O departamento médico do Náutico tem, atualmente, quatro pacientes. Em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (04), o médico Marcos Lessa explicou as situações do zagueiro, Jean Rolt, do volante Ramirez, do meia Rogério Cearense e do atacante, Kieza.

Substituído no final da partida contra o Porto, no último sábado, em Caruaru, o atacante Kieza é o único do grupo que já atuou nessa temporada. Entretanto, é o que menos preocupa, já que deverá atuar na próxima partida, contra o Serra Talhada, nos Aflitos.

Kieza

“Todos ficaram preocupados com o Kieza, pois saiu do jogo contra o Porto com queixa de uma dor no músculo posterior da coxa direita. Mas, ele foi apenas poupado do treinamento. Nós examinamos e vimos que era apenas uma dor. Vamos examinar novamente entre hoje e amanhã (segunda e terça), mas não é uma lesão muscular que preocupe. Tem pouca chance de ser vetado”.

Jean Rolt

“A recuperação vem evoluindo cada dia mais, vai surpreender. Deve ser liberado para os treinos ainda essa semana. No início eram apenas 45 dias de recuperação, mas essa demora maior é natural (quase dois meses). O atleta teve uma diminuição na musculatura da coxa. Uma coisa é recuperar durante o campeonato, pois está na plenitude, preparado, com condicionamento... Outra coisa é quando pega o atleta em um período de férias, já que está em repouso e sem trabalho muscular. Acaba acontecendo uma atrofia e se perde massa muscular. Isso fez com que o tratamento demorasse mais.

Ramirez

“Ele vem se recuperando bem também da cirurgia no joelho. Já consegue treinar dando voltas no campo e correndo. Deve ser integrado em dois meses ao restante do grupo”.

Rogério Cearense

“Esse é o terceiro mês de recuperação (de seis previstos). Também tem um bom prognóstico. No meio desse mês deve iniciar os mesmos trabalhos que o Ramirez vem fazendo”.

Quem segue o atacante Kieza na rede social Instagram foi, no mínimo, surpreendido na madrugada desta quarta-feira (30). Em 127 palavras e apenas um ponto (o final), o jogador desabafou sobre a vida pessoal. O preocupante, entretanto, pelo menos para os alvirrubros, foi a seguinte frase: “que se fo** essa vida boa que eu tenho por causa da minha profissão (...) então vou largar tudo”.

E foi dessa forma durante grande parte do texto. Kieza sempre procurou exaltar a boa fase que vive dentro das quatro linhas, mas externou a insatisfação na vida pessoal, falando, inclusive, em decepção no amor. Arrependido ou não, o fato é que o atleta já apagou a publicação.

Renovação

O contrato de Kieza com o Náutico vai até 30 de junho deste ano. O atleta de 27 anos já externou publicamente que pretende estender o vínculo com clube. A diretoria também afirma ter a mesma vontade. Entretanto, a negociação segue paralisada.

Tudo indica que a renovação entre Náutico e Kieza deve ser bem mais simples do que da última vez, em 2011. Ambos têm interesse que o acordo seja firmado logo e na semana que vem, o empresário do atacante chega o Recife para iniciar as negociações. O contrato de Kieza se encerra em maio.

“Na próxima semana meu empresário vem para Recife, vamos analisar a proposta e ver no que vai dar. Não começamos ainda a falar em números, valores, porque tem investidores envolvidos na negociação, mas todo mundo é ciente do meu desejo em permanecer”, disse o artilheiro alvirrubro.

O grupo de investidores  que Kieza se referiu, é o que pretende ajudar o Náutico a comprar parte dos direitos federativos do atleta. Sendo assim, o Timbu pode fazer um contrato mais longo e em caso de uma possível venda, ter direito a uma porcentagem.

Com a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro a saúde financeira do Náutico mudou. Os reflexos são cada vez mais evidentes nas ações do clube para a temporada 2013. Contratos mais longos e contratações mais ousadas. Porém, mesmo com essa nova filosofia, um questionamento segue no ar nos bastidores alvirrubros: e a renovação com o atacante Kieza?

“Posso assinar pré-contrato com qualquer clube”, afirmou o jogador em entrevista coletiva, nesta terça-feira (08), pressionando a diretoria pelo segundo dia consecutivo. Quando indagado sobre o motivo da ‘demora’, Kieza foi direto. “Já disse que amo esse clube, quero muito ficar aqui. Mas quem cuida da minha carreira é um grupo de investidores e a diretoria precisa sentar com eles e definir valores, tempo de contrato, essas coisas. A minha posição já foi tomada e é conhecida por todos”, disse.

Mesmo com sondagens de outras equipes, Kieza garante que a prioridade é permanecer no Náutico. “Sou sempre lembrado, mas ressalto, não tenho a menor pretensão de sair do Náutico. Amo esse clube e vou esperar a posição da diretoria. Fiz de tudo para voltar e o que eu puder fazer para ficar vai ser feito”, garantiu.

Kieza é, atualmente, um dos maiores ídolos da torcida alvirrubra. Em 2011, o atacante foi um dos responsáveis pelo acesso da equipe para elite do futebol nacional. Foram 21 gols e a artilharia da Série B. Em seguida, o primeiro problema entre empresários e diretoria. Sem um acordo financeiro, o atleta foi parar no futebol árabe.

Não demorou muito e voltou para a disputa do Brasileirão. Estreou apenas na 10ª rodada e marcou 13 gols na competição, sendo o artilheiro da equipe ajudando a recolocar o Náutico em uma competição internacional após 44 anos (Sul-Americana).

O atacante alvirrubro Kieza provou os torcedores do Sport em sua conta pessoal do Twitter, assim que terminou o jogo do Náutico contra o Bahia, que garantiu a permanência do clube na Série A do Brasileiro.

Kieza escreveu em seu microblog: "Quero ver algum jornalista corneteiro ou torcedor da coisa falar que temos chances de cair ainda kkkkkkk". Além desse comentário o atacante ainda provocou mais os rubro-negros, ... "e domingo vamos acabar de derrubar a coisa vamo que vamo timba", escreveu.

As duas equipes irão se enfrentar na última rodada do Brasileirão, no próximo domingo (2), no Estádio dos Aflitos. De um lado, o Naútico já está garantido na Série A e ainda busca vaga na Sul-americana e do outro, o Sport ainda luta contra o rebaixamento e precisa vencer o Timbu para continuar na primeira divisão.

Após a movimentação criada no jogo contra o Internacional com a campanha “Jogo do Fico”, em alusão a permanência do clube na Série A, o Timbu lançou mais um projeto de marketing. Desta vez, ao lema é “Missão Sul-Americana”, mirando a vitória alvirrubra contra o Flamengo, no próximo domingo (11), nos Aflitos.

Com a camisa que estampava os dizeres da campanha, Romero, Souza, Rhayner e Kieza “atuaram” num comercial gravado na sala de imprensa do clube. “É um jogo decisivo para que a gente consiga a vaga na Sul-Americana e temos tudo para alcançar a classificação com os 48 pontos”, afirmou Rhayner.

Premiação

O Náutico anunciou que a conquista da vaga na Sul-Americana virá junto com uma bonificação para os atletas e membros da comissão técnica. “É bom ter esse incentivo financeiro para que a gente tenha ainda mais vontade de conquistar essa vaga”, relata Rogério.

Mas, como se classifica mesmo?

Nem todos os jogadores sabem por completo a forma de obter a vaga na Sul-Americana. Grande parte deles imagina que seja apenas ficando entre o 5º e o 12º lugar. “Não sei bem como é essa questão, mas estamos nos esforçando para levar o Náutico rumo a classificação”, afirma Rhayner. E ao saber que, caso o Náutico avance para as oitavas de final, teria que deixar a Sul-Americana, o atacante demonstrou surpresa. “ É um critério maluco. Se precisar perder a partida da Copa do Brasil para jogar lá, acho que pode valer a pena, já que é uma competição internacional”, conclui.

Os jogadores do Náutico iniciaram, nesta sexta-feira (19), o trabalho para o confronto diante da Portuguesa, no próximo domingo, a partir das 15h (por conta do horário de verão). Hoje, treinaram apenas os atletas que não atuaram na derrota contra o Coritiba, enquanto o restante fez apenas um trabalho regenerativo nos Aflitos.

Para o duelo contra os paulistas, Martinez estará de volta ao time. No entanto, o volante Elicarlos será a ausência no jogo. Ele cumprirá suspensão automática por conta do terceiro cartão amarelo tomado no jogo contra o Coritiba.

A expectativa é de que o estádio dos Aflitos volte a receber um bom público, já que o Náutico, se vencer, chegará aos 43 pontos e praticamente eliminará qualquer chance de rebaixamento. Embora o técnico Alexandre Gallo só confirme a equipe momento antes do jogo começar, a formação indicada nas movimentações é de que seja um 4-3-3: Felipe, Patrick, Alemão, Jean Rolt, João Paulo, Souza, Martinez e Rhayner; Araújo, Rogério e Kieza.

Para a partida, a Portuguesa não contará com o atacante Bruno Mineiro. O jogador é vice-artilheiro do Brasileirão 2012, com 14 gols, ao lado do são-paulino Luís Fabiano. Fred lidera a lista com 15 gols.

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Não foi um espetáculo, mas o que vale é somar três pontos e foi isso que o Timbu trouxe pela 11ª vez dentro dos Aflitos. Contra um Palmeiras que dominou o jogo no primeiro tempo, foi de Kieza mais uma vez a bola que definiu a vitória Timbu por 1x0, neste domingo (14). O resultado deixa os pernambucanos na nona posição, com 40 pontos. O clube alviverde permanece no Z-4, na 18ª posição, com 26 pontos.

O JOGO

O Náutico entrou em campo sem três peças: Patric, expulso na última partida; Alemão, com dores no tornozelo; e Souza, por motivos contratuais. Alessandro e Alisson foram os substitutos diretos dos dois primeiros, enquanto Rogério ficou na vaga do volante Timbu. No lado palmeirense, a situação era ainda pior. Gilson Kleina precisou montar a equipe sem oito jogadores, incluindo nomes importantes como Valdívia, Henrique, Marcos Assunção e Barcos. Com uma escalação “remendada”, os paulistas chegaram a Recife com a árdua missão de frearem a força do Timbu nos Aflitos.

Era nos Aflitos, mas não parecia

A tática mais ofensiva era a do Náutico, mas foi o Palmeiras quem mandava nos Aflitos e que quase marcou aos 2 minutos, após saída de bola errada de Martinez, que culminou no chute de Luan para boa defesa de Felipe. Depois foi a vez de Alessandro recuar na fogueira para Jean Rolt e arrepiar a espinha dos torcedores alvirrubros. Completando a sequência de sustos, aos 7, Artur invadiu a área e tocou para Obina, mas a zaga Timbu cortou a tempo de evitar o gol dos paulistas.

Nervoso, o Náutico era envolvido pelo toque de bola alviverde. Em nova jogada pelo lado esquerdo da defesa pernambucana, Obina disputou no alto com Felipe e só não marcou o gol na sobra de bola porque Jean Rolt salvou em cima da linha. Surpreendido pela postura dos visitantes, o Náutico só chegava com perigo em chutes de fora da área com Rogério.

Chances desperdiçadas custaram caro ao Palmeiras. Na primeira bola que recebeu de frente a barra, Kieza mostrou porque sua média de gols nos Aflitos é alta. Passe açucarado de Rogério, aos 13, para o artilheiro guarda no canto esquerdo de Bruno. Mesmo sem o domínio habitual jogando em casa, foi o Timbu que saiu na frente.

O placar mudou, mas a história do jogo continuou sendo narrada da mesma forma. O Palmeiras tinha o triplo de desarmes, quase o dobro de finalizações do Náutico e seguia assustando, como no chute cruzado de Juninho que passou rente a trave de Felipe. Nos contra-ataques, os pernambucanos exploravam a velocidade de Rogério. Caindo pelos dois lados do campo, praticamente todas as jogadas de ataque passavam pelos pés do camisa 8. Assim como a tarde recifense, o jogo esfriou e terminou com o Náutico jogando o suficiente para assegurar o 1x0.

Voltando as origens

No segundo tempo, Alexandre Gallo retornou a formação tradicional com três volantes, trocando Rogério, com dores no tornozelo esquerdo, por Josa. Reforçando a marcação, os mandantes por pouco não ampliaram com Araújo, que de frente para Bruno bateu fraco nas mãos do goleiro. Aos 9, o Náutico mostrou que a normalidade voltou aos Aflitos, após Rhayner perder mais uma oportunidade na cara do gol, acertando a trave alviverde.

Com as rédeas do jogo, o Náutico voltou a impor o ritmo que fez a equipe derrotar todos os paulistas que vieram aos Aflitos. Tanta pressão provocou a expulsão de Thiago Heleno pelo carrinho dado em Araújo, aos 17. Com um a menos, restou aos visitantes os lançamentos longos e cruzamentos visando Obina.

Na metade da segunda etapa, Gallo realizou suas duas últimas trocas, sacando Alessandro e Araújo e pondo em campo Alemão e Rogerinho. Na reta final, os palmeirenses se lançaram totalmente ao ataque e quase silenciaram os Aflitos em chute cruzado de Vinícius, mas Felipe salvou com os pés o último susto adversário. O Timbu foi econômico e garantiu até o final o 1x0 dentro dos Aflitos. Os alvirrubros saem agora para enfrentar o Coritiba, na quarta (17), às 19h30, no Couto Pereira.

Ficha do jogo

Estádio dos Aflitos, Recife-PE

Horário: 16h

Náutico: Felipe; Alessandro(Alemão), Alison, Jean Rolt e Douglas Santos; Elicarlos, Martinez, Rogério(Josa) e Rhayner; Araújo(Rogerinho) e Kieza. Técnico Alexandre Gallo

Palmeiras: Bruno; Artur, Leandro Amaro, Thiago Heleno e Juninho; Márcio Araújo(Betinho), João Denoni, Mazinho(Patrik)  e Tiago Real; Luan e Obina(Vinicius). Técnico: Gilson Kleina

Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)

Assistentes: Márcio Santiago (Fifa-MG) e Kléber Gil (SC)

Cartões Amarelos: Thiago Heleno, Leandro Amaro, Juninho, Patrik (P), Martinez, Alessandro (N)

Cartão Vermelho: Thiago Heleno

Gols: Kieza, aos 13 do 1º tempo

Público: 15.096

Renda:R$ 261.365,00

Sempre que um jogador deixa um time, ele leva consigo alguns conhecimentos, seja sobre a equipe, treinador, gramado ou outros detalhes do clube. No futuro, esses dados podem ser importantes num eventual reencontro. E o Náutico tem várias opções de onde extrair essas informações contra a Ponte, no duelo desta quarta (10), às 19h30, no Moisés Lucarelli.

João Paulo não será bem um espião em Campinas, já que não atuará contra a Macaca. Já Patric, titular absoluto na lateral direita, fará seu primeiro duelo contra o clube após sua saída em 2011. “Se pressionarmos desde o começo, a torcida vai pegar no pé deles e nós podemos aproveitar isso”, pontua o lateral.

Além deles, o time de ex-campineiros tem Jean Rolt, Souza, Kieza e Reis. Todos eles preferiram demonstrar respeito contra o antigo clube, mas acreditam que o Náutico pode obter sua segunda vitória na competição. “Ele estão em crise e devem ir ao ataque. Podemos usar isso para conseguir contra-atacar e sair vitorioso”, explica Rolt, lembrando que a Ponte não vence há seis jogos.

Martinez, que já jogou no Guarani, rival da Ponte, comentou seu histórico positivo nos clássicos contra a Macaca. “ Meu primeiro clássico foi um derby. Tinha 18 anos e marquei um dos gols no jogo”, brincou Martinez, que revelou o pedido dos amigos do Bugre para lembrar os velhos tempos e bater a Ponte.