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O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu que os muçulmanos permaneçam calmos em relação à decisão do governo norte-americano de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. Na sua avaliação, pessoas que decidam protestar contra a medida devem agir dentro dos limites da lei e da democracia.

Protestos em Gaza e na Cisjordânia geraram conflitos entre pessoas contrárias e favoráveis à decisão de Donald Trump. Na Turquia, os protestos continuam a ocorrer neste sábado.

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"O destino de Jerusalém não pode ser fica nas mãos de um Estado que usurpa terras palestinas desde 1967 sem respeito à lei ou à moralidade", declarou Erdogan, que chamou a cidade de "menina dos olhos" e "linha vermelha" do mundo muçulmano. Fonte: Associated Press.

Tradicionais aliados dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU, incluindo Reino Unido, França, Suécia, Itália e Japão, criticaram nesta sexta-feira em reunião emergencial a decisão do presidente Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

O embaixador britânico na ONU, Matthew Rycroft, qualificou a decisão dos Estados Unidos de um ato "inútil para a paz", apesar de Trump ter dito que se mantém "profundamente comprometido em conseguir a paz entre os dois lados".

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Já o representante da Suécia na ONU, Olof Skoog, disse que a ação dos EUA é "contraditória com a lei internacional". Ele ressaltou ainda que o status de Jerusalém deve ser decidido diretamente entre israelenses e palestinos.

O embaixador francês, François Delattre, expressou preocupação com a possível "escalada da violência".

O representante italiano, Sebastiano Cardi, se disse temeroso em relação "ao risco de aumento de tensões na região". O japonês Koro Bessho afirmou no Conselho de Segurança da ONU que o seu governo se opõe a qualquer medida "unilateral".

O embaixador da Palestina, Riyad Mansour, afirmou que a decisão dos EUA "mina e desqualifica essencialmente seu papel de liderança para buscar a paz na região".

Por outro lado, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, pediu que todas as nações sigam os EUA e reconheçam Jerusalém como capital. "O reconhecimento é um passo fundamental e necessário pela paz", disse. Fonte: Associated Press.

Palestinos entraram em confronto com as tropas de Israel na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, enquanto muçulmanos da Jordânia à Indonésia foram às ruas após as orações da sexta-feira para protestar contra o reconhecimento pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de Jerusalém como a capital de Israel.

Manifestantes queimaram bandeiras de Israel e dos EUA e lançaram pedras contra pôsteres de Trump. Na Cisjordânia, atearam fogo a pneus nas cidades de Ramallah e Belém. Palestinos lançaram pedras contra soldados, que responderam com gás lacrimogêneo e balas de borracha.

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Também houve registro de confrontos na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel.

Três palestinos, dois deles em Gaza, foram feridos por munição de verdade e 12 foram atingidos por fragmentos de balas de borracha, segundo o Crescente Vermelho e autoridades do setor de saúde. Dezenas de pessoas sofrem com a inalação do gás lacrimogêneo, disseram médicos.

Israel capturou o leste de Jerusalém na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e a cidade é o lugar mais sagrado para o judaísmo. Além disso, porém, ela abriga importantes templos muçulmanos e cristãos e os palestinos querem Jerusalém Oriental como sua futura capital.

Grupos políticos palestinos convocaram grandes protestos nesta sexta-feira na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, os três territórios que os palestinos reivindicam. Além disso, em Gaza o Hamas convocou uma intifada (levante) contra Israel.

Houve protestos nas ruas também em vários países da região, como Irã, Indonésia, Malásia, Paquistão e Jordânia.

O primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, afirmou que a decisão dos EUA "complica mais o processo de paz e representa um desafio adicional para a estabilidade de toda a região". Após uma reunião com Hariri, o presidente francês, Emmanuel Macron, pediu "calma e responsabilidade" neste momento. Fonte: Associated Press.

O Kremlin disse que está preocupado com o possível anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconhecendo Jerusalém como a capital de Israel. A mudança poderia aumentar as tensões na região e desencadear protestos potencialmente violentos no Oriente Médio, onde a maioria muçulmana se opõe fortemente à ideia.

Falando a repórteres em Moscou, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que "a situação não é fácil". Ele afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, discutiu a questão com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, na terça-feira e expressou preocupação com uma "possível deterioração" das relações na região.

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Peskov disse, no entanto, que o Kremlin se absteria de comentar uma decisão que ainda não tivesse sido anunciada. Fonte: Associated Press.

Cientistas que investigam o lugar onde se encontra o suposto túmulo de Jesus comprovaram que os materiais de construção utilizados são do século IV, confirmando assim crenças antigas de que os romanos construíram o monumento três séculos depois de sua morte, afirmou nesta terça-feira (28) um especialista que participou do estudo.

O estudo não oferece nenhuma evidência de se Jesus está ou não enterrado nesse local de Jerusalém, mas ratifica a crença histórica de que os romanos construíram o monumento 300 anos após sua morte.

É a primeira vez que se realiza esse tipo de estudo no local, que fica onde hoje é a Basílica do Santo Sepulcro, no interior de um santuário construído depois.

A análise dos componentes da argamassa do local foi feita no âmbito de novos trabalhos de restauração do monumento, e por isso o lugar onde se acredita que Jesus foi enterrado foi aberto pela primeira vez em muitos séculos.

Antonia Moropoulou, coordenadora e chefe científica dos trabalhos de restauração, disse que os resultados da análise condizem com a crença histórica de que os romanos construíram o monumento no suposto túmulo de Jesus na era de Constantino, O Grande, por volta do ano 326.

"É uma descoberta muito importante porque confirma que foi Constantino, O Grande, como afirmam as evidências históricas, o responsável por ter coberto o leito de rocha do túmulo de Cristo com as lousas de mármore do santuário", afirmou Moropoulou, especialista em preservação da Universidade Técnica Nacional de Atenas.

A datação da argamassa mostra a continuidade histórica do lugar, desde a era bizantina, passando pelas Cruzadas e pelo período de antes e depois do Renascimento.

Segundo as crenças tradicionais, Constantino construiu o monumento para Jesus no local onde se acreditava que ele foi enterrado, no início da transição do Império romano para o Cristianismo, no século IV de nossa era. Outros monumentos foram construídos depois sobre o lugar.

A polícia israelense prendeu neste domingo uma mulher que estava completamente nua diante do Muro das Lamentações, o local mais sagrado da religião judaica, em Jerusalém, segundo informações da polícia.

A mulher, uma israelense de 23 anos, tirou a roupa no início da tarde nesse local de oração, no espaço reservado às mulheres, de acordo com o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld.

O porta-voz contou que os policiais que estavam no local a cobriram imediatamente com chales e panos, com intuito de "evitar um acidente mais grave" com os judeus que ali estavam.

"Pelo que sei, é a primeira vez que uma mulher fica nua diante do Muro das Lamentações", ressaltou.

Rosenfeld confirmou que a mulher iria ser submetida a exame psicológico para compreender melhor o que a teria feito agir assim.

"Eu, na verdade, não desejo essa nacionalidade, mas não tenho outra opção", explica Nora, de 28 anos. Durante o verão de 2014, a palestina de Jerusalém deu entrada no passaporte israelense, uma decisão "extremamente difícil".

Três anos depois essa advogada, que prefere não revelar seu nome verdadeiro com medo de que seu testemunho tenha um impacto negativo em seu pedido, continua esperando uma resposta das autoridades israelenses.

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Ter um documento de identidade israelense vai permitir que viaje com maior facilidade e visite sua irmãs que vivem na Europa, explica em entrevista à AFP.

Também facilitaria "para trabalhar", diz a jovem, que tem a ambição de ser juíza em Israel.

Quando conseguir um passaporte israelense, Nora deverá renunciar a viajar para a grande maioria dos países árabes, que não reconhecem Israel.

Cada vez mais palestinos de Jerusalém Oriental, a parte da cidade ocupada há 50 anos por Israel, tomam a mesma decisão, apesar de serem reticentes sobre adotar a nacionalidade do Estado que todos consideram "o inimigo", dizem advogados e defensores dos direitos dos palestinos.

- Nem palestinos, nem israelenses, nem jordanianos -

Os mais de 300.000 palestinos de Jerusalém Oriental têm um status especial. Apesar de residirem na cidade onde querem estabelecer a capital do Estado que aspiram, não têm nacionalidade palestina, diferente da população da Cisjordânia ocupada ou da Faixa de Gaza.

Israel considera que os habitantes de Jerusalém Oriental vivem em seu território, já que essa área foi anexada à cidade santa, mesmo que a Comunidade Internacional não a reconheça, e cobra impostos dos residentes.

Outorga assim permissões como "residentes permanentes", o que abre o acesso a direitos sociais. A vizinha Jordânia concede, por sua parte, documentos de viagem. Mas eles não têm direito a voto em nenhum desse países.

Só podem votar nas eleições municipais israelenses, mas a maioria boicota a votação porque não reconhece o município israelense que pretende exercer sua autoridade em toda Jerusalém.

Para Ziad Haidami, advogado em Jerusalém, as autoridades demoraram a responder a pedidos como o de Nora porque os pedidos são "cada vez mais numerosos".

Em seu escritório recebeu muitos clientes com motivos variados: "um queria ser policial, outro queria estudar no exterior", lembra.

- 'Mal visto' -

Todos, assegura Haidami, entram em seu escritório "se escondendo como ladrões" porque adotar a nacionalidade israelense "sempre foi e continua sendo mal visto".

"Mas os palestinos de Jerusalém tomam cada vez mais essa decisão porque acreditam que a nacionalidade israelense os protegerá, enquanto nenhuma autoridade palestina possa fazer isso em Jerusalém", onde Israel proíbe qualquer atividade política palestina.

Entre 2009 e 2016, dos 6.497 palestinos de Jerusalém que pediram a nacionalidade israelense, 3.349 conseguiram após passarem por várias entrevistas somente em hebraico, apesar do árabe ser a língua oficial em Israel, segundo o Centro de Ajuda Legal de Jerusalém, ONG que oferece ajuda jurídica os palestinos.

As autoridades israelenses não responderam aos pedidos de entrevista da AFP.

Mohamed tem há dois anos o passaporte azul escuro de Israel. "Não lamento em absoluto minha decisão", afirma o homem de 27 anos que também não quer seu verdadeiro nome revelado.

"Desde então, minha vida é muito mais simples e estou muito mais tranquilo", diz.

Funcionário em uma companhia israelense de Jerusalém Ocidental, Mohamed, que fala hebraico fluentemente, se acostumou rapidamente a sua nova identidade, mas só compartilhou sua decisão com seus familiares mais próximos porque, segundo ele, muitos desaprovam que palestinos peçam a nacionalidade israelense.

Em aspectos práticos, sua vida mudou por completo. Acabaram os problemas burocráticos e as longas filas de espera para conseguir um visto para viajar para o exteriro, afirma.

Fakhry Abu Diab, militante em uma associação anticolonização em Jerusalém Oriental, diz que entende "a frustração que leva os jovens" a tomar a mesma decisão que Mohamed, mas acredita que os palestinos deveriam "promover sua identidade" e sua presença na cidade sagrada, ao invés de "legitimar a ocupação e aceitá-la" adotando a nacionalidade israelense.

Centenas de prisioneiros palestinos encerraram neste sábado (27) uma greve de fome que durava 40 dias, depois de chegar a um compromisso com Israel para visitas familiares adicionais, segundo informações de autoridades israelenses e palestinas.

A porta-voz do serviço de prisão de Israel, Nicole Englander, disse que os presos declararam o fim da greve na manhã de hoje. Ela disse que isso aconteceu depois que Israel chegou a um acordo com a Autoridade Palestina e a Cruz Vermelha para que os prisioneiros recebessem uma segunda visita familiar por mês. A principal reivindicação dos prisioneiros era a melhora nas condições de prisão.

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A greve de fome evoluiu para um dos mais longos protestos com tantos participantes desde a captura de territórios palestinos por Israel, em 1967, com a expansão do país para a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza.

Englander disse que 1.578 prisioneiros participaram da greve de fome e 834 encerraram o jejum neste sábado. Ela disse que 18 estavam sendo tratados em hospitais.

Muitos israelenses veem os prisioneiros como terroristas e têm pouca simpatia por suas exigências. Mais de 6.000 palestinos estão atualmente presos por delitos ligados ao conflito entre Israel e Palestina, por acusações que vão desde o lançamento de pedras até a posse de armas e ataques que mataram ou feriram civis e soldados israelenses.

Os palestinos classificam os grevistas de fome como heróis nacionais, e o episódio levou a uma rara trégua entre dois grupos políticos rivais do país, o grupo militante islâmico Hamas, que dirige as regiões de Gaza, e o Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas, que administra enclaves autônomos na região. Os palestinos esperavam que o protesto chamasse a atenção de uma comunidade internacional, já que a ocupação israelense completará 50 anos no início de junho.

O ministro israelense da Segurança Pública, Gilad Erdan, alegou que a greve de fome foi motivada por uma luta de poder dentro do Fatah. Ele afirmou que o organizador da greve, Marwan Barghouti, explorou outros prisioneiros para aumentar sua posição no Fatah e firmar posição como um possível sucessor de Abbas. A família Barghouti negou tais alegações.

Qadoura Fares, que dirige o grupo de defesa do Clube de Prisioneiros, disse que houve negociações entre funcionários de Israel e um comitê dos prisioneiros, incluindo Marwan Barghouti. Ele disse que as negociações começaram na sexta-feira e foram as primeiras desde que a greve começou. Ele disse que não tinha detalhes sobre os termos do acordo.

Barghouti foi condenado por um tribunal israelense por ter comandado dois ataques e um bombardeio que matou cinco pessoas. Ele nunca montou uma defesa, dizendo que o tribunal não tinha jurisdição sobre ele.

No início deste mês, Israel lançou imagens que mostrariam Barghouti quebrando seu jejum. Os palestinos dizem que o vídeo é uma invenção. Fonte: Associated Press.

Uma multidão de cristãos do Oriente e do Ocidente celebraram com fervor neste domingo (16) a ressurreição de Jesus Cristo na igreja do Santo Sepulcro na Cidade Velha de Jerusalém, o local mais sagrado do cristianismo.

As Páscoas católica e ortodoxa são celebradas no mesmo dia esse ano, enquanto que as festividades da Páscoa judaica prosseguirão até a noite de segunda-feira (17). Será preciso esperar até 2025 para que as duas Páscoas cristãs voltem a coincidir.

Ao entrar na igreja, os peregrinos puderam apreciar o exterior do túmulo de Cristo, cuja restauração foi concluída em março. As obras começaram em maio de 2016 e permitiram consolidar a edícula de mármore que protege o túmulo de Jesus e devolveram suas cores originais.

A tradição cristã situa no Santo Sepulcro os últimos episódios da Paixão de Cristo, sua crucificação, seu enterro e sua ressurreição na manhã da Páscoa. "É maravilhoso!", afirmou Michael Hanna, de 64 anos, um copta de origem egípcia que migrou para a Austrália nos anos 1980. "Não podem imaginar a sensação experimentada ao tocar os lugares que o próprio Jesus tocou. Não se pode descrever", acrescentou.

Tin Nguyen, um vietnamita de 24 anos que trabalha no setor agrícola do sul de Israel, gravou com o celular a missa celebrada para poder mostrá-la aos amigos que não puderam viajar a Jerusalém. "O espírito que impera aqui e a forma com que as pessoas se reúnem em nome de Jesus estão cheios de espiritualidade e de paz", assegura.

Wajeeh Nusseibeh, de 67 anos e membro de uma das duas famílias muçulmanas que tradicionalmente são guardiãs das chaves da igreja, opina que neste ano foram menos visitantes do que nos anos anteriores devido às dificuldades econômicas e as ameaças contra os cristãos orientais no Iraque e na Síria. "Esperamos que haja paz no próximo ano e que cada um aceito o outro", afirmou, na entrada do templo.

No Santo Sepulcro, as cerimônias são organizadas com extremo cuidado e celebradas em horários distintos para evitar atritos entre as diferentes igrejas cristãs (grega ortodoxa, católico-romana, apostólica, armênia, copta, síria ortodoxa e etíope ortodoxa), que compartilham cada canto da basílica.

O templo fica em Jerusalém Oriental, ocupado e anexado por Israel. Os cristãos, que representavam mais de 18% da população da Terra Santa quando foi criado o Estado de Israel em 1948 são agora menos de 2%, em sua maioria ortodoxos.

Uma multidão de peregrinos participou neste sábado na tradicional cerimônia do "fogo sagrado", também chamada de "Sábado das luzes" da Páscoa ortodoxa na igreja do Santo Sepulcro, na Cidade Velha de Jerusalém, sob forte esquema de segurança.

Dezenas de milhares de fiéis foram à igreja do Santo Sepulcro, considerada o local mais sagrado do cristianismo, constatou um fotógrafo da AFP.

O edifício está localizado no local onde, segundo a tradição cristã, Jesus foi crucificado antes de ser sepultado e de ressuscitar.

Importante momento do cristianismo oriental, este rito milenar - símbolo da eternidade, da paz e da renovação - foi realizado, como a cada ano, em uma igreja lotada, invadida por peregrinos, principalmente vindos do leste europeu, mas também da comunidade árabe ortodoxa da Terra Santa.

Os milhares de fiéis que não puderam entrar na igreja tiveram que esperar na calçada ou mesmo nas ruas adjacentes.

Em meio ao júbilo, os peregrinos se aglomeraram para coletar a chama que, passada de vela em vela, percorreu as ruas da Cidade Velha.

A Basílica do Santo Sepulcro está localizada em Jerusalém Oriental, na Cidade Velha, ocupada e anexada por Israel. Após nove meses de obras de restauração, o túmulo de Jesus Cristo foi revelado no mês passado.

Iniciado em maio de 2016, o grande projeto de renovação permitiu consolidar o edículo de mármore com vista para o túmulo - inteiramente desmontado por especialistas gregos e depois reconstruído de forma idêntica - e restaurar as suas cores originais no local mais sagrado do cristianismo.

Os cristãos representavam mais de 18% da população na Terra Santa no período da criação do Estado de Israel em 1948, mas agora são menos de 2%, em sua maioria ortodoxos.

Este ano, a polícia reforçou significativamente a segurança em Jerusalém por ocasião da celebração da Páscoa judaica e cristã para evitar possíveis ataques.

Este dispositivo não impediu o assassinato na sexta-feira de uma estudante britânica esfaqueada por um palestino apresentado pela polícia israelense como "mentalmente perturbado" em um VLT perto do Muro das Lamentações na Cidade Velha.

Nesta ocasião da Páscoa judaica, dezenas de milhares de judeus visitam o Muro das Lamentações, o mais sagrado local do judaísmo.

Os territórios palestinos, Jerusalém e Israel são palco de uma onda de violência que já matou 260 palestinos, 41 israelenses, dois americanos, um jordaniano, um eritreu e umsudanês desde 1º de outubro de 2015, de acordo com uma contagem da AFP.

Uma turista britânica de 23 anos morreu nesta sexta-feira após ser esfaqueada por um palestino em um VLT em Jerusalém, informou uma fonte policias.

Os ataques visando especificamente os turistas são raros em Jerusalém.

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O atacante palestino foi neutralizado e preso pela polícia. A identidade da vítima não foi revelada. Segundo a imprensa local, ela seria uma estudante que teria a dupla nacionalidade israelense e britânica.

Ela chegou a ser socorrida em estado crítico pelos serviços de emergência, mas não resistiu aos ferimentos.

O atacante seria, de acordo com o Shin Bet, serviço de segurança interna de Israel, Jamil Tamimi, de 57 anos e um morador de Jerusalém Oriental.

No passado, foi hospitalizado depois de uma tentativa de suicídio e condenado em 2011 por agredir sexualmente sua filha, de acordo com o Shin Beth.

O comandante da polícia de Jerusalém, o comissário Yoram Halevy, afirmou aos jornalistas que o "terrorista está muito perturbado mentalmente".

Segundo a polícia, o agressor subiu no VLT com uma mochila. Ele reparou na jovem que estava próxima dele e tirou uma faca da mochila antes de atingí-la várias vezes na região do peito.

Um policial, que estava no mesmo vagão, acionou o sistema de alarme para parar o VLT e se preciptou contra o agressor antes de controlá-lo com a ajuda de um outro passageiro, acrescentou a polícia.

O VLT parou, suas portas se abriram e policiais entraram no vagão para prender o agressor. O Magen David Adom, o equivalente da Cruz Vermelha israelense, evacuou a ferida para um hospital onde ela faleceu.

O ataque ocorreu perto da Cidade Velha, onde a polícia israelense está presente em grande número para as celebrações da Páscoa judaica, iniciadas na segunda-feira.

Nesta ocasião, dezenas de milhares de judeus vão à Cidade Velha para visitar o Muro das Lamentações, o local mais sagrado do judaísmo.

Milhares de cristãos do mundo inteiro celebram no mesmo dia a Sexta-Feira Santa antes da Páscoa.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, denunciou, apesar da tese policial sobre a saúde mental do agressor, "o terrorismo islâmico extremista".

"Um terrorista palestino assassinou a sangue frio uma estudante de 23 anos de nacionalidade britânica", acrescentou o premiê, afirmando que as forças de segurança israelenses frustraram "várias tentativas de atentados nos últimos dias", sem fornecer outras precisões.

O presidente Reuven Rivlin expressou em um comunicado sua "tristeza" após este ataque.

"Esta semana milhares de visitantes passaram pelos portões antigos de Jerusalém para celebrar as festas do Pessah e da Páscoa em toda a cidade, enquanto as forças de segurança atuam para assegurar os habitantes e dos visitantes (...) O terrorismo não irá nos vencer, o terrorismo não nos destruirá", acrescentou o presidente.

Os territórios palestinos, Jerusalém e Israel são palco de uma onda de violência que já matou 260 palestinos, 41 israelenses, dois americanos, um jordaniano, um eritreu e um sudanês desde 1º de outubro de 2015, de acordo com uma contagem da AFP.

A intensidade da violência diminuiu nos últimos meses. Contudo, o chefe do Shin Beth, Nadav Argaman, estimou recentemente que a "calma relativa atual" na Cisjordânia ocupada e em Israel era "enganadora".

Milhares de peregrinos de todo o mundo e cristãos palestinos refizeram nesta sexta-feira, em Jerusalém, por ocasião da Sexta-feira Santa, o caminho percorrido por Jesus com sua cruz até o local da crucificação, segundo a tradição cristã.

Um forte esquema de segurança da polícia foi estabelecidos nas ruas estreitas da Cidade Velha, com agentes presentes ao longo de todo o percurso.

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Como todos os anos, os peregrinos carregavam nas costas enormes cruzes de madeira cantando hinos. A maioria era de cristãos chegados de todas as partes do mundo.

Dentro das celebrações que precedem a Páscoa, os fiéis percorrem em procissão a Via Dolorosa (Rua da Amargura), situada no setor oriental de Jerusalém, palestino, apesar de ocupado e anexado por Israel em 1967.

A Via Dolorosa conta as 14 estações onde Jesus, segundo o Evangelho, se encontrou com sua mãe, caiu, recebeu ajuda para carregar a cruz e se reuniu com as piedosas mulheres que o seguiam.

A procissão termina na igreja do Santo Sepulcro, construída em cima do suposto túmulo de Cristo e considerado o lugar mais sagrado do cristianismo.

Os cristãos representavam mais de 18% da população da Terra Santa quando foi criado o Estado de Israel em 1948, mas agora não atingem 2%, a maioria de ortodoxos.

O santuário que protege o túmulo onde Jesus Cristo foi enterrado, segundo a tradição cristã, foi reaberto nesta quarta-feira (22), durante uma cerimônia na igreja do Santo Sepulcro de Jerusalém, após nove meses de restauração.

As obras começaram em maio de 2016 para consolidar a Edícula de mármore e devolver sua cor original. O local foi completamente desmontado e reconstruído à imagem e semelhança do original.

Líderes religiosos de diferentes confissões cristãs participaram na cerimônia desta quarta-feira, durante a qual o santuário foi exibido sem a estrutura de metal que antes dificultava a vista.

"Não é apenas uma doação feita à Terra Santa, é uma doação para o mundo inteiro", afirmou o patriarca greco-ortodoxo Teophilos III de Jerusalém aos convidados, entre eles o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras.

"Antes o monumento estava completamente escuro, os muros da Edícula haviam escurecido pela fumaça das velas dos peregrinos", explicou à AFP a chefe da equipe de restauração, Antonia Moropoulou.

Faltando poucos dias para as comemorações da Páscoa, foi anunciada a conclusão da requalificação do túmulo de Jesus Cristo, em Jerusalém. O anúncio foi feito na última segunda-feira (20) pela equipe grega de 50 pessoas responsáveis pelo trabalho. 

Órgão dedicado à preservação e proteção do patrimônio cultural pelo mundo, a World Monuments Fund explicou que se a obra não fosse realizada a Edícula iria desabar e, para isso, foi feita uma transformação completa no monumento. O órgão também foi responsável pela doação de 1,4 milhões de euros para a realização deste trabalho orçado em 4 milhões. 

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O túmulo de Jesus Cristo é uma estrutura de calcário e metal e está localizada em uma das mais antigas igrejas do mundo, a do Santo Sepulcro, em Jerusalém. O monumento fica ao centro da igreja e havia recebido sua última reforma em 1810 – após um incêndio -, no entanto, o desgaste feito pela umidade, contato das pessoas e velas causaram degradação à estrutura. 

Contratempos 

O trabalho realizado na Edícula, iniciado em junho de 2016, tinha prazo mais curto para a finalização, mas divergências entre as igrejas Ortodoxa Grega, Católica e Apostólica Arménia atrasaram o serviço, porém, o consenso da necessidade da obra foi alcançado. 

O primeiro-ministro de Israel criticou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, acusando-o de uma ação "vergonhosa" na Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os assentamentos na Cisjordânia, e disse que está ansioso para trabalhar com seu "amigo", o presidente eleito Donald Trump.

Benjamin Netanyahu disse neste sábado que Israel rejeita a resolução "delirante" da ONU que exige o fim dos assentamentos israelenses. A decisão passou depois que os EUA, o aliado mais próximo de Israel, se abstiveram de votar.

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A abstenção representa uma ruptura na postura histórica dos Estados Unidos. Apesar de se opor aos assentamentos, o país tem tradicionalmente usado seu poder de veto como um membro permanente do Conselho de Segurança para bloquear tais resoluções.

"A administração Obama conduziu uma vergonhosa emboscada anti-Israel na ONU", disse Netanyahu. Ele afirmou que teve conversas com líderes norte-americanos que prometeram agir para reverter a resolução. Fonte: Associated Press

Dezenas de manifestantes que exigiam os mesmos direitos de oração para mulheres e homens no Muro das Lamentações, em Jerusalém, entraram em confronto nesta quarta-feira com judeus ortodoxos que tentavam bloquear o seu acesso ao local sagrado, constatou um fotógrafo da AFP.

O movimento "Mulheres do Muro" tem lutado há anos pelo direito atualmente reservado aos homens de orar e ler a Torá coletivamente e em voz alta em frente ao Muro das Lamentações e vestir o manto de oração.

O grupo é apoiado por movimentos judaicos liberais que dão igual espaço para mulheres e homens em seus rituais.

Hoje, as mulheres oram individualmente em um espaço dedicado a elas no Muro.

Dezenas delas, apoiadas por muitos rabinos e membros de comunidades judaicas não-ortodoxas estrangeiros, marcharam em direção ao Muro, em um gesto de desafio.

Os 200 manifestantes entraram em confronto com um grupo de homens ortodoxos, que tentaram impedir as mulheres de entrar em seu espaço de oração.

Após muita confusão, a mulheres finalmente conseguiram entrar.

"Tudo o que pedimos é que os ultra-ortodoxos não exerçam um monopólio sobre o judaísmo e que o governo reconheça que não há uma única maneira de ser judeu em Israel ou no exterior", declarou a manifestante Sylvie Rozenbaum.

O rabino do Muro, Shmuel Rabinowitz, denunciou uma "provocação". Elas "feriram a sensibilidade de milhares de homens e mulheres fiéis" e "profanaram a Torá passando os pergaminhos de mão em mão como um objeto vulgar", reclamou.

Depois de anos de disputa, o governo decidiu em janeiro de 2016 estabelecer um espaço de oração conjunta, ao sul do Muro das Lamentações. Mas esse espaço ainda não existe oficialmente, devido à oposição de partidos ultra-ortodoxos no governo de coalizão de Benjamin Netanyahu.

Israel anunciou nesta sexta-feira a suspensão de sua cooperação com a Unesco, um dia depois de uma votação criticada pelos israelenses como uma negação do vínculo milenar entre os judeus e Jerusalém.

Em uma carta dirigida à diretora geral da Unesco, Irina Bokova, e publicada no Twitter, o ministro israelense da Educação, Naftali Bennett, acusa a organização de dar um "apoio imediato ao terrorismo islamita" e anuncia a suspensão pela comissão israelense da Unesco de "todas as suas atividades profissionais com a organização internacional".

A Parada Gay de Jerusalém reuniu cerca de 25.000 pessoas, nesta quinta-feira (21), que desfilaram rodeadas por um impressionante dispositivo de segurança para evitar agressões, um ano depois que uma adolescente foi assassinada por um judeu ultraortodoxo durante a marcha.

A imprensa israelense destacou uma participação recorde nessa festa destinada a promover a tolerância, depois da forte polêmica levantada pelas declarações homofóbicas de certos rabinos nas últimas semanas.

A polícia, que havia mobilizado mais de 2.000 agentes, assegurou ter desmantelado um projeto de ataque contra os participantes do desfile. A agressão teria sido planejada pelo irmão de Yishai Shlissel, o ultraortodoxo que matou, no ano passado, uma menina de 16 anos e feriu outros cinco participantes.

Michael Shlissel foi detido e sua prisão será prolongada até sexta-feira.

O assassinato de Shira Banki deflagrou fortes críticas sobre a ineficácia do dispositivo policial. Shlissel foi colocado em liberdade algumas semanas antes, após cumprir pena de prisão por ter ferido outras três pessoas na Parada Gay de 2005.

Para evitar um novo drama neste ano, a polícia decidiu adotar medidas drásticas para garantir a segurança dos milhares de participantes esperados no desfile. Todas as ruas que dão acesso à marcha foram cercadas horas antes de seu início.

Durante o desfile, 30 "suspeitos" que tinham por objetivo "perturbar o andamento" da marcha foram detidos, e a polícia descobriu que vários deles tinham facas.

Apesar dos temores de agressão, a Parada transcorreu sem distúrbios em meio a um mar de bandeiras do arco-íris e israelenses.

'Princípio de igualdade'

O ministro de Segurança Interior, Gilad Erdan, presente no desfile, disse à AFP que se tratava de uma "marcha da tolerância" para expressar "solidariedade". O líder da oposição trabalhista, Isaac Herzog, também participou.

"O princípio de igualdade é a razão pela qual Shira Banki desfilou no ano passado, e é por isso que milhares de vocês marcharão a cada dia", declarou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em um vídeo publicado nas redes sociais.

"Ela morreu assassinada por um extremista cheio de ódio", lamentou.

Infelizmente, "certo membros da nossa sociedade continuam sem estar preparados para aceitar a comunidade LGBT", completou.

Em Jerusalém, cidade santa para judeus, muçulmanos e cristãos, a comunidade homossexual enfrenta mais dificuldades para ser aceita do que em Tel Aviv, uma cidade mais tolerante, onde a Parada Gay é muito mais festiva.

Também participaram da marcha alguns judeus ultraortodoxos, reconhecíveis por seu kipá preto. Um deles, que preferiu não se identificar, explicou que compareceu para provar que "Shlissel não representa o judaísmo ultraortodoxo, para o qual o amor ao próximo constitui um dever fundamental".

Uma mulher religiosa de 27 anos, Ariela Matar, explicava sua presença como uma denúncia das "declarações odiosas proferidas por certos rabinos", que contribuíram para aumentar a tensão com seus propósitos homofóbicos.

O Exército israelense informou que disparou dois mísseis contra um drone que entrou o seu espaço aéreo vindo da Síria. Segundo os militares, dois mísseis Patriot foram lançados contra o drone a partir do sistema de defesa aérea israelense nos Montes Golã. Os militares dizem que o aparelho voltou para a Síria.

Israel já abateu aeronaves síria no passado. Em 2014, o país derrubou um drone e um jato sírio que tinham entrado em seu espaço aéreo em duas ocasiões distintas.

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Israel tem evitado tomar partido na guerra civil síria. No entanto, tropas israelenses têm respondido a tiros de morteiros que atingem os Montes Golã. Israel também alega que atingiu alvos ligados ao grupo militante libanês Hezbollah localizados na Síria. Fonte: Associated Press

Milhares de peregrinos de todo o mundo e cristãos palestinos refizeram, nesta sexta-feira (25), em Jerusalém, o caminho que Jesus percorreu carregando sua cruz até o local de sua crucificação, segundo a tradição cristã. As estreitas ruelas entrelaçadas da Cidade Velha, localizada na parte palestina de Jerusalém, foram revistadas pela polícia israelense, mobilizada em maior número do que o habitual, de acordo com seu porta-voz Micky Rosenfeld.

Entre as barreiras colocadas pela polícia, os peregrinos carregavam grandes cruzes de madeira, cantando. Quase todos eram cristãos vindos dos quatro cantos do mundo, porque a maioria dos cristãos palestinos pertencem às Igrejas Orientais, que celebram a Páscoa no dia 1º de maio este ano.

"É maravilhoso estar aqui com todas essas pessoas de todo o mundo, caminhando juntos em paz", afirmou, muito emocionado, Carl-von Leo Honenthal, um protestante alemão de 31 anos.

Os comerciantes da Cidade Velha de Jerusalém afirmam que perderam grande parte de sua renda desde o início, no outono, do novo ciclo de violência entre israelenses e palestinos. Desde 1º de outubro, 200 palestinos e 28 israelenses foram mortos, de acordo com uma contagem da AFP.

Para Jihad Abu Diya, entrevistado pela AFP no momento da procissão, este ano é o "pior" porque, segundo ele, os peregrinos estrangeiros "não compram nada". Ele diz não esperar qualquer coisa desta temporada, apesar da celebração em Jerusalém pelos cristãos ortodoxos da Páscoa, principalmente russos, por causa da queda do rublo.

Como parte das comemorações que antecedem a festa da Páscoa, os fiéis percorrem em procissão a Via Crucis, localizada no setor oriental de Jerusalém, palestino, mas ocupado e anexado por Israel desde 1967. A Via Crucis inclui 14 estações, onde Jesus, segundo os Evangelhos, encontrou sua mãe, caiu, recebeu ajuda para carregar a cruz, e encontrou mulheres em lágrimas. A procissão termina na Igreja do Santo Sepulcro, construída sobre o suposto túmulo de Cristo.

Os cristãos representavam mais de 18% da população na Terra Santa durante a criação do Estado de Israel, em 1948, mas agora são menos de 2%, em sua maioria ortodoxos.

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