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O site The Huffington Post , um dos ícones da chamada 'nova mídia', conquistou nesta segunda seu primeiro prêmio Pullitzer - o mais prestigioso do jornalismo dos EUA.

Sites jornalísticos podem concorrer ao Pullitzer desde 2009.

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O ganhador foi David Wood, correspondente de assuntos militares do HP, pela série de 10 reportagens "Além do Campo de Batalha", uma "exploração pelos desafios emocionais e físicos enfrentados pelos soldados americanos severamente feridos nas guerras do Afeganistão e do Iraque".

"O fato é que essas organizações - Huffington Post, New York Times, Washington Post - estão ficando cada vez mais parecidas entre si. Velha mídia e nova mídia estão se tornando termos antiquados", disse o crítico de mídia Jay Rosen ao Huffington.

O prêmio certamente é um sinal de prestígio para o site, comprado pela AOL por 350 milhões de dólares no ano passado. O Huffington Post já foi muito criticado por ser, essencialmente, um site que apenas replicava conteúdo de outros blogs e sites. No entanto, nos últimos tempos, tem produzido um volume crescente de conteúdo próprio.

Na véspera de completar 32 anos, o PT voltou a defender o controle da mídia, pregando a democratização dos meios de comunicação, e decidiu partir para o confronto com o PSDB. Incomodada com as declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para quem os leilões dos aeroportos "desmistificam o demônio privatista", a cúpula do PT retomou o tema privatizações e radicalizou o discurso.

Uma versão preliminar de resolução política apresentada ontem ao Diretório Nacional do PT diz que "não é verdade que acabou a disputa ideológica sobre as privatizações, como afirmou uma apressada voz tucana". Mesmo sem citar Fernando Henrique, a referência ao ex-presidente não podia ser mais clara.

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"Nós não confundimos concessão com privataria tucana", afirmou o presidente do PT, Rui Falcão. "Não vejo porque toda essa celeuma, já que o sistema de concessão dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília nada tem a ver com o modelo privatista dos tucanos, que entregou patrimônio público a preços duvidosos."

E, depois de defender o marco regulatório para os meios de comunicação em seu 4.º Congresso, no ano passado, o PT voltou a bater na mesma tecla ontem. "Outra campanha importante que o PT lançou e na qual avançará em 2012 é a campanha pela democratização dos meios de comunicação de massa, que aperfeiçoa nosso processo democrático ao dar voz a todos os setores da sociedade", afirma o item 15 do documento preliminar.

‘Bacia das almas’

 

Para tentar neutralizar o discurso tucano de que o PT também adotou a privatização, o partido vai organizar a militância para ressaltar supostas diferenças. "Antes, as empresas públicas, às dezenas, como a Vale do Rio Doce, a Companhia Siderúrgica Nacional, a Embraer, as telefônicas, as empresas de energia elétrica, de transporte ferroviário, os bancos, eram vendidas dentro da concepção de Estado mínimo, e os recursos obtidos usados para pagamento de dívidas", diz trecho do documento. "Antes, as empresas eram torradas na bacia das almas a preços de compadre. Agora, os ganhos para o poder público são enormes e aplicados no desenvolvimento do País."

Na prática, o PT usa um jogo de palavras para justificar a mudança de discurso ao longo de sua trajetória. A versão preliminar do texto, que recebeu 15 emendas e ainda passará pelo crivo de uma comissão executiva, diz haver muita diferença entre as concessões dos aeroportos no governo Dilma Rousseff e a venda de estatais na gestão Fernando Henrique (1999 a 2002).

Em vídeo divulgado pela internet, na quarta-feira, Fernando Henrique disse que as privatizações não devem ser encaradas como "questão ideológica". Foi aí que citou a desmitificação do "demônio privatista".

"A privatização não é uma questão ideológica. É uma questão que depende das circunstâncias, como aumentar a capacidade de gerenciar, aumentar a oferta de serviço", afirmou o tucano.

Corrupção

A queda de nove ministros, sete dos quais envolvidos em denúncias de corrupção, é citada de forma indireta na proposta de resolução. "Não vingou a campanha de setores da oposição que buscavam desestabilizar o governo através de seguidas denúncias de corrupção em ministérios". Para o PT, o governo da presidente Dilma Rousseff deu "respostas adequadas" às suspeitas levantadas.

O texto preliminar do PT diz ainda que 2012 será o ano da "Comissão da Verdade" e enfatiza que o partido estará empenhado no "resgate de nossa memória da luta pela democracia durante o período da ditadura militar". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Às vésperas de começar a campanha eleitoral para disputar seu quarto mandato, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aposta em um controle maior dos meios de comunicação para vencer a oposição, aglutinada na coalizão Mesa de Unidade Democrática (MUD), avaliam analistas. A renovação de concessões de canais de TV aberta e o projeto de lei que regula o conteúdo e o preço de canais a cabo fazem parte da estratégia.

Nesta semana, deputados chavistas na Assembleia Nacional anunciaram a intenção de elaborar uma nova legislação para alterar a regulamentação da TV por assinatura e serviços de telefonia celular e internet. Além disso, o governo deve decidir, em maio, a cinco meses das eleições presidenciais, se a concessão pública do canal privado Venevisión será renovada.

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No fim do ano passado, os juízes do Tribunal Superior de Justiça - a maioria nomeada por Chávez - decidiu que, além da concessão para operar em TV aberta, permissões para outros serviços da Venevisión - que pertence ao magnata Gustavo Cisneros - também teriam de ser avaliadas em maio. "Foi um recado: comportem-se bem ou perderão a licença", afirma o diretor executivo do Instituto Prensa y Sociedad, Ewald Scharfenberg.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As Ciências Sociais buscam identificar e decifrar eventos que ocorrem no ambiente social. Os eventos são criados pelas ações e interações humanas. Crises são eventos, os quais representam o início de uma ruptura com uma ordem X, por exemplo. Ou uma turbulência na ordem X, mas sem ruptura para uma nova ordem - Y.

Crises políticas são comuns em ditaduras e em democracias. Por conta da liberdade da mídia, as crises são mais comuns e mais visíveis em democracias. Crises políticas significam rupturas ou turbulências em torno de um ou vários atores, os quais integram dada instituição.

Crises políticas podem ser evitadas. Mas para tal fato ocorrer, atores precisam prognosticar possíveis crises. Neste caso, os atores devem exercitar a memória cotidianamente. Lembrar das ações do passado e refletir sobre as ações do presente são atitudes que devem guiar atores políticos que desejam disputar uma eleição ou vir a ocupar um cargo público, como por exemplo, um ministério.

Em sociedades democráticas, a mídia exerce intensa função fiscalizadora. Os passos do ator político são vigiados. E os passos deste ator político no passado também. Em razão disto, crises poderão surgir em virtude da ação midiática e não da ação de uma instituição estatal.

A ação fiscalizadora da mídia é um evento que necessariamente precisa ser melhor compreendido por parte dos atores políticos e dos cientistas políticos. Constato que no Brasil, as instituições públicas perdem espaço para a mídia ou esta preenche um dado espaço que deveria ser ocupado pelas instituições públicas.

Desde a era FHC, verifico que as crises políticas não foram motivadas pelas ações das instituições estatais. Mas pela mídia. Foi ela que investigou, publicizou e proporcionou crises governamentais. Em particular, quedas de ministros. No governo Dilma, vários ministros foram sucumbidos em razão da atuação dos órgãos de comunicação. E as turbulências ocorridas em seu governo também foram provocadas pela mídia.

As crises governamentais contemporâneas requerem novas ações por parte dos atores e estrategistas junto à mídia e à opinião pública. A criação de fatos positivos para integrarem a agenda da mídia é necessária, mas não suficiente para evitar crises, independente da sua dimensão.

Atores políticos precisam ficar atentos, caso desejem conquistas futuras, as suas ações do presente, as quais, com o tempo, virarão ações passadas, mas que já estão repercutindo no futuro. As ações presentes dos atores devem vislumbrar as conseqüências. E a mídia não pode ser mais encarada como algo qualquer, no caso, uma instituição que divulga notícias de um dado ator enviadas pela assessoria de imprensa.

As capas dos jornais argentinos estampam hoje a comoção pela notícia de que a presidente Cristina Kirchner será submetida a uma cirurgia na quarta-feira (4), em consequência de um câncer na tireoide. O "Clarín", maior jornal do país e com relações espinhosas com a presidente, dedicou cinco páginas a Cristina. Já o "La Nación" abordou o tema em uma página inteira.

O câncer foi detectado no dia 22, durante exames de rotina. O anúncio foi feito ontem à noite pelo porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro. De acordo com o porta-voz, exames mostraram que não há comprometimento dos gânglios linfáticos nem metástase. Scoccimarro disse que a presidente será operada pelo maior especialista do país, Pedro Saco, chefe do Departamento de Cirurgia do Hospital Austral. Saco terá como assistente Angel Roffo, chefe do serviço de cabeça e pescoço do Instituto de Oncologia.

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Cristina ficará de licença médica até o dia 24. Um dos últimos atos públicos da presidente antes de submeter-se à cirurgia está marcado para hoje, na Casa Rosada, junto com governadores . Amanhã, a presidente viaja para Rio Gallegos, onde possui residência familiar, para passar o Ano-Novo.

O câncer de Cristina foi detectado apenas 12 dias após o início do seu segundo mandato e a cirurgia será realizada antes que ela complete o primeiro mês de governo. Durante a licença médica, assume o cargo o vice-presidente, Amado Boudou.

Aos 58 anos de idade, Cristina foi reeleita em outubro com 54% dos votos, um ano após a morte do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, por problemas cardíacos. A votação foi recorde após a volta do país à democracia, em 1983.

Chance de cura - Médicos especialistas argentinos disseram que o tipo de câncer de que padece Cristina, o carcinoma papilar, é o que tem melhor prognóstico entre os cânceres de tireoide - de 90% a 98% de chance de cura. Segundo o MedlinePlus, um serviço da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, é o câncer mais comum desta glândula. Cerca de 80% de todos os tipos de câncer de tireoide são carcinoma papilar e são mais comuns em mulheres que em homens.

Chávez - Durante a recente Cúpula dos Presidentes do Mercosul, em Montevidéu, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, brincou com os colegas da região que já enfrentaram câncer. "Só está faltando aqui nessa reunião o companheiro Lula para completar o clube dos presidentes com câncer", disse. Na ocasião, mencionou não só o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, recentemente diagnosticado com câncer de laringe e tratado com quimioterapia, mas também a presidente Dilma Rousseff, que superou um câncer no sistema linfático descoberto em 2009. Além deles, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, também passou por tratamento contra um câncer linfático. Chávez se trata de um câncer na região pélvica e já foi submetido a cirurgia em Cuba.

As inscrições para o 3º Simpósio de Integração Médio/Mídia de Pernambuco seguem até damingo (4) através do site do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe). O evento será realizado nos dias 6 e 7 de dezembro, das 9h às 17h30, no auditório da Celpe. As vagas são limitadas e a participação é gratuita.

Grandes nomes da comunicação nacional vão discutir o trabalho médico e dos profissionais de comunicação em geral, abordando temas como: "O poder da mídia e a liberdade de expressão", "A importância do trabalho da comunicação institucional e da agência de comunicação", "O jornalismo em assessoria de imprensa", "O portal de notícias e as mídias digitais" e "A profissão do repórter e o compromisso com a informação de qualidade", entre outros.  

Além do debate entre profissionais da comunicação e mídia, o Simepe pretende estreitar relações com profissionais e estudantes de medicina, jornalismo, publicidade e rádio e TV. Durante o evento, serão sorteados três finais de semana em pontos turísticos do Estado.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse não ter visto nenhum problema na moção aprovada pelo 4.º Congresso do PT, pregando a regulamentação da mídia. Mesmo assim, afirmou que as posições do partido e do governo não se confundem. Para Bernardo, a discussão sobre o assunto está muito "apaixonada" e é preciso esclarecer que nem o governo nem o PT querem controlar o conteúdo da imprensa. "Ninguém vai bisbilhotar a mídia", insistiu.

"A resolução do PT não fala nada de controle da mídia. Não há ali nenhum tipo de atentado à liberdade de expressão jornalística. O que há é uma polêmica com meios de comunicação. Assim como a mídia pode criticar o PT, o PT pode criticar a mídia."

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O governo ainda não tem data para enviar o projeto de lei sobre o assunto ao Congresso, mas Bernardo já prevê mais polêmica à vista. "Vamos mandar a proposta para consulta pública e deixar, entre aspas, o pau quebrar", disse o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) criticou hoje, na tribuna do Senado, a iniciativa aprovada pelo 4º Congresso Nacional do PT de ressuscitar o marco regulatório da mídia. Para ele, "é o nome pomposo para um verdadeiro tribunal da inquisição da comunicação que os petistas querem implantar no Brasil". Jarbas falou para um plenário que tinha um quórum de apenas cinco senadores, antecipando o recesso branco na Casa, na semana do feriado de 7 de setembro.

O senador disse "toda vez que algum malfeito petista aparece nas páginas dos jornais e das revistas", a cúpula do PT se apressa em defender a regulamentação da mídia. O senador fazia referência a uma reportagem da revista Veja que mostra ex-ministro da Casa Civil José Dirceu recebendo atuais ministros e parlamentares em um quarto de hotel em Brasília. "O ex-ministro ficou indignado e acusou a revista de espionagem. O fato é que José Dirceu prefere agir - com sempre fez - nas sombras, incógnito, disfarçado, quase um personagem de filmes de espionagem ou de gângsteres, e agora exercendo o papel bem remunerado de consultor-geral da República", afirmou.

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Para Jarbas, esse tipo de comportamento não combina mais com o Brasil dos tempos atuais. Ele citou levantamento da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) mostrando o aumento no número de assassinatos de jornalistas no Brasil. "De agosto de 2010 para agosto deste ano, foram registradas cinco mortes em que há indício de ligação com a atividade profissional. No relatório anterior da entidade, que abrangeu um período de dois anos, foi registrado apenas um homicídio, e por motivos não relacionados à profissão", citou.

Outra questão grave, no entender do senador, é a expansão das censuras impostas a veículos de comunicação. "Nos últimos 12 meses, foram 12 casos, contra 19 nos dois anos anteriores", informou. Citou como exemplo mais grave a censura imposta ao jornal O Estado de S.Paulo, que há 766 dias foi proibido por um desembargador da Justiça Federal de São Paulo de publicar qualquer informação sobre o envolvimento do empresário Fernando Sarney em acusações de tráfico de influência no âmbito do governo federal. O envolvimento do filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi investigado pela Polícia Federal na "Operação Faktor".

Para o senador, se situações como essas acontecem agora, "há de se imaginar os riscos que corremos, caso o tal marco regulatório do PT seja aprovado. Teremos um Brasil no qual os aliados do governo serão tratados de forma diferenciada, pois não são pessoas comuns, para usar a expressão de Lula sobre o senador José Sarney", ironizou o senador.

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