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O subprocurador-geral do Ministério Público, Lucas Furtado, pediu que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue o repasse de R$ 153 milhões feito pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para uma fábrica de hidroxicloroquina, em 2020. Embora defendida pelo presidente Jair Bolsonaro como composto do 'kit Covid', as autoridades mundiais de saúde negam a eficácia do medicamento e alertam para seus efeitos letais.

O recurso federal foi enviado à Apsen Farmacêutica, com sede em São Paulo, para a produção do medicamento indicado pelo Ministério da Saúde como integrante do 'tratamento precoce', junto com ivermectina e azitromicina, na recuperação da Covid-19.

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De acordo com a denúncia, ao longo de 2020, a Apsen recebeu sete vezes mais do que todos os repasses feitos pelo BNDES em 2019.

No documento enviado para a presidente da Corte de Contas, Ana Arraes, o subprocurador-geral questiona o motivo da maior fabricante de hidroxicloroquina do país "receber tamanho empréstimo quando é do conhecimento que essa empresa é líder de produção de um remédio cuja eficácia no combate à pandemia da Covid-19 está sendo reiteradamente combatida".

Lucas Furtado ainda classifica que é "completamente imoral que o BNDES se utilize de recursos públicos em empréstimos com finalidades inúteis".  O pedido de investigação junto ao Ministério Público foi feito pelo ex-ministro da Saúde, o senador Humberto Costa (PT-PE).

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), uma operação contra o desvio de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Timbaúba, na Mata Norte de Pernambuco. A investigação iniciada há quatro anos calcula o prejuízo de R$ 7,9 milhões. O repasse federal era destinado para garantir o fornecimento de remédios e a compra de materiais hospitalares.

Sem revelar a identidade, um denunciante afirmou que a Prefeitura favorecia uma distribuidora nos contratos da Saúde entre 2013 e 2016. No mesmo período, foi constatado que a empresa realizou diversas transações financeiras com outras empresas do grupo empresarial de um dos prefeitos do município à época. A PF não revelou o nome do suspeito.

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Os alvos da Operação Desmame são ex-prefeitos, empresários, servidores e ex-servidores da Administração. Há suspeitas da prática de crime de fraude à competitividade em processos licitatórios, desvio de recursos públicos praticado por prefeitos e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, podem chegar a 26 anos de prisão.

Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos por 50 agentes federais nos municípios de Olinda, Recife e Timbaúba.

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