Tópicos | pornô de vingança

A proposta que torna o chamado “pornô de vingança” crime foi aprovada hoje pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Se aprovado e sancionado, o Projeto de Lei, de autoria do deputado João Arruda (PMDB-PR) modifica a Lei Maria da Penha e o Código Penal. Esse tipo de crime é caracterizado quando o agressor expõe fotos íntimas da pessoa com quem teve relacionamento, a fim de constrangê-la.

A deputada Gleisi Hoffman (PT-PR) apresentou o texto substitutivo que aumentou a pena para quem for condenado por esse tipo de crime de um para até quatro anos de prisão e pagamento de multa. “Quero registrar ainda que já tivemos inúmeros suicídios, principalmente de adolescentes, vítimas de exposição de fotos nas redes sociais”, declarou a deputada durante a votação do PL na CCJ.

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Gleisi Hoffman também sugeriu a alteração do Código Penal para que, nos casos em que se configurar esse tipo de crime, a ação se torne pública. “A principal vítima da ‘vingança pornográfica’ é a mulher, enquanto que os responsáveis por esse tipo de conduta, na maioria das vezes, são os ex-cônjuges, ex-parceiros e até ex-namorados das vítimas. Assim, não há dúvidas de que se trata de mais uma forma de violência praticada contra a mulher”, concluiu.

O Facebook anunciou nesta quarta-feira (5) novas ferramentas que vão ajudar as pessoas quando imagens íntimas forem compartilhadas no Facebook sem sua permissão. Quando este tipo de conteúdo, comumente conhecido como pornografia de vingança, for reportado, a rede social diz que vai prevenir que ele seja replicado no Facebook, Messenger e no Instagram.

De acordo com um estudo conduzido nos EUA com vítimas do compartilhamento de imagens íntimas sem consentimento, 93% das pessoas afetadas relataram angústia emocional, e 82% dizem sofrer prejuízos em aspectos sociais, profissionais e outras importantes áreas de sua vida. Segundo o Facebook, esta novidade chega para ajudar a construir uma comunidade mais segura.

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Caso o usuário se depare com uma imagem que parece ter sido compartilhada sem autorização no Facebook, ele poderá denunciar este conteúdo ao clicar na seta localizada no canto superior direito do post para denunciar.

Feito isso, membros especialmente treinados do Facebook irão revisar os conteúdos, e removê-los caso violem os padrões de comunidade. A conta que compartilhou estas imagens íntimas sem permissão poderá ser suspensa, mas a rede social diz que oferece uma ferramenta de apelo da decisão.

O Facebook diz que também fez uma parceria com organizações de segurança que oferecem recursos e apoio às vítimas deste tipo de comportamento. "O Facebook está em uma posição única para prevenir este tipo de dano, e estes esforços fazem parte de uma das cinco áreas que estamos focados para ajudar a construir uma comunidade global", informou a rede social, em comunicado.

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O Google anunciou nesta sexta-feira (19) que está lançando uma medida de combate a vingança pornô, quando um ex-parceiro ou parceira decide humilhar online seu antigo cônjuge ao postar imagens privadas. A empresa disponibilizará, a partir das próximas semanas, um formulário para que as vítimas da prática solicitem a remoção do conteúdo do maior motor de buscas do mundo.

No blog da empresa, o vice-presidente de busca do Google, Amit Singhal, disse estar preocupado com tantos casos recentes de vingança pornô. "Algumas imagens são publicadas até mesmo em sites que cobram dinheiro para que as vítimas consigam removê-las da internet. A nossa filosofia sempre foi de que os resultados de pesquisa devem sempre refletir o que ocorre na web. No entanto, imagens de vingança pornô são muito pessoais, emocionalmente traumáticas e só servem para humilhar as vítimas - na maioria das vezes, mulheres", escreveu.

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Apesar de o Google não ter o poder de apagar estes conteúdos da internet, o seu motor de buscas é uma ferramenta que facilita a divulgação das imagens. Por isso, esta medida tem o poder de trazer mudanças significativas na prática.  Dessa forma, o Google respeitará o pedido de quem solicitar a eliminação dos resultados dessas pesquisas caso detecte imagens sexualmente explícitas que foram compartilhadas sem consentimento.

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