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O papa Francisco condenou o que ele chama de "silêncio vergonhoso" sobre os conflitos de longa duração da África e em outros lugares do planeta, nesta segunda-feira.

Falando a turistas na Praça São Pedro, Francisco citou massacres em Kivu do Norte, na Republica Democrática do Congo, com um exemplo de derramamento de sangue que muito geralmente "não pesa na opinião mundial". Ele disse que tais massacres "foram perpetrados por muito tempo em silêncio vergonhoso, sem nem mesmo atrair nossa atenção".

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Ele lembrou do sofrimento de povos em muitas partes do mundo que são "vítimas inocentes de conflitos persistentes".

No domingo, autoridades afirmaram que supostos dissidentes mataram pelo menos 36 pessoas no nordeste do Congo, provocando manifestações populares contra a violência em curso. O grupo rebelde matou pelo menos 500 civis na região desde outubro de 2014, de acordo com um grupo de direitos humanos local. Fonte: Associated Press.

Vereadores de Guaxupé, na região sudoeste de Minas, entraram com cerca de 80 pedidos indenizatórios contra jornais, sites e rádios após a divulgação da notícia de que um juiz local teria determinado a abertura de cassação de 12 dos 13 parlamentares da cidade.

A Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt) e a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert) consideram que o Legislativo municipal tem agido deliberadamente para inibir o trabalho da imprensa. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirma que tem acompanhado o caso.

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Em fevereiro, a quase totalidade do Legislativo de Guaxupé passou a responder pelos crimes de dispensa ilegal de licitação, apropriação indevida de dinheiro público e formação de quadrilha. Somente em diárias, entre 2013 e 2014, os parlamentares receberam R$ 158 mil, segundo o Ministério Público.

Na ocasião, o MP chegou a divulgar que havia uma ordem judicial para a abertura do processo de cassação dos vereadores. Horas depois da publicação da informação, no entanto, houve correção: o juiz responsável pela ação penal havia apenas determinado que os parlamentares fossem notificados a respeito do pedido do MP para que fosse iniciado o processo de cassação dos investigados.

Antes da correção feita pelo próprio MP, veículos de comunicação chegaram a informar a versão da abertura do processo de cassação. A divulgação da primeira versão do MP tem sido considerada suficiente para abertura de processos contra órgãos de imprensa.

Paraná

Meses atrás, uma situação parecida envolveu um órgão de imprensa do Paraná. Nesse caso, jornalistas da Gazeta do Povo foram processados por juízes e promotores após a publicação de reportagem sobre os vencimentos dos magistrados e representantes do MP (os processos em questão foram ajuizados em várias cidades paranaenses - obrigando os profissionais passarem semanas viajando para comparecer às audiências).

As ações de Guaxupé, em sua maioria por danos morais, tramitam no Juizado de Causas Especiais, onde o réu que não comparece à audiência é condenado preliminarmente.

O promotor responsável pelo caso, Táles Tácito, preferiu não se manifestar. O Juizado de Pequenas Causas de Guaxupé também não se manifestou. A Câmara Municipal de Guaxupé solicitou que toda a comunicação fosse feita por meio de seus advogados. Nenhum deles atendeu às ligações da reportagem.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um vídeo divulgado neste domingo mostra a morte de cinco ativistas de mídias sírias capturados pelo grupo Estado Islâmico no ano passado. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos baseado no Reino Unido diz que os cinco foram sequestrados em outubro e acredita-se terem sido morto em dezembro, durante a cobertura de eventos na cidade síria oriental de Deir el-Zour, da qual metade está sob domínio do EI.

O chefe do Observatório, Rami Abdurrahman, explicou que a notícia da detenção e morte dos ativistas não foi divulgada antes porque nenhum corpo tinha aparecido e as famílias temiam represálias por relatar as mortes.

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No vídeo, um narrador do Estado Islâmico diz que o grupo está a enfrentar uma guerra de mídia, e adverte quem comunica aos "cruzados" e "inimigos de Deus". O narrador diz que jornalistas que cobrem o EI podem ser alvo, mesmo que residam na Europa.

Abdurrahman disse que um dos ativistas, Sami Jawdat, de 28 anos, enviou informações ao Observatório desde a eclosão da guerra civil em 2011, e continuou depois que o grupo tomou metade de Deir el-Zour em 2014. Segundo o chefe do Observatório, Jawdat havia sido detido pelo grupo extremista em ocasiões anteriores.

Segundo ele, desde as informações sobre o sequestro e assassinato dos ativistas, o seu grupo tem pedido a outros ativistas que evitem tirar fotos ou gravar vídeo em áreas controladas pelo EI.

No vídeo, cada ativista explica o que fez para mandar relatos da área, às vezes agindo escondidos para tirar fotografias ou entrevistar pessoas no mercado da cidade. Um dos ativistas diz fazer reportagens para a Al-Jazeera, e o outro diz que contribuiu para a Human Rights Watch baseado em Nova York.

A Síria é o terceiro país mais mortal no mundo para jornalistas, após Iêmen e Iraque, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas. Pelo menos 95 jornalistas foram mortos na Síria desde 2011. Quase não há organizações internacionais de notícias com cobertura direta na Síria por causa de sequestros por militantes, que muitas vezes matam os reféns. Fonte: Associated Press

O tribunal de Istambul condenou o jornalista turco Can Dundar, editor-chefe do jornal Cumhuriyet, a mais de cinco anos de prisão por revelar segredos de Estado, informa a mídia da Turquia. Ele foi considerado culpado por publicar documentos de suposto fornecimento de armas pelo governo a rebeldes sírios.

Horas antes da sentença ser proferida, ele escapou do ataque de um atirador que aguardava o julgamento do lado de fora do tribunal. O homem gritou "traidor" e disparou dois tiros contra Dundar, que não foi atingido. Outro jornalista foi levemente ferido na perna.

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Além de Can Dundar, Erdem Gul, representante do jornal em Ancara, também foi condenado. Os jornalistas devem recorrer da sentença. Fonte: Associated Press

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou nesta quinta-feira, 10, que vai encaminhar à Presidência da República e ao Ministério da Justiça manifestação de entidades representantes do setor de comunicação social que destaca a crescente onda de violência contra profissionais da imprensa e veículos de mídia.

Nesta semana, alguns incidentes foram registrados contra a classe trabalhista. Na noite de terça-feira, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) fizeram um protesto em frente a sede do Grupo Jaime Câmara, em Goiânia, que abriga veículos como TV Anhanguera - afiliada da Rede Globo -, jornais O Popular e Daqui e a rádio CBN. Anteontem, o mesmo coletivo se envolveu em uma ocorrência policial envolvendo jornalistas da TV Tarobá, retransmissora da TV Bandeirantes em Cascavel (PR).

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Profissionais da TV Globo também foram hostilizados por militância petista durante cobertura jornalística da repercussão gerada com a condução coercitiva à qual foi submetido o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para o ministro, não é possível encontrar "uma origem única" para a intolerância e que o ambiente de radicalização não é bom para o País. "É inegável que estamos num ambiente em que a intolerância cresce", disse, após participar de audiência com entidades representantes do setor. No encontro, as instituições pediram ao governo providências cabíveis para que os profissionais exerçam livremente a atividade jornalística.

O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), Daniel Slaviero, informou que as entidades estão acompanhando com preocupação a escalada de violência contra os profissionais de imprensa, que isso fere o estado democrático de direito. No ano passado, diz, o Brasil passou a ocupar o 5.º lugar no ranking de países mais perigosos para o exercício do jornalismo.

"Está tendo um equívoco e estão confundindo veículos de comunicação como protagonistas do processo político e não o são", afirmou Slaviero. Segundo ele, 116 casos de agressões e oito mortes de jornalistas foram registrados em 2015. "Nos primeiros 60 dias deste ano, já são 57 incidentes com a imprensa", disse.

Em relação às manifestações marcadas para domingo, Slaviero ressaltou que tem pedido aos veículos que ofereçam equipamentos de segurança a suas equipes. Uma das medidas solicitadas pela entidade é que o Ministério da Justiça oriente os policiais a não agredirem os profissionais de imprensa.

Cascavel

Nesta quinta, um inquérito policial foi aberto para apurar se dois jornalistas da TV Tarobá, foram de fato feitos reféns por integrantes do MTST enquanto faziam a cobertura de uma ocupação de terra. Os jornalistas afirmam ter sido impedidos de sair do local. O movimento negou que tenha ‘sequestrado’ a dupla e lamentou "qualquer excesso que tenha ocorrido por seus integrantes, que assustaram os dois profissionais de imprensa, reação aos seguidos ataques que sofrem da TV Tarobá". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O estudante Anderson Ramos passou boa parte da 4ª série (hoje 5º ano) sendo chamado de “macaco”, “preto fedido”, “sujo” e ouvindo “piadas” por causa do cabelo crespo. As ofensas vinham de colegas da escola que, assim como ele, tinham 10 anos. O menino relatava os casos para a professora, que nada fez, e para a mãe, que demorou a entender que o filho estava sendo vítima de injúrias raciais.

“Quando comecei a chorar muito para não ir à escola e pedi para raspar o cabelo, minha mãe percebeu que eu estava sofrendo com aquilo, mesmo sem eu saber direito o que era”, afirma Ramos, hoje com 20 anos. “Quando a gente é criança, não tem maturidade para fazer a leitura do que aconteceu, mas sente a dor que o racismo causa. E não é brincadeira de criança, é racismo”, diz o estudante.

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Apesar de pouco discutido, o racismo na infância e nas escolas existe e precisa ser enfrentado, na opinião de professores e especialistas ouvidos pela Agência Brasil. Eles destacam a pouca representação de crianças negras nos meios de comunicação como uma das causas do problema.

Professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da instituição, Renísia Garcia Filice acredita que o racismo existe dentro das escolas e ocorre de forma cruel, efetiva e naturalizada. Para ela, essa atitude na infância é fruto do que a criança viu ou vivenciou fora do ambiente escolar.

“A criança pode ter vivenciado isso numa postura dos pais, em algum comentário ou até em algo que os professores fizeram ou deixaram de fazer”, diz Renísia. Segundo ela, alguns professores se omitem em situações de racismo pela falta de informação, por naturalizar os casos ou achar que não é um problema. “Por isso, são necessárias práticas pedagógicas para que as crianças se percebam iguais e com iguais direitos”, acrescenta.

Ildete Batista dá aula para crianças de 5 anos em uma escola no Distrito Federal. Ela afirma que as questões raciais aparecem principalmente no momento de disputa e durante as brincadeiras. Professora há mais de 20 anos, Ildete afirma que faltam referências para as crianças. “O que fica como belo é o que se aparece na TV, nos livros – inclusive nos materiais didáticos. A gente vê muitas propagandas, livros de histórias infantis em que os personagens são brancos.”

A professora desenvolve, na escola, um trabalho contra o racismo e para colocar mais referências africanas na educação. Isso, segundo Ildente, vem dando resultados. “No início do ano, uma menina me disse que não gostava do cabelo dela, por ser crespo. Em um desenho, por exemplo, ela se fez loira do olho azul. Agora, no final do ano, ela se desenha uma criança negra com cabelo enrolado. Isso mostra que o trabalho tem que ser feito e, se ele é feito com respeito, a gente consegue vencer esses problemas”, acredita.

Segundo o professor do curso de direito da UnB Johnatan Razen, quando há ofensas entre crianças, no colégio, os pais devem relatar o caso à escola, para a que a instituição promova ações educativas. “Se o caso envolver um professor ou a ofensa vier da instituição – como obrigar uma aluna a alisar o cabelo –, cabe acionar a Justiça”, orienta. Se tiver conhecimento de atitudes racistas dentro do espaço e se omitir, a escola também pode ser responsabilizada penalmente, de acordo com Razen.

Representação

Para a professora do curso de comunicação social da Universidade Católica de Brasília (UCB) Isabel Clavelin, há uma tendência de aumento na representação de crianças negras nos meios de comunicação, nos últimos anos. "Mas elas figuram em papéis de coadjuvantes, e a representação está aquém da proporção de negros no Brasil", diz a pesquisadora.

“Isso tem um efeito devastador, porque a criança se vê ausente ou não se vê como ela realmente é. Ela está sempre atrás. A interpretação dessas mensagens tem um efeito muito danoso, que é a recusa, de se retirar do espaço da centralidade”, afirma Isabel. “Enfrentar o racismo na infância é crucial e deve mobilizar toda a sociedade brasileira, porque ali estão sendo moldadas todas as possibilidades de identidade das pessoas”, acrescenta.

A escritora Kiussam de Oliviera, que trabalha com a literatura infantil com o objetivo de fortalecer a identidade das crianças negras, afirma que falta representação positiva. “Em um país de maioria negra, não se justifica uma televisão totalmente branca, como nós temos. A partir do momento que as emissoras entenderem que o público negro é grande, nós viveremos uma fase diferente desta que estamos passando, onde há violência por conta da cor da pele, agressões focadas na raça – cada vez mais banalizada."

O estudante João Gabriel, de 11 anos, sente falta de mais crianças negras na televisão. “Nos desenhos e nos programas de TV, quem é gordo e negro está sempre sendo xingado, é sempre tímido e os outros zoam dele. Aí a gente vê isso e acha que é sempre assim. Os colegas acham que todos precisam ser iguais e ser diferente é ruim.”

Novo Programa

Com a maioria dos personagens negros, começa hoje a ser exibido na TV Brasil o desenho colombiano Guilhermina e Candelário. Para marcar a passagem do Dia da Criança, a emissora exibirá quatro episódios em sequência, às 9h45 e às 13h. A partir daí, o desenho será transmitido de segunda a sábado, na Hora da Criança, faixa de programação de segunda a sexta das 8h15 às 12h e das 12h30 às 17h; e no sábado, das 8h15 às 12h.

A série mostra o cotidiano dos dois irmãos, cuja capacidade de sonhar transforma cada dia em aventura. A cada dia, eles esperam ansiosamente a chegada do Vô Faustino, a quem contam suas aventuras. O avô desfruta das histórias narradas pelos netos e compartilha sua experiência de vida e sabedoria.

Coproduzida pelo Señal Colombia e pela Fosfenos Media, a animação Guilhermina e Candelário é um dos primeiros desenhos do gênero com protagonistas negros a ser exibido na TV aberta brasileira.

Alguns famosos abandonam a fama para se concentrarem em suas vidas pessoais, mas de vez em quando reaparecem na mídia para uma boa causa. Este é o caso de Ana Paula Arósio que, afastada da televisão desde 2010, escolheu um momento bastante especial para os seus fãs matarem as saudades.

A ocasião foi o Pan-Americano em Toronto, no Canadá, e o motivo foi o maridão, Henrique Plombon, que competiu na prova de hipismo CCE (Concurso Completo de Equitação) em equipe.

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A atriz não economizou o grito durante a torcida, e valeu a pena, porque o seu amado e seus companheiros de equipe ficaram com a medalha de prata, perdendo o lugar mais alto do pódio para a equipe dos Estados Unidos. De acordo com o Globo Esporte, Ana Paula correu para os braços de Henrique assim que a prova acabou, e parabenizou com um abraço carinhoso, além disso concedeu uma entrevista, na qual falou do apoio constante ao competidor.

- Tento ajudar de todas as formas possíveis. Tomo conta, claro. Desde cuidando do que ele come em casa. Tem que fazer ele comer. Além da Preparação física. Os amigos também dão muito apoio.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reforçou, na manhã desta terça-feira, 28, durante abertura da sessão solene em homenagem ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, comemorado no dia 3 de maio, sua oposição a qualquer forma de regulação da mídia. "Nesta casa não admitiremos nenhuma forma de regulação da mídia, seja de conteúdo, seja econômica. Somos frontalmente contrários", disse.

O deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), autor de requerimento que resultou na sessão solene, avalia que a liberdade de jornalistas no País atinge um dos níveis mais baixos registrados na história recente. Citou como exemplo o fato de o Brasil ocupar a 99ª posição na lista feita pela organização Repórteres sem Fronteiras. "Seria de esperar que o governo tomasse medidas firmes, mas o que se vê é o contrário", afirmou. "Controlar a mídia é censura. É preciso permanecer atento a qualquer ameaça à liberdade, incluindo propostas de mudança na legislação", completou.

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Dada a expectativa de que o relógio inteligente da Apple seja comprado por milhões de pessoas em todo o mundo, organizações de mídia já se preparam para se adaptar à pequena tela de pulso. No negócio de notícias, a tendência está sendo chamada de "jornalismo de olhar" ou " jornalismo de olhada".

O Apple Watch, que deverá tornar-se o artigo líder no campo da tecnologia "usável" ou "wearable", abre novas possibilidades para a indústria de jornais, ansiosa para se conectar com o público na era digital. O New York Times, por exemplo, diz que seu aplicativo para o Apple Watch trará "uma nova forma de contar histórias" e que seus editores atualizarão constantemente as notificações. Se um título que aparece no pulso atrai a atenção do usuário, será possível transferi-lo para seu iPhone ou iPad para mais detalhes.

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O Yahoo! terá quatro aplicativos para o aparelho da Apple, incluindo um resumo das notícias que são atualizadas de hora em hora com "micro-resumos" dos eventos mais importantes. A CNN e a Rádio Pública Nacional (NPR) também anunciaram seus apps para o Apple Watch e esperam que outros meios de comunicação surfem na mesma onda.

Para os analistas, esta nova tecnologia significa que o público se acostumará cada vez mais a consumir micro-notícias. "Estamos prestes a entrar na era do jornalismo de olhar", afirmou Mario Garcia, da consultoria especializada Garcia Media e membro do Instituto Poynter para Estudos de Mídia.

"É mais difícil conseguir tirar um iPhone do bolso ou de uma bolsa em meio à confusão do metrô de Nova York do que dar uma olhada para o relógio. Por isso, prevejo que daremos muitos olhares e leremos as chamadas sedutoras que nos farão decidir se queremos continuar ou não a leitura", explicou.

Fórmula perfeita

O surgimento da tecnologia "usável" fornece uma nova plataforma para a mídia: rápida, pessoal e sempre atualizada. "A capacidade de acessar informações será muito mais rápida com o relógio", disse à AFP Robert Hernandez, professor de jornalismo móvel na Universidade do Sul da Califórnia. Para as redações, "será uma nova oportunidade de se tornar parte do corpo de uma pessoa", comentou.

E o jornalismo encontrará uma maneira de usar o relógio inteligente. "Quando o Twitter surgiu as pessoas diziam que não seria possível fazer jornalismo com 140 caracteres, mas agora a rede tornou-se uma ferramenta essencial", continua o especialista.

Gilles Raymond, fundador e executivo-chefe do aplicativo News Republic, disse acreditar que o relógio inteligente será um importante meio de notícias e que o Apple Watch representa um grande desafio neste sentido. "Quando há notícias de última hora, você quer acessá-las imediatamente. O relógio é a ferramenta perfeita para isso", avalia Raymond, cuja empresa oferece aplicativos de notícias para smartphones e tablets.

Hoje em dia, os usuários de smartphones olham para o pequeno aparelho mais de 100 vezes ao dia. Com os relógios inteligentes este número pode subir para 300 ou 500 vezes diárias. "Vai ser um dispositivo muito viciante", prevê.

Raymond disse que ainda há pouca experiência em lidar com as notícias para os relógios, mas organizações de mídia e os aplicativos estão se preparando para a invasão mundial do Apple Watch - que estará à venda em nove países a partir de 24 de abril. "Mas acima de tudo, a mídia terá que explorar esta nova forma de construir uma relação com os leitores", afirmou Raymond.

Mobilidade

Para aproveitar todo o potencial desta tecnologia, as organizações de mídia precisam encontrar a fórmula certa para entregar alertas e notificações curtos, sem se tornar invasivas ou incômodas.

Alan Mutter, ex-editor de um jornal de Chicago que agora é consultor de mídia digital, comentou que as organizações precisam pensar criativamente sobre como tirar proveito de novos equipamentos como estes. "Esta tela tão pequena pode não ser uma extensão do que há no telefone celular", disse Mutter. "É preciso pensar em como o consumidor usa o dispositivo e o que pode ser feito para torná-lo rentável", complementou.

Mutter explicou que os usuários de relógios inteligentes não querem receber beliscões no pulso toda hora com alertas vibratórios dos meios de comunicação e que será necessário encontrar um equilíbrio. "Talvez a notícia seja entregue a cada hora, ou um resumo das manchetes, ou pode ser um resumo de áudio que pode ser ouvido a partir do relógio via Bluetooth", teoriza. "Vai ser preciso criar um conteúdo que se adapte ao meio".

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), candidato à Presidência da Câmara, disse neste sábado (3) que o PSB também é contra o debate sobre a regulação da mídia defendida pelo governo federal e que a proposta dificilmente terá espaço para avançar no Congresso. Ao tomar posse na sexta-feira (2), o novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, afirmou que teria como uma de suas prioridades discutir a regulamentação econômica dos veículos de comunicação.

Segundo Delgado, o PSB é contra aprovar esse tipo de medida "por princípio", e esse foi um dos pontos colocados pelo PSDB para apoiar a sua candidatura à Presidência. Neste sábado, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), usou o Facebook para classificar a proposta como uma forma de "controle da imprensa" e criticar o ministro de Dilma.

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O líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), favorito a assumir a Presidência da Câmara, também usou as redes sociais para dizer que o seu partido não endossará qualquer projeto de regulação da mídia. "Quero reafirmar que seremos radicalmente contrários a qualquer projeto que tente a regular de qualquer forma a mídia. Não aceitamos nem discutir o assunto", escreveu.

O debate sobre a regulação da mídia não foi incluído no programa de governo de reeleição da presidente Dilma Rousseff por pressão de aliados. O tema chegou a ser discutido durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não avançou.

Pesquisa brasileira de mídia, divulgada nesta sexta-feira pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, aponta que os jornais impressos continuam sendo os veículos que têm mais credibilidade entre a população para se informar (58%), seguido da televisão (54%) e do rádio (52%). No caso da internet, cujo acesso diário cresceu de 26% para 37% de 2013 para 2014, é o meio de comunicação menos confiável para busca de informações, apesar de o brasileiro passar, em média, cinco horas por dia à frente do computador ou aparelhos digitais.

Ainda de acordo com a pesquisa, os aparelhos celulares estão caminhando para tomar à frente dos computadores para o acesso à internet. Na pesquisa publicada no início deste ano, com base em dados do final de 2013, 84% disseram que usavam um PC para ter acesso à internet. Este numero, agora, caiu para 71%. No entanto, subiu de 40% para 66% o uso de celular para acessar a internet.

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Um dado interessante da pesquisa é que, entre os internautas, 92% ficam conectados por meio das redes sociais, sendo que o Facebook é, disparado, o mais acessado. O levantamento apontou que 83% das pessoas consultadas acessam o Face, seguido do Whatsapp, com 58% , o Youtube, com 17%, Instagram com 12% e o Google + com 8%. O Twitter, muito usado pelos formadores de opinião, foi acessado por apenas 5% dos consultados.

Os horários considerados nobres para a internet são entre 10h e 11h da manhã e entre 20h e 21h. Os usuários das novas mídias ficam conectados, em média, cinco horas por dia durante a semana e 4 horas e meia, no fim de semana. A pesquisa mostra ainda que 65% dos jovens, com até 25 anos, acessam internet todos os dias mas este número cai para 4% entre as pessoas que têm acima de 65 anos. Apesar do crescente uso da internet, 51% dos entrevistados disseram que não a acessam.

Ao apresentar os resultados da pesquisa, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, destacou a importância do Whatsapp na eleições presidenciais de outubro. E citou o interesse de vários órgãos de política dos Estados Unidos por este fenômeno que acreditam que irá se repetir nas eleições norte-americanas, em 2016.

A pesquisa foi realizada pelo Ibope, que fez cerca de 18 mil entrevistas entre 5 e 22 de novembro deste ano, em 848 municípios. Esta é a segunda edição da pesquisa. Ao falar dos dados, o ministro Thomas Traumann, disse que os dados levantamento servirão para orientar o governo na opção pelos meios de comunicação onde serão investidos os recursos de publicidade do Estado. "As pesquisas não serão o único parâmetro nosso", justificou o ministro, ressalvando que, no entanto, estes dados balizam a destinação das verbas.

"Como grande anunciante do mercado brasileiro, essa pesquisa mostra que a internet é crescentemente o meio de comunicação mais utilizado, embora a confiança da internet ainda seja baixa e que o jornal embora tenha baixa penetração, tem uma confiança mais alta", declarou. "Ou seja, nós temos de fazer um balanço destes dados para definir o destino dos recursos (da publicidade do governo). Não podemos usar números isolados", emendou.

De acordo com a pesquisa, o jornal continua sendo o meio de comunicação mais confiável. No caso das notícias, 58% declararam que confiam "sempre" no que é publicado nos jornais contra 40% que dizem confiar pouco. No caso das TVs, a confiança é de 54% e de rádio, 52%.

Outro dado aponta que 84% dos leitores compram jornal em busca de informação. O dia de maior leitura, ao contrário do que se dizia, não é o domingo, mas sim a segunda-feira, preferida por 48% dos leitores, seguido de quarta-feira. O dia menos lido é o sábado: só 35% têm esse hábito. Outros 79% dos consultados afirmaram que preferem ler o jornal em papel e só 10% o fazem nas versões digitais. Piauí, Ceará e Paraná são os Estados com maior adesão às versões on line dos periódicos. Ainda hoje a preferência dos leitores é pela compra de jornais em banca, 13% têm assinatura e 20% leem o jornal de outra pessoa. "A internet para os jornais ainda é um grande desafio", comentou Thomas Traumann.

No caso das revistas, 13% dos consultados leem revistas durante a semana, número que cresce com o aumento da escolaridade e da renda dos entrevistados. De acordo com a pesquisa, 85% dos entrevistados afirmaram que não costumam ler revistas.

O governo central da China está impedindo a transmissão de notícias sobre os protestos pró-democracia em Hong Kong para o restante do país, em uma restrição tão ampla que nenhuma imagem das manifestações apareceu na mídia estatal. A esforço de controle do governo é tanto que pelo menos um homem foi detido por ter publicado informações sobre os acontecimentos.

Por outro lado, a imprensa de Hong Kong tem feito transmissões ao vivo e contínuas, mostrando estudantes desarmados tentando se proteger do gás lacrimogêneo e de pimenta com guarda-chuvas. Os manifestantes pedem mais democracia na ex-colônia britânica.

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Esse contraste destaca as divergências no acordo de "um país, dois sistemas" que o Partido Comunista da China estabeleceu quando negociou o retorno de Hong Kong ao país, em 1997. A situação também reflete a extrema sensibilidade de Pequim à possibilidade de os protestos chegarem ao continente.

"As autoridades veem isso como questão de vida ou morte", afirmou Zhao Chu, colunista e analista independente que vive em Xangai. "Eles não veem isso como uma questão local, mas sim como um estopim que pode acabar com o mundo deles", acrescentou.

Em Hong Kong, os canais de televisão NOW e Cable TV têm feito coberturas em tempo real dos eventos e mostraram na última semana estudantes invadindo edifícios do governo e confrontos entre os jovens e policiais. O jornal local Apple Daily, por sua vez, tem em seu site um serviço que mostra imagens aéreas da multidão, capturadas por um drone.

Na China central, porém, as autoridades controlam a narrativa e qualquer informação sobre os protestos. A cobertura das manifestações tem sido limitada a âncoras de televisão lendo textos breves sem imagens ou fotos. Os relatos mencionam reuniões ilegais de pessoas em Hong Kong e esforços das autoridades para dispersá-las.

Também há censura nos microblogs, que impedem a publicação de expressões como "gás lacrimogêneo". O serviço de compartilhamento de fotos Instagram foi fechado na China durante o fim de semana.

O ativista Wang Long, que postou notícias sobre os protestos no serviço de mensagens WeChat, foi detido na segunda-feira na cidade de Shenzhen por suspeita de causar problemas, segundo seu advogado, Fan Biaowen.

"A maioria do público chinês não sabe o que está acontecendo em Hong Kong", afirmou o professor de jornalismo Zhan Jiang, que vive em Pequim. Fonte: Associated Press.

Com o intuito de agradar o público que gosta de saber o final dos seriados e filmes antes de assistir, a Netflix criou um site especializado em compartilhamento de spoilers, chama-se Living With Spoilers (vivendo com as revelações). A página também conta com o teste “Que tipo de spoiler você é?” e com uma sessão dedicada aos debates sobre os desfechos de séries e de filmes. Conheça o site aqui.

 

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Mais de 11 mil mídias piratas foram apreendidas, nesta quinta (10), por policiais da Delegacia de Crimes Contra a Propriedade Imaterial, no Recife. Através da Operação Mídia Legal, a Polícia também encontrou três torres de gravação, dezenas de drives gravadores e outros objetos no valor de R$ 40 mil. 

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Dois homens foram presos em flagrante, identificados como proprietários de dois laboratórios de fabricação dos produtos pirateados. Bruno Araújo de Barros, de 23 anos, foi preso no bairro dos Torrões, e Cícero José dos Santos, 55, em Mangabeira. Cada um pagou R$ 724 de fiança e foram liberados. 

Mesmo em liberdade, a dupla responderá pelo crime de violação de direito autoral e pode ser condenada a quatro anos de prisão. Segundo balanço da Polícia, em todas as ações feitas durante a operação, mais de 11 mil mídias foram apreendidas, além de duas carroças, quatro sons automotivos, três torres de gravação, além de computadores.

A Administração Estatal de Imprensa, Publicações, Rádio, Cinema e Televisão da China anunciou uma série de novas restrições ao trabalho de jornalistas no país e propôs normas para coibir manifestações de advogados na internet.

Jornalistas e sucursais de órgãos de imprensa chineses não poderão mais trabalhar fora de suas regiões de atuação oficialmente designadas; eles também não poderão publicar informes críticos ao governo sem aprovação oficial, de acordo com a ordem publicada pelo órgão regulador.

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Segundo jornalistas chineses, é a primeira vez que Pequim adotou publicamente um conjunto tão amplo de restrições à atividade da imprensa. Um ex-diretor de Assuntos Legais de uma revista chinesa disse que isso indica que o governo do país está mais confiante em sua capacidade de controlar a imprensa. Porta-vozes do órgão regulador não foram encontrados para fazer declarações.

O decreto foi publicado um dia depois de a administração estatal de imprensa fazer circular o rascunho de um conjunto de normas elaboradas pela Associação dos Advogados da China, controlada pelo governo, que prevê punições para advogados que façam "declarações agressivas ou impróprias" na internet ou que usem a rede na tentativa de influenciar a opinião pública, atacar o sistema jurídico do país ou influir no resultado de processos.

Um porta-voz da associação dos advogados se recusou a comentar a proposta ou as críticas feitas a ela. "No momento, estamos apenas buscando sugestões de membros da associação. Nenhuma decisão foi tomada", disse o porta-voz.

Embora ainda não esteja claro até que ponto o governo da China será agressivo na implementação dessas normas, as novas restrições ao trabalho dos jornalistas e as normas propostas para os advogados estão sendo adotadas num momento em que o Partido Comunista Chinês aumenta a repressão a dissidentes políticos e outros críticos; dezenas de pessoas foram detidas ou interrogadas nas últimas semanas. O governo da China também mantém um controle rígido sobre a internet, tendo recentemente bloqueado o acesso a uma variedade de serviços da plataforma Google, inclusive o de pesquisa, e a órgãos de imprensa estrangeiros, entre eles a agência Reuters e o Wall Street Journal.

Essas ações coincidiram com o 25º aniversário do massacre de Tiananmen (Praça da Paz Celestial). Em 6 de junho de 1989, o Exército chinês atacou os manifestantes pró-democracia que ocupavam a praça no centro de Pequim havia várias semanas; as estimativas sobre o número de mortos vão de cerca de 300 a mais de mil.

Segundo a administração estatal de imprensa, o objetivo principal das novas restrições ao trabalho da imprensa é impedir que alguns jornalistas usem a ameaça de reportagens negativas para extorquir dinheiro de empresas ou de indivíduos. No comunicado, o órgão regulador cita oito jornalistas e organizações de imprensa do país que estão sendo investigados, entre eles um repórter de um jornal estatal que é acusado de ter usado sua posição para extorquir 315 mil yuan (US$ 51 mil) de uma empresa. Fonte: Dow Jones Newswires.

Notícias sobre a Copa do Mundo no Brasil estampam capas e os sites da imprensa internacional pelo mundo. Com a manchete “A Copa mais realista do Brasil”  o jornal espanhol El País destaca nesta quinta-feira (12) os 6 anos e 7 meses entre a eleição do Brasil para sediar o mundial e o início do torneio.

“Além de apaixonados por futebol, os pentacampeões ouviram adjetivos desconfortáveis, como corruptos, acomodados, ingênuos, incompetentes e despreparados. A exposição dos erros com o Mundial tirou os brasileiros da inércia e promoveu uma onda de protestos inédita, que começaram há exatamente um ano, em junho de 2013, quando milhões de brasileiros saíram para protestar por transporte, saúde e educação de qualidade”, diz o jornal.

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O francês Le Monde descreve São Paulo como uma selva de pedras “sempre em busca de seus limites entre luxo e miséria gigantismo”. O periódico francês também lembra os protestos em junho de 2013 de e a “confusão causada pela greve dos metroviários” alguns dias antes do início do Mundial.

O Le Monde também destaca os R$ 820 milhões gastos na construção do Itaquerão, arena que vai receber os jogos da copa na capital paulista. “O suficiente para alimentar a amargura de diversos movimentos sociais”, diz matéria publicada hoje.

Esta semana o The New York Times destacou uma "ansiedade profunda" entre os brasileiros, em meio aos preparativos para a Copa e a crise econômica. O jornal norte-americano falou ainda que com realização do Mundial no Brasil existe uma "sensação de mal-estar", que reflete as reivindicações crescentes da classe média por serviços melhores.

Já o jornal inglês The Economist critica a falta de alternativas a táxis em Guarulhos e destaca que a esperança era um trem que ligaria o aeroporto à cidade ,mas a obra não ficou pronta a tempo. “Na verdade, apenas cinco das 35 obras prometidas de mobilidade urbana para a Copa do Mundo foram concluídas ao redor do país", diz o jornal.

O adaptador que cria streaming de mídias digitais do Google, o Chromecast, chegou nesta quarta-feira (19) em mais 11 países, até então o acessório só era comercializado nos Estados Unidos. O Brasil, por sua vez, ficou de fora desta ampliação de mercado.

Os países agraciados foram o Canadá, Reino Unido, Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Noruega, Suécia, Dinamarca e Finlândia.

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O acessório é compatível com as plataformas Android, iOS, OS X e Windows. Com o Chromecast em mãos, basta possuir uma televisão com conexão HDMI, rede Wi-Fi e um gadget compatível para que o streaming de conteúdo seja realizado no televisor.

As autoridades chinesas parecem estar cortando acesso e contato a economistas de bancos de investimento estrangeiros por causa de avaliações mais fracas para a economia, informou a mídia chinesa.

Segundo publicado pelo jornal sediado em Hong Kong South China Morning Post, gerentes de mídia foram avisados para evitarem citar analistas de bancos internacionais e cada vez menos estrangeiros estão sendo convidados para reuniões privadas com autoridades. Fonte: Market News International.

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O Taleban paquistanês reivindicou neste sábado (18) a responsabilidade pelo atentado contra um canal privado de televisão na cidade de Karachi na noite de ontem, que matou três funcionários. O grupo extremista ameaçou novos atos de violência contra meios de comunicação.

O porta-voz do Taleban, Ehsanullah Ehsa, disse por meio de comunicado que os militantes atacaram uma van da Express News na noite de sexta-feira (17) porque a emissora agia como "propagandista".

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"Nós reivindicamos a responsabilidade...O motivo do ataque é que na guerra das ideologias, todos os canais de mídia, incluindo o Express News, estão agindo como propagandistas e como um partido rival", afirmou. "Nós atacaremos todos os meios de comunicação que estão envolvidos em disseminar propaganda contra nós", disse o porta-voz.

O Taleban paquistanês já havia atacado a Express News em dezembro. O Repórteres Sem Fronteiras, um órgão que defende os direitos da mídia, informou em dezembro que o Paquistão estava entre os cinco países mais perigosos para jornalistas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os dois principais acusados no caso das escutas ilegais por parte do "News of the World", tabloide do magnata Rupert Murdoch, eram amantes e tiveram de explicar o trabalho do veículo britânico - afirmou o procurador durante o julgamento, nesta quinta-feira (31), em Londres.

Dois ex-editores do "News of the World", Rebekah Brooks e Andy Coulson, foram amantes durante boa parte do tempo em que o tabloide espionava celebridades. O promotor Andrew Edis disse que o caso extraconjugal que os dois tiveram entre 1998 e 2004 prova que "confiavam um no outro" e serve de apoio para as acusações de que fizeram parte de uma conspiração para grampear telefones.

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Rebekah, protegida do magnata australiano Rupert Murdoch, que também é dono do jornal "The Sun" e do americano "Wall Street Journal", foi editora do "News of the World" entre 2000 e 2003, ano em que foi substituída por Coulson. Ela assumiu cargos de diretoria da empresa, e ele foi porta-voz do primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Ambos negaram ter tido algo a ver com os grampos no caso que tem outros seis réus. Edis disse que os dois amantes não estão sendo julgados moralmente. "Brooks e Coulson estão sendo julgados por conspiração e, quando a pessoa é acusada de conspiração, a primeira pergunta que se tem de responder é 'o quão bem se conheciam?' e 'o quanto confiavam no outro?'", explicou.

Segundo carta apresentada pelo promotor, Brooks escreveu para Coulson: "você é meu melhor amigo, explico tudo para você, confio em você". O promotor destacou que foi Rebekah que criou a equipe de investigação do tabloide, posteriormente incumbida dos grampos telefônicos.

Essa unidade recorreu ao investigador independente Glenn Mulcaire, que admitiu os crimes de grampos ilegais dos quais ele é acusado, disse o promotor. A procuradoria argumenta que Rebekah, Coulson e o então diretor-executivo Stuart Kuttner "tiveram de saber" sobre a espionagem a celebridades como a modelo Kate Moss, ou os atores Sienna Miller e Jude Law, porque controlavam o orçamento.

Mulcaire, que recebeu 100 mil libras (cerca de US$ 160 mil) por ano do jornal, a partir de 2001, admitiu recentemente que interceptou o telefone da jovem Milly Dowler, quando estava desaparecida.

Em meio às inúmeras escutas feitas pelo jornal, o caso de Dowler, que acabou sendo encontrada morta, foi o que causou mais indignação entre os britânicos. A crise levou Murdoch a fechar as portas do "News of the World" em julho de 2011, apesar das vendas milionárias. "A questão é: houve alguém que se perguntasse alguma vez 'para quê estamos pagando esse cara'?", disse Edis ao júri, referindo-se a Mulcaire.

"E o que ele estava fazendo? Bom, sabemos que era um 'hacker' telefônico e que era dos bons", concluiu o promotor. Depois de dois anos de investigações, o julgamento começou na segunda-feira. A polícia já prendeu cerca de 100 pessoas. O veredicto do caso deve sair em até seis meses. Entre os oito acusados, estão sete ex-diretores e funcionários do "News of the World", três deles próximos de Cameron.

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