Tópicos | Polícia Civil de Minas Gerais

A Polícia Civil de Minas Gerais iniciou, nesta segunda-feira (11), as inscrições para cinco concursos públicos, que contam com o total de 519 vagas para cargos de nível superior. Os selecionados trabalharão em regime de 40 horas semanais e com salários que variam de R$ 4.631,23 a R$ 12.967,43.

O período de inscrições vai até o dia 9 de novembro, por meio do site da Fundação Mariana Rezende Costa (Fumarc), responsável pelos certames. As oportunidades estão distribuídas nos editais de acordo com o cargo, assim como a quantidade de vagas.

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São 397 vagas disponíveis para escrivão de polícia I, 62 para delegado substituto, 30 para investigador de polícia, 21 para perito criminal, e nove para médico legista. Cada normativa prevê reserva de vagas para pessoas com deficiência.

Os interessados devem efetuar o pagamento da taxa de inscrição, que varia de R$ 90 a R$ 210. O processo seletivo consiste em seis etapas, sendo elas prova objetiva, prova de digitação, exames biomédicos e biofísicos, avaliação psicológica, prova de títulos e investigação social.

Os concursos têm validade de dois anos a partir da publicação do resultado final, podendo ser estendida por igual período. Mais informações podem ser obtidas no site da Academia de Polícia Civil de Minas Gerais.

Um homem de 39 anos, que não teve o nome divulgado, foi preso em São José da Lapa, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, acusado de estuprar uma criança de 11 anos. A vítima é sobrinha da esposa do suspeito.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) aponta que os abusos começaram em meados de 2020 e ocorreram ao longo de, aproximadamente, oito meses - o caso chegou ao conhecimento da polícia em março deste ano. 

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Segundo a delegada Nicole Perim Martins, o primo da vítima foi quem relatou que o avô estava desconfiado da relação entre a menina e o suspeito e pediu para que ele observasse a situação. O primo foi quem viu, no celular da criança, conversas de cunho sexual e imagens íntimas dela trocadas com o investigado.

Com a desconfiança, houve uma reunião com a avó da vítima, que é a representante legal dela, um tio e a tia, que é a companheira do suspeito. No entanto, todos foram contra a denúncia. A delegada conta que o tio chegou a arremessar o celular da vítima, na tentativa de ocultar o crime, além de ameaçar de morte o primo da criança.

Mesmo assim, o primo fez a denúncia. Agora, além do acusado, os familiares também devem ser investigados e podem responder pelo crime de estupro de vulnerável por omissão.

A vítima passou por exame de corpo de delito e o laudo apontou que houve conjunção carnal. “A vítima disse que gostava do suspeito e, na hora do exame, relatou acreditar estar grávida dele. Disse que não conseguia enxergar nenhum problema nessa situação. Contou que a primeira relação sexual ocorreu quando o investigado a deixou em casa, acompanhada de um dos irmãos, após um fim de semana com a família em um sítio”, revela a delegada Nicole.

Mesmo assim, por se tratar de uma criança de 11 anos, o crime de estupro de vulnerável ficou configurado. O acusado foi ouvido e negou todos os fatos. Ele foi encaminhado para o sistema prisional. A vítima está morando com o avô e será acompanhada por uma psicóloga. 

O presidente da Associação Brasileira das Cervejarias Artesanais (Abracerva), Carlo Lapolli, disse nesta sexta-feira (10), que a substância dietilenoglicol raramente é usada na produção de cervejas. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, exames laboratoriais realizados em amostras de dois lotes da cerveja Belorizontina, da fabricante catarinense Backer, indicam que o produto pode ter sido contaminado pelo anticongelante, causando a morte de uma pessoa e a internação de outras sete, em Minas Gerais.

Lapolli observou que, devido a suas propriedades anticongelantes, o dietilenoglicol costuma ser empregado em sistemas de refrigeração, por vários segmentos produtivos. E que também pode ser encontrado em radiadores de veículos. No entanto, segundo o dirigente da entidade que representa parte dos fabricantes de cerveja, dos fornecedores de matéria-prima e de pontos de venda da bebida, a indústria cervejeira costuma optar por outros produtos.

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“Quase a totalidade das cervejarias artesanais utiliza álcool etílico [como anticongelante], ou seja, o álcool puro, que não oferece nenhum tipo de risco de contaminação caso entre em contato com a cerveja”, explicou Lapolli.

Ainda de acordo com Lapolli, as investigações sobre as causas da contaminação, que levou oito pessoas a serem internadas em hospitais da região metropolitana de Belo Horizonte e de Juiz de Fora, com insuficiência renal aguda e alterações neurológicas centrais e periféricas, terão que apontar como e em que momento as cervejas da Backer foram contaminadas pelo dietilenoglicol.

“Essa é uma pergunta que terá que ser respondida, já que a própria cervejaria Backer afirma que não utiliza o dietilenoglicol em sua fábrica”, disse Lapolli.

Em duas notas já divulgadas à imprensa, a Backer assegurou que a substância não faz parte de seus processos de produção. Ainda assim, por precaução, a empresa acatou a decisão de recolher os lotes L1 1348 e L2 1348, dos quais faziam parte as amostras testadas pela Polícia Civil.

Segundo Lapolli, em todo o mundo, cervejarias utilizam um sistema de refrigeração parecido, empregando tanques duplos, encapsulados, que evitam o contato da cerveja armazenada com o produto usado no sistema de refrigeração.

“O sistema de resfriamento de uma cervejaria serve para manter a cerveja gelada nos tanques. A cerveja fica armazenada em tanques revestidos internamente por inox. Ao redor destes há uma serpentina que fica protegida por uma outra placa de inox, que forma a camada que vemos por fora”, explicou Lapolli.

“Esse sistema de tanques encamisados é utilizado no mundo inteiro e não temos notícias desse tipo de contaminação em nenhuma cervejaria do mundo. Seria um fato inédito. Eu, particularmente, não tenho notícias de vazamentos desse tipo na indústria [mundial]”, comentou Lapolli, ao considerar a hipótese de que o dietilenoglicol tenha contaminado parte da produção da Backer.

Mesmo apontando a necessidade de aprofundamento das investigações, o presidente da Abracerva considerou acertada a decisão da Backer de recolher os dois lotes de cerveja. “Há algumas perguntas que teremos que aguardar para ver respondidas. Acho que temos que aprofundar a investigação e realmente saber a origem desta contaminação, a causa desta síndrome e se, realmente, ela está ligada ao dietilenoglicol e não a nenhum outro tipo de agente [contaminante] externo”, disse Lapolli.

 

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, nesta quinta-feira (19), que 36 pessoas já foram indiciadas por envolvimento em fraudes no vestibular de medicina em faculdades particulares mineiras e fluminenses. A instituição também apontou que houve aplicação do golpe no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano.

De acordo com a polícia, pelo menos na cidade de Barbacena, no Centro de Minas Gerais, os integrantes da quadrilha repassaram os gabaritos com o resultado das provas do caderno amarelo, visando garantir a aprovação de “feras” no exame. Segundo o delegado que repassou a informações para a imprensa, Fernando José Barbosa Lima, que também presidiu o inquérito, um dos coordenadores do grupo criminoso é José Cláudio de Oliveira, 41. O acusado subornou um fiscal que ainda não foi identificado, em Barbacena.

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O delegado explicou que José Cláudio pagou R$ 10 mil ao fiscal para receber os dois cadernos de prova amarela, referente aos dois dias de aplicação do Enem. O coordenador da quadrilha, segundo a Polícia Civil, passava as questões para as pessoas responsáveis por resolver os quesitos, identificadas como pilotos, que retornavam as informações, normalmente via internet, com o gabarito. Em seguida, os dados informativos eram replicados aos candidatos por mensagem de celular ou ponto eletrônico. A polícia ainda informou que os preços pagos pelos candidatos aos fraudadores variavam de R$ 70 mil a R$ 100mil.

A PCMG passou algumas informações e documentos para a Polícia Federal (PF), entre eles, dois cadernos amarelos que foram apreendidos com José Cláudio em Barbacena, durante a Operação Hemostase, no dia 3 de dezembro. Também estão com a PF cerca de 30 gravações de conversas entre o José e o aposentado Quintino Ribeiro Neto, de 63 anos, que também liderava o grupo criminoso. De acordo com a Polícia Civil, existem ainda mensagens de SMS contendo parte dos gabaritos e outras em que eles comemoram o índice de acerto das provas.

Depois de nove meses de investigação, o inquérito da Polícia Civil chega a aproximadamente 3 mil páginas. O delegado federal Paulo Henrique elogiou o trabalho da PCMG e destacou que a PF iniciará um trabalho para confirmar o crime e identificar os beneficiados.

Operação – a ação que resultou no esclarecimento de fraude foi chamada de “Hemostase” por causa dos procedimentos realizados nos processos cirúrgicos destinados a estancar hemorragia.

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