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Depois de ter sua saída da coordenação da Lava Jato confirmada, o procurador da República Deltan Dallagnol se posicionou através de um vídeo publicado nas redes sociais. Ele confirmou que o seu desembarque acontece porque a sua filha, de um ano e dez meses de vida, precisa passar por alguns tratamentos por conta de suas regressões no desenvolvimento.

"A nossa filhinha está passando por uma série de exames e acompanhamentos para um diagnóstico que ainda vai demorar nove semanas. Tivemos recomendações de especialistas de implementar uma série de terapias e tratamentos que vão exigir dedicação nossa como país", revela.

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O procurador da República avalia que depois de anos se dedicando à Lava Jato, chegou a hora de cuidar da sua família. No entanto, Dallagnol segue como procurador, mas deve se afastar do cargo por algum tempo. "Aquelas horas extras que eu investi em noites, finais de semana e feriados, eu vou precisar agora para focar na minha família. É uma decisão difícil, mas estou muito seguro que é uma decisão certa e a decisão que eu quero tomar como pai", explica.

Deltan pediu para que a população continue apoiando a operação Lava Jato e confirmou que o procurador Alessandro de Oliveira, que já era colaborador da operação vai ser o seu substituto. "Ele vai passar a integrar uma equipe de 14 procuradores da República, que sempre tomaram decisões conjuntamente, e de 30 servidores públicos que atuam na Lava Jato em Curitiba", salienta. 

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O Ministério Público do Ceará (MPF/CE) recebeu, na manhã desta quinta-feira (1º), um relatório da Polícia Federal que aponta o vazamento das provas do 1º e 2º dia, além da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2016) para, pelo menos, dois candidatos. O caso, segundo a PF, se trata de um crime de estelionato qualificado.

Oscar Costa Filho, procurador da República,  informou que a íntegra do relatório e peças do inquérito serão anexadas ao recurso do MPF que tramita no Tribunal Regional Federal, da 5ª região, no Recife. Em um trecho, a PF destaca que os candidatos tiveram acesso a fotos das provas por meio de celulares. O resultado se deu após análise dos aparelhos apreendidos durante operações nos dias do exame.

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Os candidatos também tiveram acesso aos gabaritos, tema da redação e a ‘frase-código’ da prova rosa, o que permitia que mesmo que recebessem provas diferentes da rosa pudessem preencher o cartão resposta de acordo com o gabarito enviado pela quadrilha, não importando a cor da prova ."Tanto o gabarito quanto a frase-código foram divulgados antes do exame, o que garante a responsabilidade de afirmar que houve vazamento da prova", descreve o relatório. 

Foram presos candidatos de Minas Gerais e outro do Maranhão, porém a investigação da PF aponta que ambos receberam as mesmas imagens dos gabaritos das provas vindas de intermediários diferentes. Com relação à redação, a perícia confirmou que foi identificado que os presos iniciaram pesquisas no Google sobre o tema da redação às 9h38 do dia 6 de novembro, ou seja, antes do início da avaliação.

O pedido de nulidade da prova ocorre desde novembro quando Oscar Costa Filho ingressou com ação na Justiça Federal. De acordo com o MPF, o vazamento viola o tratamento isonômico que deve ser assegurado aos candidatos. 

Defendendo a tese de que a educação no Brasil não é regida pelos princípios definidos na Constituição Federal, o procurador da República, Guilherme Schelb, criticou, nesta terça-feira (17), as cartilhas distribuídas pelo Ministério de Educação (MEC) que tratam sobre diversidade sexual.  

Durante uma audiência pública na Câmara dos Vereadores do Recife para debater questões sobre pedofilia e erotização infantil, Schelb disparou contra o ensino adotado pelas escolas sobre o assunto e pontuou que os documentos adotados como princípios básicos do MEC “não contemplam as leis que regulam as famílias e a educação”.

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“Na fundamentação da cartilha, a estudiosa diz que ela quer quebrar tabus. Que tabus ela quer quebrar cara pálida? A lei? Para um jurista é [um documento] hilário. Isso é enviado às escolas como se isso fosse legal, mas não é”, argumentou. 

“O direito das crianças ao prazer sexual é um dos princípios que está nos documentos do MEC. Ele é fundamental ao movimento de pedófilos no mundo, que defende a autonomia sexual das crianças e as estimulam a esconder qualquer ação do tipo da família”, completou.

Segundo ele, a teoria de que os temas abordados pela cartilha combatem o preconceito e a descriminação contra gays, negros e mulheres é “totalmente contestável”. “Existiu um professor que queria combater os preconceitos e passou um filme de conteúdo pornográfico para crianças de 11 e 12 anos, com cenas de sexo entre dois homens. É correto mostrar isso para crianças? A Organização Mundial da Saúde fez estudos que mostram uma enorme influência de imagens no caráter e ações das crianças e dos adolescentes que possuem vulnerabilidade psicológica” salientou. 

“Isso também é prostituição. Não é moralismo, o que digo aqui, isso é proibido por lei”, acrescentou Guilherme Schelb.  A postura exposta nas cartilhas de “combater a homofobia”, de acordo com o procurador também é defendida por ele, mas “não com a prática de ilegalidades”. 

Para Schelb, a construção da moral nas crianças deve ser feita pela família. "A constituição é dura, diz que é dever dos pais criar e educar os filhos e o Pacto de San José da Costa Rica, que tem força de lei no Brasil, diz que a educação moral dos filhos é direito dos pais. Isso é lei, não é conceito”, salientou. 

Alertando que o Brasil é conhecido como a pátria da prostituição das crianças, o procurador também apontou a necessidade das mães e pais investigarem o comportamento dos filhos e condenou a vinculação de princípios da fé diante do assunto que gera polêmicas entre movimentos sociais, políticos, religiosos e estudiosos. 

“Nenhum professor ou legislador acompanham as mães na hora que ela vai à maternidade. Quem gera os filhos é a mãe e o pai. Não é o professor ou o político que fica preocupado com a criança e sim a família. Seria bom, sim, se as escolas adotassem um esquema de cooperação, mas sem esquecer que os princípios fundamentais de moralidade e sexuais devem ser repassados pela família”, cravou.  

Educação sexual estimula omissão das crianças

Guilherme Schelb veio ao Recife a convite da vereadora Michele Collins (PP), antes de o procurador discursar, a parlamentar defendeu que a educação sexual nas instituições de ensino podem estimular as crianças a não denunciarem possíveis atos de pedofilia e a erotização infantil e pontuou que a conversa sobre o assunto com os menores deve ser feita pelos pais e não pelas escolas. 

Para Collins, as cartilhas distribuídos pelo MEC “falam de assuntos que vão de encontro aos direitos das famílias”. “É algo que tenta incutir valores e passa a fomentar o caráter erótico das crianças. Sabemos que os pais conhecem os seus filhos e sabem o momento certo de falar sobre o assunto. Cabe a eles decidirem, de acordo com o perfil de criação do seu filho, quando e como abordar sobre o sexo. As escolas devem ensinar os filhos a respeitar qualquer condição ou escolha humana, mas estão invadindo os direitos das famílias”, cravou. 

Protesto 

Na galeria do Plenário da Câmara dos Vereadores, membros dos movimentos Levante Popular e Zoada expuseram cartazes com frases que diziam: "Homofóbicos não passarão!", "Quem pagará por nossos mortos?" e "Discurso mata, pastor". O grupo, de oito pessoas, participou da reunião. Não houve tumulto. 

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