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Rodrygo não conteve a emoção após marcar dois gols, contribuir imensamente para improvável virada do Real Madrid diante do Manchester City, por 3 a 1, quarta-feira, e ser o destaque na classificação à decisão da Liga dos Campeões. O jovem nascido nas categorias de base do Santos viu sua imagem estampada em vários jornais do planeta e ganhou uma saudação especial nesta quinta-feira: os parabéns de Pelé.

O grande ídolo da história do Santos e do futebol postou uma foto ao lado do jovem atacante do time merengue, ambos com camisa antiga da seleção brasileira, para exaltar o grande feito de Rodrygo no Santiago Bernabéu. O Real perdia até os 44 do segundo tempo, quando o atacante empatou e, logo depois, virou o placar para levar a decisão à prorrogação. Benzema fechou o placar, de pênalti.

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"Eu sempre soube que o dia de te dar parabéns chegaria, meu amigo. Não existe outro caminho para quem trabalha duro e ama o que faz", escreveu Pelé, no Instagram. O astro completou. "Você é iluminado e ainda vai nos trazer muitas alegrias, Rodrygo. Parabéns, Real Madrid. Eu mal posso esperar para assistir a final!"

A decisão com o Liverpool ocorre no dia 28 de maio, no Stade de France, em Paris, e Rodrygo pode ser a grande surpresa do técnico Carlo Ancelotti na escalação após anotar seis gols nos últimos seis jogos do Real Madrid. Até lá, ele curte os dias de glórias.

Feliz da vida, o atacante de 21 anos fez questão de agradecer os parabéns de Pelé, que também escreveu em inglês. "Obrigado pelas palavras, Rei! Jamais esquecerei seus conselhos e serei eternamente grato", respondeu. "Rodrygo, você sabe o motivo que eu escolhi justamente essa foto com a amarelinha, né?", completou Pelé.

O eterno camisa 10 santista sempre enxergou potencial no atacante para um dia brilhar pela seleção nacional. Rodrygo vem figurando em listas do técnico Tite, mas sendo aproveitado pouco. Ele espera que o crescimento no Real Madrid, no qual marcou 17 gols, sirva para estar entre os 26 convocados para a Copa do Mundo do Catar, em novembro.

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Carlo Ancelotti cresceu em uma família pobre que trabalhava para o dono de uma fazenda de apenas dez vacas, na pequena Reggiolo, no norte da Itália, e pegou desde cedo conselhos importantes que o transformariam em uma pessoa admirada. Do pai, herdou a calma e aprendeu a responsabilidade da liderança. Da mãe, soube a importância de criar um ambiente agradável com quem estivesse. Seus dois primeiros "técnicos" ajudaram a transformá-lo em um dos mais vitoriosos profissionais da história do futebol. Nesta semana, ele se tornou o único treinador a vencer as cinco principais ligas europeias (Inglaterra, Itália, Espanha, Alemanha e França) e garantiu pela quinta vez uma vaga na final da Liga dos Campeões - um recorde -, o que pode deixá-lo como o maior ganhador do torneio, com quatro taças, caso vença o Liverpool no dia 28 em Paris.

Ancelotti conseguiu ter sucesso nos mais diferentes cenários. É considerado um exemplo de profissionalismo e liderança tranquila, características sempre elogiadas por ex-jogadores que trabalham com ele. Sua autoridade não é representada com autoritarismo ou rigidez. Por sua calma, é sinônimo de comando apaziguador em cenários turbulentos, como foi em muitos clubes. Apesar de ser um grande vencedor, também é alguém que ouve e gosta de participar de brincadeiras com os jogadores.

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"Uma abordagem 'tranquila' da liderança pode soar branda ou talvez até fraca para alguns, mas não é isso o que eu quero dizer, e com certeza não é o que significa para qualquer um que tenha jogado a meu lado ou atuado sob meu comando. O tipo de tranquilidade a que me refiro é uma força. Existe poder e autoridade em ser calmo e ponderado, em construir confiança e tomar decisões friamente, em usar a influência e a persuasão e em ser profissional em sua abordagem", conta o técnico italiano no livro Carlo Ancelotti: Liderança Tranquila.

Não importa o estilo de jogo do futebol do país, se o time conta com muitas estrelas e se controlar o vestiário é uma missão difícil. Ancelotti sabe navegar e se adaptar a diferentes cenários, sistemas e modelos de jogo. Também já comandou muitos grandes jogadores, alguns de egos por vezes difíceis de lidar, como Zlatan Ibrahimovic e Cristiano Ronaldo. Mas tanto o sueco quanto o português passaram a admirá-lo em pouco tempo.

"Como gente, ele é muito fino, muito boa gente. É um cara do bem, faz o simples, não inventa, tem trato direto com os jogadores, não é paizão. Fora a humildade absurda dele mesmo tendo vencido tanto", conta ao Estadão o ex-companheiro de Roma e amigo Falcão, que também relembra o respeito que o italiano tem dos rivais.

"Encontrei o Carlo no Real Madrid em 2014, quando ganharam do Bayern na semifinal da Liga dos Campeões por 4 a 0. Eu estava na época lá, liguei pra ele e brinquei ‘Que barbadinha ontem’ (risos). Conversamos e ele me chamou para jantar no dia seguinte. Ele avisou que tinha esquecido da outra semifinal e fomos comer em um lugar que tinha dois telões para assistir ao jogo. Eram umas 50 pessoas presentes e 99% era a torcida do Atlético de Madrid (semifinalista). Os torcedores não disseram nada para o Carlo. Era um clima de total respeito com ele".

Declarações polêmicas e provocativas estão fora do seu repertório nas entrevistas. A serenidade impera. Mas as qualidades de Ancelotti como técnico não se resumem a ser um treinador tranquilo e de bom trato. Também é reconhecido por montar equipes organizadas, equilibradas e ter grande poder de adaptação. Se é visto como um treinador de ideias mais simples e pragmáticas, também conseguiu inovar. Sua formação do 4-3-2-1 no Milan, batizada de "Árvore de Natal" pelo formato da organização tática do meio-campo para o ataque, explorou o talento de jogadores que o levaram a grandes troféus.

Sua carreira como técnico não foi algo planejado e começou de forma despretensiosa. Enfrentando sérios problemas de lesão no joelho no Milan comandado pelo histórico técnico Arrigo Sacchi, já caminhava para o fim da vida nos gramados. Foi então que acabou convidado pelo próprio Sacchi a acompanhá-lo na seleção italiana, para onde estava indo. Mas não seria no papel de jogador e, sim, como assistente.

"A sugestão de Arrigo (Sacchi) foi uma revelação para mim. Pela primeira vez, eu me vi no banco de reservas e, confesso, gostei da ideia. Na mesma hora, vi como uma grande oportunidade", conta no livro Carlo Ancelotti: The Beautiful Game of an Ordinary Genius, lançado em 2010. Ancelotti ficaria mais uma temporada como jogador do Milan e a relação difícil com o técnico Fabio Capello só acelerou seu processo de despedida dos gramados e entrada na nova fase da carreira.

ANCELOTTI, TITE E OS JOGADORES BRASILEIROS

O técnico italiano adora e é querido por brasileiros, tanto que contou com eles em todos os cinco títulos de ligas. Campeão com Dida, Cafu, Serginho e Kaká no Milan; Alex e Belletti no Chelsea; Thiago Silva, Alex, Maxwell e Lucas Moura no Paris Saint-Germain; Douglas Costa e Rafinha no Bayern; além de Militão, Vinicius Júnior, Rodrygo e Casemiro no Real Madrid. Na comemoração do título espanhol desta semana, mostrou seu lado descontraído mais uma vez, fumando um charuto e usando óculos escuro estiloso, como um grande chefão.

No atual Real Madrid, teve méritos importantes, como elevar o patamar de Vinícius Júnior, que virou um jogador mais decisivo sob seu comando. O atacante virou um dos principais brasileiros do futebol europeu em pouco tempo. Também por isso, recebeu contato de Tite, que queria detalhes para fazer com que a revelação do Flamengo reproduzisse na seleção brasileira as grandes atuações com a camisa do time espanhol.

Sua carreira tem admiradores por toda parte e um deles é o próprio Tite, que o tem como inspiração. Foram oito dias do treinador brasileiro em Madri, na primeira passagem do italiano pelo principal clube da capital, e total abertura entre os dois para falar de futebol. "Aquilo foi marcante. Ele fez questão de me explicar todas as posições/funções dos atletas, quais as liberdades que concedia a cada um, como a equipe atuava com seis, às vezes sete jogadores, nas ações ofensivas, como posicionava Cristiano Ronaldo para tirar o melhor dele, os gráficos de posicionamento nas bolas paradas, enfim, um minucioso material sobre a organização de sua equipe", conta o treinador brasileiro no prefácio do livro Carlo Ancelotti: Liderança Tranquila.

Aos 62 anos e com 22 troféus no currículo, Ancelotti disse nesta semana que cogita se aposentar após o fim do seu contrato com o Real Madrid, em 2024. "Depois desta passagem pelo Real Madrid, provavelmente vou me aposentar. Mas, se o Real me quiser aqui por mais dez anos, vou treinar o time por mais dez anos", disse o treinador, em entrevista à plataforma Prime Video, sem descartar assumir uma seleção. "Sim, poderia haver, mas é prematuro falar sobre isso agora."

Para Falcão, o amigo Ancelotti tem um leque imenso de possibilidades, inclusive comandar uma seleção em Copa. "Talvez a Itália, quando o (técnico) Roberto Mancini sair. Penso que o Carlo teria de trabalhar numa seleção, sim, não necessariamente a italiana, já que ele tem prestígio para trabalhar em qualquer uma".

Após mais uma virada épica do Real Madrid na Liga dos Campeões, o atacante Rodrygo, grande estrela do jogo com o Manchester City, classificou como "mágica" a atuação do time merengue na partida que garantiu a ida à final e a manutenção do sonho de conquista do 14º troféu continental.

"Foi um dos dias mais felizes da minha vida. Pude entrar e mudar o jogo com dois gols. Foi uma noite mágica no Santiago Bernabéu. A torcida sempre ajuda de uma forma inexplicável. Não tenho palavras", disse o jovem brasileiro em entrevista ao canal TNT Sports, agradecendo o apoio dos torcedores merengues na conquista da virada sobre o City.

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Rodrygo também relembrou a história do Real Madrid para tentar explicar a força mental que o clube tem para conseguir resultados inacreditáveis. "São coisas que só acontecem aqui. Essa camisa nos ensina a lutar e nunca desistir", explicou.

O volante Casemiro corrobora a opinião do compatriota e colega de seleção brasileira. Para o brasileiro, o principal mérito do Real é não desistir do jogo. "A grande virtude deste clube, não apenas neste ano, é nunca desistir. Eliminamos um grande time e um grande treinador", declarou o jogador à Movistar+, antes de projetar a final do torneio. "É complicado (pensar no Liverpool), porque certamente se perdermos do Atlético de Madrid (no Campeonato Espanhol) já haverá críticas. Somos campeões espanhóis, mas este clube exige vitória sempre."

Ídolo e diretor de relações institucionais do Real Madrid, Emilio Butragueño disse que esteve muito nervoso ao longo da semifinal, mas entende que a vitória coroou uma noite especial. "Um dia ainda meu coração vai parar (por causa deste time). Outra noite histórica. Devemos lembrar dos jogadores, da comissão técnica e de todos os madridistas que sofreram com o time".

Derrotado na capital espanhola, o técnico Pep Guardiola avaliou o que faltou para a sua equipe chegar à sua segunda final seguida de Liga dos Campeões: "Futebol é um jogo imprevisível e temos de aceitar. Estivemos perto. Muito perto. Mas no fim, não conseguimos. Agora temos que digerir e erguer a cabeça para os quatro últimos jogos que temos na temporada", disse o treinador do Manchester City.

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Com uma reação histórica, o Real Madrid eliminou o Manchester City nesta quarta-feira e buscou uma improvável vaga na final da Liga dos Campeões. Jogando no estádio Santiago Bernabéu, o time espanhol contou com o apoio da torcida para buscar uma virada espetacular no segundo jogo da semifinal. Após perder por 4 a 3 na ida, o Real saiu atrás no placar, mas arrancou dois gols, aos 44 e aos 46 minutos do segundo tempo, e anotou o terceiro na prorrogação, selando o placar por 3 a 1. No agregado, venceu por 6 a 5.

O brasileiro Rodrygo foi o nome do jogo, por ser o autor dos dois gols nos instantes finais da etapa final. Titular nos últimos jogos, o ex-santista começou no banco nesta quarta. E não decepcionou ao entrar em campo no segundo tempo. Os lances decisivos forçaram a disputa do tempo extra, quando Benzema confirmou a classificação em cobrança de pênalti. Discreto durante a maior parte do jogo, o francês também foi decisivo por dar assistência ao primeiro gol de Rodrygo.

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A classificação histórica confirma a história de superação do time espanhol nesta Liga dos Campeões. Os comandados de Carlo Ancelotti saíram em desvantagem nas oitavas de final, contra o Paris Saint-Germain, mas fizeram valer o poder de fogo da equipe no Santiago Bernabéu. Nas quartas, venceram o Chelsea fora e seguraram uma sofrida derrota em casa, no limite do placar agregado para avançar.

Na decisão, o Real vai rever o Liverpool, na reedição da final da temporada 2017-2018. Na ocasião, os espanhóis venceram por 3 a 1, em jogo marcado por uma lesão precoce de Mohamed Salah e por falhas grosseiras do goleiro do time inglês. A final está marcada para 28 de maio, no Stade de France, na cidade francesa de Saint-Denis.

Depois do 4 a 3 da ida, o duelo desta quarta foi cercado de altas expectativas. Mas o City tratou de controlar o Real para decepcionar torcedores do mundo todo nos primeiros 88 minutos do jogo. O time inglês controlou a maior parte do jogo e desperdiçou seguidas chances para confirmar sua classificação. Mas sucumbiu nos minutos finais do tempo normal e na prorrogação.

Os primeiros minutos no Santiago Bernabéu foram de total iniciativa do Real, que acelerava o jogo para tentar reverter a desvantagem do jogo de ida. Aos 4, Benzema já desperdiçava cabeçada sem marcação quase na pequena área. Sem se abalar, o time inglês também buscava o ataque, tornando o jogo franco nos primeiros 20 minutos.

Apesar do apoio da torcida e da necessidade de fazer ao menos um gol, o Real não conseguiu sustentar o ritmo alucinante no decorrer da primeira etapa. O time de Guardiola conteve a pressão e, aos poucos, passou a impor seu jogo. De Bruyne e Bernardo Silva perderam boas chances, dando trabalho a Courtois, o melhor jogador do Real nos primeiros 45 minutos. Foram três defesas decisivas. Gabriel Jesus fazia partida discreta.

Do outro lado, o Real apostava na correria de Vinicius Junior pela esquerda e pelo bom posicionamento de Benzema. Ambos levaram perigo em jogadas pontuais. O brasileiro mandou por cima do travessão, aos 17. Bem marcado, o atacante francês mal conseguia se movimentar no ataque. Na prática, o goleiro Ederson mal suou no primeiro tempo.

Preocupado, o time da casa voltou com tudo para a etapa final. Novamente acelerando as ações, o Real criou uma das melhores chances do confronto em jogada ensaiada logo na saída. Vinicius Junior, sem marcação dentro da área, bateu para fora.

Passado o susto, o City tratou de conter a pressão e retomar o domínio da partida. Desta vez, levou menos tempo para assumir o controle do jogo. O time inglês encaixava a marcação com certa facilidade, fechava os espaços do Real e administrava com eficiência a vantagem conquistada no jogo de ida.

O técnico Carlo Ancelotti, então, apostou em Rodrygo para ser o quarto homem do Real no ataque. Guardiola foi mais ousado e sacou De Bruyne para a entrada de Gündogan. Mas o City não deu tempo para o torcedor inglês se preocupar. No minuto seguinte, Gündogan iniciou a jogada que gerou o gol de Mahrez, que encheu o pé ao surpreender a defesa do Real, entrando na área livre, pela direita, aos 27 minutos.

O gol ampliou a vantagem do City no placar agregado, com 5 a 3. O Real precisava, portanto, marcar dois gols para igualar o duelo e forçar a prorrogação. Nada que a torcida não acreditasse ou que a equipe não tivesse feito nesta edição da Liga dos Campeões, nas quartas de final, contra o Chelsea.

E o roteiro se repetiu nesta semifinal, sob o comando de Rodrygo. O ex-santista marcou dois gols em apenas dois minutos. Aos 44, escorou cruzamento de Benzema e empatou. Na sequência, Carvajal cruzou da direita e o brasileiro escorou de cabeça para as redes para festa da torcida que lotava o Santiago Bernabéu.

Os gols assustaram o City, que quase levou o terceiro antes do apito final, e forçaram a disputa da prorrogação. Abatido, o time inglês viu a situação piorar de vez logo aos 2 minutos da primeira etapa do tempo extra quando Rubén Dias derrubou Benzema dentro da área: pênalti. O próprio francês cobrou no canto, aumentou a vantagem do Real e confirmou a classificação à final.

Agora o Real tentará ampliar o recorde de troféus da competição europeia. O time espanhol soma 13 troféus, mais do que o dobro de títulos do Liverpool, campeão europeu por seis vezes, a última na temporada 2018-2019.

O Liverpool vai para a França em busca de sua sétima taça da Liga dos Campeões. A classificação à final veio com grande susto diante do Villarreal e virada, por 3 a 2, na Espanha, depois de ir para o intervalo com 2 a 0 de desvantagem. O rival do dia 28 de maio no Stade de France sai do embate desta quarta-feira entre Real Madrid x Manchester City, no Santiago Bernabéu.

O brasileiro Fabinho iniciou a reação do clube inglês no estádio El Madrigal, ao diminuir a desvantagem no começo do segundo tempo. Luis Díaz e Sadio Mané completaram a festa vermelha com um placar agregado de 5 a 2.

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Campeão em 2018/19 com grande parte do atual elenco e sob a direção de Jürgen Klopp, o Liverpool terá pedreira na decisão, não importa o oponente. Pode reeditar a decisão de 2017/18 com os merengues, donos de 13 títulos, em clima de revanche, ou travar mais uma batalha com o rival City, com o qual disputa ponto a ponto o título inglês e vem realizando belos confrontos.

O técnico Unai Emery sabia que a missão do Villarreal não seria nada fácil e afirmou, na véspera, que precisaria de "um jogo perfeito". E fazer um gol cedo fazia parte do processo para reverter um 2 a 0 contra.

Bastaram três minutos para o resgate da esperança. O lançamento longo encontrou Capoué, livre na área. O camisa 6 optou por tocar para dentro ao invés de finalizar e encontrou Dia sozinho: 1 a 0 e enorme festa no El Madrigal.

Sair em vantagem logo era uma maneira de os espanhóis deixarem o time inglês desestabilizado. Porém, não foi o que ocorreu. O Liverpool começou a tocar a bola e evitar o perigo atrás.

O Villarreal, então, começou a apostar nos lançamentos longos, de antes do meio campo. No primeiro, Lo Celso tirou de Alisson e acabou pedindo pênalti após o choque com o goleiro. A arbitragem não viu falta no lance. A bronca dos espanhóis se transformou em festa três minutos mais tarde. Nova bola longa, agora em direção a Capoué. O domínio foi errado, mas ainda deu tempo para o meia se livrar de Robertson e cruzar para a área. Coquelin se antecipou ao estático Arnoud e cabeceou no ângulo. Antes do intervalo o confronto estava em igualdade.

Klopp resolveu mexer no intervalo para aumentar o poderio ofensivo do Liverpool. Lançou o colombiano Luis Díaz na vaga do português Diogo Jota. Foi logo vendo Mané perder boa chance.

Um gol para qualquer lado significava a vaga direto à decisão sem a necessidade de 30 minutos da prorrogação. E os ingleses retornaram mais dispostos a atacar após perder a preciosa vantagem no duelo.

Arnoud quase descontou em chute de longe. A bola desviou no zagueiro e bateu no travessão. O domínio que era do Villarreal virou e se transformou em festa vermelha aos 16 minutos. O volante Fabinho tocou para Salah e recebeu de volta, no bico da área. Sem marcação, arriscou e mandou entre as pernas de Rulli.

O gol deixou os mandantes desanimados. Depois de muita luta, levaram um gol que não podiam. Desestabilizados, seguiram pressionados. Díaz quase empatou. A defesa salvou. Mas nada pôde fazer quando Arnoud cruzou na cabeça do colombiano. Livre, ele cabeceou para as redes e deixou o Liverpool muito próximo da decisão.

Restavam 22 minutos para o Villarreal buscar mais dois gols. Abatidos, contudo, seus jogadores sequer conseguiam ter a posse de bola. E ainda sofreram mais um gol. Mané saiu livre de seu campo, passou por Rulli e pelo marcador e decretou a virada e a festa inglesa.

O Manchester City tentou dominar o Real Madrid nesta terça-feira, no Etihad Stadium, com o objetivo de abrir uma vantagem larga no primeiro jogo das semifinais da Liga dos Campeões, mas teve que se contentar com uma vitória por 4 a 3. Em duelo com participações decisivas de brasileiros, sempre que o time de Pep Guardiola abria uma boa diferença no placar, os comandados de Carlo Ancelotti se mostravam prontos para lidar com as adversidades.

O City abriu dois gols de vantagem nos primeiros 15 minutos, com gols de De Bruyne e Gabriel Jesus, antes de Benzema diminuir para o Real. No segundo tempo, Foden ampliou, com assistência de Fernandinho, mas os merengues reagiram rápido com Vinícius Júnior. Quando Bernardo Silva marcou o quarto, parecia até que o quinto estava a caminho. Pouco tempo depois, contudo, Benzema marcou de novo e chegou ao nono gol nos últimos cinco jogos da Liga dos Campeões.

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Com o resultado, o time inglês joga por um empate no jogo de volta, marcado para a próxima quarta-feira, no Santiago Bernabéu, às 16 horas.O Real pode entrar no jogo decisivo do torneio europeu como campeão espanhol, título que pode ser confirmado no sábado, em duelo com o Espanyol, pela 34ª rodada da liga nacional. Já o Manchester City, brigando com o Liverpool pelo título inglês, vai encarar o Leeds, também no sábado, pela 35ª rodada.

A troca de passes rápida e a boa movimentação do City deixaram o Real Madrid perdido em campo durante boa parte do primeiro tempo. A equipe inglesa empurrava os adversários para trás e achava espaço mesmo diante do congestionamento de jogadores merengues no campo de defesa. A ausência do volante Casemiro, que começou no banco em razão de problemas musculares, parece ter impactado negativamente a marcação espanhola no meio de campo.

O domínio inglês foi convertido em bolas na rede ainda nos primeiros minutos, em dois lances de grande participação de De Bruyne. Primeiro, o belga cabeceou após cruzamento de Mahrez e superou o goleiro Courtois, aos dois minutos. Depois, aos dez, cruzou rasteiro para a área, onde Gabriel Jesus estava bem posicionado para bater e ampliar o placar em Manchester.

A partida continuou com o City persistente no ataque, inclusive com chances de alcançar uma goleada, mas Foden e Mahrez desperdiçaram boas oportunidades. Então, aos 31 minutos, os comandados de Guardiola fizeram algo pouquíssimo recomendado: deixaram Benzema dominar uma bola na área. O desfecho foi uma bola colocada pelo francês no canto de Ederson, aos 31 minutos.

Após o intervalo, toda a agressividade do City voltou ao gramado renovada, como mostrou Mahrez ao dar uma caneta em Militão e acertar a trave na sequência, em jogada de velocidade no primeiro lance de perigo do segundo tempo. A próxima chegada acabou em gol. Aos sete, Fernandinho, que entrou na etapa inicial no lugar do lateral direito Stones, fez bem a função ao acertar um cruzamento preciso concluído por Foden, de cabeça, para o fundo da rede.

O volante participou de outro lance de gol três minutos depois, dessa vez tomando uma bola entre as pernas ao ser driblado por Vinícius Júnior, no meio de campo. Depois de deixar o compatriota para trás, o brasileiro do Real Madrid avançou em velocidade pela direita, com o caminho livre à frente, e só parou dentro da pequena área, onde venceu o embate com Ederson, diminuindo a diferença para 3 a 2.

A diferença de um gol durou até 28 minutos, quando a defesa do Real deixou claro o quanto não estava focada. Zinchenko foi derrubado por Kroos dentro da área e alguns atletas merengues pararam, imaginando que o árbitro marcaria falta, mas ele deu vantagem porque a bola ficou com Bernardo Silva, que soltou uma bomba e marcou um golaço. Aos 36, Benzema fez mais um e diminuiu, ao converter pênalti de cavadinha.

O técnico do Bayern de Munique, Julian Nagelsmann, revelou nesta sexta-feira que sofreu 450 ameaças de morte após ver sua equipe ser eliminada pelo Villarreal nas quartas de final da Liga dos Campeões, na quarta-feira.

Após perder o jogo de ida, na Espanha, por 1 a 0, a equipe bávara precisava reverter o placar adverso em casa. Porém, no jogo decisivo, o Bayern saiu na frente, mas a equipe espanhola marcou no fim e garantiu a classificação da equipe espanhola.

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"Sei que sempre receberia críticas de todos os lados. É normal e posso encarar isso. Mas 450 ameaças de morte no Instagram é mais difícil. Se as pessoas querem me matar é uma coisa, mas se atacam a minha mãe, que não se interessa por futebol, não posso compreender. Tão logo desligam a televisão, as pessoas esquecem toda a decência e pensam que têm razão, isso é o pior", disse o treinador.

Na entrevista coletiva desta sexta, Nagelsmann foi questionado se denunciaria os agressores por conta das ameaças. Porém, devido ao grande fluxo de mensagens recebidas, o treinador afirmou que não conseguiria registrar todas as denúncias. "Não teria fim. Recebo ameaças depois de todos os jogos, não importa o vencedor", disse.

Na esteira do caso vivido por Nagelsmann, a mulher e o filho do diretor esportivo Hasan Salihamidzic também foram ameaçados via redes sociais. Eles conseguiram fazer as denúncias ao apresentar às autoridades as imagens de capturas de tela com mensagens recebidas no Instagram.

Após vencer o Benfica por 3 a 1 no Estádio da Luz, pela rodada de ida das quartas de final da Liga dos Campeões, o Liverpool jogou a partida decisiva nesta quarta-feira, com um time alternativo, e celebrou um empate por 3 a 3 no placar final, o suficiente para avançar à próxima fase. Por mais corajosos que os benfiquistas tenham sido no Anfield, a equipe comandada por Jürgen Klopp, que só colocou os astros Mané e Salah no segundo tempo, conseguiu uma classificação segura.

Konaté abriu o placar e Gonçalo Ramos empatou para o time português, antes de Roberto Firmino entrar em ação e marcar duas vezes para deixar a situação tranquila novamente. O Benfica buscou o empate com gols de Yaremchuk e Darwin Núñez, mas precisava de mais dois para levar a decisão à prorrogação. O adversário do Liverpool nas semifinais será o Villarreal, responsável por eliminar o Bayern de Munique.

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Com a atenção dividida entre a disputa do título do Campeonato Inglês e a Liga dos Campeões, Klopp confiou na vantagem construída no jogo de ida e optou por escalar um time alternativo. Assim, Alexander-Arnold, Van Dijk, Robertson, Fabinho, Thiago Alcântara e até a dupla fatal Mané e Sané ficaram no banco de reservas. A escolha deu a Roberto Firmino, reserva nas duas últimas partidas, a oportunidade de voltar a figurar entre os titulares.

O lado de Luis Díaz e Diogo Jota, o atacante brasileiro formou um ataque que conseguiu incomodar o Benfica, mas quem tirou o zero do placar foi um zagueiro. Autor do primeiro no gol do jogo em Portugal, Konaté repetiu a dose e abriu o placar aos 20 minutos do primeiro tempo, ao cabecear para a rede após cobrança de escanteio de Tsimikas.

Sem se entregar, o time português mostrou que estava vivo no jogo e articulou bons lances em trocas de passes ou jogadas individuais de Éverton Cebolinha. O gol de empate saiu aos 31 minutos, dos pés de Gonçalo Ramos, em um chute colocado no canto esquerdo de Alisson.

A situação ficou mais complicada para os benfiquistas logo no início do segundo tempo, já que Roberto Firmino desviou chute cruzado de Jota, aos nove minutos, e colocou o Liverpool em vantagem mais uma vez. Logo em seguida, Klopp mandou Salah, Fabinho e Thiago Alcântara ao campo.

A partir daí, a torcida começou a cantar ainda mais confiante. Diante da atmosfera animada, aos 19, Tsimikas cobrou falta e viu a bola encontrar Firmino mais uma vez. O brasileiro chutou de primeira e marcou. Na segunda metade da etapa final, o Liverpool já contava também com Mané em campo, mas as estrelas da casa não intimidaram o Benfica, que diminuiu com Yaremchuk, aos 26, e empatou com Darwin Núñez, aos 35.

Apesar dos sinais de que poderia arrancar um empate heroico no Anfield, a equipe portuguesa, precisando de dois gols para levar à prorrogação, não voltou a marcar e até correu o risco de sofrer mais gols. Darwin Núñez chegou a balançar as redes perto do último minuto, mas estava impedido.

O Manchester City está mais uma vez entre os quatro melhores da Liga dos Campeões. A classificação às semifinais veio com empate sem gols em visita ao Atlético de Madrid, no Wanda Metropolitano. O rival será outro time espanhol: o Real Madrid, que derrubou o campeão Chelsea.

A vaga veio com tons de sofrimento em um fim de jogo atrevido do Atlético e a bola teimando em não parar dentro das redes do goleiro Ederson. Foram boas chances criadas nos minutos finais por um rival jogando mais na base da garra que na técnica.

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Depois de fazer 1 a 0 na Inglaterra, o City fez primeiros 45 minutos bem melhores. Após o descanso, com o Atlético apressado e intenso, o time inglês se retraiu e, mesmo sofrendo, não permitiu que os espanhóis fizessem o tão almejado gol.

O técnico Diego Simeone prometia um estilo diferente de jogo após críticas pelo esquema defensivo usado na Inglaterra na derrota por 1 a 0. Ainda mais com a necessidade de triunfo. Mas não abandonou a linha de cinco homens na defesa do Atlético de Madrid.

O apoio das arquibancadas lotadas no Wanda Metropolitano era um diferencial, em sua visão. Os espanhóis fizeram mosaico com a frase "sentimento", pedindo para os jogadores atuarem com garra em busca da virada após derrota por 1 a 0 no Ettihad Stadium, em Manchester, e cantaram em alto e bom som.

Após o apito inicial, contudo, a promessa de mudança do comandante argentino não foi presenciada e os visitantes dominaram as ações. Gundogan foi logo assustando em batida de fora da área. A bola passou raspando. O volante alemão teria nova e preciosa chance de abrir o marcador. De frente para o goleiro Oblak, cabeceou na trave e ainda acabou travado no rebote.

O time colchonero praticamente não deu trabalho para Ederson. Somente em um lançamento longo que o goleiro brasileiro apareceu, para cortar de cabeça, fora da área. Do mais, ficou apenas torcendo para a equipe mostrar melhor precisão na frente. O City pecou na pontaria e o jogo parou para o descanso sem gols.

Os 45 minutos finais começaram, finalmente, com o Atlético adiantando as linhas. O City já não se sentia mais confortável em campo e a esperança movia os espanhóis. Nada, porém, de sustos em Ederson.

Os treinadores davam espetáculo à parte na beira do campo. Guardiola um pouco mais discreto, mas com as tradicionais caras e bocas cobrando capricho. Já Simeone estava transtornado e gritava muito, mostrando com os braços para a equipe avançar.

Com 23 minutos, Simeone resolveu fazer três trocas de uma vez. De Paul, Corrêa e Carrasco entraram e o Atlético, enfim, chegou ao ataque. E teve duas boas chances com De Paul batendo raspando. O técnico ainda lançou Suárez nos minutos finais, tentando a prorrogação.

A pressão foi grande até o fim dos nove minutos de acréscimos, com boas chances de o Atlético tirar o zero do placar. Porém, a defesa inglesa conseguiu passar intacta no confronto e o Manchester City está entre os quatro melhores mais uma vez, lutando para tentar buscar o título perdido na temporada passada. A festa foi grande no apito final.

Simeone ficou bravo com as cobranças ao seu estilo, mas bastou ser um pouco mais ousado e sua equipe deu trabalho ao City. A frustração da queda veio em lição para os espanhóis que a história poderia ser diferente com um mínimo de coragem. No fim, o brasileiro Felipe ainda foi expulso por agressão após falta em Foden que gerou confusão e empurra-empurra. Restou aos espanhóis aplaudirem o apoio da torcida.

O flagrante da torcida do Atlético de Madrid fazendo saudação nazista à equipe no duelo de ida das quartas de final da Liga dos Campeões, no Ettihad Stadium, contra o Manchester City, não passará em branco. A Uefa julgou o ato como "conduta discriminatória" e puniu o clube espanhol fechando cinco mil lugares no Wanda Metropolitano no jogo de volta, nesta quarta-feira.

Os espanhóis já suspenderam as vendas dos ingressos para o local imposto para punição e terá um bom desfalque no apoio ao time que buscará virar o confronto, após derrota por 1 a 0 na casa do time de Pep Guardiola.

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As punições não param por aí. O clube colchonero ainda será obrigado a jogar com um faixa no braço exibindo "não ao racismo". Vale lembrar que os jogadores do Atlético de Madrid não se ajoelham em movimento contra o racismo e sua torcida tem cânticos fascistas.

Torcedores do Manchester City também fizeram denúncias sobre atos discriminatórios no dia do jogo de ida, na Inglaterra, e a Uefa prometeu punições severas caso houvesse comprovação. Caso o Atlético se classifique, novas penas podem vir.

A fanática torcida do Atlético de Madrid costuma ser bastante hostil com jogadores visitantes e vira e mexe é envolvida em confusão. Dia desses foi acusada de racismo contra dois jovens de 18 anos. Contra o Manchester United, perseguiu Cristiano Ronaldo o jogo todo.

O Real Madrid nem pensa em entrar na onda de Thomas Tuchel de que o confronto das quartas de final da Liga dos Campeões está "praticamente" definido após o time merengue fazer 3 a 1 na Inglaterra. A ordem do técnico Carlo Ancelotti e do brasileiro Casemiro é pregar o máximo respeito ao Chelsea.

"É bom que todos saibam que será um jogo difícil. Todos! A equipe e os torcedores. São as quartas da Liga dos Campeões, sempre difíceis e não importa o que aconteceu na primeira mão. Nós vamos ter de fazer uma partida completa, saber sofrer, lutar e ser bom 90 minutos", enfatizou Ancelotti. "O Chelsea virá para vencer e passar. Eles sabem que é difícil, mas vão tentar. É o próprio espírito do futebol, os grandes clubes nunca desistem. É um adversário muito bom e temos que respeitá-lo, é isso que vamos fazer."

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"Vamos fazer um jogo muito difícil. Tivemos os melhores 90 minutos da temporada em Londres, mas não podemos confiar em nada. Quero pedir o apoio dos torcedores porque vai ser muito complicado, eles são os atuais campeões e têm todo o nosso respeito", completou Casemiro.

Ancelotti prevê um Chelsea mordido e diferente no Santiago Bernabéu, em Madri, e também pode modificar a maneira de o Real Madrid atuar para evitar surpresa desagradável após abrir vantagem gigante na ida.

"Vamos ver a composição do time. Gostaríamos de jogar o mesmo jogo que em Londres, mas também temos de sugerir que o Chelsea fará mudanças porque não correu bem para eles", disse. "A minha sorte é que este plantel conhece bem estes jogos. O ambiente é muito bom, feliz e é uma oportunidade de avançar para as semifinais", disse o técnico.

Apesar de mostrar respeito, Casemiro aposta na história do Real Madrid para avançar. "O Real Madrid vive para isso, ganhar jogos improváveis, fazer coisas quando ninguém acredita nele... Lutamos até ao fim, como dizem os torcedores. Essa é a chave de tudo, acreditar até o fim para dar tudo."

O duelo entre o ataque do Manchester City e o 'ferrolho' do Atlético de Madrid, no Etihad Stadium, é a principal atração desta terça-feira (5), em jogo válido pela partida de ida das quartas de final da Liga dos Campeões. Em Lisboa, o Benfica recebe o poderoso Liverpool.

Em Manchester, em entrevista coletiva, Pep Guardiola, técnico do City, não gostou da comparação de estilo com colega argentino Simeone, do Atlético. "Eu não vou gastar um minuto falando sobre esse debate estúpido", afirmou. "Todos nós procuramos uma maneira de vencer. Se ele tiver sucesso, o seu estará correto, e se eu tiver sucesso, estarei certo. Não sei o que é jogar feio. Eu não julgo adversários. Há uma concepção incorreta de como o Atlético joga. Eles são mais ofensivos do que as pessoas pensam. Eles não correm muitos riscos, mas quando chegam ao nosso campo mostram a qualidade dos seus jogadores."

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Mas tanto Guardiola quanto Simeone não conseguiram vencer a Liga dos Campeões nos últimos dez anos. O último título do espanhol foi pelo Barcelona em 2011 e enfrenta sua sexta tentativa de fazê-lo com o City, que ainda não conquistou o máximo torneio de clubes da Europa.

O Atlético perdeu a final europeia três vezes, incluindo duas contra o Real Madrid em 2014 e 2016. A equipe espanhola regressa a Manchester, tendo derrotado o Manchester United em Old Trafford no mês passado para

avançar para as quartas.

Simeone não poderá contar com uma de seus melhores defensores, pois o zagueiro uruguaio José María Giménez se machucou nos minutos finais da vitória por 4 a 1 sobre o Alavés, sábado, pelo Espanhol. Já Guardiola ainda não poderá contar com Rúben Dias, machucado há um mês.

O português Bernardo Silva, um dos mais experientes do City, falou o que significa o duelo com o Atlético de Madrid. "Acho que não temos ansiedade, mas sim pressão. A pressão precisar vencer é boa, porque você está presente nos momentos importantes. Queremos tê-la porque queremos os títulos. O Atlético com certeza

também sofre da mesma forma. Somos jogadores acostumados a isso e vamos administrar bem", disse. "Este é um jogo muito difícil, porque nós os conhecemos, eles são acostumados a jogar partidas onde a pressão é muito alta. É uma equipe muito agressiva com e sem a bola, eles não vão nos dar muito espaço."

FAVORITISMO INGLÊS

Para muitos críticos, o Liverpool saiu com a melhor parte do sorteio, tendo como rival o Benfica, que chegou a esta fase do torneio pela primeira vez após seis anos. A equipe inglesa aspira ganhar quatro taças na temporada, após ganhar a Liga Inglesa, estar nas semifinais da Copa da Inglaterra e um ponto atrás do líder Manchester City no Campeonato Inglês.

O fato de a segunda partida ser em Anfield, palco de vários jogos memoráveis, torna a equipe do técnico alemão Jurgen Klopp ainda mais favorita na busca da sétima Liga dos Campeões. O treinador mostrou confiança na entrevista antes do jogo, mas também respeitou o adversário. "Todos nós sabemos que com um erro, com algo dando errado, uma competição acaba. Sem problemas, estamos prontos para tudo. Vamos lá", disse Klopp, que não vai ter em ação Trent Alexander-Arnold.

O Benfica, bicampeão europeu, sonha em repetir a surpresa de 2006, quando eliminou o Liverpool nas oitavas por 3 a 0 em dois duelos. As equipes também se enfrentaram nas quartas de final de 2010, com o Liverpool vencendo por 5 a 3 no agregado.

Em situação difícil fora de campo, o Chelsea também deve enfrentar problemas nos gramados nas quartas de final da Liga dos Campeões. O atual campeão europeu vai encarar o embalado Real Madrid, dos brasileiros Vinicius Junior e Casemiro, em busca da vaga na semifinal. Outro confronto que promete empolgar os torcedores será o duelo entre o poderoso ataque do Manchester City e a boa defesa do Atlético de Madrid.

O sorteio, realizado nesta sexta-feira, sem qualquer restrição ou direcionamento de times, definiu também os confrontos entre Villarreal e Bayern de Munique e entre Benfica e Liverpool. As partidas serão disputadas em abril, nos dias 5 e 6 (ida) e 12 e 13 (jogos da volta).

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Chelsea x Real Madrid terá o time espanhol decidindo a vaga em casa, no Santiago Bernabéu. O Real, que conta ainda com os brasileiros Éder Militão e Rodrygo, vive bom momento na temporada. Lidera o Campeonato Espanhol com folga e vem de grande classificação sobre o Paris Saint-Germain, com vitória de virada na volta sobre o trio Messi, Neymar e Mbappé.

O time inglês, do brasileiro Thiago Silva, apresenta situação oposta. Sem empolgar no Campeonato Inglês, está longe da briga pelo título. Nesta Liga dos Campeões, vem avançando aos trancos e barrancos. E, fora de campo, passa por enormes limitações. Por conta dos vínculos do seu dono, Roman Abramovich, com o presidente russo Vladimir Putin, o clube londrino enfrenta restrições, como vender ingressos ou negociar jogadores. A direção do time negocia com o governo britânico para aliviar as sanções.

É possível ainda que o Chelsea já esteja vendido quando o confronto das quartas tiver início. No momento, o governo busca uma solução para o clube, que já estava à venda antes da invasão russa na Ucrânia.

Outro duelo que passará por Madri envolve o Atlético, que decidirá em casa com o Manchester City. Será um duelo de opostos. O time inglês, comandado por Pep Guardiola, esbanja gols e tranquilidade na competição. E avançou às quartas com goleada sobre o Sporting. Já o Atlético eliminou o Manchester United, rival do City, no sufoco, como foi também sua classificação para o mata-mata.

Em bom momento na temporada, o Liverpool talvez tenha o caminho mais tranquilo para alcançar a semifinal. O time inglês vem crescendo nas últimas semanas a ponto de reduzir a grande distância que havia para o City na briga pelo título do Campeonato Inglês. A disputa agora se tornou direta.

Nas oitavas, enfrentou a dura Inter de Milão. Venceu fora, mas perdeu em casa, sem maiores sustos. Decidirá em casa mais uma vez. O Benfica sofreu mais. Superou o Ajax em Amsterdã, na partida da volta, para buscar a classificação.

O último confronto das quartas envolve o surpreendente Villarreal e o tradicional Bayern de Munique, que fará a segunda partida na Alemanha. O time espanhol brilhou nas oitavas ao fazer 3 a 0 na Juventus, em Turim. Já o Bayern oscilou. Jogou mal a ida contra o Salzburg, mas aplicou 7 a 1 na volta.

No sorteio desta sexta, a Uefa também definiu o cruzamento das semifinais. O vencedor de City x Atlético (decidindo em casa) enfrentará o vitorioso de Chelsea x Real. E quem vencer de Benfica x Liverpool (decide em casa) vai ter pela frente o vencedor de Villarreal x Bayern.

A final está marcada para o dia 28 de maio, no Stade de France, em Saint-Denis, nos arredores de Paris. Inicialmente, a decisão estava agendada para São Petersburgo, mas a Uefa transferiu o jogo por conta da invasão russa na Ucrânia.

 

Confira os confrontos das quartas de final da Liga dos Campeões:

Chelsea x Real Madrid

Manchester City x Atlético de Madrid

Villarreal x Bayern de Munique

Benfica x Liverpool

A eliminação do Paris Saint-Germain diante do Real Madrid na Liga dos Campeões teve bastidores muito quentes, segundo o jornal espanhol Marca. De acordo com o veículo, Neymar e o goleiro Donnarumma teriam se desentendido e quase brigado após o brasileiro reclamar da falha que originou o primeiro gol dos donos da casa.

A matéria do Marca afirma que Neymar teria cobrado o goleiro italiano sobre a saída de bola errada que acabou gerando o gol de empate do Real Madrid no Santiago Bernabéu. Donnarumma não teria aceitado bem e revidou dizendo que o brasileiro havia falhado no gol da virada merengue. No lance, Neymar perdeu a bola na entrada da área rival e Modric avançou em velocidade, puxando o contra-ataque que acabou resultando em gol.

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Ainda segundo jornal espanhol, a discussão teria se acirrado e por pouco os atletas não trocaram agressões físicas. Companheiros de time precisaram intervir para evitar a briga.

Neymar tem razão?

Obviamente que uma eliminação como a dessa quarta (9) não deixa o ambiente tranquilo e a “quase briga” pode mesmo ter acontecido. O fato é que o PSG dominava as ações do jogo antes da falha de Donnarumma. O gol de empate incendiou a torcida e os jogadores do Real, que atropelaram um assustado Paris.

Se não houvesse a falha, talvez o PSG seguisse com o controle do jogo, mantendo a vantagem de 2 a 0 que tinha do placar agregado. Mas mesmo com o goleiro tendo parte da culpa pela derrota, Messi, Mbappé e o próprio Neymar não reagiram ao massacre merengue que veio depois. O italiano pode até ser cobrado, mas não culpado pela eliminação.

Em mais uma temporada marcada por lesão, Neymar se despediu da Liga dos Campeões na quarta-feira sem balançar as redes. Foi a primeira vez em sua carreira que o atacante deixou a principal competição de clubes do mundo se marcar um gol sequer. Ao todo, o brasileiro soma nove participações na Liga.

Desta vez, a despedida foi precoce, ainda na fase de oitavas de final. O Paris Saint-Germain, seu time, levou uma dura virada do Real Madrid, na capital espanhola, por 3 a 1. Os franceses haviam vencido o jogo de ida por 1 a 0 e ainda abriram o placar na partida da volta. Ambos os gols foram marcados por Kylian Mbappé, com passes de Neymar.

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O brasileiro, contudo, não conseguiu deixar sua marca nesta edição da competição europeia. Foram apenas duas assistências, aquelas para Mbappé, em seis jogos. Para efeito de comparação, Neymar balançou as redes por seis vezes na edição passada da Liga dos Campeões. Nos campeonatos anteriores, foram três (temporada 2019-2020), cinco (18-19) e seis gols (17-18), sendo esta sua primeira participação na Liga com a camisa do PSG.

O recorde de Neymar aconteceu na temporada 2014-2015, pelo Barcelona. Foram 10 gols que ajudaram o time espanhol a faturar o título, o único do brasileiro na competição até agora. Naquela edição, o atacante acumulou o maior número de jogos, com 12, marcando constantemente sua presença entre os titulares na equipe liderada então por Lionel Messi.

A edição deste ano marca a menor participação de Neymar no torneio, com apenas seis jogos, o mesmo número da temporada 18-19. Em ambas, o brasileiro enfrentou problemas físicos. Nesta temporada, o vilão foi uma lesão no tornozelo esquerdo, que o tirou do último jogo da equipe na fase de grupos da Liga dos Campeões.

Ao todo, foram 80 dias afastado dos gramados. Neymar retornou justamente no jogo de ida contra o Real Madrid, no dia 15 de fevereiro, na ida das oitavas de final. Na ocasião, entrou somente no segundo tempo porque estava sem ritmo de jogo. Na quarta, foi titular, mas não conseguiu evitar a dura eliminação da equipe francesa.

Segunda maior contratação da história do PSG, Neymar chegou ao clube em 2017 com o objetivo de levar o troféu da Liga dos Campeões para a capital francesa. O mais próximo que chegou até agora foi a final, em 2019-2020, quando perdeu para o Bayern de Munique. Na temporada passada, o clube foi eliminado nas semifinais pelo Manchester City.

Karim Benzema precisou de 17 minutos para escrever mais um belo capítulo em sua vitoriosa história com a camisa do Real Madrid. O artilheiro merengue anotou três gols neste intervalo de tempo para garantir a virada sobre o Paris Saint-Germain, por 3 a 1, no Santiago Bernabéu, que garantiu os espanhóis nas quartas de final da Liga dos Campeões. O francês ainda se tornou o terceiro maior goleador do clube, superando a lenda Di Stéfano, agora com 309 gols.

Benzema está atrás apenas de Raul e do português Cristiano Ronaldo, que lidera com 450 gols. O brasileiro Vinícius Júnior e o croata Luka Modric foram outros destaques em grande virada do Real Madrid, que passou sustos no primeiro tempo e ainda viu dois gols de Mbappé serem anulados por impedimento.

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O PSG tinha situação tranquila na partida até os 16 minutos do segundo tempo, quando uma bobagem na saída de bola custou o primeiro gol e o ressurgimento do Real Madrid na decisão. Até ali, Mbappé era o herói do embate das oitavas de final com dois gols, um em cada jogo.

A experiência do compatriota, desta vez, se fez presente. E, aos 33 minutos da fase final, lá estava Vinícius Júnior "engraxando" a chuteira de Benzema após seu terceiro gol no jogo. Alaba usava uma cadeira para festejar a noite mágica do maior campeão da Liga dos Campeões, com 13 taças. Os espanhóis avançam e o sonho do PSG de Messi, Neymar e Mbappé é mais uma vez adiado.

Confiante em uma reviravolta nas oitavas de final, a torcida do Real Madrid usou a história vitoriosa da equipe para mandar um recado para os franceses. "Somos os reis da Europa", trazia a enorme faixa em referência às 13 conquistas da Liga dos Campeões.

O time pisou no gramado sob gritos de "Madrid, Madrid", desfalcado de Casemiro, mas com confirmação de Tony Kroos, recuperado de dores. A expectativa era em cima do bom momento de Vinícius Jr. e Benzema. Do lado do PSG, o trio Messi, Neymar e Mbappé carregava a esperança da equipe que mais uma vez investiu pesado para acabar com o jejum na principal competição do continente.

Os técnicos Carlo Ancelotti e Maurício Pochettino mostravam tranquilidade e trocaram um forte abraço em desejos mútuos de boa sorte. Restava saber qual seriam as posturas em campo dos times com o PSG defendendo a vantagem mínima de 1 a 0 feita no Parque dos Príncipes.

Diferentemente do apresentado na ida, ainda mais pela necessidade de vencer, os merengues saíram para o ataque logo de cara. Deram espaço e levaram dois sustos com Mbappé parando em defesas de Courtois. Os franceses não queriam saber de apenas segurar o 1 a 0 feito em casa. E, com espaço, chegaram muitas vezes com perigo. Neymar e Messi estavam acesos também e o argentino quase abriu o placar após linda tabela com o amigo brasileiro. A cada toque na bola de La Pulga, a torcida o vaiava, em lembrança de quando defendia o rival Barcelona.

O que faltou de emoção em Paris sobrava na Espanha com as duas equipes jogando futebol. Vinícius Jr. conseguia superar a marcação, porém não finalizada as jogadas. Já Benzema... O francês tirou o "uh" da galera no Santiago Bernabéu por três vezes antes do intervalo, com um chutaço de fora da área e em duas cabeçadas.

Eis que o grito de gol surgiu. Mbappé bateu no canto de Courtois e saiu para festejar. O lance acabou impugnado por impedimento. O atacante que vira e mexe estampa as manchetes com a possibilidade de se transferir para Madri no meio do ano, não se intimidou e voltou às redes, desta vez para valer. Bela assistência de Neymar e chute sem chances de defesa do camisa 7. Assim como aconteceu em Paris, o brasileiro serviu de garçom e o francês foi decisivo.

O Real Madrid que tinha 90 minutos para devolver 1 a 0, teria agora apenas os 45 finais para anotar duas vezes e não ser vazado para levar a decisão à prorrogação. Contra um rival com veloz e mortal no contra-ataque.

Mbappé teve seu segundo gol anulado na partida no começo da etapa final após receber de Neymar, driblar Courtois e anotar. Estava impedido, contudo. O PSG dominava a partida quando uma bobagem do goleiro Donnarumma fez o time merengue "renascer".

A bola foi recuada para o goleiro, que não afastou o perigo e, pressionado por Benzema, deu de graça para Vinícius Jr. O brasileiro rolou para trás, para o francês empatar. O Santiago Bernabéu virou uma enorme panela de pressão. E quase Benzema logo virou, em nova cabeçada perigosa.

O PSG sentiu o gol e o crescimento do Real Madrid. Virou ataque contra defesa. Vinícius Jr. desperdiçou a chance de colocar a equipe na frente ao bater de canela na cara de Donnarumma. Benzema, contudo, estava com a pontaria em dia.

O francês recebeu de Modric e girou o corpo para fazer 2 a 1. O PSG nem bem assimilou o golpe e levou mais um gol. Vini Jr. apertou a marcação sobre o compatriota Marquinhos, que tentou afastar e deu nos pés de Benzema. De primeira, o herói de noite fez mais um para se tornar o terceiro maior artilheiro da história do Real Madrid. Chegou a 309, superando a lenda Di Stéfano. Messi ainda teve chance em falta nos acréscimos, mas mandou por cima e a bela festa foi merengue.

O Liverpool perdeu pela primeira vez em 2022 nesta terça-feira. Jogando em Anfield, viu sua sequência de 15 partidas sem derrotas acabar com 1 a 0 para uma brava Inter de Milão, que vendeu caro a eliminação nas oitavas de final da Liga dos Campeões. O time inglês vinha de 12 vitórias e três empates no ano e tinha campanha perfeita na Liga dos Campeões, com sete triunfos. Desde 28 de dezembro, quando levou 1 a 0 em visita ao Leicester, pelo Campeonato Inglês, que os comandados de Jürgen Klopp não eram batidos.

O resultado negativo, contudo, não desanimou a torcida, que festejou a vaga e a apresentação do Liverpool. Caprichasse um pouco mais, e a invencibilidade seria mantida. A equipe da casa parou na trave em três oportunidades e ainda viu o chileno Vidal salvar quase em cima da linha nos acréscimos.

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A festa em Anfield começou antes mesmo de a bola rolar e com as equipes ainda nos vestiários. Como de costume na casa do Liverpool, os torcedores deram um lindo espetáculo cantando You'll Never Walk Alone (Você nunca andará sozinho). Até torcedores da Inter foram flagrados entoando a bela canção.

As equipes pisaram no gramado mostrando enorme concentração. Os jogadores ficaram perfilados alternando um de cada time em pedido de paz ao mundo. Os atletas do Liverpool ainda se ajoelharam em protesto contra o racismo antes do apito inicial.

A bola rolou e o Liverpool foi logo mostrando que não ficaria escorado na vantagem de 2 a 0 construída em Milão. Único time com 100% de aproveitamento na Liga dos Campeões após empates de Bayern e Ajax na abertura das oitavas, o time inglês queria "matar" a série rápido. Ou seja: abrir o placar logo.

Klopp optou pelo retorno de Diogo Jota desde o início, formando o trio ofensivo com Salah e Mané. O chileno Alexis Sánchez era a aposta de Simone Inzaghi na equipe italiana que precisava de um resultado bastante improvável. Desde 2014 que os ingleses não perdiam por três gols na Liga dos Campeões, a obrigação da Inter para avançar direto - diferença por dois gols levaria a disputa à prorrogação.

O jogo começou com muita luta e pouca chance clara. Na metade do primeiro tempo a partida acabou paralisada para atendimento de um torcedor que passou mal nas arquibancadas. A torcida usou os celulares como lanternas para ajudar os médicos a chegarem ao local onde estava o fã do Liverpool. Foram cinco minutos de pausa.

A grande chance, enfim, veio logo no primeiro lance após a bola rolar novamente, com Matip cabeceando e carimbando o travessão. Pouco depois foi a vez de o outro zagueiro, Van Dijk, quase tirar o zero do placar, também de cabeça.

Assustada, a Inter apenas aguardava na defesa, marcando forte e explorando os contragolpes com lançamentos buscando Lautaro Martínez, isolado no ataque e sempre sem conseguir receber um passe preciso.

Antes do intervalo, mais uma chance para cada, ambas em cobranças de falta.

Çalhanoglu parou em Alisson e Arnold bateu por cima da barreira, raspando. Após 45 minutos, as equipes foram para o descanso com suas metas não realizadas. Ambos queriam ao menos uma vantagem mínima para ter mais tranquilidade ou menos pressão na etapa definitiva.

A precaução ficou nos vestiários. As equipes voltaram ousadas na etapa final com lances de ataque e chances de ambos os lados. A partida retornou aberta e mais emocionante. Salah parou na trave e a resposta da Inter veio com Lautaro perdendo, dentro da área. Bateu para fora. Ambrósio também chutou pelo alto.

A coragem da Inter foi premiada com um chutaço de Lautaro no ângulo após saída errada de Matip. A torcida da Inter explodiu e Klopp bateu palmas incentivando os ingleses para não se abaterem. A festa italiana durou um minuto. Alexis Sánchez entrou forte em Fabinho e acabou expulso logo depois do gol.

Com um a menos, a Inter precisava de superação para buscar novo gol que levaria a decisão das oitavas de final à prorrogação. O Liverpool assimilou o golpe e, com mudanças, mesclou administração da posse de bola com jogadas ofensivas. Não queria ser vazado e, ao mesmo tempo, reagir para manter a invencibilidade.

Salah, mais uma vez, teve a oportunidade de garantir a tranquilidade em Anfield. O egípcio do Liverpool recebeu ótimo levantamento e carimbou outra vez a trave. Os ingleses tinham desvantagem no placar, mas o controle da partida. A torcida fazia sua parte ao vaiar os italianos quando a posse era da Inter.

Díaz entrou no fim e perdeu a chance do empate, ao bater colocado e ver Vidal salvar em um carrinho. O jogo terminou com torcedores do Liverpool comemorando e da equipe italiana satisfeitos com o empenho de sua equipe, com gritos de "olê, olê, Inter, Inter."

A Uefa anunciou nesta sexta-feira (25) que a cidade de São Petersburgo, na Rússia, não vai mais sediar a final da atual edição da Liga dos Campeões. O decisivo confronto foi realocado para Paris, na França.

A decisão da entidade, que foi tomada em uma reunião extraordinária em Nyon, na Suíça, acontece em virtude da invasão da Rússia à Ucrânia. O jogo estava marcado para ser disputado no Estádio Krestovsky em 28 de maio.

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A nova sede da final da Champions League é o Stade de France, que recebeu pela última vez uma decisão da principal competição de clubes da Europa na temporada 2005/2006. A Uefa ainda fez um agradecimento ao presidente da França, Emmanuel Macron.

"A Uefa gostaria de agradecer ao presidente da França, Emmanuel Macron, pelo seu apoio e comprometimento para que a partida de clubes mais prestigiada da Europa fosse transferida para França, neste tempo de crise. Ao lado do governo francês, a Uefa fornecerá suporte para resgatar jogadores e suas famílias na Ucrânia", destacou a entidade máxima do futebol europeu.

Na cúpula, a Uefa decidiu que os times russos e ucranianos, bem como as seleções envolvidas em competições, deverão entrar em campo em estádios neutros "até segunda ordem".

Essa é a segunda vez que a final da Liga dos Campeões precisa ser retirada de São Petersburgo. A cidade iria a receber a decisão da edição de 2020/21, mas o duelo foi realocado por conta da pandemia de Covid-19.

O Kremlin afirmou que é uma "vergonha" a decisão da Uefa de retirar a final da Liga dos Campeões de São Petersburgo. 

Da Ansa

A final da atual edição da Liga dos Campeões tende a mudar de local e deve conhecer sua nova sede nesta sexta-feira. A Uefa marcou uma reunião de emergência com seu Comitê Executivo após a invasão da Rússia à Ucrânia pela madrugada e tem tudo para tirar o jogo decisivo do dia 28 de maio de São Petersburgo.

A entidade já vinha sofrendo enorme pressão dos clubes e federações, sobretudo da Inglaterra, e prometia medidas drásticas caso não houvesse um recuo dos russos na ameaça de invasão à Ucrânia. Com a confirmação dos ataques, agora o jogo decisivo deve deixar a Gazprom Arena, estádio do Zenit e de propriedade de grande parceiro da Uefa.

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"Na sequência da evolução da situação entre a Rússia e a Ucrânia, o presidente da Uefa convocou uma reunião extraordinária do Comité Executivo para sexta-feira, 25 de fevereiro, a fim de avaliar a situação e tomar todas as decisões necessárias", divulgou a Uefa em comunicado.

Há grande possibilidade de a decisão ser marcada para Londres e o estádio do Tottenham, com capacidade para 62 mil espectadores, surge como um dos favoritoa para sediar a final. Mas outras cidades de outros países também se colocaram à disposição da Uefa: Munique, Istambul (perdeu a final passada por causa da pandemia de covid-19, mas já será sede em 2023), Madri e até Lisboa, que recebeu a decisão há dois anos.

Os integrantes do Comitê Executivo da Uefa votarão e definirão não apenas a possível mudança de país como o novo palco. Será a terceira vez seguida que a Liga dos Campeões muda seu estádio da final. As outras duas foram por causa da pandemia de covid-19.

O atual campeão Chelsea fez o dever de casa, mais uma vez, diante do Lille nesta terça-feira pelo jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões. Havertz e Pulisic marcaram os gols da vitória por 2 a 0 no estádio Stamford Bridge e garantiram a quarta vitória do Chelsea em quatro jogos em casa na atual temporada da competição.

A decisão de volta entre Lille e Chelsea está marcada para a quarta-feira, dia 16 de março, no estádio Pierre-Mauroy, em Lille. Vale lembrar que o critério de gol qualificado foi removido das competições da UEFA a partir desta temporada. Em caso de vitória do Lille por dois gols de diferença, a partida irá para a prorrogação e, se necessário, pênaltis.

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O Chelsea começou o confronto com volume no campo de ataque, assim como já era de se esperar. Pressionando, Havertz desviou cruzamento de Azpilicueta na primeira grande chance da partida, que passou muito perto do gol, logo nos primeiros minutos. Na oportunidade seguinte, o mesmo Havertz obrigou o goleiro brasileiro Léo Jardim a trabalhar e espalmar para escanteio. Persistente, o meia alemão achou espaço na área para cabecear para abrir o placar na cobrança de escanteio feita por Ziyech.

O Lille não ficou acuado com o gol, se lançou ao ataque e tentou agredir a equipe adversária. Com o passar do tempo, o time francês conseguiu até finalizar mais vezes que o Chelsea, que apresentou uma defesa sólida e conseguiu levar a vantagem de 1 a 0 para o vestiário.

O duelo no segundo tempo continuou aberto, com os dois times propondo o jogo. O Chelsea era quem construía as melhores jogadas de ataque, mostrando seu repertório. O segundo gol inglês saiu em um contra-ataque, com ótima participação de Kanté. O volante francês puxou a jogada e serviu o estadunidense Pulisic, que tirou do goleiro para ampliar.

Em desvantagem, o Lille colocou em campo Yilmaz, artilheiro do último Campeonato Francês, para tentar uma reação. A equipe demonstrou ter sentido o segundo gol e passou a ter mais dificuldade para assustar a zaga do Chelsea. Com isso, o placar de 2 a 0 permaneceu até o fim do confronto.

Após a conquista recente do Mundial de Clubes da FIFA, o Chelsea voltará a ter uma final pela frente já no próximo domingo. O time de Thomas Tuchel enfrentará o Liverpool na grande decisão da Copa da Liga Inglesa, com início às 13h30. Já o Lille terá o Lyon, fora de casa, e o Clermont, em casa, pela frente no Campeonato Francês.

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