo esta viagem (...) pela importância da região (...) e porque está consciente das fortes pressões que a região sofre, em particular pelo conflito na Síria", informou seu gabinete.

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Desde sua chegada à Jordânia na quarta-feira, o arcebispo visitou lugares sagrados cristãos, muçulmanos e judeus. Nesta quinta, ele se reuniu com o presidente israelense, Shimon Peres. Também está previsto um encontro com o presidente palestino, Mahmud Abbas, antes de voltar para a Inglaterra, revelou uma autoridade israelense, que pediu para não ser identificada.

A polícia de Israel deteve para interrogatório nesta quarta-feira a principal autoridade religiosa islâmica da Terra Santa. O mufti de Jerusalém foi interrogado por diversas horas antes de ser liberado, em um caso raro de ação policial contra uma autoridade religiosa em Israel.

A detenção foi duramente criticada por líderes palestinos, levou a vizinha Jordânia a convocar o embaixador de Israel em Amã para uma reprimenda e tem potencial para complicar os esforços do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, para retomar o paralisado processo de paz entre israelenses e palestinos.

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O porta-voz da polícia de Israel, Micky Rosenfeld, disse que o mufti Mohammed Hussein foi interrogado durante seis horas por causa de "distúrbios ocorridos recentemente" na Cidade Velha de Jerusalém, um lugar sagrado para judeus e muçulmanos. Segundo ele, houve "incitação, distúrbios e desordem pública".

Hussein, considerado um moderado, foi solto sem acusações pendentes, disse Rosenfeld.

O porta-voz não entrou em detalhes sobre o interrogatório, mas uma fonte israelense disse que o religioso foi "advertido" a atenuar a tensão um dia depois de fiéis muçulmanos terem atirado pedras e cadeiras em turistas que visitavam o local, chamado de Esplanada das Mesquitas pelos islâmicos e de Monte do Templo pelos judeus.

O mufti, que ocupa a posição desde 2006, não se pronunciou sobre o assunto.

A última vez que algo similar aconteceu foi em 2002, no auge da segunda intifada palestina contra Israel, quando o mufti de Jerusalém na época, Ekrima Sabri, foi preso sob suspeita de incitar ataques suicidas. As informações são da Associated Press.

Multidões de cristãos ortodoxos participaram da tradicional cerimônia do "fogo sagrado" da Páscoa ortodoxa neste sábado (4), na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém, acompanhados por um grande aparato de segurança, constatou a AFP.

Segundo a Polícia israelense, dezenas de milhares de fiéis chegaram ao Santo Sepulcro, onde o evangelho situa a crucificação de Cristo, seu sepultamento e sua ressurreição. Milhares de policiais foram mobilizados para esta ocasião.

As forças de segurança israelenses haviam montado dezenas de postos de controle e de barreiras na Cidade Velha, no setor de maioria árabe da cidade sagrada, ocupada e anexada por Israel, obrigando os fiéis a esperar horas em filas, indicou uma correspondente da AFP.

Principal momento do cristianismo oriental, este rito milenar -símbolo de eternidade, paz e renovação- foi celebrado em uma igreja lotada, como em todos os anos, com peregrinos vindos, em sua maioria, do Leste Europeu e também da comunidade árabe ortodoxa da Terra Santa.

Seguindo a tradição, que remonta pelo menos ao século IV, o patriarca ortodoxo grego, Theophilos III, deixa a Basílica, levando uma vela acesa, sob os gritos de "Axios" ("Ele é digno"). Em meio à aclamação popular, os peregrinos recebem a chama que, transmitida de vela em vela, percorre as ruelas da Cidade Velha.

O "fogo sagrado" ou "fogo novo" deve ser, em seguida, levado em uma procissão para Belém (Cisjordânia), local de nascimento de Jesus, enquanto uma outra chama será levada de avião à Grécia e aos outros países ortodoxos. A maioria dos cristãos da Terra Santa segue o rito greco-ortodoxo.

O Santo Sepulcro é administrado por seis igrejas cristãs: os gregos ortodoxos, os católicos romanos, os armênios apostólicos, os coptas egípcios, os siríacos ortodoxos e os etíopes ortodoxos. Cada uma dessas igrejas controla uma parte cuidadosamente delimitada do local.

A Páscoa católica foi celebrada no dia 31 de março em Jerusalém e Belém, seguindo o calendário gregoriano. Mas por uma preocupação ecumênica, os outros católicos da Terra Santa, principalmente em Nazaré (norte de Israel), celebram este ano, pela primeira vez, a festa pascal na mesma data que os ortodoxos.

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Na última quarta-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deu início à sua primeira visita a Jerusalém, em Israel. A passagem de Obama pelo estado judeu é considerada histórica. No local, ao lado do presidente israelense, Shimon Peres, ele foi recebido por dezenas de crianças e adolescentes.

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Em outro ponto da cidade, cerca de 200 militantes palestinos foram às ruas para protestar contra um polêmico projeto de assentamento israelense. A reportagem da AFP traz mais detalhes sobre o assunto.

Uma pichação em hebreu chamando Jesus de "filho da p..." foi encontrada nesta terça-feira na porta de entrada de um mosteiro franciscano do Monte Sião, em Jerusalém.

Junto com a inscrição "Jesus, filho da p...", também era possível ler "o preço a pagar", informaram as autoridades franciscanas na Terra Santa em seu site. A maior suspeita cai sobre os colonos israelenses de ultra direita.

O mosteiro de São Francisco, um lugar importante para os cristão, se encontra perto do Cenáculo, onde, segundo o Novo Testamento, aconteceu a última ceia de Cristo com seus discípulos.

A pichação já foi apagada, segundo um jornalista da AFP presente no local.

O porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, indicou que uma investigação está sendo realizada.

A política do "preço a pagar", aplicada pelos colonos israelenses de ultradireita, consiste em atacar objetivos palestinos e árabes, e também pode visar a forças armadas de Israel ou israelense de esquerda.

Colonos israelenses e grupos ultradereitistas praticam um política de represálias sistemáticas quando o Estado de Israel toma medidas que consideram hostis à colonização dos territórios palestinos.

No início de setembro, desconhecidos incendiaram uma porta do mosteiro de Latrun em Israel e fizeram pichações anticristãs nas paredes.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, discursou nesta quinta-feira no plenário da 67ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e acusou Israel de "limpeza étnica" com a construção de assentamentos de colonos judeus na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

"É uma campanha de limpeza étnica contra o povo palestino, feita através das demolições das nossas casas", disse Abbas. Israel capturou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental na Guerra dos Seis Dias em 1967. Jerusalém Oriental foi anexada como parte do Estado judeu, mas isso jamais foi reconhecido pela comunidade internacional. Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital para seu futuro Estado.

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Abbas pediu hoje que uma resolução da ONU sirva como base para o fim do impasse nas negociações entre Israel e a ANP, que já dura anos. "Estamos enfrentando ondas de ataques contínuas contra nosso povo, nossas mesquitas, igrejas, mosteiros, casas e escolas", disse Abbas. Ele pediu que o Conselho de Segurança adote urgentemente uma resolução obrigando Israel a desocupar Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, defendendo a solução dos "dois Estados", isto é, Israel e Palestina, vivendo em paz e ao lado.

Logo depois, a acusação de Abbas foi rebatida pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que subiu ao plenário e discursou quando chegou sua vez. "Nós não vamos resolver nosso conflito através de discursos caluniadores na ONU", disse Netanyahu.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Na comemoração dos 71 anos do cantor Roberto Carlos, o iTunes disponibilizou a discografia do rei desde os sucessos que embalaram a década de 1960 até os sucessos atuais.

Além do aniversário, a loja também está celebrando o lançamento do disco gravado ao vivo em Jerusalém.

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Os 58 álbuns têm preços variados, indo desde US$ 1,29 até US$ 19,99 – preço equivalente ao lançamento – e até músicas avulsas por US$ 0,99.

As celebrações da Páscoa já começaram na terra Santa - Jerusalém. Turistas e religiosos formaram uma longa fila desde cedo na frente da Igreja do Santo Sepulcro. É lá que segundo a tradição cristã Jesus Cristo foi enterrado.

Por volta das 6h da manhã pelo horário local as portas da igreja foram abertas.

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Mais tarde começa a procissão que relembra a via dolorosa, caminho percorrido por Jesus antes de ser crucificado. A segurança na cidade foi reforçada para evitar ataques aos religiosos.

A polícia israelense entrou em choque nesta sexta-feira com centenas de palestinos em um dos lugares mais sagrados de Jerusalém para as religiões judaica e islâmica, o Monte do Templo, onde fica a mesquita de Al-Aqsa. Ainda não está claro o que provocou o confronto, que ocorreu após as preces muçulmanas do meio dia, quando jovens palestinos começaram a apedrejar a polícia. Nos últimos dias, websites de ativistas palestinos publicaram informações de que extremistas judaicos tentariam ocupar o Monte do Templo e a mesquita, o que ajudou a acirrar os ânimos. A polícia israelense disse que as informações são falsas.

No passado, a violência irrompeu várias vezes no complexo da mesquita de Al-Aqsa, que fica sobre os restos dos dois templos bíblicos judaicos. O local é o mais sagrado para o judaísmo e o terceiro mais sagrado para o Islã, após as mesquitas de Meca e Medina.

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O porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, disse que centenas de fiéis que saíram de Al-Aqsa começaram a apedrejar os policiais, que responderam com granadas de efeito moral para dispersá-los. Najeh Bkeirat, um funcionário palestino que estava no local, disse que os palestinos começaram a apedrejar a polícia após policiais tentarem impedir a passeata.

Rosenfeld disse que 11 policiais ficaram levemente feridos pelas pedras. Bkeirat disse que cerca de 30 palestinos, por sua vez, receberam ferimentos leves por causa da inalação do gás das bombas e de cacetadas de policiais. Rosenfeld afirmou que nenhuma bomba de gás lacrimogêneo foi disparada e que quatro palestinos foram detidos.

As informações são da Associated Press.

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