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O ator e produtor Plínio Maciel leva seu espetáculo “Na Beira” ao espaço cultural e hamburgueria artesanal Esperantivo, em Vila Nazaré, Cabo de Santo Agostinho. Marcado para acontecer a partir das 19h30 do próximo sábado (8), o evento contará ainda com música e repente de Neudo Oliveira, funcionando a partir de couvert livre, com contribuição sugerida de R$ 10 por pessoa.

Monólogo autobiográfico, “Na Beira” resgata histórias e lembranças familiares do artista Plínio Dourado, que protagoniza o espetáculo sob direção de Rodrigo Dourado. A intenção é a de criar “conexão emocional com o público através do imaginário compartilhado, explorando a teatralidade dos encontros improvisados”, conforme descreve o material de divulgação da apresentação.

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“Na Beira” possui uma hora e meia de duração e será sucedido pelo show de Neudo Oliveira. O Esperantivo servirá seus hambúrgueres e cervejas artesanais (com receitas autorais), bem como sorvetes caseiros.

Serviço//Teatro, Poesia e Vila com Neudo Oliveira e Plínio Maciel

Local: Esperantivo: Rua do Sol, S/N, Vila de Nazaré - Cabo/PE. Entre as praias de Suape e Calhetas.

Hora: a partir das 19h30

Entrada: R$ 10 (contribuição sugerida)

Em uma carta enviada ao cantor pernambucano Maciel Melo, o ex-presidente Lula se mostrou esperançoso sobre a sua situação. No texto, Lula contou que já ganhou um disco do artista e que espera ganhar outro pessoalmente assim que sair da prisão. “Espero ganhar das suas mãos depois quando sair da Polícia Federal e tiver em liberdade. Te pagarei”. O Jornal do Commercio teve acesso completo ao conteúdo da correspondência datada do dia 6 de junho.

Chamando Maciel Melo carinhosamente de “neguinho”, Lula expôs que tinha acabado de ler o livro do cantor intitulado “A Poeira e a Estrada”. “Fiquei orgulhoso de ver mais um nordestino fazendo sucesso como escritor, poeta e sobretudo como músico”. O líder petista chegou a ressaltar que “jamais” imaginava que dentro de uma solitária na PF poderia ganhar a obra. 

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Lula ainda contou que recebeu de uma amiga um pendrive com as músicas de Maciel e que escutou até meia-noite. No final da carta, o ex-presidente encoraja o músico: “Continue porque nordestino não pode parar”, salientou.

Em nota ao Jornal do Commercio, Maciel disse que guardava dele muitos momentos bons na vida dos brasileiros. “Principalmente na vida dos menos favorecidos e, sinceramente amigo, hoje, na realidade em que vivemos me sinto completamente desnorteado e creio que não só eu, todo o povo brasileiro está sem rumo”, opinou.


A trajetória política do pernambucano Marco Maciel será exibida em documentário. A iniciativa foi da Câmara dos Deputados, que encontrou por meio do filme uma forma de reconhecer a atuação do ex-ministro, que também foi vice-presidente da República, senador e deputado federal. O lançamento ocorrerá, no dia 5 de agosto, às 21h30, na TV Câmara. Após a estreia, o vídeo estará disponível no site www.camara.gov.br.

O vídeo elaborado pelos jornalistas da TV Câmara percorreram as cidades de Recife, São Paulo e Brasília. Pelo estado de saúde, o documentário não terá depoimentos de Maciel, que sofre com o Mal de Alzheimer. Ainda assim, os personagens que irão prestar suas homenagens prometem prender a atenção de quem assistir, entre eles, falam os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e José Sarney.

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Filme

Intitulado Marco Maciel: A Política do Diálogo, o roteiro da obra é da jornalista Dulce Queiroz. Com produção de João Gollo e Lia Tavares, a trilha sonora ficou a cargo de Alberto Valério. A coordenação geral foi do Núcleo de Documentários da TV Câmara.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, avaliou nesta quinta-feira, 30, que o crédito manteve-se em expansão em junho, mas com comportamento semelhante aos de meses anteriores, ou seja, com ritmo menor do que a verificada em igual período de 2014. "Desta forma, a evolução do crédito continua mostrando moderação, lembrando que a nossa projeção para o ano é de uma expansão de 9%", comentou.

Segundo ele, o crédito direcionado é o principal responsável por essa desaceleração do crédito. No primeiro semestre de 2014, a expansão foi de 8%, contra 4% no mesmo período deste ano. "Já o crédito livre manteve praticamente a mesma expansão do ano passado, passando de 1,1% no primeiro semestre de 2014 para 1,4% nos primeiros seis meses deste ano", acrescentou.

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Maciel negou que o crédito no País esteja estagnado e explicou que, sazonalmente, a expansão do financiamentos no primeiro semestre do ano é menor que do segundo semestre. Nos seis primeiros meses de 2015, a expansão do crédito total é de 2,8%. "Isso se deve ao ritmo natural da própria economia. O crédito não esta estagnado, pelo contrário. Está em crescimento moderado que deve ser de 9% no ano", completou.

Renegociação

Embora economistas do mercado alertem que o aumento da renegociação de crédito possa sinalizar uma piora da inadimplência à frente, Maciel avaliou que o movimento é natural, devido ao ambiente econômico do País.

"Estamos em um período de aumento de taxas de juros que continuam se elevando já há algum tempo. Em um ambiente de menor ritmo de atividade é natural que haja reprogramação por parte das empresas de suas obrigações", comentou.

Maciel lembrou que o setor de veículos ainda se ressente do fim da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Isso se reflete no volume dos empréstimos", comentou. No primeiro semestre do ano, a queda nesse tipo de crédito é de 6,1% e, em 12 meses até junho, de 7,3%.

Inadimplência

Maciel disse ainda que, apesar do quadro de menor ritmo de atividade e renda, a inadimplência continua em níveis historicamente baixos, principalmente a de pessoa física, que em episódios anteriores era mais preocupante.

"Notamos que inclusive a parcela do bem a ser financiado hoje é menor do que era há um tempo atrás, e isso reflete maior cautela dos tomadores", acrescentou. Segundo o Maciel, iniciativas de educação financeira têm contribuído para a manutenção da inadimplência em patamares baixos nos últimos anos.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, enfatizou que cerca de 50% da meta fiscal de 2015 foi alcançada no primeiro quadrimestre deste ano. A meta nominal do governo federal é de R$ 66,3 bilhões e, de janeiro a abril, o superávit primário está em R$ 32,448 bilhões. "Na margem, os desempenhos estão mais alinhados à trajetória", limitou-se a dizer.

Maciel ressaltou, porém, que há uma certa sazonalidade nas contas públicas que favorece o resultado no primeiro semestre do ano. Os números de abril, por exemplo, de acordo com o técnico, costumam estar entre os melhores do ano por causa do ingresso do pagamento de Imposto de Renda para o caixa do governo. Já no segundo semestre, é o governo que tem aumento das despesas, com o pagamento do 13º salário, por exemplo, que começa a ser antecipado para aposentados e pensionistas.

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PIB

Sobre o recuo de 0,2% do PIB no primeiro trimestre, divulgado nesta sexta-feira, 29, pelo IBGE, na comparação com o quarto trimestre de 2014, Maciel avalia que isso mostra o arrefecimento da atividade, o que já era esperado. Ele, no entanto, acredita que a meta fiscal, de R$ 66,3 bilhões de superávit primário, deve ser alcançada. "Tomamos uma série de medidas com o objetivo de ajuste fiscal e de alcançar a meta estabelecida para o ano", afirmou.

As manifestações ocorridas em junho não foram as responsáveis pela queda de 3,4% na média das concessões de empréstimos vistas em junho no crédito livre, que somaram R$ 12,4 bilhões. A avaliação é do chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, que também não relaciona o recuo de 11,6% no mês de julho até o dia 12 com os protestos. "É uma queda moderada nos dois casos. Não dá para relacionar com as manifestações", afirmou.

O técnico comentou que ele teve a preocupação de relacionar os dados porque, em tempos passados, quando havia greves bancárias, o volume de concessões recuava. Como houve incidência de agências depredadas durante as manifestações de agora, o BC foi observar quais os impactos, mas eles não foram identificados. "Esse episódio nos chamou atenção e fomos olhar, mas essas quedas foram muito comuns", argumentou, alegando que os dados mensais de concessão são extremamente voláteis.

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Sobre o aumento da taxa de captação dos bancos no primeiro semestre, Maciel avalia que ocorreu em razão do ciclo de política monetária. O custo, segundo ele, passou de 8,6% em maio para 9,8% em junho - em dezembro do ano passado, essa taxa estava em 7,7%. "A taxa de captação tem subido ao longo do semestre dado o ciclo de política monetária. Esse aumento tem sido compensado por redução de spread, mas este mês preponderou o custo de captação", afirmou.

Questionado sobre se esse movimento poderia estar relacionado com uma possível redução das margens pelos bancos em um momento de esfriamento da economia, Maciel disse apenas que o BC tem tido relatos de acirramento da competição entre os bancos em busca de novos clientes, principalmente no segmento de crédito consignado. "É possível ser concorrência."

Crédito imobiliário

Maciel acrescentou que desempenho do financiamento imobiliário foi o destaque de junho, cuja participação em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) passou de 6% em junho de 2012 para 7,5% em igual mês deste ano. Este segmento de crédito cresce a uma taxa de 35% nos últimos meses. Em junho, ficou em 35,4% no acumulado de 12 meses.

Maciel admitiu, após ser questionado por jornalistas, que o aumento da fatia do crédito imobiliário em relação ao PIB ocorre porque o crescimento da atividade econômica está menor. Isso é fácil de comprovar, de acordo com ele, justamente porque o ritmo de crescimento dos empréstimos imobiliários tem sido justamente de cerca de 35%. "Então, o PIB nominal é bem menor do que isso."

O desempenho do crédito imobiliário explica, segundo ele, a participação dos bancos públicos no total de crédito, que passou para 50,3% em junho.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Túlio Maciel, destacou nesta sexta-feira que a participação dos bancos públicos na concessão de crédito tem evoluído mais do que a das instituições financeiras privadas nacionais e estrangeiras. Em abril, a participação das instituições públicas no crédito foi de 49,2%, ante 35,1% das particulares nacionais e de 15,8% dos privados estrangeiros, anunciou. O estoque de crédito total (livre + direcionado) nos bancos públicos teve expansão de 6,3% no primeiro quadrimestre de 2013, em relação ao mesmo período de 2012, afirmou o BC, somando R$ 1,206 trilhão. O crescimento foi de 2,1% em abril ante março e de 29,1% em 12 meses.

Nas instituições privadas nacionais, o estoque de crédito total aumentou 1,6% no ano, R$ 860,1 bilhões, estável em relação a março. O crescimento foi de 6,2% em 12 meses. Nos bancos estrangeiros privados, recuou 0,2% no ano, para R$ 386,5 bilhões. Contudo, houve aumento de 0,2% em abril ante março e de 6,6% em 12 meses.

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A inadimplência total teve alta de 0,1 ponto porcentual nas instituições estatais no trimestre, para 2% da carteira. Nas instituições privadas nacionais, permaneceu estável, em 5% do total da carteira. Nas instituições estrangeiras, houve queda de 0,1 ponto porcentual, para 5,5% da carteira. As provisões permaneceram em 3,8% da carteira no fim de abril para as instituições financeiras públicas. Nos privados nacionais recuaram 0,2 ponto porcentual, para 6,9% e nos privados estrangeiros, a queda foi de 0,1 ponto porcentual, para 6,3% da carteira.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse que o superávit do setor público consolidado de R$ 3,5 bilhões em março e de R$ 30,720 bilhões no primeiro trimestre do ano são os piores para o mês e para o acumulado do ano desde 2010. Naquele ano, houve um déficit de R$ 159 milhões em março e um superávit acumulado de R$ 19,1 bilhões no trimestre.

"O superávit de março é melhor do que o de fevereiro, como era esperado, mas ficou abaixo de março do ano passado, o que também foi repetido no quadro do trimestre", considerou o técnico. No terceiro mês de 2012, o superávit primário foi de R$ 10,442 bilhões.

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Maciel enfatizou que o resultado primário tem de ser visto à luz das desonerações feitas, principalmente, em 2012 e também da defasagem da recuperação das receitas da arrecadação relativamente à atividade econômica. "Há uma defasagem em relação à atividade econômica. As receitas são relativas aos últimos meses, só que com alguma defasagem. São os dois principais fatores que explicam o desempenho primário deste ano".

Maciel ressaltou que o crescimento nas despesas nominais com juros do setor público, entre o primeiro trimestre de 2012 e o de 2013, foi de 5,6%. Em 12 meses, as despesas com juros de 4,83% do Produto Interno Bruto (PIB) são as menores da série histórica. "Isso reflete, em grande parte, a redução da taxa básica no último ano", afirmou. Ele lembrou que a projeção para o fim de 2013 é de 4,5% do PIB. "A tendência é de que isso continue declinando ao longo deste ano".

A principal fonte de discrepância entre o resultado fiscal do governo central divulgado na segunda-feira, 29, pelo Tesouro Nacional e o número apurado pelo BC são operações de final de período, segundo Maciel. Na segunda-feira, 29, o Tesouro informou que Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central registraram superávit primário de R$ 285,7 milhões no mês passado. Pelas estatísticas da autoridade monetária, o resultado ficou positivo em R$ 1,059 bilhão.

"Algumas operações eles contabilizaram no dia 31 de um mês e aqui ela é contabilizada no dia 1º do mês seguinte", afirmou. "Nem tudo o que sensibiliza a apuração acima da linha, do Tesouro, sensibiliza as estatísticas do BC, que têm como fonte informações do sistema financeiro." Maciel destacou que, em janeiro e fevereiro, o resultado divulgado pelo Tesouro foi maior que o verificado nas estatísticas do BC.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse, nesta sexta-feira, que os dados da inadimplência no primeiro trimestre deste ano mostraram um quadro um pouco melhor, principalmente no crédito livre para as famílias. "O momento mais crítico, aparentemente, ficou para trás." Segundo Maciel, essa queda "é gradual, lenta" e disse ainda que há espaço para que a inadimplência recue mais.

Para ele, a melhora vista é uma tendência disseminada no crédito, observada em várias modalidades, como crédito pessoal, consignado, cheque especial e veículos. Maciel afirmou também que o aumento em 2012 estava ligado a fatores como resquício da carteira de veículos com alta da inadimplência.

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"Isso está melhorando. A partir do momento em que se identificou essa alta, houve maior atenção do sistema, e a originação do crédito se deu com maior qualidade", disse. Também contribui para essa melhora a continuidade de crescimento da renda, avaliou Maciel, que destacou que as condições do mercado de trabalho continuam favoráveis. "Outro aspecto que ajudou foi o custo dos empréstimos, que recuou mais de forma mais significativo ao longo do ano passado."

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, atribuiu a piora do déficit em conta corrente das contas externas ao resultado negativo de US$ 4,03 bilhões da balança comercial brasileira. Outro fator apontado por ele para o déficit de conta corrente foi o aumento do volume de remessas de lucros e dividendos ao exterior, que atingiu R$ 2,068 bilhões.

"O volume de remessas foi um pouco mais significativo. Este é um item com certa de volatilidade e apresentou um crescimento em janeiro", Maciel. Ele destacou que o déficit em conta corrente de janeiro, de US$ 11,371 bilhões foi o pior da série, que teve início em 1947, acima dos US$ R$ 8,3 bilhões projetados pelo BC há 30 dias.

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O déficit nominal do setor público consolidado de R$ 12,254 bilhões em setembro foi o pior resultado para o mês desde setembro de 2009, quando o saldo negativo chegou a R$ 22,2 bilhões.

De acordo com o chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel, o déficit acumulado no ano até setembro, de R$ 85,609 bilhões, também é o pior desde 2009, quando o déficit chegava a R$ 87,8 bilhões no mesmo período.

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Já no acumulado em 12 meses, o déficit de 2,78% do PIB até setembro é o pior desde agosto de 2010, quando o acumulado em 12 meses estava em 3,25%.

Dívida líquida

O BC estima que a dívida líquida do setor público caia para 35,1% do Produto Interno Bruto (PIB) ao fim de outubro, depois de ter fechado setembro em 35,3% do PIB. Já a projeção para a dívida bruta do governo geral este mês é de 58,3% do PIB, ante 58,5% no mês passado.

O chefe do departamento econômico do BC também informou dados sobre a sensibilidade do fluxo da dívida em 12 meses. Segundo ele, qualquer variação de 1% no patamar do câmbio nesse período significaria 0,15 ponto porcentual de variação na relação dívida/PIB no sentido inverso.

Já uma mudança de 1 ponto porcentual na Selic representaria 0,26 ponto porcentual de impacto na dívida/PIB no mesmo sentido. Uma variação de 1 ponto porcentual na inflação acarretaria 0,13 ponto porcentual de alteração na relação dívida/PIB, também no mesmo sentido.

O superávit primário do setor público consolidado em setembro, de R$ 1,591 bilhão, foi o pior para o mês desde 2009, quando foi registrado um déficit de R$ 5,4 bilhões.

De acordo com o chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel, o acumulado dos nove primeiros meses do ano, de R$ 75,816 bilhões, também é o pior desempenho desde o mesmo período de 2009, quando alcançava R$ 38,6 bilhões. "Mas naquele ano o resultado era substancialmente menor. Não se trata do mesmo cenário", avaliou.

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Já no acumulado em 12 meses, o superávit de 2,3% do PIB até setembro é o pior período desde agosto de 2010, quando o primário em 12 meses chegava a 1,93% do PIB.

Maciel salientou que a política fiscal tem ajudado a atenuar impactos negativos sobre a economia, como os da crise internacional, e também auxiliado na condução da política monetária. "A evolução da política fiscal deve ser olhada de forma ampla", considerou, em entrevista coletiva para comentar o resultado fiscal divulgado pelo BC nesta terça-feira.

O chefe do BC comentou que os resultados fiscais refletem evolução da economia ao longo do ano, como atividade e arrecadação. Questionado sobre o motivo pelo qual o BC não revisa sua meta de superávit primário (de R$ 139,8 bilhões), como o governo já fez com outros indicadores, como o PIB, por exemplo, Maciel respondeu que a meta de superávit tem a prerrogativa de ser ajustada.

"Trabalhamos com a possibilidade de ajuste, mas não quer dizer que vá ser usado", disse.

Maciel estimou que a despesa com juros do setor público consolidado deve continuar a trajetória de queda verificada nos últimos meses e chegar a 4,7% do PIB ao fim de dezembro de 2012, ante 5,7% em dezembro do ano passado. A estimativa já constava no último Relatório Trimestral de Inflação.

"A queda na despesa com juros deve se acentuar até o fim do ano", afirmou. No acumulado do ano até setembro, o gasto com juros está em 4,96% do PIB, enquanto nos últimos 12 meses essa relação chega a 5,08%.

O chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel, comemorou o resultado mais positivo da rubrica de juros verificada na nota do setor público, divulgada nesta sexta-feira. "As notícias são boas em termos de juros", disse. Ele lembrou que o resultado visto em agosto (R$ 19,118 bilhões) ficou inferior ao de agosto de 2011 (R$ 20,574 bilhões). "Temos visto uma redução desde dezembro do ano passado. É o oitavo mês de recuo", enfatizou.

O total também é menor no ano até agosto de 2012 (R$ 147,580 bilhões) em relação aos primeiros oito meses de 2011 (R$ 160,207 bilhões). A expectativa de Maciel é de que, ao final do ano, as despesas com juros somem R$ 236,7 bilhões. O que tem levado a um gasto menor com os juros, segundo Maciel, é o impacto menor da Selic e da inflação este ano na comparação com 2011. "Mesmo com a ampliação da base de incidência, há uma diminuição do custo dessa dívida e de apropriação das despesas de juros", disse.

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O chefe do departamento econômico do BC não quis comentar, porém, se a estratégia do Tesouro Nacional, de reduzir o total de títulos indexados à Selic, pode trazer um novo tipo de preocupação para a área fiscal. Isso porque, apesar de haver migração para títulos prefixados, a maior parte tem sido absorvida por papéis indexados a índices de preço.

Na quinta-feira (27), o BC apresentou projeções para a inflação ainda acima do centro da meta até meados de 2014, com exceção do terceiro trimestre de 2013, que estava exatamente no alvo, em 4,5%. "Temos tido inflação dentro da meta há oito anos", limitou-se a dizer.

Apesar de registrar crescimento em 12 meses até agosto passado em relação a um ano antes, o resultado nominal da dívida deve recuar até o final do ano, disse Maciel. Ele afirmou que devem impactar a rubrica os efeitos defasados de uma Selic mais baixa em 2012 do que em 2011. "Parte da dívida é vinculada a prefixados, que também têm influência na queda da Selic, mas com defasagem. O segundo ponto é o de que, à medida que o processo avança, o movimento da Selic é mais visível e mais repercute no resultado."

O chefe do departamento econômico do Banco Central, Túlio Maciel, destacou nesta sexta-feira que o resultado primário de julho, que registrou superávit de R$ 5,570 bilhões, foi favorável em relação a junho, quando foi de R$ 2,794 bilhões. "Isso é um bom sinal de evolução das contas públicas. É um sinal positivo em termos de perspectivas para o resto do ano", considerou.

Maciel comentou também a evolução favorável da conta de juros. No acumulado do ano até julho, o gasto com juros somou R$ 128,462 bilhões, o equivalente a 5,1% do PIB. "Este é o sétimo mês consecutivo de recuo dessa conta em porcentual do PIB", disse. De forma geral, o chefe de departamento salientou que os dados positivos são reflexo da menor inflação este ano ante o ano passado e também da redução da taxa básica de juros (Selic).

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Maciel salientou a diferença da trajetória econômica em 2012 na comparação com o ano passado. Especificamente em relação ao resultado do primário de julho, que registrou uma "redução bem expressiva", ele comentou que o resultado foi influenciado por desonerações este ano, enquanto no mesmo mês de 2011, houve um incremento de receitas. O superávit de julho de 2011 chegou a R$ 13,789 bilhões.

"Em julho de 2011, tivemos receitas extraordinárias e também o Refis da crise. Isso havia inflado o resultado em termos de receitas", lembrou. "De lá para cá, tivemos algumas desonerações e esforço do governo com medidas anticíclicas, como redução de IPI e da Cide, e isso também afeta a receita deste ano", continuou.

Segundo ele, a configuração de 2012 e de 2011 mostra que a trajetória econômica dos dois anos é diferente. "Entramos em 2011 com a economia crescendo em um ritmo mais forte (o PIB cresceu 7,5% em 2010) e isso foi se moderando ao longo do ano", disse. "Este ano, começamos com a economia em ritmo mais moderado, mas com crescimento ao longo do ano. É um desenho distinto e isso se reflete na evolução do quadro fiscal", comparou. Maciel enfatizou que a recuperação da economia vai se refletir nas contas por intermédio da arrecadação dos governos.

O Banco Central prevê recuo da dívida líquida do setor público de 34,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em julho para 34,8% do PIB em agosto, que seria novamente o menor porcentual da série histórica iniciada em 2001. Para a dívida bruta, a previsão é queda de 57,6% do PIB em julho para 57,4% do PIB em agosto. Nos cálculos, a instituição considera um dólar de R$ 2,04 no fechamento de agosto.

Maciel informou ainda que a despesa com juros do setor público consolidado em 12 meses deve cair de 5,26% em julho para 4,5% do PIB em dezembro. Segundo ele, apesar do aumento de 12,5% em termos nominais da dívida bruta desde julho do ano passado, as despesas com juros caíram R$ 10 bilhões neste período. Isso é explicado pela queda da inflação e da taxa básica de juros.

O IPCA acumulado no ano recuou de 4,04% entre janeiro e julho de 2011 para 2,76% no mesmo período de 2012. A Selic acumulada nos sete primeiros meses do ano passou de 6,56% para 5,36% na mesma comparação. "Até o final do ano, isso deve cair mais pronunciadamente", afirmou.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse nesta quarta-feira que o consumo das famílias no Brasil, de 2003 a 2012, cresceu em um ritmo próximo de 5% ao ano, considerado por ele como "expressivo" frente ao padrão internacional. "Os brasileiros consomem 50% a mais do que consumiam há quase dez anos."

No entanto, segundo ele, o consumo não está tomando o espaço do investimento, pois a participação do investimento no Produto Interno Bruto (PIB) cresceu mais que a do consumo nos últimos anos. "O crescimento da renda permitiu não apenas aumento do consumo, mas também aumento do investimento. Não é ainda a taxa de investimento que gostaríamos de ver, mas estamos no caminho certo", afirmou.

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Maciel disse ainda que há espaço potencial para crescimento na relação crédito/PIB e destacou a participação do crédito habitacional e do consignado na economia, que possuem nível de inadimplência mais baixo.

O diretor do BC acrescentou que o sistema de supervisão bancário no Brasil é rigoroso e que o avanço do crédito se dá em ambiente de solidez bancária. Maciel participa de seminário na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara sobre "Políticas públicas de estímulo ao consumo e seus reflexos na economia do Brasil".

Dados apresentados pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, mostram que a remessa de lucros e dividendos realizada por empresas multinacionais instaladas no Brasil somou US$ 517 milhões em junho, até o dia 20.

O técnico também anunciou que a conta de viagens internacionais amarga déficit de US$ 788 milhões no acumulado dos 20 primeiros dias do mês. O valor é resultado de despesas de US$ 1,117 bilhão, em patamar maior que os US$ 329 milhões em receitas com turistas estrangeiros em visita ao Brasil.

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Entre os demais itens da conta de serviços, as parciais de junho até o dia 20 mostram déficit de US$ 461 milhões na conta de aluguel de equipamentos, saldo negativo de US$ 46 milhões em computação e informações e US$ 47 milhões de saída em royalties e licenças.

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