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Toda mulher deve ir ao ginecologista para consultas e exames periódicos, de rotina. Essa é uma das recomendações mais importantes para a prevenção do câncer. E quando se trata de um tipo de câncer que não tem exames específicos de rastreamento, a avaliação médica regular é ainda mais importante. É o caso do câncer de ovário, que não tem uma incidência tão alta quanto o de mama e o de colo de útero, por exemplo, mas entre os chamados cânceres ginecológicos é o mais letal.

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O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 7.310 casos novos e quase 4 mil óbitos por ano, no triênio 2023/2024/2025. O câncer de ovário é o oitavo câncer mais comum no Brasil, mas na região Norte é a sétimo tipo mais incidente, sem considerar o câncer de pele.

O câncer de ovário é um tumor ginecológico de difícil diagnóstico. Cerca de 75% dos casos só são descobertos quando a doença já está avançada e apresenta as menores taxas de cura.

Por esse motivo, o dia 8 de maio foi escolhido para alertar a população sobre a importância da conscientização sobre a doença e os cuidados necessários para que o câncer de ovário seja diagnosticado o mais precocemente possível.

Criada em 2013, a data é difundida por uma ONG sem fins lucrativos chamada Coalizão Mundial de Câncer de Ovário, que tem a parceria de mais de 130 organizações ligadas a essa doença. Em 2023, mais de 400 mil pessoas, em quase 50 países, devem receber informações que podem salvar a vida de milhares de mulheres.

“O câncer de mama tem a mamografia e o de colo de útero, o Papanicolau como exames de rastreamento muito eficientes, mas o câncer de ovário não tem. Isso é um problema. Não existe um exame específico indicado para a mulher fazer, periodicamente, mesmo sem sintomas. Isso dificulta o diagnóstico precoce. Exame de rastreamento é aquele que, comprovadamente, por meio de pesquisas, é capaz de diminuir mortalidade. É capaz de detectar precocemente a doença”, explica a médica oncologista Paula Sampaio, do Hospital Barros Barreto e do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

A médica Paula Sampaio orienta sobre medidas de prevenção que ajudam a diminuir as chances de a pessoa ter o câncer de ovário, que são as chamadas medidas de prevenção primária. “Um maior número de ciclos ovulatórios aumenta o risco de câncer de ovário e, inversamente, um número menor de ciclos - por exemplo, durante a gravidez e a amamentação - reduz o risco. A pílula anticoncepcional pode reduzir quase pela metade o risco de câncer de ovário, se tomada por cinco anos ou mais”, orienta a médica.

O câncer de ovário pode provocar vários sinais e sintomas que são confundidos com outras condições clínicas, mas que tendem a ser persistentes. Se uma mulher apresentar esses sintomas quase que diariamente, por semanas, deve procurar atendimento médico.

• Inchaço abdominal com perda de peso.

• Dor pélvica ou abdominal.

• Dificuldade na alimentação ou sensação de plenitude.

• Necessidade urgente e frequente de urinar.

• Alterações menstruais.

Outros sintomas possíveis do câncer de ovário:

• Fadiga.

• Dor abdominal.

• Dor nas costas.

• Dor durante a relação sexual.

• Constipação.

A cabelereira Ana Lúcia Magalhães, de 45 anos, lembra que teve muitos sinais e sintomas e percebeu que algo estava errado. Inchaço no abdômen e pelve, perda de apetite, cansaço constante. Mas a rotina atribulada fez com que ela não desse a importância devida à saúde. Foram meses acreditando que o mal-estar era relacionado ao excesso de trabalho, até que o agravamento dos sintomas a fez buscar atendimento médico.

Em setembro de 2015, Ana Lúcia passou uma semana internada. Os exames confirmaram a existência de tumores no ovário direito e no estômago e havia indicação cirúrgica. Foi necessário fazer uma histerectomia total, com retirada de útero, ovários e trompas, seguida de quimioterapia.

Mesmo assim, a doença voltou nove meses depois. Na recidiva, foram afetados o fígado e o peritônio. “A metástase me fez descobrir que tenho uma mutação genética com mais de 95% de chances de ter esse tipo de câncer. Faço quimioterapia via oral sem prazo para concluir o tratamento. Minha vida agora é manter o controle do câncer”, conta Ana Lúcia. “A gente nunca imagina ter uma doença como essa, e sabe pouco a respeito. Mas não adianta ter arrependimento, precisamos aproveitar a lição e fazer diferente, cuidar da saúde e não se deixar entregar, porque o câncer se alimenta disso também”, acredita Ana.

Por Dina Santos, da assessoria do CTO.

Sabrina Petraglia decidiu usar as suas redes sociais para falar sobre um assunto sério com os seus seguidores! Através de um vídeo no Feed do Instagram, a atriz contou que descobriu um tumor no ovário e passou por uma cirurgia.

"Compartilho, hoje, com vocês que realizei uma cirurgia. Fiquei na dúvida de me expor aqui [...] No meu caso, a cirurgia corrigiu consequências da gravidez como a diástase (de 5cm!) e a cicatriz da cesária, mas também retirou um tumor no ovário, a princípio benigno e arrumou uma torção na trompa. Coloquei ainda o DIU de Mirena para tratar pequenos focos de endometriose e para não ter mais filhos!!! Rs Consegui preservar todos meus órgãos e devo me sentir bem melhor com a diástase fechada. Tinha uma sensação ruim constante, perdi meu centro de força abdominal e sentia meus órgãos todos soltos depois de 3 gestações seguidas."

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Sabrina então explicou como descobriu o tumor:

"É importante lembrar que o câncer de ovário é um câncer silencioso, algumas vezes a gente não tem sintoma algum e por isso merece atenção. Façam exames regulares, preventivos e compartilhem sempre que puderem suas dores, incômodos com médicos, amigos e familiares, tudo importa. Descobri o meu tumor recentemente depois de fazer os exames de rotina pós-parto!"

A atriz também falou um pouco sobre a diástase:

"Sobre a correção de diástase, ela não é somente estética como eu mesma pensava. O desconforto que o alargamento entre os músculos causa é grande. Em alguns casos, é possível corrigir com exercícios, mas em outros, é necessária a cirurgia. Todo plano de saúde cobre, porque é uma ação corretiva e pela rede pública você também pode conseguir sem custo algum. Mulheres que estão passando por esse desconforto procurem seus direitos! É importante ir atrás do seu bem-estar!!! Não deixe pra lá."

E, encerrou:

"Por fim, quero dizer que estou feliz, pois a cirurgia foi um sucesso e eu estou sendo muito bem cuidada, estou me recuperando aos pouquinhos! Mas… confesso que tenho pressa pra conseguir pegar logo meus bebês no colo! Ainda não consigo e isso é o que mais me dói."

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Discreto, silencioso, de difícil detecção precoce e com sintomas que podem ser confundidos com os de outras doenças. Assim é o câncer de ovário, a segunda neoplasia que mais acomete o sistema reprodutor feminino, atrás apenas do câncer de colo do útero.

O câncer, ou neoplasia, é caracterizado pelo crescimento desordenado de células que invadem tecidos ou órgãos próximos ou mesmo distantes, formando tumores. No caso do ovário, 95% dos casos têm origem nas células epiteliais, que são as que revestem o órgão. Os outros 5% podem ocorrer nas células germinativas, aquelas que formam os óvulos, ou nas células estromais, as que produzem os hormônios femininos.

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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que em 2020 foram registrados 6.650 novos casos de câncer de ovário no país, o que representa 3% das neoplasias detectadas em mulheres. Os dados de 2019 indicam 4.123 mortes decorrentes da doença naquele ano.

Os fatores de risco para o câncer de ovário incluem o avanço da idade, a infertilidade, a primeira menstruação precoce, antes dos 12 anos, e a menopausa tardia, após os 52 anos. Também devem ser considerados o histórico familiar de neoplasias de ovário, colorretal e de mama, excesso de peso corporal e os fatores genéticos de mutações em genes como BRCA1 e BRCA2.

Por outro lado, o risco de câncer de ovário é reduzido nas mulheres que tomam contraceptivos orais e nas que tiveram vários filhos. Não há prevenção para a doença, mas é recomendado às mulheres que tenham fatores de risco manter o peso corporal saudável e consultar o médico com regularidade, sendo ainda mais importante a partir dos 50 anos.

O exame preventivo ginecológico, chamado de papanicolaou, não detecta o câncer de ovário, pois ele é específico para o câncer do colo do útero. A detecção precoce do câncer de ovário é feita por meio de investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, que devem ser feitos nas mulheres com sinais e sintomas sugestivos ou nas que integram os grupos com maior chance de desenvolver a doença.

Geralmente não ocorre o diagnóstico precoce do câncer de ovário, já que ele não apresenta sintomas iniciais específicos. Quando o tumor cresce, ele pode causar pressão e provocar dor ou inchaço abdominal, na pelve, nas costas ou nas pernas. Nas fases mais avançadas da doença, também pode causar náusea, indigestão, perda de apetite e de peso, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante.

O tratamento é feito com cirurgia ou quimioterapia, de acordo com o tipo histológico do tumor, ou seja, qual tipo de célula foi afetada. Também influenciam no tratamento adotado a extensão da doença, a idade e as condições clínicas da paciente, bem como se o tumor é inicial ou recorrente.

Após lutar contra um câncer por cerca de dois anos, morreu nessa segunda-feira (13) Stephany Rosa da Silva, que viralizou na internet em 2012 e inspirou um meme que circula até hoje. Na ocasião, ela ficou conhecida como a "bêbada de Curitiba" ao dar uma entrevista enquanto estava detida por dirigir sob efeito aparente de bebida alcoólica.

Stephany, de 30 anos, era consultora de vendas da Mary Kay e descobriu o câncer no ovário em 2018. Desde lá, a jovem passou por três cirurgias e quatro protocolos de quimioterapia. “É um câncer de ovário com características de câncer de intestino, mas só pela posição em que o tumor estava", explicou em um vídeo publicado no Youtube.

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Com fortes dores e sem tratamento adequado, ela ainda promoveu uma vaquinha virtual para buscar uma cura alternativa. A meta era arrecadar R$ 20 mil para arcar com medicação, cuidadora, terapia, alimentação saudável, terapias alternativas, fisioterapia, adaptações para home care e custos adicionais.

Com a repercussão da campanha, mais de 2.480 pessoas enviaram doações e conseguiram ultrapassar a meta, com mais de R$ 121.908. Contudo, Stephany não resistiu à doença e não pôde usufruir da arrecadação. O sepultamento está previsto às 11h desta terça-feira (14), no cemitério Santa Cândida, em Curitiba.

O Dia Mundial do Câncer de Ovário é 8 de maio. Criada em 2013, a data é difundida por uma ONG sem fins lucrativos chamada Coalizão Mundial de Câncer de Ovário, que tem a parceria de mais de 130 organizações ligadas a essa doença. Em 2017, mais de 400 mil pessoas, em quase 50 países, receberam informações que podem salvar a vida de milhares de mulheres.

O câncer de ovário é o sétimo câncer mais comum e a oitava causa de morte por câncer em mulheres no mundo. Anualmente, 230 mil novos casos são diagnosticados. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima a ocorrência de 6.150 casos novos em 2018. Dos 270 casos esperados para a região Norte, 110 serão no Pará – 60 em Belém.

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Embora o câncer de ovário não tenha uma incidência tão alta quanto o de mama e o de colo de útero, por exemplo, entre os chamados cânceres ginecológicos é o mais letal. São 150 mil mortes por ano. O fato de o câncer de ovário não estar entre os mais frequentes faz com que ele seja negligenciado e subfinanciado - no entanto, todas as mulheres correm o risco de desenvolver essa doença.

“O problema é que, ao contrário de outros tumores, que podem ser rastreados, o câncer de ovário é uma doença silenciosa. A mamografia anual é indicada para as mulheres, a partir dos 40 anos, para detectar precocemente o câncer de mama. O Papanicolau, que é um exame simples e barato, é indicado para todas as mulheres, também anualmente, a partir do início da atividade sexual. Para o câncer de ovário não há indicação de exames de rastreamento”, lamenta a médica oncologista Paula Sampaio.

Se uma mulher experimenta um ou mais dos seguintes sintomas freqüentemente, é importante que ela os discuta com seu médico: 

Aumento do tamanho abdominal / inchaço persistente (não inchaço que vem e vai)

Dificuldade em comer / sentir-se cheia rapidamente

Dor abdominal ou pélvica

Necessitando de urinar com mais urgência ou mais frequência

 Embora esses sintomas sejam frequentemente associados a condições mais comuns e menos graves, é melhor examiná-los. A falta de conhecimento sobre essa doença e seus sintomas faz com que cerca de 3/4 dos cânceres de ovário estejam em estágio avançado no momento do diagnóstico. Foi o caso da cabelereira Ana Lúcia Magalhães, de 44 anos. Ela não dava muita importância para os sintomas que tinha: inchaço do abdômen e pelve, perda de apetite, cansaço constante. Foram meses acreditando que o mal-estar era relacionado ao excesso de trabalho, até precisar de atendimento médico.

Em setembro de 2015, Ana Lúcia passou uma semana internada. Os exames confirmaram a existência de tumores no ovário direito e no estômago e havia indicação cirúrgica. Foi necessário fazer uma histerectomia total, com retirada de útero, ovários e trompas, seguida de quimioterapia.

Mesmo assim, a doença voltou nove meses depois. Na recidiva, foram afetados o fígado e o peritônio. “A metástase me fez descobrir que tenho uma mutação genética com mais de 95% de chances de ter esse tipo de câncer. Faço quimioterapia via oral sem prazo para concluir o tratamento. Minha vida agora é manter o controle do câncer”, conta Ana Lúcia. “A gente nunca imagina ter uma doença como essa, e sabe pouco a respeito. Mas não adianta ter arrependimento, precisamos aproveitar a lição e fazer diferente, cuidar da saúde e não se deixar entregar, porque o câncer se alimenta disso também”, conclui.

Prevenção primária - A médica Paula Sampaio orienta sobre prevenção. “Um maior número de ciclos ovulatórios aumenta o risco de câncer de ovário e, inversamente, um número menor de ciclos (por exemplo, durante a gravidez e a amamentação) reduz o risco. A pílula anticoncepcional pode reduzir quase pela metade o risco de câncer de ovário, se tomada por cinco anos ou mais.”

Prevenção secundária – “Quando o câncer de ovário é detectado em um estágio inicial - quando a doença permanece confinada no ovário - até 90% das mulheres são propensas a sobreviver por mais de cinco anos. Isso se compara a 17% sobrevivendo cinco ou mais anos quando o câncer se espalhou para outras partes do corpo. Uma mulher que tenha sintomas sugestivos de câncer de ovário deve ser encaminhada diretamente a um especialista para obter um diagnóstico preciso”, finaliza a médica.

Por Dina Santos, especialmente para o LeiaJá Pará.

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As mortes por câncer de ovário diminuíram em muitos países entre 2002 e 2012 e seguirão caindo pelo menos até 2020, principalmente graças à generalização do uso da pílula anticoncepcional, revela um estudo publicado nesta terça-feira.

Outra explicação plausível pode ser a menor utilização de tratamento hormonal em mulheres na menopausa há uma década, indica o estudo publicado pela revista Annals of Oncology.

Acredita-se que os contraceptivos orais têm um efeito protetor contra o câncer de ovário, enquanto o tratamento hormonal substitutivo aumentaria o risco.

Em seu estudo, os pesquisadores liderados por Carlo La Vecchia, da Universidade de Milão, mostraram que a redução da mortalidade por câncer de ovário foi mais acentuada nos Estados Unidos (-16%), na Austrália e na Nova Zelândia (-12%).

A mortalidade baixou 10% nos países da União Europeia (UE) entre 2002 e 2012, passando de 5,76 mortes por cada 100.000 mulheres a 5,19.

Mas a queda variou segundo os países, de 0,6% na Hungria a 28% na Estônia.

"As grandes variações da taxa de mortalidade na Europa diminuíram desde os anos 1990 (...) provavelmente devido a uma utilização mais uniforme dos anticoncepcionais orais, assim como por fatores reprodutivos, como a quantidade de filhos por mulher", destacou La Vecchia.

Ele reconhece, no entanto, que existem diferenças notáveis entre países como Grã-Bretanha, Suécia ou Dinamarca, por um lado, onde as mulheres começaram a tomar anticoncepcionais a partir dos anos 1960, e os países da Europa Oriental, que o fizeram mais tarde.

Outras regiões mostraram tendências menos consistentes. A quantidade de câncer de ovário diminuiu nos países do cone sul da América Latina.

Argentina, Chile e Uruguai mostraram uma queda entre 2002 e 2012, mas em Brasil, Colômbia, Cuba, México e Venezuela houve um aumento da mortalidade.

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