A Microsoft sente que possui vantagem em sua disputa de patentes com a Motorola Mobility - que agora é do Google - e quer por um fim à briga. Mas isso apenas se um extenso acordo for assinado, disse a companhia, em um post no blog Technet.
Uma vitória na Comissão do Comércio Internacional (ITC, em inglês) dos EUA sobre a utilização do ActiveSync, da Microsoft, por parte da Motorola, e duas determinações contra os dispositivos da companhia adquirida pela gigante das buscas na Alemanha por infringir outras patentes, significa que o Google "não pode duvidar da relevância da carteira de patentes da MS para os produtos da Motorola”, de acordo com a postagem, que foi apelidada de "uma sólida fundação para a paz das patentes”.
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Assim como a Samsung e a HTC fizeram anteriormente, a Motorola deve assinar um acordo de licença com a Microsoft para seus dispositivos baseados no Android, disse a fabricante de Redmond.
Mas se a Motorola quer por fim ao litígio, precisa assinar um acordo abrangente. Sua proposta de autorizar apenas um número limitado de patentes não é aceitável, e só foi criada para contornar a vitória da MS na ITC com sua tecnologia ActiveSync, enquanto continua outros processos nos EUA e na Alemanha, segundo o blog. Um acordo entre as duas partes também inclui o que a Microsoft chama de "compensação sensata" pela propriedade intelectual patenteada da Motorola.
O Google e a empresa adquirida por ele aceitarem as demandas da MS não é algo provável agora. No mês passado, a Motorola disse ter tomado medidas "proativas" para garantir a permanência de seus smartphones no mercado americano, apesar da proibição de alguns modelos devido à violação da patente do ActiveSync. Na quarta-feira (1), a empresa não respondeu imediatamente as perguntas sobre as consequências da proibição de vendas e as esperanças da Microsoft em assinar um contrato de licença.
A disputa entre as duas empresas está em uma encruzilhada, de acordo com a mensagem do blog da Microsoft. A Motorola, apoiada pelo Google, pode optar por se envolver em discussões sérias para procurar a paz das patentes ou perseverar em suas táticas diversionistas, disse.