Tópicos | judeus

Os herdeiros de um marchand judeu alemão, espoliado durante o regime nazista, obtiveram nesta terça-feira a restituição de um de seus quadros graças a uma casa de leilões alemã, informou uma universidade canadense.

"Nunca havíamos tido uma resposta tão voluntária do mercado de arte na Alemanha ante um pedido vinculado a uma obra espoliada", afirmou à AFP Clarence Epstein, diretor do projeto de restituição das obras que pertenceram a Max Stern, à Universidade Concordia de Montreal.

##RECOMENDA##

Há 10 anos, Epstein, um historiador de arte, luta por justiça para Max Stern, um judeu alemão obrigado em 1937 a fechar sua galeria de arte em Dusseldorf e a vender a preços muito baixos mais de 400 quadros para poder viajar à Inglaterra e ao Canadá.

A obra recuperada nesta terça-feira pela Universidade de Concordia, beneficiária do legado de Stern, assim como a Universidade McGill e a Universidade Hebraica de Jerusalém, é do pintor alemão Andreas Achenbach (1815-1910), considerado o pai da escola paisagística alemã do século XIX.

A obra estava entre os quadros que Stern precisou leiloar com a casa Lempertz de Colônia em 1937.

O quadro seria leiloado novamente em maio passado, desta vez na casa Van Ham, quando os pesquisadores de uma organização alemã especializada em arte roubada a reconheceram como uma obra de Stern.

O dono do quadro, um colecionador particular, aceitou entregá-lo à Universidade de Concordia.

Outras duas obras de Stern também foram retiradas do leilão, "mas os colecionadores se negaram a nos entregá-las, apesar dos esforços da Van Ham para nos ajudar", disse Epstein. Na Alemanha, estes quadros não podem ser apreendidos pela polícia porque seus proprietários continuam sendo seus donos legais, disse Epstein.

Esta é a 11ª obra recuperada pelos herdeiros de Stern, que foi entregue a eles durante uma cerimônia na embaixada do Canadá em Berlim.

Epstein lembrou que o projeto Stern ainda vigia de perto 40 quadros com a esperança de poder recuperá-los.

A Liga Antidifamação (ADL), organização que luta contra o antissemitismo, criticou nesta segunda-feira piadas do urso de pelúcia Ted, criado pelo humorista Seth MacFarlane, que fez, durante a cerimônia do Oscar, brincadeiras sobre a forte presença de judeus na indústria cinematográfica.

"As piadas sobre os 'judeus que controlam Hollywood' de Seth MacFarlane foram ofensivas e nada engraçadas", afirmou o presidente da entidade nos Estados Unidos, Abraham H. Foxman. "Esse tipo de atitude só reforça estereótipos que legitimam o antissemitismo. Fico triste ao ver que a cerimônia do Oscar usa este tipo de recurso para fazer rir", completou.

##RECOMENDA##

O urso de pelúcia disse, ao lado do ator Mark Wahlberg, com quem divide o cartaz na Comédia Ted, primeiro filme de MacFarlane, que "era melhor ser judeu para trabalhar neste lugar". A cerimônia do Oscar também teve outra polêmica, quando o site satírico The Onion postou na rede social Twitter um comentário ofensivo contra a pequena Quvenzhane Wallis, de nove anos, mais jovem indicada ao prêmio de Melhor Atriz, utilizando uma palavra baixo calão para referir-se a ela.

O editor do site, Steve Hannah, postou um pedido de desculpas oficial no Facebook no qual reconhece que o comentário foi ofensivo.

O assassinato de quatro judeus em Toulouse e o ataque a um supermercado kosher em Sarcelles (região de Paris) foram seguidos de picos de violência antissemita, que aumentaram 58% em 2012 na França, segundo o relatório anual do Serviço de Proteção da Comunidade Judaica (SPCJ).

"2012 foi um ano de violências sem precedentes contra os judeus na França, que foram alvos de dois atentados em menos de seis meses", afirma o SPCJ en no relatório.

Em 19 de março, Mohamed Merah matou três crianças e o pai judeus diante de uma escola de Toulouse. Em 6 de outubro, uma bomba explodiu em um supermercado kosher de Sarcelles.

"Ao invés de provocar uma tomada de consciência, os atentados de Toulouse e Sarcelles foram seguidos por um aumento muito claro dos atos antissemitas", afirma o SPCJ.

Em 2012 foram registrados 614 atos antissemitas, contra 389 em 2011, um aumento de 58%, segundo o documento.

O presidente israelense, Shimon Peres, inaugurou nesta quinta-feira em Moscou um novo museu que reconstrói a história dos judeus na Rússia, desde a época czarista até a atualidade, passando pelo período do Holocausto.

"Não existe um museu como este", declarou Peres durante a cerimônia de inauguração do Museu Judaico e Centro da Tolerância, sediado em um antigo depósito de ônibus construído em 1926 pelo arquiteto de vanguarda Konstantin Melnikov.

Por sua vez, o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, leu uma declaração do presidente Vladimir Putin na qual disse estar "convencido de que este museu será um local de diálogo e de entendimento para os povos".

"Toda tentativa de revisar a contribuição de nosso país na vitória na Segunda Gurra Mundial, ou de negação do Holocausto, não é apenas uma mentira cínica, mas um esquecimento da história", acrescentou Putin nesta mensagem.

Ao longo do dia, Peres se reunirá com o presidente russo.

As galerias do museu evocam a vida dos judeus na Rússia desde o fim do século XIX através de obras históricas, cartas e 13 horas de vídeo com testemunhos de judeus russos que vivem por todo o mundo.

Salas multimídia com alta tecnologia recriam imagens, sons e até cheiros do passado.

Na Rússia, os judeus foram perseguidos pelo regime czarista a partir do fim do século XVIII.

Fortemente atingidos pelos expurgos dos anos 1930 durante o regime do ditador soviético Joseph Stalin, os judeus também sofreram depois da Segunda Guerra Mundial e do Holocausto, especialmente durante a onda antissemita desencadeada pelo "caso dos médicos".

Trata-se de um suposto complô de médicos judeus acusados de ter assassinado dois dirigentes soviéticos e de ter planejado a eliminação de outros, uma conspiração preparada pelo regime de Stalin.

Israel parou, nesta quinta-feira, para lembrar os mais de seis milhões de judeus mortos durante o holocausto durante a Segunda Guerra Mundial. O dia do holocausto também foi marcado por um protesto na frente da embaixada da Alemanha.

As sirenes tocaram em todo o país. Onde quer que estivessem, no trânsito ou dentro dos trens, os israelenses pararam para fazer dois minutos de silêncio. Nas casas, escolas e escritórios atividades foram suspensas para se fazer uma homenagem às vítimas do genocídio nazista.

##RECOMENDA##

Em Tel Aviv, dezenas de manifestantes se concentraram em frente a embaixada alemã para protestar contra o escritor Günter Grass, que escreveu no começo do mês um poema criticando a venda de armas da Alemanha para Israel, afirmando que o Estado Judeu seria uma ameaça à paz por ter poderio nuclear.

O escritor alemão foi considerado “persona non grata” em Israel.

O Museu Sinagoga Kahal Zul Israel, situado na Rua do Bom Jesus, bairro do Recife, apresentou nesta quarta-feira uma série de novidades do lugar para a visitação do público. O espaço, que é considerado centro de referência da história e da Cultura Judaica no Brasil, ainda está em fase de finalização das obras de modernização, mas já pode oferecer em sua estrutura, maior condições de acessibilidade para pessoas portadoras de necessidades especiais.

De acordo com a presidente do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco (AHJPE), Tânia Kaufman, esta foi uma das prioridades na revitalização do museu. “Essa é uma parte muito importante no projeto, porque queremos que essas pessoas também tenham acesso a todo esse rico material e as histórias que são contadas aqui”, pontuou.

##RECOMENDA##

Entre as adequações que já foram concluídas na sinagoga estão as câmeras de segurança, climatização, instalação de um elevador que começará a funcionar nas próximas duas semanas, banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais e escritos em braile nas placas de acesso, entre outras medidas.

Na parte de tecnologia foi ampliado o acervo temático do museu através de arquivos de dados, além da criação de um portal para pesquisa que está em fase de testes e deverá ser inaugurado nos próximos dois meses.

Os trabalhos foram iniciados em setembro do ano passado, após a assinatura de convênio com o Ministério da Cultura em dezembro de 2010. O valor da reforma foi orçado em R$ 3, 2 milhões, sendo R$ 600 mil da contrapartida do Museu.

“O que a gente vem querendo é manter e merecer essa credibilidade que conquistamos nesses últimos dez anos. Sabemos que o indicador dessa confiança é uma demanda de diferentes categorias de pessoas que nos visitam como, por exemplo, pesquisadores e professores de outros países que nos procuram para pesquisar sobre a vida dos judeus em Pernambuco”, frisou a presidente.

O espaço é conhecido por ser a primeira Sinagoga das Américas e recebe aproximadamente 700 visitantes entre turistas, estudantes, jovens, adultos e idosos. No local, eles podem encontrar todo o acervo que conta a história de como aconteceu a imigração jucaica da Europa no século 20, com depoimentos, textos historiográficos e registros fotográficos.

As unidades especiais da polícia francesa continuam o cerco a uma casa em Toulouse onde pode estar o assassino anti-semita que recentemente cometeu sete assassinatos na França. A residência fica em um subúrbio próximo à escola judaica Ozar Hatorah e vários tiros foram ouvidos nas redondezas. Autoridades disseram que dois policiais ficaram levemente feridos na ação. Às 8h30 locais, (4h30 em Brasília), o impasse persistia.

A polícia está à caça do suspeito de ter matado três soldados em dois ataques isolados na semana passada, além de ter executado, na segunda-feira, três crianças em idade escolar e um rabino judeu em uma escola judaica de Toulouse.

##RECOMENDA##

Segundo o Ministro do Interior da França, Claude Gueant, o suspeito tem dito que possui ligações com a rede terrorista Al-Qaeda. Segundo ele, o suspeito conversa com os policiais por detrás da porta.

Segundo Gueant, o suspeito teria permanecido um tempo no Afeganistão e Paquistão, o que poderia explicar seus motivos de efetuar ataques contra alunos e o rabino na escola judaica. Segundo o ministro, o suspeito diz que cometeu os assassinatos para se vingar das mortes de crianças palestinas.

De acordo com o ministro, o irmão do suspeito foi preso pela polícia e foi pedido à mãe dele que ajudasse nas negociações. Entretanto, ela disse que tem pouca influência sobre o filho. O suspeito, de 24 anos, tem um registro policial devido ao tempo em que esteve nos campos de treinamento no Afeganistão e Paquistão.

Nesta quarta-feira, os corpos das três crianças e do rabino chegaram a Israel à frente de um serviço de sepultamento em Jerusalém, disseram fontes do aeroporto local.

Os corpos do rabino Jonathan Sandler, de 30 anos, e de seus filhos, Gabriel, de 4, Arieh, de 5 e Myriam Monsonego, de 7 anos, chegaram ao aeroporto Internacional Ben Gurion, próximo a Tel-Aviv, pouco depois das 5h45 (0h45 no horário de Brasília), em um voo procedente de Paris, disseram as fontes. O avião levava também o chanceler francês Alain Juppé e cerca de 50 parentes e amigos das vítimas. As informações são da Dow Jones.

A Rua do Bom Jesus, no bairro do Recife, se vestiu de azul e branco e mostrou um pouco da cultura dos povos judaicos neste sábado (3) e domingo (4), durante a 20ª edição do Festival da Cultura Judaica. O evento, que começou dentro do centro israelita e, dez anos depois de sua criação, mudou-se para o meio da rua, passou, assim, a incorporar o calendário da cidade do Recife.

Com o tema “Shalom - Educando para a paz”, o festival tem o propósito de convergir, conhecer e conviver mutuamente com as diversas linhas de educação moral e espiritual. A presidenta da Federação Israelita de Pernambuco, Sonia Sette, conta que este foi o primeiro ano de parceria entre a Federação e a Secretaria de Educaçao do Estado. “Devido ao tema, fizemos esta parceria com a Secretaria e promovemos minicursos, oficinas, palestras, exibição de filmes, exposições, shows musicais, dança, artesanato e gastronomia, incluindo visitações gratuitas à Sinagoga Kahal Zur Israel”, explica, referindo-se à primeira Sinagoga construída nas Américas durante o período de ocupação holandesa, no século 17.

##RECOMENDA##

O festival contou também com a presença do DJ Marcelo Berman que veio do Rio de Janeiro para discotecar esta celebração judaica no Recife. Por volta das 19h, as pessoas se reuniram em frente ao palco na Praça do Arsenal para participarem de uma dança típica ao som de músicas israelitas.

A presença da gastronomia típica dos judeus também foi uma vertente bastante explorada no festival. O custo das comidas girava em torno de R$3 e R$5 e as variedades eram, em sua maioria, tortas doces (damasco, nozes, uva) e salgadas (cebola, macarrão, queijo), sonhos de maçã, folheado de queijo, bolo de mel e camish* entre outros.

*Camish – Esteticamente, essa guloseima judaica pode até lembrar o nosso tradicional bolo de rolo, mas o sabor e a textura são complemente diferentes. A massa é a mesma das tortas crocantes e o recheio leva damasco, nozes, passas e amêndoas. Este é o segundo doce mais importante da culinária israelense, e está presente em festas como casamentos e B'nai Mitzvá (inserção do jovem judeu como um membro maduro na comunidade), pois traz o significado da alegria, doçura e felicidade.

Outro doce muito importante para a tradição azul e branca é o bolo de mel, uma sobremesa apreciada o ano inteiro e que se sobressai em cerimônias como Rosh Shana (ano novo judaico) e Yonkypur (dia do perdão), representando um “ano novo doce”.

Uma curiosidade foram os chamados “olhos-gregos”, uma pedra em tons azuis com uma espécie de olho central, que também faz parte da cultura judaica. De acordo com um dos comerciantes do festival, Arão Schver, “o olho-grego vem do Marrocos, quando Maomé mandou fazer um objeto em homenagem à sua filha Fátima. Ele foi trazido para a nossa cultura e representa um talismã da sorte”.  O também comerciante Diógenes Azevedo complementa falando que outro talismã bastante popular entre os turistas é a “mão de Fátima”, uma espécie de amuleto contra o mal olhado.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando