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O campeão olímpico Thiago Braz e o francês Renaud Lavillenie, prata nos Jogos do Rio-2016, voltam a se encontrar em uma competição nesta quinta-feira, em Zurique, na Suíça, em mais uma etapa da Diamond League, o maior circuito de atletismo do mundo.

Ambos participarão da prova do salto com vara a partir das 13h45 (de Brasília), na reedição do duelo que gerou muita polêmica. O atleta francês demonstrou irritação e incômodo com a torcida brasileira durante a disputa no Rio, onde o saltador de Marília (SP) levou a melhor depois de saltar 6,03 metros, a melhor marca de sua carreira e ficar com a medalha de ouro e o recorde olímpico, desbancando o até então favorito.

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Lavillenie está invicto na etapa de Zurique desde que a competição começou a ser disputada em 2010. Venceu as seis edições do torneio. Thiago Braz diz estar tranquilo, principalmente após a inédita conquista, mesmo sendo, agora, o alvo dos holofotes. "Eu tive uma grande prova", afirmou o brasileiro, que tornou-se o homem a ser batido no salto com vara, depois do seu grande desempenho no Rio-2016.

Lavillenie prefere valorizar as suas conquistas na Diamond League, apesar de ainda demonstrar desconforto quando perguntado sobre a derrota no Rio. "Algumas vezes eu não consegui a melhor performance. Mas ganhar a Diamond League por tantas vezes significa que continuei no topo. A cada ano, fica mais difícil. Então, tento que me esforçar e dar o máximo que eu puder", afirmou o campeão olímpico dos Jogos de Londres-2012.

Ouro no salto com vara nos Jogos Olímpicos do Rio, Thiago Braz disse nesta quinta-feira, durante evento em São Paulo, que não espera rivalidade e represálias do rival que foi seu grande adversário na disputa pela medalha, o francês Renaud Lavillenie, em futuros encontros nas competições. O medalhista de prata, que tinha sido campeão em Londres-2012, deixou o Brasil criticando o público pelas vaias enquanto se preparava para a disputa direta com o brasileiro.

Braz foi à sede da Bovespa, no centro da capital paulista, para receber 1 kg de barra de ouro por ter sido atleta do Clube BM&FBOVESPA entre 2010 e 2014, até se mudar para a Itália. O campeão olímpico afirmou ter procurado o francês logo após a competição para amenizar o clima ruim gerado pela pressão da torcida. "Ele estava super chateado, conversamos bastante. Falamos até de nos encontrar na Europa nas futuras competições. Eu falei que era fã dele", contou.

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O atleta brasileiro disse que não poderia comentar as mais recentes entrevistas de Lavillenie na França. O rival afirmou que a torcida no Engenhão só torceu pelo velocista jamaicano Usain Bolt por ele não ter concorrentes brasileiros na mesma prova. "A torcida vaiou, eu sei que isso é ruim para o atleta. Mas tem que entender que somos brasileiros, então torceram para mim", explicou.

Até o fim do ano o medalhista brasileiro vai disputar mais competições na Europa e contou ter desfrutado pouco do sucesso pela medalha. "No Facebook eu tinha 2 mil seguidores. Agora, tenho uns 83 mil. O reconhecimento na rua está grande. Fico feliz pelos brasileiros. Não foi só eu quem ganhou, foram todos os brasileiros", disse. Braz, de 22 anos, também evitou projetar as próximas temporadas ao dizer que pretende descansar e analisar a prova olímpica que lhe deu o ouro no Rio.

Alvo vaias da torcida e talvez pivô da maior polêmica destas olimpíadas, o francês Renaud Lavillenie, medalha de prata no salto com vara, deu entrevista à TV Globo na tarde desta quarta-feira (17). Ao reporter Marcos Uchôa, o atleta reafirmou que não acha que os brasileiros são nazistas e que apesar de ter reprovado a atitude dos torcedores que o vaiaram na competição e depois do pódio, tem tido uma boa recepção nas ruas do Rio de Janeiro.

Na entrevista, feita ao vivo no canal aberto, Lavillenie reforçou que não gostou das vaias durante a competição. "Não faz parte do espírito olímpico. Nas competições de salto com vara é normal que os torcedores batam palmas para marcar a nossa corrida. É um competição que exige muita concentração. Thiago não precisava disso. Já tinha feito um grande salto", disse.

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Já com a medalha de prata no peito, apesar dos apelos de Thiago Braz para que o francês fosse aplaudido, Lavillenie foi vaiado e chegou a chorar no pódio. "Foi um momento muito triste, mas sei que aquele público não representa todos os brasileiros. Andando por aqui fui abordado por brasileiros querendo tirar fotos comigo, então acho que foi algo do momento daqueles que estavam ali", amenizou.

Entenda - O francês, detentor do recorde mundial (6,16 m), atraiu a ira do público brasileiro após suas observações críticas sobre a atitude dos espectadores durante a competição. Na segunda-feira, Lavillenie havia dito à emissora Canal+: "Acho que a última vez que vimos isso foi quando Jesse Owens correu em 1936 (alemães sob regime nazista vaiaram negro americano). É chato ter um público de baixa qualidade como esse dos Jogos Olímpicos".

Posteriormente, numa coletiva e imprensa, ele tentou se desculpar pelos comentários. "Eu cometi um grande erro. Eu provavelmente estava muito irritado. É claro que não se pode comparar estes dois públicos", indicou.

Na terça-feira, Lavillenie foi vaiado no momento de receber sua medalha de prata no Estádio Olímpico. Enquanto as vaias saíam das arquibancadas, o francês chorou no pódio.

"Merci Thiago": Renaud Lavillenie, o atleta francês vaiado pelo público a ponto de chorar ao subir ao pódio do salto com vara, reagiu nesta quarta-feira agradecendo ao brasileiro Thiago Braz, medalhista de ouro na modalidade.

"Obrigado Thiago. Merci Thiago. Thanks Thiago. Se sentir humilhado em um pódio olímpico, nunca pensei que viveria isso", escreveu o francês em sua página no Facebook.

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"Porque na pista deve existir um respeito esportivo, independente do que as pessoas dizem. Obrigado Serguei (Bubka) e Thiago por me mostrarem a beleza e o verdadeiro lado do nosso fabuloso esporte", declarou, compartilhando igualmente fotos do jovem campeão olímpico brasileiro e do ex-czar ucraniano da modalidade tentando reconfortá-lo.

"Obrigado a todos aqueles que me apoiam, um grande obrigado", conclui Lavillenie.

O atleta acrescenta ao final da mensagem a hashtag: #booh.

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Na terça-feira, Lavillenie foi vaiado no momento de receber sua medalha de prata no Estádio Olímpico.

Enquanto as vaias saíam das arquibancadas, o francês deixou escapar lágrimas no pódio, com a prata no pescoço.

Esperando para receber sua medalha de ouro, Thiago, por sua vez, acenou para a multidão pedindo para que aplaudisse o francês, expressando sua incompreensão.

Mas as vaias se estenderam. E o estrago já estava feito.

Uma vez recebida a medalha, o francês, detentor do recorde mundial (6,16 m), buscou refúgio em uma pequena sala sob a arquibancada principal, de acordo com um fotógrafo da AFP.

Lá, ele desabou em lágrimas e foi consolado por Sebastian Coe, presidente da Federação Internacional de Atletismo (IAAF). Braz, Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), e o ex-saltador com vara Sergey Bubka também foram apoiá-lo.

No Twitter do COI, Thomas Bach considerou "inaceitáveis" as vaias durante a premiação da prova.

"Comportamento chocante do público que vaiou Renaud Lavillenie no pódio. Inaceitável nos Jogos Olímpicos", escreveu em inglês o presidente do COI.

O francês atraiu a ira do público brasileiro após suas observações críticas sobre a atitude dos espectadores durante a competição.

Na segunda-feira, Lavillenie havia dito à emissora Canal+: "Acho que a última vez que vimos isso foi quando Jesse Owens correu em 1936 (...) É chato ter um público de baixa qualidade como esse dos Jogos Olímpicos".

Posteriormente, numa coletiva e imprensa, ele tentou se desculpar pelos comentários. "Eu cometi um grande erro. Eu provavelmente estava muito irritado. É claro que não se pode comparar estes dois públicos", indicou.

Reiterou, no entanto, que ficou incomodado com a falta de "fair play" da torcida brasileira, que segundo ele, "feriu o espírito olímpico".

Na noite dessa segunda-feira (15), o mundo assistiu à vitória do brasileiro Thiago Braz sob o francês Renaud Lavillenie, na competição de salto com vara, com um salto de 6,03m de altura - cinco centímetros a mais que o do segundo colocado. Após o resultado, o treinador do medalha de prata, Philippe d'Encausse, afirmou em entrevista que Braz teria sido ajudado por "forças do candomblé". A declaração chamou atenção e sacerdotes da religião de matriz africana se posicionaram quanto ao fato. 

Em entrevista ao jornal Le Monde, Philippe d'Encausse justificou a medalha de ouro do brasileiro como mérito de forças místicas: "Thiago conseguiu um salto de 6,03m. Ele pode ter contado com a ajuda de forças místicas, talvez as do candomblé". O treinador ainda completou: "(O Brasil) é um país bizarro". O atleta brasileiro chegou ao lugar mais alto do pódio, desbancando o francês Renaud Lavillenie e ainda conquistando a marca do recorde olímpico, além de ter feito história com o primeiro ouro masculino da modalidade. 

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Nesta terça-feira (16), o Portal LeiaJá conversou com alguns religiosos do candomblé sobre as declarações do treinador. Para Alexandre L’Omi L’Odò, historiador e mestrando em Ciências da Religião, além de sacerdote, Philippe d'Encausse reproduziu um senso comum que os estrangeiros costumam ter sobre o Brasil. "Eu compreendo que as pessoas de fora tenham essa visão mística do País, que é uma visão até bem correta", disse se referindo às religiões de matriz indígena e africana professadas aqui. Para L'omi, a colocação do francês faz bastante sentido: "Se ele achou que houve essa ajuda ele pode ter certeza que teve, porque nós temos orixás, vuduns, inquices, encantados da Jurema, um mundo espiritual muito forte e expressivo que não é respeitado, pois o nosso país é comandado por uma cultura que acredita que as religiões européias são dominantes", disse. 

Para o Babá Jefferson ty Osalá Lufãn, pai de santo da casa Centro Espírita Cigana Saray, localizado na Zona Norte do Recife, essa ajuda espiritual é perfeitamente possível nos esportes. "Pode ser que o próprio Thiago tenha procurado forças para vencer esta batalha. Quando os orixás são procurados para ajudar, eles ajudam com toda certeza", disse. O sacerdote afirma, inclusive, que é comum que atletas de diversos esportes procurem apoio nestas religiões: "Se procuram, basta ter fé e fazer tudo que for necessário que será vitorioso em sua trajetória".

Alexandre L'omi L'odò compartilha da mesma visão: "Além da competência do atleta (Thiago) que fez por merecer o título, não é simplesmente algo divino que o fez ganhar, mas naturalmente a confluência das boas energias e bons pensamentos do povo brasileiro. A partir do momento que você emana sua energia interna junto a energia de outras pessoas para o bem, com certeza voê chegará ao seu objetivo. É como a força de uma oração ou uma reza católica. Tudo é energia".  

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O francês Renaud Lavillenie fez história neste sábado ao quebrar um recorde mundial indoor que durava 21 anos e pertencia ao ucraniano Sergei Bubka, uma das maiores lendas da história do atletismo. O atleta conseguiu atingir a marca de 6,16m no salto com vara, no Pole Vault Stars, em Donetsk, na Ucrânia, superando os 6,15m alcançados pelo ex-atleta, em 21 de fevereiro de 1993.

A nova marca mundial indoor no salto com vara foi obtida justamente na cidade onde Bubka nasceu, sendo que o ex-saltador acompanhou de perto o feito histórico neste sábado e se levantou para aplaudir o novo recordista, antes de abraçar o francês para felicitá-lo pelo feito.

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Ao superar uma das marcas mais antigas da história do atletismo, Lavillenie ficou perplexo. Com os olhos arregalados, levantou os braços para comemorar o incrível salto e parecia não acreditar no que conseguiu. "Acho que vai levar algum tempo para eu voltar à Terra porque isso é incrível. Esse é um recorde mundial que é tão mítico, e consegui alcançá-lo sem tocar (a barra que delimita a altura), não há nada a dizer. É apenas um momento para saborear", afirmou.

Hoje com 27 anos de idade, Lavillenie é o atual campeão olímpico do salto com vara e bicampeão europeu indoor, sendo que no ano passado ficou com a prata no Mundial de Moscou. Ele ainda acumula outros dois bronzes em Mundiais.

Mas, apesar do seu ótimo currículo, sabia que seria muito difícil superar o recorde de Bubka, que foi campeão olímpico em 1988 e acumulou inúmeras marcas mundiais indoor e outdoor no salto com vara. E, neste sábado, ele fez questão de exaltar o seu "sucessor" na modalidade.

"Acho que este é um grande dia, um desempenho fantástico, estou muito feliz que Renaud conseguiu esse recorde em minha cidade natal, onde eu saltei 6,15m", disse o ex-atleta de 50 anos de idade. "Estou muito feliz e orgulhoso por ele, porque é um grande atleta e um exemplo a ser seguido", completou Bubka, que ainda detém o recorde mundial ao ar livre (outdoor), com a marca de 6,14m conquistada em 1994.

Novo recordista, Lavillenie coroou a grande fase que vive no salto com vara, pois em 25 de janeiro havia quebrado o recorde do seu país ao atingir a marca de 6,04m em Rouen, antes de saltar 6,08m en Bydgoszcz, na Polônia, no dia 31.

Nesta mesma prova deste sábado, o brasileiro Thiago Braz também quebrou um recorde, o sul-americano, ao saltar 5,76m. Com a marca, garantiu o bronze no torneio.

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