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O Partido Comunista Brasileiro (PCB) homologou hoje (30) como candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 a professora e economista Sofia Manzano. A chapa terá, como vice-presidente, o sindicalista Antônio Alves. Para as eleições majoritárias, o partido optou por não fazer coligações com outras legendas. A cerimônia de homologação foi no bairro do Tatuapé, em São Paulo.

As propostas do PCB abrangem revogação de “contrarreformas e de toda a legislação neoliberal contrária aos interesses dos trabalhadores, da juventude e da população pobre”, o que inclui a Lei de Responsabilidade Fiscal e do teto dos gastos e a criação de uma Lei de Responsabilidade Social, que garanta recursos para investimento público no desenvolvimento do país e nas áreas sociais.

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A reforma tributária defendida pelo partido é “progressiva”, taxando lucros e dividendos, grandes fortunas, heranças e transações financeiras, além de isentar quem ganha até cinco salários mínimos da cobrança do Imposto de Renda. A política defendida pelo PCB é de “recomposição das perdas salariais e valorização do salário mínimo, aliada a uma reforma agrária sob o controle popular e ao combate permanente a todas formas de opressão.

Durante o discurso, Sofia Manzano falou sobre os 100 anos de história do “partidão nas ruas, denunciando as mazelas de um capitalismo que não deu certo por destruir seres humanos e meio ambiente”. Ela defendeu a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução salarial. Abordou também algumas questões polêmicas como a descriminalização das drogas e do aborto.

“Somos a única candidatura que defende a descriminalização das drogas porque a política de guerra às drogas é na verdade uma política de matança e encarceramento da população negra e jovem. E somos a única candidatura que defende a legalização do aborto, porque o aborto em nosso país só é ilegal e criminalizado para a população pobre. Para mulheres ricas ele não é criminalizado, porque é tranquilamente praticado nas estruturas do mais alto luxo da saúde privada”.  Antônio Alves reiterou o compromisso de levar a palavra do PCB a favelas, comunidades, locais de trabalho e de estudo, moradias e aldeias indígenas. “Vamos estar onde o povo está”, disse.

Perfil

Sofia Manzano nasceu em 19 de maio de 1971 na cidade de São Paulo. Graduada em ciências econômicas pela PUC/SP, é mestra em desenvolvimento econômico pelo Instituto de Economia da Unicamp e doutora em história econômica pela USP. Foi aprovada em primeiro lugar em concurso público para professora do curso de Economia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), motivo pelo qual mudou-se para Vitória da Conquista em 2013.

Desenvolve pesquisas sobre mercado de trabalho e desigualdade social no capitalismo. A militância no PCB teve início durante a campanha presidencial de 1989. Foi também atuante no movimento sindical. Integrou alguns sindicatos de professores, chegando a ser eleita vice-presidente da Associação de Docentes da Universidade de São Paulo entre 2015 e 2016.

O Partido Comunista Brasileiro (PCB), que tinha como pré-candidato à prefeitura de São Paulo o professor Antonio Carlos Mazzeo, decidiu abrir mão da disputa na capital para apoiar o candidato do PSOL, Guilherme Boulos.

"Na cidade de São Paulo, diante do apelo de massas da candidatura de Boulos e Erundina, protagonismo de movimentos populares, como o MTST, a construção de uma Frente Única se torna viável e necessária para levarmos essa candidatura à vitória nas eleições", diz nota assinada pela Comissão Política Regional de São Paulo do PCB e divulgada neste domingo, 13.

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A sigla cita ainda as dificuldades de reorganização da esquerda após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, em 2016, e a não efetivação de uma frente única na maioria das principais cidades do País.

Em São Paulo, a construção da frente deve se dar de forma "programática" e "ampla", diz o PCB. "Requer uma maior responsabilidade dos companheiros do PSOL, no sentido de soldarem a unidade e incorporarem na campanha os mais diversos apoios de outros partidos de esquerda, movimentos populares e as mais distintas bases de lutadores sociais, o que implica a disposição de construir uma unidade realmente coletiva."

A oficialização do apoio ao PSOL será feita em convenção partidária na próxima terça-feira, 15, às 19h.

O PCB pretendia lançar o professor Antonio Carlos Mazzeo para a prefeitura de São Paulo. Doutor em história econômica pela Universidade de São Paulo e livre-docente em ciência política pela Universidade Estadual Paulista, Mazzeo iniciou sua vida política no PCB e hoje é dirigente nacional do partido. "Eu era estudante e gritava pelo movimento estudantil, contra a ditadura militar, no PCB clandestino", contou em entrevista ao Estadão no dia 2 de setembro.

Mazzeo chegou a sair como candidato ao Senado em 2010 e à Câmara Municipal de São Paulo em 2016, mas não foi eleito. Nesta entrevista, contou que o partido vive um momento de "reconstrução revolucionária" e concentra seus trabalhos atualmente em trazer para a sigla a juventude trabalhadora e universitária, os presidentes dos movimentos sindicais e os professores.

Já no começo deste mês, Mazzeo afirmou que estava conversando com forças de esquerda para decidir se seria mais útil fazer uma aliança ou continuar independente. Ele citou o "momento difícil" que o País vive. "Você tem uma fragmentação muito grande e um acirramento ideológico que há muito tempo o Brasil não via."

Além do PCB, o PSOL tem recebido apoio de artista e intelectuais historicamente ligados ao PT, que lançou Jilmar Tatto à Prefeitura.

Para a Câmara Municipal de São Paulo, o PCB vai manter suas duas candidaturas, as chamadas "Bancada do Poder Popular" e "Bancada da Juventude Trabalhadora". "A ideia é fazer um mandato coletivo. Será um compromisso formal do partido de fazer discussões e decidir tudo coletivamente", explica Mazzeo.

A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro apresentou alegações finais em dois processos contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e candidatos a deputado federal ou estadual, defendendo a inelegibilidade dos políticos por oito anos em razão de supostos abusos de poder - político e religioso - e 'condutas vedadas' - uso de bens e recursos municipais com fins eleitorais. As ações em questão foram apresentadas em 2018 e tem relação com dois eventos - uma reunião chamada 'Café da comunhão', em 4 de julho no Palácio da Cidade e um encontro com equipes da Comlurb na escola de samba Estácio de Sá em 13 de setembro.

Os processos chegaram à fase final de tramitação no Tribunal Regional Eleitoral e aguardam julgamento conjunto ser pautado. Eles foram movidos pela PRE e pela coligação PSOL/PCB e tem como réus, além do prefeito do Rio, o suplente de deputado federal Rubens Teixeira (nos dois processos), Marcelo Hodge Crivella, Raphael Leandro e Alessandro Costa (na ação da coligação).

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As informações foram divulgadas pelo Ministério Público Federal na 2ª Região.

As penas reivindicadas para os políticos variam da inelegibilidade por oito anos e multa (Crivella e Teixeira, por abuso de poder, ficando o suplente sujeito à anulação dos votos) a multa de até 100 mil UFIR (R$355 mil) para os políticos Marcelo Hodge Crivella e Alessandro Costa (conduta vedada), indica a Procuradoria.

Ação da PRE

No processo contra Crivella e Teixeira, a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio argumentou que 'não há dúvidas de que os dois são responsáveis pelos ilícitos eleitorais cometidos no Café da comunhão, usado para lançar o nome de Teixeira como pré-candidato a deputado federal'. O MP eleitoral cita transcrições do discurso do prefeito, que prometeu aos religiosos presentes e seu grupo uma série de facilidades de acesso a serviços públicos de saúde, obras e supostas isenções de impostos.

"Tratava-se de um encontro para alimentar base eleitoreira composta de líderes religiosos, notoriamente alinhados com o prefeito, a quem ele oferecia facilidades na administração pública em nome de uma pretensa predestinação divina. Fosse somente esse o contexto, e já estaria configurada a ilegalidade, eis que a nenhum gestor é dado usar a máquina pública em benefício de grupo politico específico, menos ainda quando fatores religiosos se infiltram na gestão", afirmou a procuradora regional eleitoral Silvana Batini ao TRE.

"Mas houve mais. O encontro foi realizado nas dependências da Prefeitura, em período pré-eleitoral e contou com o pré-candidato. Sua presença foi destacada no discurso do prefeito, e suas supostas qualidades pessoais enfatizadas por ele, no mesmo contexto em que pregava a necessidade de direcionar os serviços públicos municipais para o fortalecimento de seu grupo político-religioso."

Ação da coligação PSOL/PCB

O processo movido pela coligação PSOL/PCB contesta não só condutas no Café da comunhão, mas também em encontro na Estácio de Sá. Além disso, envolve outros políticos além de Crivella e Teixeira: Marcelo Hodge Crivella, não eleito deputado federal, e Raphael Leandro e Alessandro Costa, não eleitos à Alerj.

No evento, para o qual foram convidados e transportados servidores e terceirizados da Comlurb em veículos da companhia, a PRE considerou haver provas suficientes para a condenação por conduta vedada, exceto de Raphael Leandro, cuja participação naqueles eventos políticos não pôde ser comprovada.

COM A PALAVRA, O PREFEITO DO RIO

As duas ações se referem à eleição de 2018, na qual o Prefeito Crivella sequer foi candidato. Tratam de duas reuniões que ocorreram estritamente na forma da Lei e que tanto a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro quanto o STF decidiram pela inexistência de qualquer irregularidade em ambas.

Nas defesas e integrais provas processuais constam as informações que afastam o irrazoável pedido de inelegibilidade, ou qualquer sanção, o que foi pautado em mera dedução e desproporcional presunção punitiva inaplicável ao caso.

COM A PALAVRA, OS DEMAIS RÉUS

A reportagem ainda busca contato com os demais citados. O espaço está aberto para manifestações

A convenção nacional do PCB, realizada nesta sexta-feira (20), decidiu apoiar o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, na eleição à Presidência da República. O encontro realizado na sede do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), no centro do Rio, teve a presença de um grande número de militantes do partido. O PSOL irá confirmar neste sábado (21) a candidatura de Boulos. 

“Nestas eleições, já decidimos, há algum tempo, a coligação com o PSOL. Nós achamos que esta candidatura faz parte de uma política do PCB, de constituição de uma frente de esquerda. Ela também vem de baixo, dos movimentos sociais, como o indígena, o sem-terra e os demais, e se uniu aos partidos políticos. Isso dá um diferencial muito importante em relação à velha política”, disse o secretário-geral do partido, Edmilson Costa.

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“Nós temos um candidato que não está ligado à velha política, não está ligado à corrupção e, ao mesmo tempo, tem um programa que se diferencia claramente do que foi derrotado pela vida: o da conciliação de classes. Nós vamos construir uma nova política, para um novo Brasil. Teremos surpresa neste primeiro turno e o Boulos vai para o segundo turno”, apostou.

O secretário-geral do PCB defendeu, no campo econômico, a retomada de todas as empresas privatizadas consideradas estratégicas para o país e a promoção de uma política de incentivo ao desenvolvimento nacional, baseada no investimento público e com controle dos trabalhadores.

Na questão do petróleo, o partido defende a total estatização da Petrobras e a paralisação das operações de venda de patrimônio da empresa. 

De acordo com Edmilson, o apoio do PCB à candidatura Boulos garantirá mais 4 ou 5 segundos de televisão ao PSOL.

Faltando pouco mais de 5 meses para a eleição 2018, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e o Partido Comunista Brasileiro (PCB) dão um passo à frente realizando o seminário "Construção dos Princípios Programáticos" com a finalidade de iniciar a construção do plano de governo para Pernambuco. O evento acontece, neste sábado (5) e domingo (6), no Movimento dos Trabalhadores Cristãos, localizado no bairro de Santo Amaro. 

Também está previsto no encontro o debate sobre a conjuntura política de Pernambuco, os desafios para quem luta por direitos, bem como orçamento e gastos públicos. 

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A chapa do PSOL/PCB no estado é encabeçada pela historiadora e advogada Dani Portela, pré-candidata ao Governo do Estado. As outras pré-candidatas são Gerlane Simões, como vice-governadora; Albanise Pires e Eugênia Lima, para o Senado.

 

 

 

 

 

PSTU, PSOL e PCB de Pernambuco lançam, nesta quarta-feira (19), uma campanha para "barrar" a reforma política aprovada na Câmara dos Deputados e em análise no Senado. A mobilização será lançada durante uma reunião que acontece no Recife, às 19h. Durante a ocasião também será divulgado o manifesto "Abaixo a reforma política antidemocrática", assinado pelas três legendas. 

"Essa primeira atividade de um calendário que pretende envolver também os movimentos sociais para barrar a reforma", esclarecem as legendas. "Além de constitucionalizar o financiamento empresarial das campanhas eleitorais, a Câmara votou uma cláusula de barreira que coloca o PSTU, o PSOL, o PCB, o PCO e o PPL em uma situação de semi-legalidade, ao retirar o tempo de Televisão destes partidos e vetar seu acesso ao Fundo Partidário", acrescentam. 

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Abaixo a reforma política antidemocrática

A Reforma Política votada em primeiro e segundo turno na Câmara dos Deputados torna ainda pior o sistema eleitoral brasileiro, confirmando que não é possível nutrir expectativas de reformas positivas por este Congresso. Além de constitucionalizar o financiamento empresarial das campanhas eleitorais - aumentando inclusive o teto de doação empresarial de campanhas para R$20 milhões por empresa - a Câmara votou uma cláusula de barreira que coloca o PSTU, o PSOL, o PCB, o PCO e o PPL em uma situação de semi-legalidade, ao retirar o tempo de Televisão destes partidos e vetar seu acesso ao Fundo Partidário. A reforma também tira a obrigatoriedade de emissoras convocarem para os debates partidos com menos de nove deputados federais eleitos, quando o correto deveria ser garantir a presença de todos as candidaturas majoritárias nos debates.

Tal votação significa um duro ataque às liberdades democráticas, ao restringir a liberdade partidária duramente conquistada com a derrubada da ditadura militar e atingir justamente partidos vinculados à classe trabalhadora e à esquerda. Querem calar tais partidos, impedir que os mesmos possam se apresentar e fazer conhecer suas propostas aos mais de 200 milhões de brasileiros.

Essa reforma está para ser votada no Senado. Cobramos que esta casa garanta a Democracia e os senadores se somem à campanha pelo NÃO a reforma política antidemocrática de Cunha!

Chamamos também os sindicatos, organizações populares, entidades democráticas, partidos políticos e todos aqueles comprometidos com a luta pela democracia, para uma campanha em defesa do direito democrático à legalidade plena para os partidos de esquerda (PSOL, PSTU, PCB, PPL e PCO), único alvo real da falsa reforma política. Consideramos importante também que essas organizações se posicionem pelo fim do financiamento empresarial de campanha e contra qualquer cláusula de barreira que restrinja a liberdade partidária no Brasil.

Assinam esse manifesto: PSTU PE, PSOL PE e PCB PE.

O ex-dirigente do Partido Comunista Brasileiro e jornalista, Armênio Guedes, faleceu nessa quinta-feira (12) em São Paulo, aos 96 anos. Vítima de uma infecção pulmonar que posteriormente se alastrou por outras partes do corpo, o político passou duas semanas no Hospital Samaritano, mas não resistiu a doença. 

O integrante do PCB filiou-se ao partido em 1930 e era natural da Bahia. Ele chegou a  ser exilado no período da Ditadura Militar se opondo a luta armada e morou no Chile e na França. Guedes deixou a viúva Cecília Comegno. 

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O postulante do PCB ao governo do estado, Miguel Anacleto, votou logo no início da manhã. O candidato chegou ao colégio Boa Viagem ao lado da família e militantes. Enfrentando a primeira disputa eleitoral, Anacleto acredita que a campanha conseguiu cumprir os objetivos traçados, pois além de dar visibilidade ao partido, conseguiu levar aos eleitores propostas distintas, que atendam aos interesses do povo. “Quando lançamos a candidatura pelo PCB, tínhamos três objetivos. O primeiro era chegar ao maior número de pessoas no estado. Segundo, fortalecer o crescimento do partido em Pernambuco. E por fim, obter um resultado expressivo do ponto de vista eleitoral”, relatou.

Segundo o comunista, a participação dos partidos menores no pleito contribuem para o processo democrático, pois os eleitores insatisfeitos com a atual modelo político, têm a opção de escolher uma das candidaturas que contemplam interesses distintos. “A eleição é apenas um episódio. A nossa candidatura e de outros partidos como o nosso, representa um novo víeis para quem não pretende se vender nessa política demagógica e oligárquica”, pontuou o candidato.

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De acordo com Miguel Anacleto independente de quem vencer a eleição (Paulo Câmara ou Armando), Pernambuco não passará por grandes mudanças, pois ambas as candidaturas alimentam um sistema sustentado pelo poder econômico. “Não acreditamos numa mudança no curso  da direção política do estado. Esse modelo capitalista que sustentaram as principais campanhas ao governo de Pernambuco, revela que esse modelo de gestão não vai mudar. O sistema eleitoral produz a patifaria política sustentado pelo poder econômico”, lamentou.  Anacleto está acompanhando a apuração em casa, ao lado de familiares e amigos. 


O segundo debate televisivo predomina a agenda dos candidatos a governador de Pernambuco, nesta sexta-feira (26). A nove dias do pleito, esta será a segunda vez que os postulantes se encontram para divulgar as propostas de governo na TV. Participam Armando Monteiro (PTB), Zé Gomes (PSOL) e Paulo Câmara (PSB). O embate acontece às 22h30 na TV Clube. 

Antes disso, às 14h, Zé Gomes se reúne com a equipe de coordenação da campanha, para traçar as estratégias da última semana de corpo a corpo, antes da eleição.

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O representante do PSTU na disputa, Jair Pedro não participa do debate, mas faz panfletagens em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Os candidatos Pantaleão (PCO) e Miguel Anacleto (PCB) não divulgaram agenda até o fechamento desta matéria.  

A 10 dias do pleito eleitoral, o candidato a governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), lidera as intenções de votos no estado com uma diferença de seis pontos percentuais em relação ao principal adversário, Armando Monteiro (PTB). De acordo com dados de um levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio, divulgado nesta quinta-feira (25), o socialista configura 39% da preferência e Armando 33%.   

Os percentuais são maiores do que os da última amostra, veiculada no dia 11 de setembro, para os dois candidatos. Nela, Câmara atingia à casa dos 33%, já o petebista receberia 31% dos votos. Nas pesquisas do IPMN divulgadas antes desta data, o cenário era contrário ao atual, com a liderança ocupada por Armando. Em julho, ele tinha 37% da preferência, enquanto o socialista receberia 13% das intenções. Um mês depois, em agosto, a diferença entre os dois já reduzia. No levantamento divulgado no dia 30, após a morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB), eles apareciam tecnicamente empatados.

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Para o cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira, o cenário atual consolida a vitória de Câmara. “A tese de Paulo Câmara vencer as eleições se consolida, em virtude do crescimento eleitoral contínuo. Neste momento constato a possibilidade de vitória real no primeiro turno”, observou. “Ele tem amplas condições de permanecer com este quadro inalterado, se não houver nenhum fator relevante. É muito grande a chance de Paulo se eleger”, corroborou o analista e também coordenador do levantamento, Maurício Romão.  

Questionado sobre a possibilidade da ascensão de Armando Monteiro, com os percentuais de voto que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem recuperado, Oliveira ressaltou a força do “eduardismo” no estado. “É possível, mas não é tão boa. Para isso ocorrer precisamos desprezar a força do eduardismo, pois os eleitores tendem a votar naquele que tem o legado de Eduardo Campos”, pontuou. “É possível de que Armando tenha uma reviravolta e leve a disputa para o segundo turno ou venha ganhar a eleição, mas esta possibilidade é remota”, acrescentou o estudioso. 

Segundo o IPMN, os candidatos Zé Gomes (PSOL), Miguel Anacleto (PCB), Jair Pedro (PTSU) e Pantaleão (PCO) não atingiram um ponto percentual de acordo com o levantamento. Os indecisos (brancos e nulos/não souberam responder) neste levantamento somam 27%, o percentual reduziu, em comparação a última pesquisa divulgada no início de setembro, antes eles eram 35%.

O dado é significativo para a exploração dos candidatos, principalmente de Paulo Câmara, segundo Romão. “Os indecisos tendem a ir, na maior parte, para Paulo Câmara. Isso dá mais um reforço argumentativo para a vitória do socialista”, frisou. 

A amostra foi a campo nos dias 22 e 23 de setembro e consultou 2.480 pernambucanos. O levantamento foi registrado junto a Justiça Eleitoral, sob os números PE-00028/2014 e BR-00743/2014, no dia 18 de setembro de 2014. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Percentuais por regiões

A liderança de Paulo Câmara permanece quando a aferição é analisada por regiões do estado. Na capital pernambucana, maior colégio eleitoral, o socialista aparece como o preferido por 43% do eleitorado, já Armando teria 24% das intenções e os candidatos Jair Pedro e Pantaleão um ponto percentual cada. Nas outras cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), o ex-secretário da Fazenda atinge à casa dos 41% e o senador licenciado teria 34% da preferência. Neste cenário, Miguel Anacleto e Jair Pedro aparecem com 1% cada.  

A vantagem de Câmara sobre o petebista é ainda maior quando se chega a Zona da Mata, na região ele ganharia no primeiro turno, com 51%, e Armando configuraria 20% das intenções. Já no Agreste a disputa fica acirrada, com um empate entre eles. Ambos chegam a 34%. 

O cenário muda, quando chega ao Sertão do estado. Lá Armando Monteiro lidera com folga e venceria o pleito no primeiro turno por 53%, contra 28% de Paulo Câmara. A preferência se repete no Vale do São Francisco, o senador licenciado atinge 46%, enquanto o afilhado político de Campos tem 31%. 

“Neste instante, Paulo Câmara está em empate técnico no Agreste, mas é possível, diante dos apoios, que ele possa vir a obter, não a vantagem grande, mas a vitória nesta região. Armando, por sua vez, observamos que ele continua a liderar no Sertão e no Vale do São Francisco, principalmente no Sertão. Porém nas outras regiões ele continua em segundo lugar e com um percentual muito aquém, em relação ao primeiro lugar”, avaliou Adriano Oliveira. 

O maior percentual de indecisos por região está no Recife, 32%, e o menor no Sertão, 19%. Os candidatos não citados nos cenários não atingiram um ponto percentual. 

Votos válidos: Paulo Câmara venceria no primeiro turno

Caso o pleito eleitoral fosse hoje, considerando os votos válidos, o candidato do PSB seria eleito governador de Pernambuco no primeiro turno, com 53% da preferência. Armando ficaria com o segundo lugar, com 45% dos votos e os outros postulantes somariam a 2%. A computação dos votos válidos é uma novidade deste levantamento do IPMN. 

Os percentuais foram aferidos de acordo com as intenções de voto de cada candidato no questionário estimulado, extraindo os votos brancos e nulos (veja no gráfico). Da mesma forma como a Justiça Eleitoral computa e divulga os percentuais no dia da eleição. 

“Excelente vantagem para Paulo Câmara. Em votos totais ele tem maior preferência do que Armando Monteiro e não há uma terceira força, por isso a eleição tende a ser finalizada no primeiro turno”, observou Maurício Romão.

Dados espontâneos

A liderança de Paulo Câmara também é confirmada pela primeira vez no levantamento espontâneo, quando os pesquisadores não mencionam a lista com os postulantes ao Palácio do Campo das Princesas. Ele receberia 35% dos votos e Armando Monteiro 29%.

Apesar de ter falecido há quase dois meses, Eduardo Campos também é citado para governar Pernambuco, assim como as candidatas à presidência da República, Marina Silva (PSB), e Dilma Rousseff (PT). Eles teriam 1% da preferência, cada.

 

Candidato do PCB à Presidência da República, Mauro Iasi defende uma revolução na organização política e social, com a implantação de um governo socialista, reversão das privatizações e estatização de setores estratégicos como energia, comunicação, mineração, recursos naturais, transporte e logística de distribuição e produção.

No programa de governo, o postulante apresenta as 21 principais propostas para o país. Quantidade visa reforçar o número da legenda. As dez principais são as seguintes:

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- Reforma agrária radical com condições de vida e trabalho para pequenos camponeses, trabalhadores rurais dos assentamentos da reforma agrária e iniciativas de produção agrícola socializada em grande escala, com uma nova política agrícola sustentável ecologicamente;

- Imediata reversão das privatizações e estatização de setores estratégicos como energia, comunicação, mineração, recursos naturais, transporte e logística de distribuição e produção;

- Saúde Pública e SUS 100% público, estatal e gratuito e por um país sem manicômios;

- Educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis;

- Contra o racismo, o machismo, a homofobia, a xenofobia e todas as formas de preconceito;

- Não pagamento da dívida pública;

- Nenhum recurso público para a iniciativa privada;

- Garantia e ampliação de todos os direitos dos trabalhadores, recomposição imediata dos salários e sua correção com ganhos reais acima da pela inflação, redução da jornada de trabalho sem redução salarial;

- Fim da Polícia Militar e da criminalização da pobreza e dos movimentos populares. Por uma profunda reforma da legislação penal, buscar alternativas ao encarceramento. Contra a diminuição da maioridade penal. Pela descriminalização dos usuários de drogas hoje consideradas ilícitas;

 

- Garantia do direito ao aborto.

Candidato do PCB a governador de Pernambuco, Miguel Anacleto tem entre as suas principais defesas a criação de um governo popular, compartilhando o comando do Palácio do Campo das Princesas com o povo. Caso seja eleito, Anacleto pretende basear a gestão em cinco eixos: poder popular, práticas sustentáveis, meio ambiente, universalização dos direitos e solidariedade internacional. 

Detalhando os pontos entre os cinco nortes, conheça as dez principais defesas do candidato:

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- Realização de uma auditoria para fundamentar um plano de reestruturação da dívida pública estadual.

- Reversão imediata da estatização da Celpe e do BANDEPE.

- Fim da repressão aos trabalhadores informais (camelôs). Como ação de curto prazo, promover o ordenamento do comércio informal com a criação de mais mercados e centros públicos de venda com condições sanitárias adequadas. 

- Implantação de VLTs nas principais vias do estado.

- Ampliar os serviços da Farmácia Popular para todo o interior e investir recursos na ampliação da planta do LAFEPE com o objetivo de baratear o custo de vários medicamentos.

- Coibir a prática de contratações temporárias com a abertura imediata de concurso público.

- Promover a universalização da educação integral em jornada integral, que incorporem novos conhecimentos, saberes e tecnologia, e valorizem as diversidades social, cultural, ambiental, esportivas, o conhecimento colaborativo e o fazer conectado com a vida cotidiana.

- Atuar na rede de educação criando uma política de combate sistemático ao racismo em suas diversas formas e a homofobia.

 - Unificação das polícias civil e militar em todo o interior do estado, acabando com a relação de dependência entre forças policiais e prefeituras. 

- Criação da Casa das Nações, espaço público para divulgação da história, costumes e tradições dos diferentes povos e nações do mundo, contendo permanentes programações culturais e formativas.

Historiador e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado e doutorado em sociologia, Mauro Iasi é o candidato do Partido Comunista Brasileiro (PCB) à Presidência da República. Entre suas propostas, destacam-se a adoção de um planejamento econômico com controle estatal sobre setores estratégicos, como energia, saúde, educação e transportes, a desoneração da renda do trabalhador e o aumento da tributação de grandes fortunas e patrimônios.

Confira, abaixo, algumas das propostas do candidato:

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Agência Brasil: As estimativas de inflação oficial pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para o ano que vem estão em torno de 6,2%, próximo do teto da meta. Como o senhor pretende atuar para conter o aumento de preços?

Mauro Iasi: No Brasil, as políticas anti-inflacionárias estão hoje vinculadas ao chamado equilíbrio macroeconômico, e essa ficção, que é a chamada inflação em torno da meta, é que o Banco Central administra. Nossa proposta é retomar a ideia do planejamento econômico. O que temos hoje é uma economia de mercado que funciona sem freios, e o governo tentando, a posteriori, administrar os preços. Revertendo as privatizações, equacionando o problema da dívida pública e com uma política de investimentos para pensar a economia, com setores estratégicos controlados pelo Estado e pelos trabalhadores, teremos como resultado o equilíbrio de preços. E não o inverso: uma economia sem freios ou controle, tentando controlar os preços depois, o que resulta na situação atual, em que o única meio de controlar preços é produzir políticas recessivas. É preciso inverter essa lógica pela ideia de planejamento.

ABr: Apesar de todo o seu potencial energético, o Brasil continua com tarifas altas. O que fazer para evitar mais aumentos?

Iasi: A questão hídrica tem várias dimensões. Não vemos essa situação simplesmente como a crise do regime de chuvas: é uma crise do modelo de gestão desses recursos, que são totalmente capturados pelas necessidades das grandes empresas, seja para resfriamento de turbinas, seja pelo próprio uso da água sem nenhum tipo de controle ou intervenção dos comitês de bacias. No longo prazo, isso levou à situação atual. Criticamos esse modelo de gerenciamento – os comitês reguladores hoje são expressão dos interesses das empresas que privatizaram o setor. Nossa proposta é reverter o as privatizações no sistema elétrico. O que tem mantido as taxas altas é a pressão pela lucratividade no setor, e não o volume de recursos necessários para uma infraestrutura, para pensar em energia para o país.

ABr: Quais são seus planos para resolver gargalos de infraestrutura que persistem no país?

Iasi: O governo passado lançou mão do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que vinculava a política de investimentos às demandas mais imediatas, como vimos nos setores elétrico, de estradas, de armazenamento da safra e na estrutura de portos e aeroportos, em que se apostou na privatização. Como se os investimentos necessários à reativação de tais áreas estivessem necessariamente na iniciativa privada. É um quadro paradoxal, porque os concessionários privados presentes na infraestrutura atuam fundamentalmente com verbas públicas, que vêm do financiamento barato do governo, do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e, às vezes, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e de outras fontes públicas. [E eles acabam] investindo pouco recurso de fundos próprios. Com esses recursos do Estado, seria possível executar um plano de revigoramento da infraestrutura brasileira sem necessidade de privatização do setor. Também nessa área é urgente retomar o princípio do planejamento. Obras essenciais para a mobilidade pública são preteridas por outras que dão mais ganhos às empreiteiras.

ABr: Qual é a sua posição sobre a atual minirreforma política? Como o chefe do Executivo pode contribuir para que essa discussão efetivamente avance, respeitando a prerrogativa de independência entre os Poderes?

Iasi: O que se expressou na minirreforma política é uma reforma cosmética. Pegando por pontos: não é alterando a forma do voto nominal ou do voto em lista, do voto proporcional ou do voto distrital, que vamos mudar a natureza dos problemas que foram denunciados e se manifestaram nos protestos do ano passado. São medidas absolutamente superficiais. Não é à toa que questões como o financiamento de campanha e o voto facultativo ficaram fora dessa discussão e vão acabar tendo uma solução – se por acaso encontrarem uma – ainda que extremamente distorcida. Uma assembleia constituinte exclusiva, eleita por critérios diferentes daqueles que hoje elegem o Congresso, poderia criar, em consonância com a vontade popular, um desenho diferente de estruturação política do país.

ABr: No Congresso, tramita uma proposta de reforma tributária que pouco tem avançado. Quais os planos do seu governo para equacionar essa questão e minimizar o desgaste político que isso pode gerar?

Iasi: Ainda que seja grande, a carga tributária no Brasil não é uma das maiores do mundo. Pelo contrário, no ranking, é um país com pouca carga tributária. O problema não é o peso da carga tributária, mas onde ela incide. A maior parte dos tributos incide sobre o consumo. As grandes fortunas e o patrimônio são pouquíssimo taxados. Tratar o salário como renda, recolhendo  previamente um tributo para ser devolvido no fim do ano, penaliza justamente aqueles que não podem reagir, o que resulta em uma série de mecanismos que podem levar à sonegação. É possível fazer uma reforma respeitando os princípios constitucionais vigentes, na medida em que você não se preocupe em ferir interesses privados. Se você não faz nada no Brasil para não ferir os interesses de quem financia sua campanha, a reforma tributária continuará no papel.

ABr: O Plano Nacional de Educação (PNE) é considerado uma grande conquista para o setor. Como o senhor pretende, em quatro anos, avançar nas pautas indicadas na lei? Como pretende resolver a questão do financiamento?

Iasi: O Plano Nacional de Educação é um profundo retrocesso na educação pública, em vários aspectos, mas vamos apenas citar dois. Ele consagra o princípio pelo qual o Poder Público desvia recursos para o setor privado. Hoje temos um paradoxo em que o setor privado só existe no ensino superior, devido ao enorme subsídio do Poder Público por meio do ProUni [Programa Universidade para Todos], do Fies [Fundo de Financiamento Estudantil) e de outros instrumentos. Os princípios debatidos por aqueles que pensam a educação no Brasil incluem uma estrutura pública capaz de garantir qualidade e universalidade a essa educação. No PNE, desaparece a relação ensino-aprendizado. É um plano de adestramento, de desenvolvimento de aptidões e técnicas, voltado muito mais para os anseios e necessidades da camada empresarial, e não da formação crítica e reflexiva, de uma educação integral, politécnica. Uma integração que desenvolva o ser humano em todas as dimensões. Somos contra o PNE.

ABr: A Constituição Federal de 1988 estabeleceu prazo de cinco anos para que todas as terras indígenas fossem identificadas e demarcadas. Passados 21 anos do fim desse prazo, pouco mais de 44% foram homologados. Como o senhor pretende resolver a questão da demarcação de terras indígenas?

Iasi: O atraso não foi por motivos técnicos, nem jurídicos. O que atrasou a demarcação foi o conflito com interesses econômicos de madeireiros, produtores de arroz, mineradores ou do próprio governo, quando pensamos, por exemplo, na construção de usinas hidrelétricas e na aprovação do uso daquele espaço para outros fins que não a demarcação. Essa lógica acabou criando um conflito que alcançou dimensões dramáticas, não apenas nos assassinatos de líderes indígenas, mas também na violência com que os grandes produtores rurais e madeireiros vêm se contrapondo à demarcação das terras. As questões indígena e fundiária não se resolvem de maneira isolada uma da outra. É preciso pensar a questão indígena no conjunto de uma profunda reforma agrária, de uma mudança da política fundiária e no princípio de respeito à autonomia dos povos. É preciso respeitar seus valores, sua história, suas terras ancestrais. A mudança de paradigma exige mudanças mais profundas que a mera demarcação. Ela remete diretamente à política fundiária e à reforma agrária, porque, senão demarcam-se terras e, no dia seguinte, haverá conflitos com os mesmos interesses que hoje tensionam e impedem a demarcação.

ABr: É possível tornar o passe livre uma realidade? Como? Como o governo federal pode atuar para garantir melhorias na mobilidade urbana nos grandes centros?

Iasi: Do ponto de vista da gestão e dos recursos, é perfeitamente possível. Estudos mostram que os mesmos recursos aplicados pelo Poder Público passa subsidiar o setor poderiam garantir de imediato um sistema de transportes mais adequado às necessidades da população. É um tabu na gestão pública: o transporte custa dinheiro e o governo tem que desembolsar. Não é custo, é um gasto necessário a ser computado entre os gastos do Poder Público. Existem linhas que não dão lucro, mas são essenciais para a mobilidade urbana, serviços em que é necessária a renovação para manter a qualidade e que envolvem investimentos que não existe sem financiamento público.

ABr: Como garantir a manutenção de um sistema de saúde público, universal e gratuito e enfrentar os gargalos? Como suprir a falta de médicos nas regiões mais isoladas?

Iasi: Aí, o planejamento também faz muita falta, porque houve um processo intenso de privatização no setor de saúde. Isso, na suposição inicial, levaria o Estado a concentrar recursos onde eles são mais necessários, tornando a saúde pública [um serviço] de qualidade. As duas coisas estão falhando. Nem o setor privado oferece um bom serviço. Isso gerou um caos na saúdeHoje a medicina é totalmente voltada para métodos curativos: espera-se o problema ocorrer para tratá-lo nas redes conveniadas privatizadas ou públicas. É preciso mudar essa concepção e ter uma política de saúde preventiva, pensar a saúde a partir de vetores como saneamento básico e educação, que é a raiz da proposta do movimento sanitário. O SUS foi praticamente transformado no único elemento da reforma da política sanitária e hoje está descaracterizado por uma privatização, terceirização ou quarteirização. Isso acaba quebrando qualquer possibilidade de uma política consistente de saúde. Mesmo que o volume de recursos ainda seja menor do que o necessário, já seria suficiente. Uma vez aplicado no setor público, com uma estrutura em que as pessoas sejam atendidas gratuitamente onde e quando precisam, teríamos um serviço de saúde público, universal e estatal. E se eliminaria a dependência do setor privado de subvenções para acabar prestando um péssimo serviço.

Com informações da Agência Brasil.

O candidato ao governo de Pernambuco pelo PCB, Miguel Anacleto, foi quarto sabatinado pela equipe do Portal LeiaJá, na ocasião, ele apresentou seus projetos políticos e principais pilares do seu programa de governo. 

De acordo com o candidato, seu governo seguirá cinco eixos: 1° poder popular, 2° práticas sustentáveis, 3° meio ambiente, 4° universalização dos direitos, 5°solidariedade internacional. A gestão compartilhada entre o governo e o povo é amplamente defendida pelo postulante do PCB. "Devemos instituir mecanismo que possibilitem que a população tenha efetivamente a oportunidade de interferir e de decidir sobre os destinos do país, dos estados, das suas cidades, das suas comunidades. Só assim a gente acredita efetivamente numa mudança estrutural do Brasil", pontuou.

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Sobre as bandeiras defendidas, Anacleto pretende instituir um governo popular e democrático, que irá contribuir para a resolução dos problemas existentes na saúde, educação e segurança. 

Para enfrentar os problemas da saúde pública, uma das principais preocupações dos pernambucanos, o candidato do PCB pretende investir na capacitação dos profissionais da área, para proporcionar  atendimento de qualidade aos cidadãos. 

Esta será a primeira eleição disputada por Miguel Anacleto. O candidato que não é conhecido do povo e ainda dispõe de um curto tempo de guia e pouco recurso financeiro, espera poder contar com a ajuda dos militantes e simpatizantes das suas ideias políticas para dar prosseguimento à campanha.

Os detalhes a entrevista na íntegra:

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O postulante à presidência da República, Mauro Iase (PCB), falou sobre a experiência política de Marina Silva, que irá substituir Eduardo Campos na disputa presidencial.  Em entrevista concedida ao portal LeiaJá, Iase criticou o currículo da ex-ministra e afirmou que ‘ela foi muito ruim ao que se propôs administras’. Ele fez referência ao ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva durante a gestão do ex-presidente Lula. “Marina tem um péssimo currículo e não tem experiência administrativa. Quando assumiu a gestão da pasta do Meio Ambiente, ela foi muito ruim ao que se propôs administrar. No entanto, na visão do PCB, esses são pequenos detalhes da acomodação de forças do bloco burguês”, pontuou.

Mauro Iase ainda ressaltou que os principais candidatos estão no mesmo ‘bolo’, com propostas e ideologias políticas semelhantes. “Às vezes, alternativas novas são aquelas que a gente não vê naquele momento. Tá na hora do Brasil assumir uma atitude corajosa, diante dos seus problemas. E isso não pode ser marketing. A única maneira de mudar essa relação de força é através do poder popular. Essa massa organizada do lado de cá, contrapondo a esse poder econômico, político e ecológico do lado de lá”, concluiu o candidato.

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O candidato à presidência da República pelo PCB, Mauro Iasi, concedeu entrevista ao Portal LeiaJá, na tarde desta segunda-feira (18). Na ocasião, ele avaliou o cenário político após a morte do presidenciável, Eduardo Campos. Segundo a pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, na qual Marina aparece na segunda colocação na disputa presidencial, com 21% das intenções de votos, atrás de Dilma (36%) e à frente de Aécio (20%).

Na opinião de Mauro Iasi, a pesquisa reflete o momento de comoção que vive os brasileiros, com a trágica morte de Eduardo Campos. De acordo com Iase, houve uma superexposição política em torno do acontecimento. “Fizeram da morte de Eduardo um marketing de campanha. Estão utilizando o trágico como trampolim. Isso acaba revelando o arranjo de forças dentro do bloco conservador. Existem grupos que querem uma alternativa a Dilma e apostava em Aécio, que está com dificuldades de decolar. E agora, diante dessa comoção, há a possibilidade de Marina capturar isso”, analisou.                         

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O presidenciável também acredita que setores da mídia possam alavancar a campanha de Marina Silva. Segundo o candidato, se o empresariado julgar que Marina tem mais chances de vencer o pleito deste ano, pode desembarcar do apoio a Aécio. “Se a grande mídia decidir se desfazer da campanha de Aécio, Marina Silva conquistará uma boa chance. Agora lembrando que o empresariado visa lucro. E na política existe a troca de favores. A gente costuma dizer que a política brasileira reinventa o que há de mais atrasado na política, com forma moderna. Ao invés de ser o assistencialismo direto a troca de favores é o cartão magnético”, pontuou Iase.

O candidato Mauro Iase está cumprindo agenda no Nordeste. A previsão é que os próximos estados da região a receber a visita e conhecer as propostas de campanha do presidenciável sejam Alagoas, Sergipe e Piauí. Antes de Pernambuco, o presidenciável passou pelos estados de Alagoas e Paraíba. 

 

O candidato à Presidência da República pelo PCB, Mauro Iasi, defendeu a melhoria dos salários dos professores e das condições da educação pública. Ele esteve em campanha nessa quinta-feira (7), em Campo Grande (MS).

"Sempre militei ao lado dos professores por melhores salários e condições de trabalho. Hoje, entre os funcionários do governo de que se exige nível superior, eles têm os piores ganhos. Isso tem que mudar", frisou o presidenciável durante debate com professores, funcionários e estudantes da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

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Mauro Iasi é professor da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele é formado em história e doutor em sociologia. Nesta sexta-feira (8), o presidenciável participa de bate-papo com militantes, professores e estudantes da Universidade Federal de Mato Grasso (UFMT).

Com informações da Agência Brasil.

O Portal LeiaJá dá continuidade a publicação dos perfis dos candidatos à Presidência da República. Nesta quarta-feira (6), o eleitor poderá conhecer um pouco mais Mauro Iasi, do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

Nascido em São Paulo, em 1960, Iasi participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) na década de 1980. Ele deixou o partido em 2004, período em que alguns parlamentares foram expulsos da legenda por choque de propostas.

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Esta será a primeira vez que ele concorre ao comando do Palácio do Planalto. A professora universitária Sofia Manzano completa a chapa, concorrendo à Vice-Presidência. O partido diz que a candidatura visa "abrir caminho para um futuro candidato de convergência de forças anti-reformistas, anti-capitalistas e anti-imperialistas que ponha o socialismo na ordem do dia".

A previsão orçamentária para a campanha é de R$ 300 mil.

No programa de governo entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato defende uma revolução na organização política e social, com a implantação de um governo socialista, com ações anticapitalistas e maior participação popular na gestão. Outra proposta é a reversão das privatizações e estatização de setores estratégicos como energia, comunicação, mineração, recursos naturais, transporte e logística de distribuição e produção.

Na segurança pública, Iasi propõe ainda o fim da Polícia Militar e a reformulação do sistema penal. O candidato é contra a diminuição da maioridade penal e é a favor da a descriminalização dos usuários de drogas hoje consideradas ilícitas.

Os candidatos a governador de Pernambuco José Pantaleão (PCO) e Miguel Anacleto (PCB) participam, nesta terça-feira (5), do "Pernambuco Debate". O encontro é organizado pelo Clube de Engenharia de Pernambuco e pela Associação das Empresas de Planejamento e Consultoria Empresarial do Nordeste (ASSEMP) e já ouviu os candidatos a governador Paulo Câmara (PSB) e José Gomes (PSOL).  

Os debates vêm acontecendo desde o último dia 22 e está ouvindo todos os postulantes aos cargos majoritários em Pernambuco. Na última terça-feira (29), foi a vez dos candidatos ao Senado Albanise Pires (PSOL), Fernando Bezerra Coelho (PSB) e João Paulo (PT).  

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Um quarto encontro já está agendado. No próximo dia 19, os postulantes ao Palácio do Campo das Princesas, Jair Pedro (PSTU) e Armando Monteiro (PTB) serão ouvidos pelo grupo. As reuniões estão sendo mediadas por jornalistas do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco (Sinjope) e acontecem sempre às 8h, no auditório do Hotel Mercure, na Ilha do Leite, no Recife. 

O candidato a governador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), é o mais preparado para gerir o estado. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgados neste sábado (2), 39% dos entrevistados acreditam que o senador licenciado tem mais preparação para comandar o Palácio do Campo das Princesas. 

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O postulante da Frente Popular para o cargo, Paulo Câmara (PSB), é considerado preparado por 10% dos eleitores. José Gomes (PSOL) e Jair Pedro (PSTU) tem mais preparação para 1% dos entrevistados. 

O IPMN também aferiu percentual de confiança da população nos candidatos ao governo estadual. O senador licenciado é o mais confiável, segundo os eleitores, 35% o indicaram. Em seguida, o ex-secretário da Fazenda recebeu a confiança de 10% dos pernambucanos. Gomes e Pedro configuram 1% cada. 

No quesito admiração, os que não escolheram candidato algum configuram 37%, maior do que o do mais admirado, Armando Monteiro com 34%. Neófito na política, Câmara tem a admiração de 9% dos entrevistados. Zé Gomes e Jair Pedro aparecem com 1% cada. 

Medo


A pesquisa também aferiu o nível de medo dos pernambucanos com relação a alguns candidatos. A maioria dos entrevistados, 51%, apontaram não ter medo que nenhum dos candidatos. Dos que disseram temer a alguma administração, 10% indicaram Paulo Câmara e 6% Armando Monteiro. Pantaleão é temido por 4% dos entrevistados, 3% tem medo da administração de Jair Pedro e 2% Zé Gomes. Miguel Anacleto (PCB) e Zé Miguel (PSOL) são apontados por 1%, cada. 

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