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O juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em primeira instância, foi alvo de protestos do Movimento Levante Popular neste sábado (28). Enquanto o magistrado palestrava na sede do Tribunal de Contas da Paraíba, em João Pessoa, durante uma conferência sobre combate a corrupção um grupo, com cerca de 200 jovens, faziam um ato em frente ao local. 

Tocando alfaias, entoando frases de efeito e com cartazes erguidos, o movimento denunciou o que eles chamam de “caráter seletivo” do juiz diante da condução da Lava Jato. De acordo com o Levante Popular, Moro e alguns ministros do Supremo Tribunal Federal “agem com parcialidade e apenas buscam deslegitimar Dilma, Lula e o PT tratando-os como os inventores da corrupção”. 

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Enquanto, segundo o movimento, os “parlamentares ligados ao PSDB como Aécio Neves, bem como políticos nomeados como ministros do governo Temer, já foram citados em delações permanecem fora da mira do juiz Moro”.

Além do magistrado, o Levante Popular também criticou a gestão do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) e pediu a saída dele do cargo. 

Com o arrefecer dos ânimos em Brasília, os petistas estão descentralizando as articulações pela conquista dos votos contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Apesar da contabilização real abaixo dos 172 votos necessários para arquivar o pedido, o presidente do PT em Pernambuco, Bruno Ribeiro, afirmou, nesta sexta-feira (15), que a legenda não cessará, até o último minuto, as conversas com os parlamentares da base e, até da oposição, para ampliar a adesão em favor da presidente. 

“O que está em jogo é o futuro da democracia. Este país está vivendo um absurdo. Temos um congresso cheio de réus julgando uma presidenta que não tem nenhum ato ilícito. Parecer de Tribunal é recomendação. Estamos confiantes de que teremos um número bem superior aos 172 deputados, porque nem todos são réus e nem todos seguem a um político corrupto como Eduardo Cunha”, frisou, ao participar da abertura do “Acampamento pela Democracia” na Praça do Derby, área central do Recife.

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Corroborando Ribeiro, a vice-presidente do PT-PE e deputada estadual, Teresa Leitão, afirmou que “a luta está dura, mas a expectativa é de vitória”. “Sabemos que eles estão jogando com todas as armas possíveis, republicanas ou não. Este processo tem características visíveis de um golpe. Cada vez que analisamos nossa defesa isso fica mais claro”, disse. “Até hoje eles não tem esses 342 votos, estão fazendo aquele efeito de ganhar no grito, manobrando processo de votação. O nordeste tem que reagir fortemente contra isso. Demos a vitória a Dilma com muito orgulho. A articulação permanece até o dia, a contabilidade é voto a voto”, acrescentou. 

Para o superintendente da Sudene e ex-prefeito do Recife, João Paulo, caso o impeachment passe estará sendo instaurado um “caos social” no país. “Os que estão arquitetando o golpe não tem legitimidade nem social nem internacional. A confirmação deste golpe seria levar o Brasil a um clima de instabilidade total. Uma coisa é você governar a partir de um regime democrático outra é a partir de um golpe. Isto pode levar a um conflito constante de classes”, previu. 

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Com o início da discussão para a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados, militantes contra a saída da petista acampam a partir desta sexta-feira (15) na Praça do Derby, área central do Recife. A abertura do "acampamento pela democracia" aconteceu no fim da tarde, com apresentações musicais e a montagem das barracas.

Membros da Frente Brasil Popular - composta por centrais sindicais como a CUT e a Fetape -, da União Nacional dos Estudantes (UNE), de partidos como o PT, PSOL e PDT permanecem no local até a manhã do domingo (17), quando seguirão em passeata para o Marco Zero, onde um telão será montado na Avenida Rio Branco para assistirem a votação.

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Maior grupo acampado, o Movimento Sem Terra (MST) fincou varas de bambu na grama da Praça onde habitualmente só se vê frutas caídas. Famílias integrantes de assentamentos na Região Metropolitana, da Mata e do Agreste participam da mobilização. "Estaremos sempre aqui fazendo parte desta onda que se levanta contra o golpe. Estamos otimistas com a votação de domingo, estar na rua ajuda a pressionar os deputados", observou Paulo Mansan da coordenação do MST-PE.

Com um grupo de cerca de 50 pessoas, o representante do Movimento  Levante Popular, Tércio Andrade, convocou a população para ir as ruas em defesa da democracia. "Acreditamos que isso [o impeachment] é uma tentativa de golpe. E com isso a juventude será a que mais vai ser penalizada. Precisamos nos posicionar neste momento de polarização", frisou. O grupo também fará intervenções artísticas durante o período de acampamento.

Corroborando Andrade, a membro do Comlés, Vasti Maria, pontuou a necessidade de somar forças neste momento. "Precisamos engrossar o cordão com a sociedade civil, somando forças contra o golpe", afirmou, dizendo que junto com ela estavam pessoas de Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e do Recife.

Além das barracas, tendas foram montadas na Praça do Derby. No palco, durante a noite de hoje e o dia deste sábado (15) os movimentos se revesam entre apresentações e discursos.

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Carta ao governador

As centrais sindicais e o PT entregaram uma carta ao governador Paulo Câmara (PSB) na noite de hoje, pedindo para que ele reveja a posição do PSB e respeite a história de Miguel Arraes. “A carta cobra responsabilidade do governador do estado, relembra a ele a história de tradição de Pernambuco e do PSB. O palácio do Campo das Princesas é um símbolo de resistência. Miguel Alencar resistiu ao golpe, pressionamos o governador para que ele não traia a história de Miguel Arraes. A carta pede que ele não envergonhe a história e o estado”, detalha o presidente da Central única dos Trabalhadores em Pernambuco, Carlos Veras.

Além dos movimentos da Frente Brasil Popular, políticos também participaram da abertura do acampamento, como o presidente do PT, Bruno Ribeiro, a vice-presidente e deputada estadual, Teresa Leitão, e o superintendente da Sudene, João Paulo. Apesar de compor o campo de oposição do governo Dilma, o PSOL tem endossado a campanha contra o impeachment da presidente e também está participando do acampamento. O deputado estadual Edilson Silva (PSOL) também esteve no acampamento.  

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