Tópicos | Mortos por Covid-19

A Argentina superou os 60 mil mortos por Covid-19 no âmbito de um aumento exponencial de contágios que somou nesta quarta-feira (21) 25.932 casos e 291 óbitos, segundo um boletim do Ministério da Saúde.

"A Argentina está vivendo o pior momento da pandemia desde 3 de março do ano passado. É o momento de mais risco", declarou a ministra da Saúde, Carla Vizzotti, o que levou à velocidade exponencial de contágios e ao número de internações em unidades de terapia intensiva, que alcançaram os 75% de ocupação na região metropolitana de Buenos Aires (AMBA, em espanhol).

Com 45 milhões de habitantes, a terceira economia da América Latina alcançou nesta quarta 2.769.552 contágios e 60.083 falecidos. Durante coletiva de imprensa, Vizzotti pediu que se priorize a saúde sobre a política, quando a prefeitura de Buenos Aires resiste na justiça ao fechamento temporário das escolas, determinado pelo governo federal para a região metropolitana de Buenos Aires, onde vivem 15 milhões de pessoas e concentra a maioria das infecções.

"Precisamos priorizar a saúde sobre a política e colocar em valor, em hierarquia, o risco coletivo", disse Vizzotti, alertando que o sistema de saúde está "em risco de sobrecarga".

O prefeito de Buenos Aires, o opositor de direita Horacio Rodríguez Larreta, ordenou abrir as escolas apoiado em uma decisão judicial desafiando um decreto presidencial que ordenava aulas virtuais durante 15 dias para diminuir a circulação de pessoas.

Larreta considera que "as escolas não contagiam" e justificou sua oposição no fato de "a cidade ter autonomia" para tomar decisões, em um caso que deve ser resolvido pelo Supremo Tribunal.

"Não se trata do risco individual de assistir às aulas, mas do risco coletivo de uma aglomeração urbana com transmissão comunitária intensa do vírus e velocidade acelerada", explicou a ministra.

O decreto presidencial também ordenou restringir a circulação na região metropolitana de Buenos Aires entre 20h00 e 06h00, além de limitar os horários comerciais e suspender as atividades culturais e esportivas em locais fechados até 30 de abril.

"Estamos tentando reduzir a velocidade de contágio e esse é o motivo sanitário dessa decisão que não se opõe a nenhum outro direito (...). Esta medida é tomada na AMBA porque é o epicentro da pandemia", acrescentou. "Quando a curva (de casos) dispara, é muito difícil interrompê-la".

Produção da Sputnik V

Também considerou um "marco" o início da produção na Argentina da vacina Sputnik V, do laboratório Gamaleya, cujo primeiro lote com 21.000 doses foi enviado à Rússia para um controle de qualidade.

Esse é o primeiro país da América Latina a produzir a vacina russa, que será chamada Sputnik VIDA (Vacina de Imunização para o Desenvolvimento Argentino).

"É uma grande notícia, temos que ser prudentes e esperar o controle de qualidade, temos clara a complexidade de todo o processo de produção", destacou. A Argentina recebeu quase 9 milhões de vacinas de diferentes laboratórios e aplicou cerca de 6,5 milhões.

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, usou sua conta do Twitter para “comemorar” o fato do número de mortos no Brasil estar “baixo”, e atribuiu à oposição a crise política causada pela saída do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. 

“Chegamos a maio sem um milhão de mortos (claro que estamos tristes com as mais de seis mil pessoas que perdemos), sem povos indígenas dizimados, sem pessoas se matando nas ruas por fome. Como não tiveram o caos para explorar contra Bolsonaro tentam criar uma crise usando o ex -juiz”, escreveu Damares na tarde deste sábado (2).

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Até a sexta-feira (1º), quando foi divulgado o último balanço oficial do Ministério da Saúde, o Brasil tinha, ao todo, 91.589 casos da doença e o total de mortes já chegava a 6.329. Vale ressaltar, no entanto, que as autoridades reconhecem que há tanto um atraso na detecção dos casos e óbitos como também uma grande subnotificação da Covid-19.  

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