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A agência norte-americana Federal Trade Comission (FTC) processou a Amazon.com nos Estados Unidos por supostamente enganar milhões de clientes para assinarem o serviço Amazon Prime sem o seu consentimento, e dificultar tentativas de cancelamento da inscrição.

A FTC acusa a empresa de adotar interfaces manipulativas e coercivas, conhecidas como "dark patterns", para confundir os usuários a se inscreverem em assinaturas que se renovam automaticamente, de acordo com comunicado publicado hoje.

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O site da Amazon oferecia aos consumidores que compravam produtos no site várias oportunidades para assinarem o Prime por US$ 14,99 por mês e, em algumas ocasiões, não deixava claro que um botão que completava a compra também fazia uma assinatura autorrenovável no serviço, segundo a FTC.

A agência diz ainda que o processo de cancelamento do Prime não foi desenvolvido para permitir que os consumidores terminassem sua assinatura, mas sim para impedi-los.

O cliente primeiro precisava localizar onde cancelar a inscrição e, a partir daí, era redirecionado a diversas páginas com ofertas para continuar com o serviço com desconto, desativar a renovação automática ou desistir do cancelamento, explica a FTC. Só depois de clicar em todas essas páginas, era possível terminar a assinatura, afirma o comunicado.

A Federal Trade Comission cita reportagem da Business Insider que revelou que a Amazon usava internamente o termo 'Ilíada' para se referir ao processo de cancelamento - supostamente uma alusão ao longo poema da Grécia Antiga atribuída a Homero, com quase 16 mil versos, sobre a Guerra de Troia.

A acusação também aponta que a Amazon "estava ciente de que os consumidores eram inscritos de forma não consensual" no Prime e "do processo complexo e confuso para cancelar a assinatura.

A FTC afirma que os executivos da empresa falharam em tomar medidas significativas para resolver os problemas até que estivessem cientes da investigação, e tentaram atrasá-la e dificultá-la a investigação da Comissão em várias instâncias.

Amazon nega acusações de regulador

A Amazon disse nesta quarta que são falsas as acusações da agência americana Federal Trade Comission de que a empresa teria manipulado clientes a assinarem o serviço Amazon Prime a atuado para dificultar cancelamentos.

"Por design, tornamos claro e simples para os clientes se inscreverem ou cancelarem sua assinatura Prime", disse um porta-voz da empresa, acrescentando que a Amazon considerou "preocupante que a FTC tenha anunciado o processo sem nos avisar, no meio de nossa discussões com membros da equipe da FTC para garantir que eles entendam os fatos, o contexto e as questões legais, e antes que pudéssemos ter um diálogo com os próprios comissários".

"Estamos ansiosos para provar nosso caso no tribunal", disse o porta-voz.

*Com informações da Dow Jones Newswires

A Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos enviou nesta segunda-feira (14) solicitações a Amazon, Facebook, Twitter, YouTube, WhatsApp e outros gigantes da internet exigindo grandes quantidades de informações sobre coleta de dados, práticas publicitárias e engajamento dos usuários.

"O estudo da comissão vai levantar o capô das empresas de redes sociais e streaming de vídeo para estudar cuidadosamente seus motores", disse a FTC em comunicado. As ordens endossadas por quatro das cinco comissões da FTC foram submetidas sob a autoridade de uma lei federal que permite que a agência conduza estudos para que os legisladores tenham em mãos ao redigir leis relevantes.

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A entidade pediu às empresas que forneçam dados sobre "como coletam, usam e apresentam informações pessoais; suas práticas de publicidade e engajamento de usuários, e como suas práticas afetam crianças e adolescentes". Elas têm 45 dias para responder às demandas. Estão na lista também ByteDance (dona do TikTok), Discord, Reddit, Snap e YouTube.

"A FTC quer entender como os modelos de negócios influenciam o que os americanos veem e ouvem, com quem falam e quais informações compartilham", explicou a agência.

A fabricante Lenovo concordou em pagar US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 11 milhões) em multas e fazer mudanças no processo de venda de laptops. A medida tem o objetivo de resolver as alegações de que comercializou dispositivos com software malicioso que comprometeram a segurança dos usuários.

O software, chamado VisualDiscovery, fornecia anúncios em forma de pop-up nos aparelhos. A Lenovo diz que a ferramenta ajudava seus clientes a encontrar produtos online, analisando imagens e apresentando produtos similares e mais baratos.

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Mas os analistas de segurança do órgão regulador do comércio norte-americano FTC julgou que o que o software realmente faz é servir anúncios intrusivos, bem como comprometer as informações privadas dos usuários.

O software em questão foi instalado em centenas de milhares de computadores a partir de agosto de 2014. Apesar de ter fechado o acordo com o órgão norte-americano, a Lenovo disse discordar das alegações feitas contra ela. A empresa também declarou que parou de vender o software pré-carregado no início de 2015.

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A Mototola Mobility – que foi adquirida pelo Google – está sendo investigada pelo órgão regulador antitruste dos EUA para saber se a empresa tem licenciado suas patentes de tecnologia padrão para dispositivos móveis.

A FTC tem buscado informações com a Apple e Microsoft para poder se familiarizar um pouco mais com as condições que foram propostas pela Motorola.

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As investigações não param por ai. As disputas entre a Motorola envolvendo a Microsoft e a Apple foram compradas pela nova proprietária da empresa, a Google. Então essa briga também está deixando a FTC de olho, já que isso envolve o possível bloqueio da importação de produtos como iPhones, ipads e Xbox.

A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, em inglês) acaba de lançar um inquérito sobre a proposta de aquisição do Instagram pelo Facebook que pode atrasar o fechamento do negócio, de acordo com informações do Financial Times na última quinta-feira (10). A maioria das fusões avaliadas em mais de 66 milhões de dólares devem ser relatadas ao FTC, e comentários preliminares da agência são comuns.

Mas a investigação do Facebook para quaisquer problemas com a concorrência pode atrapalhar seus planos de fechar o negócio até o final do segundo trimestre, ainda de acordo com o FT. Maxwell Blecher, advogado da Blecher & Collins, disse que um inquérito antitruste provavelmente levará pelo menos um mês. "Se eles forem além e emitirem pedidos adicionais de informações, poderia demorar até seis meses", informou ao IDG News Service.

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O FTC já coletou informações de pelo menos dois dos maiores competidores do Facebook, segundo relato do Financial Times, que citou fontes anônimas. O FB não poderá integrar os serviços do Instagram com a plataforma da rede social até que o acordo seja finalizado.

O atraso poderia prejudicar os esforços do Facebook em fortalecer suas estratégias com plataformas móveis. O site disse, em documentos oficiais, que sua receita irá sofrer, já que os usuários acessam cada vez mais seus serviços por dispositivos móveis.

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