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Para além da interpretação de texto, as questões do caderno de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) exigem que os candidatos tenham o conhecimento sobre autores e obras da cultura brasileira. O professor Diogo Xavier comenta que as questões nem sempre abordam os aspectos literários, mas apresentam relação com a linguística. Diogo ressalta que os feras precisam ficar atentos às características estéticas e sociais das obras. 

O docente salienta que os candidatos devem prestar atenção nos temas relacionados à estética dos escritores e obras, assim como, a poeticidade e construção do texto. “Ultimamente a prova de linguagens, no que se refere à literatura, cobra dos candidatos questões atreladas às questões sociais, linguísticas e estéticas. Um exemplo disso é a poética de João Cabral de Melo Neto, que apresenta uma carga social e estilística forte". Em entrevista ao LeiaJá, o docente listou os principais autores presentes no exame. Confira:

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Prosa

Clarice Lispector - Escritora da terceira fase do modernismo brasileiro, chamada de "Geração de 45", Clarice nasceu na Ucrânia, mas ainda criança veio morar com a família no Brasil. Possui um estilo marcado pela inovação. Em sua literatura, os sentimentos e sensações dos personagens estão presentes, assim como, características intimistas e a representação do pensamento é feita de forma representação do pensamento não é feita de forma linear. Entre as obras mais conhecidas estão ‘Laços de Família’ e ‘A Hora da Estrela’.

Machado de Assis - De origem humilde, o escritor recebeu pouca educação formal e desempenhou diferentes funções, tais como: tipógrafo, editor de gravação, jornalista. Suas obras apresentam ironia e senso de humor para retratar os costumes da sociedade brasileira. Além disso, Machado mostra uma narrativa única e trava um diálogo com os leitores. Dentre as suas temáticas estão a escravidão, filosofia, ciúmes, mulher, papéis sociais, solidão. As obras mais conhecidas são Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro.

José de Alencar -  Classificado como um escritor da primeira fase romantismo brasileiro, Alencar possuía obras que apresentavam características realistas. Essas são classificadas em indianistas, históricas ou urbanas. Além disso, suas obras representava a cultura do povo, a história e as regiões brasileiras com uma linguagem, que para muitos, foi considerada inovadora para a época. Nas narrativas urbanas, costumava tecer críticas à sociedade, presente no livro Senhora. As obras indianistas, como em Ubirajara, Iracema e O Guarani, Alencar apresenta a figura do índio de forma idealizada. Já nas histórias regionalistas, ele fala dos costumes do campo, retratando o interior de São Paulo, os Pampas e o Sertão nordestino.

Guimarães Rosa – Representante da terceira fase do modernismo, o escritor apresenta uma escrita carregada de regionalismos, influenciada pela linguagem popular, recriando a linguagem com neologismos. Os costumes sertanejos e a paisagem são mostrados nas histórias. Assim como a figura do sertanejo é apresentado de forma a caracterizar o ser humano, seus percalços e lutas. Guimarães Rosa se consagrou na literatura brasileira após a publicação das obras Grande Sertões: Veredas e Corpo de Baile.

Ariano Suassuna – Um dos grandes nomes da cultura nordestina, o escritor e dramaturgo fundou o Movimento Armorial, na década de 70, cujo objetivo era apresentar a cultura popular em suas diversas faces. Pertencente a terceira fase do modernismo, sua produção carrega características da improvisação e do texto popular e mescla elementos do simbolismo, barroco e literatura de cordel. As obras ‘O Auto da Compadecida’, ‘O Santo e a Porca’ e ‘O Romance da Pedra do Reino’ se configuram como as mais discutidas.

Poesia

João Cabral de Melo Neto - Pertencente à geração de 45 do modernismo, João Cabral de Melo Neto apresenta em suas poesias características surrealistas, o rigor formal, formas fixas e versos ritmados. Desprendida de sentimentalismo, as obras descreviam as ações reais e possuíam um caráter construtivista. Uma de suas obras mais importantes é “Morte e Vida Severina”, que narra as pelejas do sertanejo.

Carlos Drummond de Andrade – Com características da segunda fase do movimento modernistas, Drummond apresenta nas poesias versos livres, sem métrica, concretas e com linguagem mais popular. Com uma escrita ácida, com versos irônicos e sarcásticos, o mineiro também teve uma fase mais social. Em seus poemas, ele escrevia sobre a terra natal e falava sobre angústia em relação ao futuro. As obras ‘A Rosa do Povo’, Sentimento do Mundo’ e o poemas ‘No meio do caminho’ são os mais icônicos.

Oswald de Andrade – Fundador do movimento modernista, iniciado na Semana de Arte Moderna, em 1922, Oswald de Andrade escreveu os primeiros textos com estilo modernista como o “Manifesto Antropófago” e “Manifesto da Poesia Pau-Brasil”. Caracterizada pó pregar a liberdade na construção do texto, o autor buscava criar e apresentar uma identidade nacional nas obras.

Cecília Meireles -  Autora da segunda fase do modernismo, Meireles utilizava técnicas tradicionais na construção dos versos, sonetos. Em suas poesias estão presentes temas como morte, o amor, o efêmero e o eterno. Suas obras apresentavam influências dos movimentos simbolista, romântico e parnasiano. “Romanceiro da Inconfidência”, “Viagem” e “Ou isto ou aquilo” são algumas obras que marcam a carreira da poetisa. 

Eleitos em 2010 e reeleitos em 2014, Dilma Rousseff e Michel Temer apesar de ocuparem a presidência e a vice-presidência da República, respectivamente, nunca tiveram uma postura de proximidade, como ocorreu com Fernando Henrique Cardoso e Marco Maciel e Lula e José de Alencar. A aliança Dilma/Temer foi meramente eleitoral, sem qualquer aproximação pelo viés político de convergência de ideias.

Com o agravamento da crise política, Temer aceitou ocupar o papel de articulador político do Palácio do Planalto a fim de tentar melhorar a relação com o Congresso Nacional, já que foi presidente da Câmara dos Deputados por várias oportunidades e possui excelente relação com senadores e deputados, tanto do governo quanto da oposição.

A empreitada não durou muito tempo porque Temer foi sabotado pelo próprio Palácio do Planalto. Quando se deu conta de que suas ações não surtiriam efeito porque na prática era um articulador sem a confiança nem a legitimidade da presidente da República, preferiu se afastar da função e desde então não quis mais saber de ajudar Dilma Rouseff.

Mesmo decidido a não ajudar mais a presidente na questão politica, aconselhou Dilma a não hostilizar Augusto Nardes, o relator das suas contas no TCU. E mais uma vez Dilma fez ouvido de mercador e sofreu uma fragorosa derrota por unanimidade na Côrte de Contas da União. O episódio serviu para afastar mais ainda o vice-presidente da presidente.

Convidado a assumir o ministério da Justiça em substituição a José Eduardo Cardozo, Michel Temer declinou do convite porque se aceitasse estaria se comprometendo ainda mais com o governo Dilma, de quem ele almeja distância. Por fim, na ação impetrada pelo PSDB que objetiva cassar a chapa presidencial, Temer utilizou a estratégia de afirmar que o comitê financeiro da sua campanha foi diferente do comitê da presidente, e se for constatada alguma irregularidade na captação de recursos, ele nada tem a ver com Dilma.

Todas as ações do vice-presidente convergem para uma certeza indubitável: Para Michel Temer, quanto maior for a distância de Dilma Rousseff, melhor.

Energia - A geração de eletricidade renovável terá mais investimentos no orçamento do próximo ano. O deputado federal João Fernando Coutinho (PSB-PE) destinou R$ 100 milhões para o setor por meio de emenda à LOA 2016, já aprovada na Comissão de Minas e Energia, da Câmara dos Deputados. Coutinho é defensor do incentivo à geração de energia por meio de fontes renováveis como forma de diversificar a matriz energética do País e, consequentemente, diminuir os custos da conta de energia para o consumidor.

Itambé - De acordo com informações colhidas de dentro do Palácio do Campo das Princesas, o ex-prefeito Fred Carrazone lidera com folga pesquisas internas sobre a sucessão em Itambé. Há quem considere que as pendências de Fred no TCE possuem grandes chances de serem revertidas, colocando-o na disputa pela prefeitura no ano que vem.

Raul Henry - O vice-governador Raul Henry (PMDB) esteve reunido com o prefeito Alexandre Arraes (PSB) na residência do socialista em Araripina. O encontro, que reuniu vários aliados do prefeito, serviu para o vice-governador trocar impressões com o prefeito sobre o cenário político nacional e as eleições municipais de 2016.

Detran - Graças a articulação do deputado estadual Vinicius Labanca (PSB), o município de São Lourenço da Mata receberá uma nova sede do Detran, repaginada, com maior conforto e maior variedade de serviços. A nova sede foi uma das promessas de campanha de Vinicius Labanca e ontem o secretário das Cidades André de Paula realizou o anúncio.

RÁPIDAS

Disputa - O contrato com o Bradesco, detentor da folha de pagamentos do estado de Pernambuco, se encerrará em fevereiro de 2016, então será realizada uma nova licitação para ver qual instituição financeira administrará a folha estadual. Estão na disputa o próprio Bradesco, a Caixa Econômica, o Banco do Brasil e o Santander. O lance mínimo é de R$ 497 milhões.

Humildade - Para o ministro do TCU José Múcio Monteiro, faltou humildade do governo no episódio das pedaladas fiscais, ao querer, a todo custo, bancar a tese de que estava correto. Além disso a politização do caso foi vital para que Dilma sofresse uma goleada no TCU.

Inocente quer saber - O que mais falta acontecer para Eduardo Cunha e Dilma Rousseff caírem?

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