Tópicos | MP 665

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 17, que a aprovação da Medida Provisória 665, que restringe o acesso a benefícios como seguro-desemprego e abono salarial, é uma vitória política para o governo Dilma Rousseff. Para Cunha, a vitória é simbólica por ser a primeira MP do ajuste fiscal. Ele disse que a articulação do vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), foi importante para a aprovação da MP e que uma eventual derrota poderia causar uma situação de crise, afetando inclusive a percepção dos mercados.

"Na primeira medida do ajuste fiscal, se tivesse sido derrotada, seria uma situação de crise, de crise política e consequentemente para a reação dos próprios mercados, que não iam acreditar na capacidade do País de voltar a ter o equilíbrio das contas públicas", afirmou, após o encerramento da votação da MP.

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O presidente da Câmara destacou que a importância da matéria se dá pelo fato de que a maioria dos deputados ficou sensibilizada com o risco para o Brasil se uma proposta como essa fosse derrotada. Ele observou, no entanto, que o governo não está com uma base sólida e segura para enfrentar qualquer votação.

Questionado se o trabalhador tem o que comemorar após a aprovação da MP pela Câmara, Eduardo Cunha respondeu que é preciso ver o contexto. Ele disse que o governo, ao mandar o pacote fiscal ao Congresso, quer defender o controle das contas públicas para preservar a capacidade da economia de voltar a crescer e manter a renda.

"É preciso que a gente olhe isso no conjunto, que eventualmente você pode dizer que houve um ponto ou outro que está pior, mas, no conjunto, se a economia reagir, poderá ser melhor para o trabalhador. É importante analisar o contexto e não só uma ou outra medida", afirmou.

Após dois dias analisando apenas a MP 665, o presidente da Câmara disse que será um "milagre" se a Casa conseguir analisar na próxima semana as três medidas provisórias que trancam a pauta do plenário. Entre elas está a Medida Provisória 664, que restringe o acesso ao pagamento da pensão por morte e é a segunda do pacote de ajuste fiscal editada pelo Executivo.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse nesta quinta-feira, 7, que os partidos da base aliada do Palácio do Planalto não gostaram das críticas feitas pelo PDT ao apoio das legendas governistas à medida provisória 665, a primeira do ajuste fiscal, aprovada na quarta-feira (6). "A base ficou muito incomodada. Todos os líderes falaram que não é possível um partido da base subir à tribuna para criticar os demais partidos da base naquilo que estão votando com o governo", disse.

O PDT votou em peso contra a MP 665 e, durante a discussão em plenário na noite da quarta, o líder André Figueiredo (CE) ameaçou entregar os cargos da legenda no governo, incluindo o Ministério do Trabalho, chefiado pelo pedetista Manoel Dias.

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Guimarães evitou comentar os boatos de que o governo já não conta mais com o PDT e que o partido pode migrar para a oposição. "Caberá ao governo avaliar esse processo todo. Não me cabe aqui dizer qual o futuro da bancada do PDT. Me cabe dizer: base é base e tem de ser base de manhã, de tarde e de noite", afirmou o petista.

A Câmara dos Deputados concluiu há pouco a votação da Medida Provisória 665, que altera as regras de concessão de benefícios trabalhistas. Após 11 votações, os deputados rejeitaram destaques e emendas para alterar o teor do texto aprovado na quarta-feira à noite pelo plenário. Sem mudanças, a proposta agora segue para o Senado, que tem até o dia 1º de junho para apreciar a matéria antes de ela perder a validade.

A sessão desta quinta-feira (7) ocorreu sem a acalorada disputa que a oposição travou ontem com o governo, quando foi aprovado o texto-base da medida provisória. A votação dos destaques e emendas, que visavam a alterar pontos importantes da MP, transcorreu em clima de tranquilidade. As exceções ocorreram em alguns momentos quando os oposicionistas tentavam, por meio de discursos, adiar ao máximo o término da votação.

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Os deputados, principalmente os da base aliada, estavam ansiosos para encerrar as votações a fim de voltarem para seus respectivos Estados. Chegaram a vaiar o vice-líder do PSDB, Nilson Leitão (MT), que discursava contra a MP. O tucano protestou: "Quem está preocupado em ferrar o trabalhador quer acabar logo", criticou.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), agradeceu aos partidos da base pelo apoio à MP, a primeira do ajuste fiscal aprovada pelo plenário da Casa. "Todos olhamos neste momento para o País. Foram vitórias importantes", comemorou o petista.

O plenário da Câmara rejeitou na tarde desta quinta-feira, 7, uma emenda aglutinativa que tentava alterar mudanças feitas pela comissão mista da Medida Provisória 665 em regras de seguro-desemprego e abono salarial. A emenda, recusada por 251 votos a 186 e três abstenções, era resultado de um pedido feito pelo PPS e pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

A emenda aglutinativa previa redução da exigência para solicitar pela primeira vez o seguro-desemprego. O prazo seria reduzido de um ano para oito meses de comprovação de efetivo trabalho. Nas demais solicitações, o prazo seria de seis meses. O texto mantido pelos deputados, contudo, prevê nove meses para a segunda solicitação e seis meses nas demais.

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A emenda ainda tentava resgatar o teor da lei anterior à edição da MP para dispor que o trabalhador, para solicitar o abono salarial, precisa comprovar 30 dias de trabalho. O texto previa o pagamento integral de um salário mínimo. Os deputados mantiveram a proposta aprovada na comissão mista, que garante o pagamento do abono salarial para quem comprovar vínculo formal de no mínimo três meses.

Depois de retirados das galerias na noite de quarta-feira, 6, sindicalistas ligados à Força Sindical foram barrados nesta quinta-feira, 7, e protestaram com cartazes e dólares falsos nas cuecas na entrada da Câmara.

Contrário à MP 665, cuja votação continua nesta tarde, o grupo de manifestantes carregava cartazes de "Procura-se" com as fotos da presidente Dilma Rousseff e do líder do governo, José Guimarães (PT-CE). Eles gritavam palavras de ordem contra a petista e vestiam cuecas vermelhas recheadas com dólares, em alusão a um episódio ocorrido em 2005, quando um assessor de Guimarães foi flagrado com dinheiro na cueca.

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"Hoje não conseguimos entrar. Na hora, disseram 'hoje não tem sessão e vocês não podem entrar'", explicou Célio Malta, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, ligado à Força Sindical.

Ele veio com mais sete diretores do sindicato e, entre passagem e hospedagem, a entidade está gastando entre R$ 3.500 e R$ 4.000 com cada um deles.

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Segundo o sindicalista, a Força Sindical mandou imprimir 30 mil notas de dólares falsas. Uma parte foi lançada sobre os deputados na sessão de quarta-feira, as demais foram jogadas no Salão Verde nesta tarde e preencheram as cuecas. Além de São Paulo, sindicatos de Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás mandaram representantes para as manifestações.

Malta disse que eles voltarão na próxima semana para acompanhar a votação da MP 664.

A assessoria de imprensa de José Guimarães disse que o deputado foi excluído do processo que se encontra no STF (Supremo Tribunal Federal).

Por 258 votos a 195, a Câmara derrubou nesta quinta-feira, 7, destaque do DEM à MP 665 que restabeleceria para seis meses o período mínimo de trabalho para que se tenha direito ao seguro-desemprego. Pelo texto original do governo, esse prazo passaria para 18 meses. O texto aprovado na quarta-feira, 6, estabeleceu 12 meses. Hoje, são seis meses.

Um total de 456 deputados votaram. Três se abstiveram: Professora Marcivania (PT-AP), Luizianne Lins (PT-CE) e Pedro Uczai (PT-SC). Assim como na votação do texto-base, o deputado Weliton Prado (MG) foi o único que não acompanhou a orientação do partido.

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Apertado

O mapa da votação do texto base da Medida Provisória 665, aprovada na noite dessa quarta-feira, 6, na Câmara dos Deputados, revela que a dupla PT-PMDB contribuiu com 41% do apoio à proposta que restringe o acesso a seguro-desemprego e abono salarial. Dos 252 votos a favor da MP, 104 foram dados pelas duas bancadas. Logo após a aprovação da medida, o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), considerou como decisivo o apoio de ambos. Na primeira batalha decisiva em plenário do ajuste fiscal, o governo venceu por uma margem apertada, de 25 votos de diferença.

Desde o início da semana, o Palácio do Planalto trabalhou duramente para enquadrar a bancada petista, reticente em apoiar explicitamente as MPs do pacote fiscal (665 e 664). Após ameaça do PMDB de não votar a favor das propostas - o que poderia contaminar os demais partidos da base -, o PT deu 54 votos a favor, apenas um contra e houve ainda nove ausências. O PMDB, por sua vez, deu 50 votos de apoio, 13 contra e ainda três se ausentaram.

O mapa da votação do texto base da Medida Provisória 665, aprovada nessa quarta (6) à noite na Câmara dos Deputados, revela que a dupla PT-PMDB contribuiu com 41% do apoio à proposta que restringe o acesso a seguro-desemprego e abono salarial. Dos 252 votos a favor da MP, 104 foram dados pelas duas bancadas. Logo após a aprovação da medida, o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), considerou como decisivo o apoio de ambos. Na primeira batalha decisiva em plenário do ajuste fiscal, o governo venceu por uma margem apertada, de 25 votos de diferença.

Desde o início da semana, o Palácio do Planalto trabalhou duramente para enquadrar a bancada petista, reticente em apoiar explicitamente as MPs do pacote fiscal (665 e 664). Após ameaça do PMDB de não votar a favor das propostas - o que poderia contaminar os demais partidos da base -, o PT deu 54 votos a favor, apenas um contra e houve ainda nove ausências. O PMDB, por sua vez, deu 50 votos de apoio, 13 contra e ainda três se ausentaram.

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O potencial de voto dos dois partidos poderia ser maior, de 130 apoios, caso deputados que se posicionaram contra (1 do PT e 13 do PMDB) ou faltaram (9 do PT e 3 do PMDB) tivessem aderido ao governo.

A votação da MP 665 continuará nesta quinta com a apreciação de cinco destaques à proposta. Após essa análise, o texto seguirá para o Senado que tem até o dia 1º de junho, prazo que a MP perde a eficácia, para votá-lo.

Na base, a principal surpresa foi o PDT, que deu 19 votos contrários à primeira MP do ajuste fiscal. Após a votação e a declaração, revelada pelo jornal O Estado de S.Paulo, de que o presidente do partido, Carlos Lupi, acusou o PT de "roubar demais", o Palácio do Planalto ameaça retaliar e retirar o partido do Ministério do Trabalho, comandado por Manoel Dias.

Oposição

Quatro principais partidos de oposição - PSDB, DEM, PPS e Solidariedade - e o independente PSB deram 10% votos ao governo, com 27 apoios. PSDB e PPS, entretanto, não deram um único voto a favor, mas o DEM, com oito, e o Solidariedade, com um, ajudaram o governo. O PSB - que tem sido cortejado pelo Palácio do Planalto - votou maciçamente contra, com 22 votos para barrar a medida, e apenas sete favoráveis.

O trio de partidos do centro considerado irmãos na forma de atuação - PTB e PP e PR - votaram com dois perfis. PTB e PP praticamente se equilibraram. O primeiro deles deu 12 votos a favor e 11 contra, enquanto o segundo 21 favoráveis e 18 contrários. Por sua vez, o PR descolou da dupla ao garantir 27 votos para a MP 665 e apenas cinco contra.

Tudo indica que o PDT está caminhando para a oposição. Depois de o presidente do partido, Carlos Luppi, ter dito que o PT "roubou demais", o PDT na noite desta quarta-feira, votou em massa contra a Medida Provisória 665, o que desagradou profundamente o governo. Esse gesto, dizem interlocutores do Planalto, poderá custar o Ministério do Trabalho, ocupado pelo pedetista Manoel Dias. "Foi um sufoco, mas vencemos", comentou um assessor palaciano, ao lembrar que nesta quinta-feira as votações prosseguem e será preciso manter a base mobilizada.

Sem contar com os votos do PDT e de dez petistas e de 13 peemedebistas, o governo só respirou aliviado porque o texto recebeu apoio de oito deputados do DEM que, depois de terem participado de almoço com Michel Temer, nesta quarta-feira, votaram com governo pelo ajuste fiscal. Temer também conseguiu apoios no PV, que não é da base aliada, e resgatou dissidentes do PP.

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Mas, agora, o governo deverá cobrar do PDT, que votou em massa contra o governo na MP 665.

O vice-presidente Michel Temer, coordenador político do governo, permaneceu em seu gabinete, no Planalto, até o final da votação, acompanhando passo a passo a votação no Congresso. Embora o placar das aprovações não tenha sido dos mais folgados, Temer comemorava o resultado, ao lado dos ministros Eliseu Padilha, da Aviação Civil, e Henrique Eduardo Alves, do Turismo, e fez questão de ligar para vários parlamentares agradecendo seus votos.

Após mais cinco horas de discussão, com direito a bate-boca e sessão suspensa, o plenário da Câmara aprovou na noite desta quarta-feira (6) a votação do texto-base da Medida Provisória nº 665, que altera as regras de concessões de seguro-desemprego e abono salarial.

Desde a terça-feira (5) o governo Dilma Rousseff escalou ministros e pediu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao presidente do PT, Rui Falcão, para assegurar o apoio dos deputados petistas e peemedebistas, representantes dos dois maiores partidos da base. Ambos resistiam a apoiar publicamente a proposta tida como impopular. O texto passou por 252 votos a favor, 227 contra e uma abstenção.

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Parlamentares da oposição protestaram contra a medida logo após o resultado em plenário. "PT pagou com traição, a quem sempre te deu a mão", entoaram, cantando. Mesmo antes da votação, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), agradeceu o apoio dos partidos da base, em especial o PT e o PMDB, à medida provisória.

"Nós estamos votando uma matéria que diz respeito ao futuro do nosso país, nós queremos que esse gesto o Congresso Nacional sinalize para o país que nós não estamos tirando nenhum direito do trabalhador brasileiro", disse Guimarães. Durante a discussão, os líderes petistas e do bloco liderado pelos peemedebistas foram os principais defensores da base aliada da aprovação da MP.

Por outro lado, os oposicionistas PSDB, DEM, PSB, PPS e Psol posicionaram-se contrariamente. "Esse não é um projeto de lei de conversão, é um projeto de lei da traição ao trabalhador", criticou o líder do DEM, Mendonça Filho (PE). "O PT deixou de ser o Partido dos Trabalhadores", cutucou o líder da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE).

A principal surpresa na votação ocorreu com o PDT, partido da base aliada cujo líder André Figueiredo (CE) orientou a bancada a votar contra. Os pedetistas chegaram a receber, antes da votação, a visita do ministro do Trabalho, Manoel Dias, indicado pelo partido para o governo. "O PDT não se rende por cargos e, se quiserem os cargos, vai entregar", provocou Figueiredo.

Acordo

A votação foi realizada após um acordo firmado entre governistas e oposicionistas para garantir a votação hoje do texto-base da MP e a apreciação de dois destaques para analisar separadamente pontos. O acerto, entretanto, só foi possível depois que a oposição havia esgotado todas as manobras regimentais para adiar, ao máximo possível, a votação do mérito da proposta.

Pelo acerto, todas as votações vão ocorrer de maneira nominal, isto é, quando cada um dos deputados é obrigado a registrar como votou. "Queremos a digital da turma", anunciou um dos vice-líderes do PSDB, Nilson Leitão (MT), logo após o acordo firmado.

Nestaa quinta-feira (7), a Câmara deve concluir a votação da medida provisória, com a análise de cinco outros destaques e de duas emendas aglutinativas. Os destaques e emendas podem alterar o teor do parecer do senador Paulo Rocha (PT-PA) aprovado pela comissão mista da MP.

Entre as principais mudanças, o governo havia proposto originalmente ao Congresso um tempo mínimo de um ano e meio de trabalho para que o desempregado faça o primeiro pedido de benefício. O plenário da Câmara manteve a redução do prazo para um ano. Antes da nova regra, que já vale desde março, a carência era de seis meses.

No caso do abono salarial, os parlamentares aprovaram a decisão de Paulo Rocha de também reduzir a exigência do tempo trabalhado para ter acesso ao benefício. Antes da MP, era preciso trabalhar 30 dias para receber o abono. Com a medida, o governo aumentou esse prazo para seis meses. O relatório aprovado cortou esse tempo pela metade, passando a exigir 3 meses de trabalho.

Tensão

O debate até a votação foi recheado de momentos tensos. O primeiro deles ocorreu após o líder do PSDB na Casa, Carlos Sampaio (SP), ter cobrado uma justificativa dos parlamentares petistas em apoiar a medida provisória que, entre outras mudanças, eleva o prazo de carência para que uma pessoa possa solicitar o seguro desemprego. Ele fez um duro discurso contra o PT.

"Isso é bom para você, trabalhador? Quero ver essa cara de pau desses petistas, mentirosos e corruptos defenderem isso aqui", acusou Sampaio. "Quer fazer o ajuste fiscal, vamos ajustar tirando o PT do governo", completou.

Após a intervenção de Sampaio, manifestantes que se encontravam na galeria vestidos com camisas da Força Sindical atiraram no plenário notas falsas de dólar com a cara do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula com os dizeres "PTro Dollar". Em seguida, eles entoaram gritos e palavras de ordem contra o governo. "Oh, Dilma! Presta atenção! Roubou dos pobres para pagar o mensalão", contou. Ato contínuo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu retirar todos os manifestantes da galeria.

Logo após a saída dos militantes das centrais sindicais, em outro momento de discussão acalorada, um dos vice-líderes do governo na Câmara, Orlando Silva (PCdoB-SP), reclamou do fato que os militantes terem atirado na plateia notas falsas. O deputado Roberto Freire (PPS-SP) rebateu e cobrou dele a mesma indignação em relação ao episódio do protesto durante a votação do projeto da terceirização que teve cenas de violência, inclusive com parlamentares feridos.

Bate-boca

A líder do PCdoB, Jandira Fhegali (RJ), saiu em defesa de Orlando Silva e o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) fez o mesmo em favor de Roberto Freire, criticando a forma agressiva como ela teria se dirigido a ele. "Mulher que participa da política e bate como homem tem que apanhar como homem", acusou Fraga.

O bate-boca causou um tumulto na sessão e a bancada feminina da Câmara prometeu usar as notas taquigráficas para apresentar um pedido de quebra de decoro parlamentar contra Fraga no Conselho de Ética. Cobrada pelas deputadas para agir, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que não tinha nada a fazer porque os parlamentares têm imunidade constitucional em relação a suas declarações.

"Eu não tenho a condição de censurar quem quer que seja", disse Cunha, ao fazer um apelo aos deputados para que o debate político não descambe para a agressão. Fraga, posteriormente, pediu desculpas a Jandira Feghali.

A bancada do PT na Câmara dos Deputados foi mais fiel ao governo Dilma Rousseff do que a do PMDB na votação de um requerimento que pedia a retirada de pauta da Medida Provisória 665, que altera as regras de concessão de seguro-desemprego e auxílio-moradia. O requerimento foi rejeitado na tarde desta quarta-feira, 6, abrindo caminho para a votação do mérito da primeira medida provisória do ajuste fiscal.

Dos 51 deputados petistas que votaram no pedido, apenas um, Wellinton Prado (PT-MG), se posicionou a favor do requerimento - o que representa 1,96% dos votantes. A liderança do PT na Câmara orientou a bancada a votar pela rejeição do requerimento. Ao todo, a bancada petista tem 64 deputados.

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No PMDB, por sua vez, dos 55 deputados que se pronunciaram a respeito do requerimento, sete foram contrários: Dulce Miranda (TO), Flaviano Melo (AC), Hermes Parcianello (PR), Jarbas Vasconcelos (PE), Jéssica Sales (AC), José Fogaça (RS) e Mauro Pereira (RS). Ou seja, 12,72% dos votantes foram contrários à análise do mérito da proposta. O líder peemedebista da Câmara, Leonardo Picciani (RJ), liberou a bancada do PMDB e dos cinco partidos que compõem o bloco partidário a votarem como quisessem no requerimento. O PMDB tem 67 deputados.

Após críticas de parte a parte, as bancadas do PT e do PMDB decidiram nesta tarde reafirmar apoio à aprovação das medidas provisórias do ajuste fiscal. Os peemedebistas ameaçavam não referendar as MPs caso os petistas não dessem um apoio explícito às propostas - hoje a bancada do PT divulgou uma nota reafirmando apoio às MPs.

O requerimento de retirada de pauta foi rejeitado por 229 votos a favor contra 180 contra. Uma votação apertada em que, dos 409 votantes, o governo obteve apenas 56% dos votos.

Embora não se trate do mérito da matéria propriamente dito, a análise da taxa de governismo na votação do requerimento é a primeira amostra de como podem se comportar os dois principais partidos da base na votação da MP 665.

Após ameaçar abandonar o ajuste fiscal em meio às críticas ao projeto de terceirização feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no programa de televisão do PT na noite de terça-feira, 5, o PMDB fechou apoio às medidas provisórias do ajuste (MPs 664 e 665). "O PT agora fez o correto, assumiu a defesa do ajuste", disse o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ).

O líder peemedebista chegou a discursar na tribuna na terça-feira (5) à noite, cobrando que o PT assumisse o ajuste. O PMDB quer dividir o ônus das medidas que mudam as regras de acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários. Por isso, exige que deputados petistas subam na tribuna para discursar em prol do ajuste.

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Hoje, após intensas negociações para contornar dissidências, a bancada petista afirmou apoio às medidas provisórias do ajuste fiscal. A bancada pediu, conforme o PMDB queria, que os 64 deputados petistas registrassem sua posição.

Foi elaborada uma lista com quem é contra ou a favor do ajuste, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. A lista, contudo, não deve ser usada para punições aos que votarem contrários à MP 665, que está na pauta do plenário neste momento.

O plenário da Câmara rejeitou, por 229 a 180 votos, o requerimento para retirar da pauta da MP 665, abrindo espaço para a votação da medida provisória que restringe o acesso ao seguro-desemprego.

Críticos da MP dizem que a medida retira direitos do trabalhador. Governistas negam e afirmam que a alteração é fundamental para o ajuste fiscal.

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A bancada do PT na Câmara dos Deputados está reunida nesta quarta-feira (6) para discutir qual orientação vai adotar após as queixas do PMDB de falta de apoio dos petistas para aprovar as medidas provisórias do ajuste fiscal. Os peemedebistas estão irritados desde essa terça (5) depois que PT decidiu apoiar as MPs, mas sem fechar questão. Isso significa que petistas que eventualmente votassem contra as medidas não seriam punidos. O Palácio do Planalto atua para tentar convencer os petistas a apoiarem integralmente as MPs do pacote fiscal.

O encontro do PT ocorre sob clima de tensão e está sendo comandado pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE). Na reunião, não tem havido conversas paralelas entre os parlamentares petistas, sinal de que o clima entre os participantes não está amistoso. Participam da reunião os deputados Arlindo Chinaglia (PT) e Marco Maia (RS), apontados por peemedebistas como os incentivadores de uma rebelião na bancada petista.

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O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), espera uma posição do PT ainda no início da tarde desta quarta para decidir qual o caminho o partido seguirá na votação das MPs. Os peemedebistas não querem correr o risco de ficarem sozinhos numa eventual aprovação das medidas provisórias, tidas como impopulares, e os petistas ficarem sem ter de carregar o ônus político pela aprovação das matérias.

A sessão da Câmara que vai analisar a Medida Provisória 665, que altera as regras do seguro-desemprego e abono salarial, já foi formalmente aberta no plenário da Casa. O PMDB espera esse posicionamento do PT e, caso isso não ocorra, defenderá a aprovação de um requerimento para retirar a MP de pauta.

O líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), afirmou, nesta quarta-feira (6), que o partido só votará as medidas de ajustes fiscais caso o PT se posicione claramente em favor do ajuste. Segundo Picciani, essa foi a posição exposta por ele na reunião que ocorreu nesta manhã com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), responsável pela articulação política do governo, e com ministros e líderes de partidos na Câmara. 

O encontro foi marcado depois de os deputados adiarem, na noite de dessa terça (5), a votação da Medida Provisória (MP) 665/15, que altera as regras do seguro-desemprego e é parte do pacote de ajuste fiscal do governo. A MP foi novamente incluída na pauta de votação de hoje, em sessão a partir do meio-dia, no Plenário da Câmara. 

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De acordo com o líder do PMDB, a posição do partido, no momento, é pela retirada de pauta da medida, até que haja um posicionamento político da Executiva do PT.

“Achamos o ajuste restritivo de direitos, o que pode ser admitido como algo necessário para o País. Mas o PMDB não vai votar até que o partido da presidente se posicione claramente. Se o partido da presidente da República não tiver esse convencimento, o PMDB não terá também”, afirmou.

A discussão sobre a Medida Provisória (MP) 665/14 que faz parte do ajuste fiscal do governo e dificulta o acesso a direitos trabalhistas como o seguro-desemprego, na noite dessa terça-feira (5) na Câmara dos Deputados, mostrou uma divisão de posições entre partidos da base aliada.

O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que o partido não votará a medida sem compreender melhor a posição do PT sobre o texto. “Não votaremos a MP 665 amanhã [quarta-feira], não mais, até que o PT nos explique o que quer. Se for o caso, feche questão para votação das matérias do ajuste fiscal. Se não for assim, não contem conosco. Se há dúvidas e se o País não precisa desse remédio amargo, não vamos empurrar essa conta no trabalhador.”

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A fala de Picciani foi feita depois que parlamentares do PMDB o procuraram por terem ficado “desconfortáveis” em apoiar a medida após a propaganda partidária do PT na noite desta terça. Em vídeo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a proposta para regulamentar a terceirização (PL 4330/04), aprovada pela Câmara em 22 de março, seria um retrocesso para o trabalhador brasileiro. “Vamos seguir a orientação do ex-presidente Lula: vamos combater a retirada do direito dos trabalhadores”, disse Picciani.

O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) disse que, "se o PT não votar o ajuste, só tem um caminho para Dilma, renunciar. "O PMDB só vai votar se o PT vier também”, afirmou. Para o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), o PMDB ajudou a “desmascarar” o PT, que bancaria o “santo do pau oco” ao trair os trabalhadores.

Diálogo

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), procurou esfriar os ânimos e pediu mais diálogo com o principal aliado da base governista. “O governo tem absoluta convicção de que o ajuste é necessário e vamos votar para aprová-lo. Os partidos da base têm responsabilidade sobre isso, mas, principalmente, o PT e o PMDB precisam compreender a necessidade desse ajuste, não para o governo, para o País.”

Guimarães reconheceu que é necessário discutir os problemas apontados pelo PMDB na medida provisória. “Daqui para amanhã é evidente que vamos conversar muito. Aprendi uma coisa na política: que é preciso calma, tranquilidade e diálogo.” Ele também disse que o PT pode fazer as considerações que quiser sobre o projeto de terceirização.

Para o líder do PT, deputado Sibá Machado (AC), quando a economia do País precisa de um ajuste, não se pode olhar a coloração partidária. “Ninguém está fazendo ajuste porque quer, mas porque há necessidade”, afirmou. Segundo ele, a discussão não é mais sobre o ajuste, mas política e simbólica. “A posição da bancada do PT é de apoiar as duas medidas provisórias (664/14, da pensão por morte, e 665/14) e vamos acompanhar essas votações.”

Divisão

O líder do PDT (partido que integra a base), deputado André Figueiredo (CE), afirmou que todos os 19 parlamentares da legenda votarão contra a medida. “Tirar de quem tem pouco, preservando quem tem muito, é injusto. A presidente Dilma talvez não queira o que está acontecendo hoje no Brasil. Cabe aos partidos dar resposta”, disse Figueiredo.

Já a líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ), afirmou que as MPs do ajuste fiscal não foram a melhor solução para alavancar a economia, mas ressaltou que o partido votará a favor do governo. “O PCdoB vota com o governo, entende que é importante enfrentar politicamente uma oposição demagógica que nunca defendeu o trabalhador.”

Segundo ela, o PCdoB quer a aprovação de proposta para taxar os mais ricos, com a tributação sobre as grandes fortunas, e não obteve apoio dos partidos da oposição.

*Com informações da Agência Câmara.

Em meio à obstrução operada pela oposição para impedir a votação da Medida Provisória 665, que muda regras de acesso ao seguro-desemprego e ao abono salarial, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendeu a sessão para colocar em pauta a Proposta de Emenda Constitucional 457/2005, a chamada PEC da Bengala, que amplia de 70 para 75 anos a idade de aposentadoria compulsória de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O gesto ocorreu após o PMDB conseguir o compromisso do PT ao ajuste fiscal, o que havia sido colocado pela bancada peemedebista como condição para aprovar a MP 665, uma das medidas de ajuste fiscal elaboradas pelo Palácio do Planalto.

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Embora a MP tranque a pauta da Câmara para projetos de lei, por exemplo, a PEC da Bengala se sobrepõe por ser uma proposta de alteração da Constituição. A PEC já foi aprovada em primeiro turno em plenário. A Câmara pode, portanto, fazer a segunda votação e, com isso, retirar da presidente Dilma Rousseff o poder de indicar até cinco ministros do STF até o final de seu mandato, em 2018.

A presidente Dilma Rousseff recebeu, com alívio, a informação de que a bancada do PT fechou questão e decidiu votar a favor da Medida Provisória nº 665. O governo espera que o texto seja aprovado ainda na noite desta terça-feira, 5, como está, para evitar novas sangrias no ajuste fiscal. Para a quarta-feira, 6, novas conversas e reuniões estão programadas.

Para manter a base mobilizada, o vice-presidente Michel Temer convocou os líderes dos partidos da base aliada na Câmara dos deputados para um café da manhã no Palácio do Jaburu. Os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, também participarão do café da manhã. O governo quer manter contato direto com as lideranças e continuar conversando com todos para assegurar a aprovação da MP 664, aprovada hoje na comissão mista e amanhã irá para o Plenário da Câmara.

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Após duas reuniões que contaram com a presença de quatro ministros do governo Dilma Rousseff na Câmara, a bancada dos deputados federais do PT decidiu fechar questão e votar a favor da medida provisória 665. A decisão dos petistas ocorre após intensa pressão do Palácio do Planalto e dos demais partidos da base aliada, que cobravam apoio do partido de Dilma à primeira medida provisória do ajuste fiscal.

A bancada tomou a decisão por aclamação, sem que houvesse registro nominal dos votos dos deputados do partido. Segundo presentes, 85% dos 64 deputados petistas apoiaram a medida. A bancada estava dividida, tanto que o partido teve de suspender, temporariamente, o encontro que discutia a posição da legenda.

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O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), disse que o partido não precisou "fechar questão" pela aprovação do texto, mas sua maioria demonstrou posição de apoio político às medidas de ajuste fiscal. "O PT discute muito, os apelos, os debates, mas ao final sai unido no apoio às duas medidas provisórias", disse. Segundo ele, o PT não vai apresentar destaques ao texto e vai votar com o governo.

Segundo o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), o partido decidiu apoiar as medidas de ajuste fiscal apesar de algumas divergências na bancada. "Vamos buscar os 64 votos do PT. Tem dois com problema de saúde, mas os demais acredito que na hora de votar estarão todos firmes nessa luta", disse, ao destacar que ninguém será punido caso eventualmente seja contra a proposta. "Ninguém aqui é obrigado a nada, então a nossa posição é majoritária e esperamos até a hora da votação". Segundo ele, o que tinha de maior gargalo nas demandas do partido já foi resolvido.

Estiveram em reuniões da bancada petista os ministros das Comunicações, Ricardo Berzoini, da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, da Previdência Social, Carlos Gabas, e da Secretaria de Direitos Humanos, Pepe Vargas, ex-articulador político de Dilma.

O receio do Planalto era que, se o PT não desse o apoio à medida, outros partidos da base seguissem pelo mesmo caminho e a aprovação da medida fosse ameaçada. A votação da MP deve ocorrer ainda nesta noite. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu a sessão do plenário que vai analisar a medida provisória. Ele já disse que a proposta será aprovada, mesmo diante da obstrução que a oposição faz neste momento no plenário.

Pouco antes do anúncio da decisão do PT, o PMDB cobrou um posicionamento definitivo do partido da presidente para que a bancada peemedebista apoiasse em plenário a MP. "O PMDB tem convicção de que é necessário um ajuste fiscal para o País, mas consideramos que é fundamental que o PT tenha a mesma convicção", disse o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ). "Se eles (petistas) não tiverem, certamente, abalará a nossa convicção", disse.

Recomeçou, no final da tarde desta terça-fera, 5, a reunião da bancada do PT na Câmara para discutir a posição do partido na votação da Medida Provisória 665. O encontro havia sido suspenso mais cedo devido a uma divisão na bancada petista quanto à aprovação da medida. A reunião foi retomada com a presença dos ministros das Comunicações, Ricardo Berzoini; da Previdência Social, Carlos Gabas - os dois participaram da primeira etapa - do ministro da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto; e do ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Pepe Vargas.

O Palácio do Planalto e demais partidos aliados pressionam o PT a fechar uma posição única em favor da MP. Os outros partidos da base não querem ficar isolados na defesa da aprovação da Medida Provisória, que é tida como impopular.

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O ministro das Comunicações e ex-presidente do PT, Ricardo Berzoini, afirmou nesta terça-feira, 5, que acredita que a bancada petista fechará questão em favor da Medida Provisória 665, prevista para ser votada hoje no plenário da Câmara. "Acho que o PT vai acompanhar (o relatório a favor da matéria)", disse Berzoini na chegada a uma nova reunião do partido que decidirá a posição da bancada.

Mais cedo, um encontro do PT foi suspenso diante da falta de acordo entre os deputados sobre a matéria. Os petistas deram a justificativa pública para suspender a reunião de falta de um quórum expressivo de deputados da bancada e o início da reunião do colégio de líderes.

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Berzoini disse que o que está em discussão são questões meramente políticas e que o partido, quando tomar uma decisão, será acatada por todos. Questionado se os deputados petistas poderiam rejeitar alguns pontos da própria MP, como o prazo de carência para a requisição do seguro-desemprego, o ministro disse que não.

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