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Através do esquema que promete multiplicação de lucros através do apoio feminista, a 'Mandala da Prosperidade' ou 'Telar dos Sonhos', vem enganando mulheres em países como Estados Unidos, México Peru, e agora no Brasil. A intenção é promover uma alternativa econômica ao machismo estrutural, entretanto, segue a mesma lógica das pirâmides financeiras - que alicia novos membros para gerar faturamento.

A sororidade, o sagrado feminino e a ideologia espiritual são os pilares para convencer novas participantes, já que o esquema, teoricamente, emana uma energia alimentada pela união das mulheres em busca de sonhos e da liberdade patriarcal. De acordo com as palavras de ex-adeptas mexicanas a Vice, os encontros ocorrem com frequência e tem um ar de palestra motivacional, com festas para comemorar os ganhos atingidos. "Os aplausos não paravam, eram como festas de aniversário”, relatou.

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Para participar da Mandala da Prosperidade, a mulher precisa ser convidada por alguma participante do grupo e depois pagar cerca de 1.700 dólares. Dessa forma, a novata torna-se uma 'Mulher Fogo', enquanto a amiga que fez o convite passa a ser 'Mulher Ar', após cativar duas participantes. Passada essa etapa, é a vez da novata convidar mais duas mulheres e assim por diante.

Após o estágio 'Ar', a próxima etapa é 'Terra', culminando no centro da Mandala (ou topo da pirâmide) que é o nível 'Água'. A promessa é que na etapa final, a mulher receba a soma dos 1.700 dólares entregues por todas as mulheres que chegaram depois. Após receber a quantia, ela deve recomeçar como 'Mulher Fogo' em uma nova Mandala.

A cantora Ana Cañas surpreendeu os seguidores na noite da sexta-feira (17) ao compartilhar uma foto nua nas redes sociais. Sem mostrar o rosto, Cañas protestou contra o patriarcado e legendou: "F***** o patriarcado e o controle dos corpos. Nudez, aborto, roupas, tamanhos, padrões. A gente é quem decide. A gente é. Patriarcado caia e morra. Bem agora. Beijo", escreveu. Confira a postagem:

 

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Esta não é a primeira vez que a cantora exibe o corpo nas redes sociais. Em outra publicação, ela posou de frente ao espelho apenas de calcinha e cobrindo os seios para revelar um caso de assédio e problemas alimentares na adolescência. "Tenho celulite, estrias, varizes nas coxas e um peito maior que outro. Também tive bulimia dos 16 aos 19 anos. Uma sequela física e psicológica em decorrência do assédio que sofri nessa idade. Durante anos, rejeitei meu corpo. Achava defeito em tudo", desabafou na época.

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O deputado estadual Edilson Silva (Psol) também lamentou a morte da estudante de pedagogia Remís Carla. O namorado da jovem, o pedreiro Paulo César de Oliveira confessou que a asfixiou, após uma briga na casa dele. Edilson disse, por meio de sua página no Facebook, que conheceu Remís e que ela fazia parte de uma equipe de militantes que aprendeu a respeitar. 

O parlamentar ressaltou que a morte da estudante impõe mais empenho na luta contra o patriarcado. “O assassinato de Remís, mais um feminicídio para confirmar que o machismo mata e precisa ser enfrentado com toda força, nos impõe ainda mais empenho na luta contra o patriarcado e sua função estruturadora de relações de brutal opressão contra o gênero feminino. Revoltante”, lamentou o parlamentar.

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“Esse crime contra Remís nos traz a tona, da forma mais cruel, que tipo de sociedade gera esta violência e estes desfechos. André Balaio escreveu que o assassino em questão não é um monstro, mas um homem comum que levou seu machismo às últimas consequências. Concordo com ele. É por isso que devemos todos lutar contra a ideologia e a cultura do patriarcado, aparentemente tão natural, mas que é o pano de fundo desta violência machista, que chega a matar”, frisou. 

Edilson ainda falou que o empoderamento feminino é uma urgência. “O patriarcado trata as mulheres como objeto, como patrimônio e algo a ser subjugado. Aquela função doméstica que é "naturalmente" das mulheres, carrega uma visão de mundo que pode chegar aos extremos da violência física, obstétrica, e até ao feminicídio. Isso é grave. O empoderamento feminino é uma urgência. Respeitar seu local de fala ė um gesto revolucionário”, escreveu. 

O deputado contou que irá encaminhar, na próxima semana, uma solicitação à corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) para apurar a suposta negligência de agentes da Polícia Civil no caso, que foi denunciada por amigos e familiares. 

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