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 Por sua atuação no processo de aborto de uma menina de 10 anos, grávida após ser estuprada pelo tio, o médico Olímpio de Moraes Filho e toda a equipe do Centro Integrado Amaury de Medeiros (Cisam), receberão um voto de aplauso da Câmara Municipal do Recife. A homenagem foi sugerida pelo vereador Jayme Asfora (Cidadania) e votada nesta segunda-feira (24), tendo recebido apenas um voto contrário. Outro requerimento com a mesma solicitação foi apresentado por Ivan Moraes (Psol).

No texto da matéria, Asfora lembra que, no dia 16 de agosto, Olímpio de Moraes e a equipe do Cisam foram alvo de protestos contrários ao aborto, que foi autorizado pela Justiça, de acordo com a legislação vigente desde 1940. “No entanto, mantendo sua postura sensível, altiva e corajosa - que já são marcas do seu trabalho, Dr. Olímpio não se acovardou, mesmo diante das violentas ameaças feitas a toda equipe de saúde e realizadas na frente do hospital. Assim, ele realizou o procedimento LEGAL e humanitário”, diz o requerimento.

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Asfora frisa que, segundo o DataSus, em 2018, 21 mil meninas entre 10 e 14 anos engravidaram no Brasil, o que denota a necessidade de investimento em educação sexual. “E pior ainda é saber que, a cada quatro horas, uma garota menor de 13 anos é estuprada no País. Daí, a importância de trabalhos como o que vem sendo coordenado pelo diretor e por toda equipe de profissionais de saúde do Cisam”, comenta o vereador.

O texto ressalta aindacurrículo acadêmico do médico e a atuação do Cisam, que em 1993 e 1997, recebeu o certificado de melhor serviço público estadual na assistência à saúde da mulher. Em 1995, a unidade de saúde foi reconhecida pela UNICEF, com o título de “Hospital Amigo da Criança”. Em 1996, tornou-se referência na assistência à mulher e adolescente em situação de violência sexual e doméstica incluindo o aborto legal. “Tem sido, reiteradamente, convidado para dar palestras e cursos sobre temas relacionados à saúde da mulher, inclusive no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre seus pares, é uma referência e responsável, assim como o hospital-escola que dirige, pela formação de centenas de médicos que fazem de Pernambuco um dos mais significativos pólos médicos do Brasil”, argumenta o requerimento.

 Mais um antigo aliado do presidente Jair Bolsonaro resolve bater em retirada da base do governo. Nesta quarta (26), em entrevista à Folha de São Paulo, o senador Major Olímpio (PSL-SP) disse que o chefe do executivo queria que ele “assinasse a CPI da Lava Toga do STF para proteger o filho bandido”. O parlamentar disse que rompeu com o presidente, a quem chamou de “traidor”, por ceder cargos ao “centrão”- bloco de partidos que antes chamava de “velha política”- em troca da não abertura de seu processo de impeachment.

Olímpio afirmou ainda que não disputará mais eleições. “Essa negociação com centrão por cargo. Essa safadeza que nós estamos tanto lutando contra. […] Eu estou tão enojado com a política, do que eu vi, do que eu senti, do que não estou concordando, que eu não quero mais disputar eleição para nada. Vejo lamentavelmente alguns policiais dizendo: o major é traíra. Não, o major não é traíra com nada. Quem está traindo, tropeçando nas palavras, é o próprio Bolsonaro”, comentou.

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O parlamentar se defendeu das críticas de policiais que consideram que ele está “traindo” suas convicções alardeadas no período eleitoral. “Não me desviei absolutamente nada dos meus princípios, das minhas convicções ou de tudo o que junto com Jair Bolsonaro nos propusemos na campanha. Quem está se desviando dos princípios é o Jair Bolsonaro”, completou.

O vazamento de conversas de um grupo de WhatsApp com congressistas eleitos do PSL continua dando o que falar. A deputada federal eleita Joice Hasselmann (PSL) desta vez rebateu a declaração do senador eleito Major Olímpio (PSL). Ele falou que “não há racha” porque todos são contra a parlamentar em relação a uma discussão dela que, de acordo com matéria da Folha de S.Paulo, aconteceu com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) por meio do aplicativo. 

Por meio do Twitter, sem deixar por menos, Hasselmann detonou o Major afirmando que ele comanda a legenda aos gritos. “Ele comanda o partido com truculência, aos gritos e com ameadas aos desafetos. Expulsou pessoas, tentou me expulsar, colocou os 'seus' nos diretórios e excluiu gente que deu a vida na campanha”, denunciou. 

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A deputada eleita também contou que tentou acabar com as discussões com o deputado, mas que não obteve sucesso. Ainda ressaltou que vai deixar de responder as provocações. “Quando terminou a eleição eu liguei para ele e sugeri que deixássemos as diferenças para trás. Tentei todo esse tempo, mesmo tomando caneladas. Agora tentarei de novo, veremos”. 

“Lamento que essas discussões internas tenham vazado para a imprensa. Isso é um desserviço. Quanto as reações duras que tive - E SEMPRE REAÇÕES - peço minhas sinceras desculpas a vocês que acompanham tudo isso e que não tem nada a ver com as questões partidárias. Em frente”, finalizou. 

Eduardo Bolsonaro teria chegado a dizer, após o bate-boca, que Joice chegaria “com fama ainda maior de louca no Congresso”. Ela teria revidado afirmando que o filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) agia “como um bebê no jardim de infância”. 

O deputado e senador eleito por São Paulo Major Olímpio (PSL) rejeitou a intenção cogitada por pessoas próximas ao presidente eleito Jair Bolsonaro de votar a Proposta de Emenda Constitucional 287 da reforma da Previdência enviada pelo presidente Michel Temer ao Congresso Nacional. Em entrevista nesta terça-feira, 30, na Câmara, Olímpio afirmou que o projeto do Palácio do Planalto tem vários pontos que já foram questionados pelo Legislativo. Diante disso, avaliou que, se houver novo esforço para aprovar o texto, haverá uma derrota do governo.

"A reforma é necessária, mas os parâmetros da proposta da PEC 287 estão equivocados. Na prática, se a 287 for colocada (em discussão), não passa. Eu mesmo voto contra", disse o senador eleito e aliado de Bolsonaro. "Pelo pouco que conheço da Câmara, se essa proposta for apresentada, ela não passará, pois suprime alguns direitos e não inclui categorias, como agentes e guardas municipais", disse. "Uma coisa é a necessidade da reforma, outra é a questão política."

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Major Olímpio lembrou ainda que é preciso também entender a situação do Congresso já que "metade" dos parlamentares não foi reconduzida. O senador eleito avaliou ainda que há muita dificuldade em se votar propostas da área economia neste ano devido ao pouco tempo para a tramitação. Mesmo assim, o parlamentar disse que bancada vai aguardar as diretrizes do presidente Bolsonaro e do "professor Paulo Guedes", que irá conduzir o processo.

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