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A Conmebol abriu procedimento disciplinar contra o River Plate para investigar o ataque dos seus torcedores ao ônibus do Boca Juniors, no sábado, a poucas horas do início da segunda partida da final da Copa Libertadores. O veículo foi atacado perto da entrada do estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.

De acordo com a entidade, o River Plate já foi notificado da denúncia e tem um prazo de 24 horas para preparar a sua defesa e apresentar seus argumentos na sede da entidade em Luque, nos arredores de Assunção, no Paraguai.

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O apedrejamento do ônibus do Boca provocou lesões na região dos olhos de dois jogadores, os meias Pablo Pérez, que é o capitão do time, e Gonzalo Lamardo. Além disso, outros atletas passaram mal, pois um artefato contendo gás pimenta também foi atirado no veículo, e torcedores do River entraram em confronto com a polícia e invadiram o Monumental de Núñez.

Diante deste cenário, um longo impasse gerou o clima de incerteza visto por horas no sábado. O horário do jogo chegou a ser adiado em duas oportunidades no mesmo dia. Depois, foi transferido para o domingo, quando também não foi disputado. A nova data deve ser definida ainda nesta terça, em reunião entre a Conmebol e os dois clubes. O jogo de ida terminou empatado em 2 a 2, na Bombonera.

Em razão do ataque, o Boca já cobrou uma punição dura ao arquirrival, que agora será julgado pelo seu tribunal disciplinar nos próximos dias. A corte da Conmebol pode desclassificar o River, exigir que a segunda partida da final seja disputada com os portões fechados ou até transferir a partida decisiva para um estádio neutro.

A decisão da Copa Libertadores entre River Plate e Boca Juniors, envolta em toda a polêmica com os incidentes no último sábado que provocaram muita confusão e o adiamento para uma data a ser definida pela Conmebol, pode acontecer bem longe de Buenos Aires. Nesta segunda-feira, a cidade de Gênova, na Itália, se ofereceu para receber o duelo da volta entre os rivais argentinos, que está marcado para o estádio Monumental de Nuñez, casa do River Plate.

Através de uma carta escrita pelo secretário de Esportes de Gênova, Stephen Anzalone, os presidentes do River Plate, Rodolfo D´Onofrio, do Boca Juniors, Daniel Angelici, foram convidados para retornar às suas origens e disputar a decisão no estádio Luigi di Ferraris, que neste domingo recebeu o clássico da cidade entre Genoa e Sampdoria - empate por 1 a 1 -, pelo Campeonato Italiano.

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Na carta, Anzalone fala dos laços que une a cidade de Gênova aos dois clubes argentinos - ambos foram fundados por imigrantes genoveses no início do século XX no bairro de La Boca, em Buenos Aires. No caso do Boca Juniors, a palavra xeneize, que é um apelido para os torcedores do time, vem do italiano zeneize ou zeneixi, que é genoveses. No River Plate, as cores branco e vermelho foram adotadas em homenagem à bandeira de Gênova.

"Ficaríamos muito orgulhosos de sediar grandes clubes como Boca e River e recebê-los em nossa cidade no que é, de certa forma, também a sua primeira casa", disse Anzalone. "Também seria mais uma oportunidade para dar visibilidade internacional a Gênova neste momento de dificuldade e para renovar o profundo sentimento de amizade que historicamente nos une a essas sociedades (clubes)", completou.

Nesta terça-feira, a Conmebol fará uma reunião extraordinária em sua sede, em Luque, no Paraguai, com os presidentes dos dois clubes para definir a data e horário da segunda partida da final - a primeira terminou em um empate por 2 a 2, no estádio La Bombonera, casa do Boca Juniors.

No último sábado, o ônibus do Boca Juniors foi atingido por garrafas e pedras na chegada ao estádio Monumental de Nuñez. Vários jogadores se machucaram e a partida, inicialmente marcada para 18 horas (de Brasília), teve seu horário postergado por duas vezes antes do adiamento definitivo para domingo. No dia seguinte, o clube de La Bombonera alegou ausência de "condições de igualdade" e conseguiu que o duelo fosse adiado para um dia a ser definido pela Conmebol.

O prefeito de Buenos Aires, Horácio Rodriguez Larreta, responsabilizou neste domingo (25) a “máfia das barras bravas (torcidas organizadas)” do futebol argentino pelos atos de violência no sábado (24), que levaram à suspensão da final da Taca Libertadores. Milhares de torcedores passaram dois dias indo ao Estádio Monumental de Nuñez, do River Plate, para vê-lo disputar o “jogo do século” contra o rival histórico, Boca Juniors. Mas em ambas as ocasiões tiveram que voltar para casa porque, segundo as autoridades que organizaram a partida, não estavam dadas as condições para o jogo.

A suspensão da “grande final”, anunciada hoje repercutiu fora do mundo do futebol, porque ocorreu menos de uma semana antes da cúpula do G-20, em Buenos Aires. No dia 30 de novembro, os lideres das 20 maiores economias do mundo – entre as quais Estados Unidos, Rússia e China – se reúnem na capital argentina.

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O governo do presidente Mauricio Macri - que foi presidente do Boca antes de entrar para a politica - vem garantindo que está em condições para protegê-los de possíveis manifestações violentas, como as que ocorreram na última cúpula, na Alemanha.

“Tem algo que é muito difícil combater: a estupidez humana”, disse Rodriguez Larreta, em entrevista coletiva, para assegurar que mais medidas de segurança haviam sido tomadas para proteger os jogadores e torcedores. Ele acusou a torcida organizada do River Plate de ter apedrejado o ônibus, que levava o time do Boca Juniors ao estádio, no sábado (24). O capitão xeneize (denominação argentina para os torcedores da equipe Boca Junior), Pablo Perez, foi ferido no olho. A polícia tentou dispersar os atacantes com bombas de gás lacrimogênio e gás pimenta, afetando também os próprios jogadores.

Segundo Larreta, a agressão está diretamente relacionada à batida que a polícia deu na casa do chefe da torcida organizada do River - e que resultou na apreensão de 300 entradas e o equivalente a R$ 1milhão. “Vamos combater a fundo as barras bravas, custe o que custar”, disse, ao acrescentando que a máfia da torcida organizada esta “enquistada no futebol argentino há 50 anos”.

Nas ruas de Buenos Aires, torcedores decepcionados reclamavam da falta de respeito. Depois dos incidentes de sábado, a Conmebol insistiu que o jogo fosse realizado. Mas os dois times fizeram um acordo de cavalheiros, para supendê-lo. O Boca disse que não jogaria sem seu capitão e o River tampouco queria enfrentar um adversário nestas condições. A partida foi remarcada para este domingo (25) e, mais uma vez, as portas do Estádio Monumental se abriram para os torcedores, que voltaram a fazer fila. Desta vez, menos entusiasmados do que na véspera.

Ricardo Moneta e o amigo Arturo Rondelli viajaram de ônibus, da província de Missiones, só para ver o jogo. “Estávamos cansados, depois de ficar cinco horas ao sol no sábado, só para saber que foi a toa – porque a partida foi suspensa”, disse Moneta. “Mas voltamos ao estádio (neste domingo) porque já tínhamos gasto dinheiro em entradas, em passagem e em hospedagem. Não queríamos voltar para casa sem ver o jogo do século”, disse Moneta.

Mas depois que as portas do estádio já tinham sido abertas, veio a notícia que a Conmebol suspendeu o jogo porque os dois times não estavam em condições de igualdade para disputá-lo.

Os presidentes do Boca Juniors e River Plate foram convocados para uma reunião na terça-feira (27), no Paraguai, sede da Conmebol, para acertar uma nova data. Mas só a partir do dia 1 de dezembro, quando termina a Cúpula do G-20.

O presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, anunciou o adiamento da final da Copa Libertadores entre River Plate e Boca Juniors, que seria realizada neste domingo (25), no Monumental de Nuñez, após um adiamento inicial do confronto, que estava marcado para sábado. O dirigente indicou que vai se reunir com os presidentes dos dois clubes para definir uma nova data para a decisão.

A partida decisiva ocorreria no sábado, mas precisou ser adiada após o ônibus que transportava os jogadores do Boca Juniors ser atacado por torcedores do River Plate. Após alguns adiamentos, a Conmebol havia marcado a partida para este domingo, às 18 horas (de Brasília), mas optou por um novo adiamento, sem uma data determinada.

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"O que aconteceu é uma vergonha, não é futebol", afirmou Domínguez, em entrevista ao Fox Sports, acrescentando que a partida não pode ser realizada neste momento pela inexistência de igualdade esportiva, diante das lesões sofridas por alguns jogadores do Boa Juniors.

Nos próximos dias, o presidente da Conmebol vai se encontrar com membros de River Plate e Boca Juniors para determinar quando será disputada a segunda partida da final da Libertadores. Mas o encontro não ocorrerá antes da reunião do G20 em Buenos Aires, marcado para os dias 30 de novembro e 1º de dezembro. "O jogo está sendo postergado e eu vou me encontrar com os dois presidentes para decidir a nova data. Não há igualdade esportiva para jogar a final", acrescentou.

Dominguez defendeu que a entidade sul-americana não tem responsabilidade pelos problemas ocorridos no sábado ao declarar que "a culpa não é da Conmebol". "As condições de jogo não são adequadas. Queremos que o jogo seja em igualdade de condições. Ele vai ser adiado. Vamos procurar uma nova data", acrescentou.

O dirigente ainda apontou que o momento deve ser para reflexão sobre comportamento no mundo do futebol. "Quero aproveitar o momento para convidar as pessoas a refletirem. Isso não é certo. No futebol não cabe a intolerância. Tem que ser feita a autocrítica. Futebol é alegria, é família. As pessoas têm que refletir sobre o sentido próprio do futebol", comentou.

Momentos antes do anúncio do presidente da Conmebol, o Boca havia solicitado o adiamento da partida alegando ausência de "condições de igualdade", exatamente o argumento utilizado por Domínguez para suspender a partida. Mas no momento do anúncio, torcedores do River Plate chegavam ao Monumental para acompanhar o jogo.

O Boca considera que chega para a partida em condição inferior à do adversário. Não bastasse o trauma sofrido pelos ataques de sábado, o time viu seu volante e capitão Pablo Pérez sofrer uma lesão no olho por causa do apedrejamento. O reserva Gonzalo Lamardo também se machucou durante a ação.

Além disso, outros atletas foram vítimas dos efeitos de um artefato com gás de pimenta arremessado por um torcedor do River, como Tévez, Fernando Gago, Julio Buffarini, que foram vistos passando mal nas dependências do vestiário.

O primeiro jogo da decisão da Libertadores, no estádio de La Bombonera, terminou empatado em 2 a 2. O campeão continental será o time que vencer o segundo duelo, ainda sem uma data determinada.

Horas depois da interdição do Monumental de Núñez, a Agência de Controle do Governo da Cidade de Buenos Aires definiu a liberação do estádio para receber a grande decisão da Libertadores, entre River Plate e Boca Juniors, neste domingo, às 18 horas (de Brasília).

Em declaração publicada pelo Diário Olé, Ricardo Pedace, membro do órgão municipal, explicou: "A interdição foi encerrada porque todos os elementos de segurança estão presentes".

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Logo após a confusão ocorrida no sábado, e que resultou no adiamento da tão aguardada partida, o Monumental de Núñez foi interditado. Para liberá-lo, o River precisaria se comprometer a pagar uma multa, de valor não revelado, e garantir a aplicação de algumas medidas de segurança.

Momentos antes do horário previsto para o início da final no sábado, nos arredores do Monumental de Núñez, torcedores do River Plate armaram uma emboscada e apedrejaram o ônibus que levava os jogadores do Boca Juniors. Não satisfeita, parte da torcida da casa ainda entrou em confronto com a polícia e invadiu o estádio.

O apedrejamento do ônibus do Boca deixou alguns jogadores feridos. O capitão Pablo Pérez, com cortes no braço e ferimento no olho, foi encaminhado a um hospital. O reserva Gonzalo Lamardo também sofreu ferimentos no olho. Além disso, outros atletas foram vítimas dos efeitos de um artefato com gás de pimenta arremessado por um torcedor do River, como Tévez, Fernando Gago, Julio Buffarini, que foram vistos passando mal nas dependências do vestiário.

Diante deste cenário, um longo impasse gerou o clima de incerteza visto por horas no sábado. O horário do jogo chegou a ser adiado em duas oportunidades. Somente quando as diretorias de River e Boca entraram em acordo e comunicaram o desejo do adiamento da data da partida, a Conmebol estabeleceu que ela fosse disputada neste domingo.

A disputa entre o River Plate e o Boca Juniors, na final da Copa Libertadores 2018, em Buenos Aires, ocorrerá hoje (25) às 18h (horário de Brasília, 17h na Argentina).  O jogo foi adiado depois de um ataque promovido por torcedores do River contra o ônibus onde estava a equipe do Boca.

A imprensa argentina, liderada pelo Clarin e o La Nación, classificam o episódio como “papelão mundial” e “vergonha internacional”. Para analistas, o caso põe a Conmebol, Confederação Sul-americana de Futebol, sob suspeitas, uma vez que há denúncias de corrupção em investigações.

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Ontem (24), logo na chegada ao Monumental de Nuñez, onde estava marcada a disputa, o ônibus do Boca foi atacado com pedradas e bombas de gás por torcedores rivais do River Plate.

Alguns jogadores, como Pablo Pérez, ficaram feridos e foram atendidos fora do estádio. Carlos Tévez disse que os atletas não esperavam aquela reação.

Em seguida, houve uma reunião entre os dirigentes do River e Boca, em que decidiram que o jogo deveria ser adiado. Segundo eles, os atletas não queriam jogar.

Dois jogadores do Boca Juniors ficaram machucados e foram enviados a um hospital em Buenos Aires após uma confusão antes da final da Copa Libertadores, neste sábado. Os incidentes provocaram o adiamento da partida para o domingo (25) às 18h (horário de Brasília).

Os meias Pablo Pérez e Gonzalo Lamardo tiveram ferimentos no olho causados por estilhaços do vidro do ônibus da equipe, que foi alvo de pedras e objetos atirados pelos torcedores do clube rival.

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O tumulto nos arredores do estádio Monumental de Núñez começou na chegada da delegação do Boca ao estádio. O veículo que transportava a equipe foi atingido por objetos ao chegar ao local do jogo. Quem levou a pior foi o capitão do Boca, o Pérez, que segundo informações da imprensa argentina foi diagnosticado com uma úlcera na córnea ao ser atendido em um hospital.

O meia reserva Lamardo foi outro a se ferir com o tumulto na chegada ao estádio. O diretor de futebol do Boca Juniors, Jorge Anró, disse em entrevista ao SporTV que o ônibus acabou cercado por torcedores do River Plate por uma falha de logística. O veículo se aproximou do estádio ao mesmo momento em que seguidores do time mandante chegavam para acompanhar a partida.

No jogo de ida entre as equipes, também houve incidentes. Em La Bombonera uma forte chuva e alagamentos nas arquibancadas adiaram em um dia a realização da final. O confronto de ida acabou empatado por 2 a 2. A partida decisiva deste sábado estava prevista para começar às 18 horas (de Brasília).

Quis o destino, mas com muita competência dos finalistas, que a decisão da Copa Libertadores, a última organizada em duas partidas, colocasse frente a frente River Plate e Boca Juniors, um dos maiores clássicos do mundo, às 18 horas deste sábado, em Buenos Aires. Pela primeira vez o duelo entre os rivais argentinos se dará na final continental e, mesmo jogando em casa e entrando em campo com o empate por 2 a 2 obtido no jogo de ida, o River rejeita qualquer favoritismo.

Para muitos, a partida é simbólica, pois marca o fim da Libertadores "raiz", aquela que para vencer tem de encarar a torcida adversária no campo do inimigo, os erros de arbitragem e até cachorros no campo - cenas da competição disputada na América do Sul. Obviamente o futebol mudou nos últimos anos, mas abrir mão de um mata-mata na final provoca arrepios nos torcedores fanáticos.

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A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) decidiu que no próximo ano a Libertadores será decidida em jogo único, já marcado para o estádio Nacional em Santiago, no Chile. Então, esse confronto entre River Plate e Boca Juniors toma ares nostálgicos também. A Argentina, talvez o país deste continente mais acostumado às greves gerais (só no atual governo foram três), vai parar. Até o presidente Mauricio Macri, que já foi comandante do Boca, abriu vaga na agenda, mas não deverá estar no Monumental.

O estádio terá 60 mil torcedores, todos a favor do River por questões de segurança - na partida de ida, somente a torcida do Boca foi à Bombonera. Será a primeira vez na história que a final da Libertadores não terá torcida visitante. Sem conseguir solucionar o problema de violência no futebol, a opção foi deixar os visitantes fora, como nos clássicos paulistas.

As autoridades estão em alerta máximo para evitar problema. O jogo será visto no mundo todo por sua grandeza. Gianni Infantino, presidente da Fifa, já está em Buenos Aires para acompanhar o confronto e mostrar seu apoio ao futebol sul-americano. Ele estará no estádio ao lado de Claudio Tapia, presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA).

Macri dirigiu o Boca entre 1995 e 2007. O presidente já manifestou sua dificuldade em lidar com a decisão entre os dois clubes mais populares da Argentina. Ele deve evitar o público. Até porque sua popularidade está baixa e ele vem sendo hostilizado nos estádios.

Se entre os fãs argentinos a efervescência da partida é gigantesca, nos dois times a seriedade falou mais alto. Não houve provocações das partes. No River, o técnico Marcelo Gallardo, que não estará no banco por causa de uma suspensão - o time será comandado pelo auxiliar Matías Biscay -, estipulou a lei do silêncio para que seus jogadores não perdessem o foco.

Do outro lado, o Boca preferiu sentir o carinho da torcida e lotou a Bombonera para um treino aberto. "Se disser que não estou ansioso, estarei mentindo. É uma partida única e temos a possibilidade de entrar para a história", disse o volante Nández. Outro empate leva a disputa para prorrogação e pênaltis.

O técnico Marcelo Gallardo terá um importante desfalque para escalar o River Plate diante do Boca Juniors, na histórica final da Libertadores. Lesionado, o atacante Ignacio Scocco está fora do segundo jogo da decisão, que acontecerá neste sábado, no Monumental de Núnez.

Ex-Internacional, Scocco está há quase 20 dias afastado do futebol, desde a derrota por 1 a 0 para o Estudiantes, pelo Campeonato Argentino, graças a uma contratura na panturrilha direita. Ele foi desfalque no confronto de ida, em La Bombonera, onde o River conseguiu arrancar um empate por 2 a 2.

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No último sábado, porém, Scocco voltou a treinar e parecia que se tornaria uma alternativa para Gallardo escalar o time. Mas, nesta quarta-feira, o clube explicou que o jogador foi diagnosticado novamente com uma lesão muscular na panturrilha, que o tirará de ação por tempo indeterminado.

A ausência de Scocco é ainda mais sentida porque Gallardo já não poderá contar com Borré, titular no jogo de ida, que está suspenso. Desta forma, Rodrigo Mora é a única alternativa para o treinador se ele quiser manter o esquema com dois atacantes de ofício.

São três, aliás, as possibilidades de Gallardo para escalar o River, segundo o treinamento desta quarta. Ele pode manter o esquema mais defensivo utilizado na ida, com três zagueiros. Neste caso, Martínez Quarta seguiria na zaga, Nacho Fernández entraria no meio de campo e Pity Martínez seria adiantado para o ataque.

Gallardo, no entanto, pode voltar ao 4-4-2 que vinha utilizando, com Mora ao lado de Lucas Pratto no ataque, Martínez e Fernández no meio de campo e Quarta no banco. A última opção é o 4-5-1 que o River usou durante boa parte da temporada. Neste caso, Enzo Pérez ganharia uma vaga no meio e Mora ficaria de fora.

Em um grande clássico realizado neste domingo no estádio da La Bombonera, o Boca Juniors esteve duas vezes à frente do placar, mas o River Plate foi buscar o empate por 2 a 2, neste domingo, no confronto de ida da final da Copa Libertadores.

O chamado Superclássico, que pela primeira vez decide uma edição da competição continental, era para ter ocorrido no último sábado, mas a forte tempestade que atingiu Buenos Aires ao longo do dia impediu a realização do confronto, pois o gramado ficou em condições impraticáveis para o futebol.

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Mesmo atuando fora de casa e sem poder contar com o apoio de nenhum dos seus torcedores nas arquibancadas, fruto de medida de segurança adotada pela polícia argentina, o River tratou de tentar ir para cima do Boca desde o início e com cinco minutos de duelo quase marcou por duas vezes. Primeiro em falta cobrada por Martínez que exigiu boa defesa de Rossi e depois em cabeçada de Lucas Martínez que passou perto da trave do gol do Boca.

Em um ritmo eletrizante e com a torcida da equipe da casa cantando sem parar, os anfitriões sofriam para criar chances ofensivas e ainda amargaram a saída do atacante Pavón, que sentiu uma lesão muscular e precisou ser substituído por Benedetto aos 26 minutos. Indignado por ter de sair de campo, o titular deu socos de raiva no gramado.

Apesar da baixa, o Boca encontrou o caminho do gol pouco depois, aos 33 minutos. Ábila recebeu passe pelo lado esquerdo da área e arriscou o chute. Armani defendeu parcialmente, mas o mesmo atacante pegou o rebote e finalizou. O goleiro tocou na bola novamente, mas ela entrou em sua meta.

A torcida explodiu de alegria nas arquibancadas, mas a festa durou pouco tempo. Apenas oito segundos depois da reposição de bola no meio de campo, o River conseguiu o empate. Pity Martínez arrancou em velocidade e lançou para Lucas Pratto, que ganhou a disputa no mano a mano com um defensor, invadiu a grande área e chutou cruzado no canto direito baixo de Rossi para deixar tudo igual aos 35 minutos.

E o duelo seguiu em altíssima velocidade. Aos 39 minutos, o River quase virou em finalização de Pity Martínez que parou em defesa à queima-roupa de Rossi. Em seguida, aos 40, Borré recebeu lançamento nas costas da zaga e desperdiçou grande chance ao chutar à direita do goleiro do Boca. Entretanto, a arbitragem entendeu que ele estava impedido no lance.

ESTRELA BRILHA DE NOVO - Carrasco do Palmeiras nas semifinais, com três gols em dois jogos contra o time alviverde, Benedetto voltou a mostrar que tem estrela ainda no primeiro tempo do clássico deste domingo. Ele recebeu cruzamento e, mesmo de costas para o gol, acertou uma cabeçada improvável no canto esquerdo baixo de Armani para voltar a colocar o Boca à frente do placar, aos 45 minutos.

Aos 15 minutos da etapa final, porém, quem acabou levando um gol em nova jogada aérea foi o Boca. Após bola cruzada da direita, o zagueiro Izquierdoz tentou fazer o corte de cabeça, mas acertou o canto direito baixo do goleiro Rossi.

Precisando da vitória para levar alguma vantagem para o Monumental de Núñez, o técnico Guillermo Barros Schelotto resolveu promover a entrada do veterano Tevez no lugar de Villa no ataque. Do outro lado, Matías Biscay (auxiliar que substituiu o suspenso Marcelo Gallardo) deu novo gás ao meio-campo do River ao trocar Enzo Pérez por Zuculini.

E Tevez foi o autor da principal jogada do Boca no final da partida, aos 44 minutos, quando conseguiu se livrar da marcação e deu passe para Benedetto, na cara do gol, chutar e ser abafado por Armani, que praticou ótima defesa para salvar o River.

O confronto de volta da decisão será no próximo dia 24, um sábado, no Monumental de Núñez, onde quem vencer por qualquer vantagem ficará com o título. Na decisão, os gols marcados fora de casa não tem peso para efeito de desempate, diferentemente do que ocorre em todas as outras fases do mata-mata da Libertadores. Em caso de nova igualdade no placar, o campeão será definido nas cobranças de pênaltis.

FICHA TÉCNICA

BOCA JUNIORS 2 X 2 RIVER PLATE

BOCA JUNIORS - Rossi; Jara (Buffarini), Izquierdoz, Magallán e Olaza; Nández, Barrios e Pablo Pérez; Pavón (Benedetto), Ábila e Villa (Tevez). Técnico: Guillermo Barros Schelotto.

RIVER PLATE - Armani; Montiel, Maidana, Lucas Martínez (Ignacio Fernández), Pinola e Casco; Palacios, Exequiel Palacios, Enzo Pérez (Zuculini) e Gonzalo Martínez; Lucas Pratto e Borré. Técnico: Matías Biscay (auxiliar).

GOLS - Ábila, aos 33, Pratto, aos 35, e Benedetto, aos 45 minutos do primeiro tempo; Izquierdoz (contra), aos 15 do segundo.

ÁRBITRO - Roberto Tobar (Chile).

CARTÕES AMARELOS - Jara, Villa, Ábila, Tevez, Casco e Borre.

PÚBLICO E RENDA - Não disponíveis.

LOCAL - La Bombonera, em Buenos Aires (ARG).

O primeiro jogo da final da Copa Libertadores entre Boca Juniors e River Plate foi adiado por causa do temporal que atingiu Buenos Aires neste sábado (10).

A partida, chamada de "jogo do século" e "maior final de todos os tempos", estava marcada para às 18h de Brasília, mas o gramado do estádio La Bombonera e as imediações ficaram alagados.

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A Conmebol monitorou a situação ao longo do dia e, agora, decidiu remarcar a partida para domingo (11), às 16 de Buenos Aires (17h de Brasília).

Da Ansa

Por causa do gramado alagado de La Bombonera, estádio do Boca Juniors, membros da Conmebol vão decidir se o campo pode suportar a partida marcada para este sábado, entre o time da casa e o River Plate, pelo jogo de ida da final da Copa Libertadores. De acordo com o jornal Clarín, a decisão dos organizadores será divulgada por volta das 14 horas (horário de Brasília).

A cidade de Buenos Aires, capital da Argentina, amanheceu em meio a céu nublado e carregado de nuvens, responsáveis pelas chuvas fortes que se viram durante quase toda manhã. Mesmo que o jogo seja realizado, é improvável que o gramado esteja em boas condições para a realização da partida, marcada para as 18 horas.

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Durante o temporal nesta manhã, representantes da Conmebol fizeram a vistoria do campo de jogo e deixaram a decisão para ser tomada no período da tarde. A cúpula vai voltar ao gramado às 13 horas, uma hora antes da abertura dos portões para os torcedores que compraram ingresso.

As partidas de ida, em La Bombonera, e de volta, no Monumental de Nuñez, foram transferidas das quartas-feiras dos dias 7 e 28, respectivamente, para os sábados 10 e 24. Um dos motivos para a alteração é a realização da cúpula do G20, reunião dos países industrializados e emergentes, em Buenos Aires, no dia 30. De acordo com a polícia de Buenos Aires, seria impossível conciliar a logística de segurança de dois eventos desse porte tão perto um do outro.

Dois dos maiores gigantes do futebol mundial, Boca Juniors e River Plate começam a decidir neste sábado, às 18 horas (de Brasília), no caldeirão da La Bombonera, o título da Copa Libertadores em uma final histórica por inúmeros motivos. O principal deles é o fato de que, pela primeira vez em 59 anos de disputa da competição, dois times argentinos se enfrentarão em uma final.

O chamado Superclássico, como é popularmente conhecido na Argentina, marcará também a última decisão do torneio continental com jogos de ida e volta depois que a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou que, a partir de 2019, a luta pela taça será definida em partida única - no próximo ano, o campeão será conhecido em um duelo em Santiago, no Chile.

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E não é nenhum exagero dizer que este será o mata-mata valendo título de maior rivalidade da história da Libertadores. Desde que Boca e River eliminaram Palmeiras e Grêmio, respectivamente, nas semifinais, os argentinos "almoçam e jantam" o clássico todos os dias. E essa "dieta" vai durar pelo menos até o próximo dia 24, quando o estádio Monumental de Núñez abrigará o confronto de volta da decisão.

Buenos Aires e a própria Argentina vão "parar" neste sábado, pois as duas maiores torcidas do País de cerca de 40 milhões de habitantes sabem que apenas uma delas poderá comemorar o título, enquanto a outra vai amargar um terrível vice-campeonato. Ex-presidente do Boca e hoje presidente argentino, Maurício Macri resumiu bem o sentimento que tomou conta da nação pouco antes do início das semifinais. "O perdedor levará 20 anos para se recuperar. Acho que seria melhor que um dos dois finalistas seja brasileiro", admitiu.

Entretanto, é inegável o peso que essa singular final tem para o seu país, cuja seleção principal não ganha um título desde quando conquistou a Copa América de 1993 e ainda sofre com os efeitos de gestões desastrosas da Associação de Futebol Argentino (AFA).

Em entrevista nesta semana, o técnico do Boca, Guillermo Barros Schelotto, sintetizou com fidelidade o peso que esta decisão tem para a nação. "Boca e River colocaram o futebol argentino em um lugar onde nunca antes havia chegado (na Libertadores). Um futebol argentino muito castigado a nível de seleção pelos resultados..., mas hoje o mundo fala desta final e é uma conquista muito importante", disse o treinador.

Punido pela Conmebol e sem poder dirigir o River nesta decisão por ter trabalhado de forma irregular no confronto de volta da semifinal contra o Grêmio, pois estava suspenso, o técnico Marcelo Gallardo também ressaltou: "Vamos jogar uma partida especial, histórica, e somos privilegiados de poder vivê-la".

E tradição copeira é o que não falta a estes dois gigantes do futebol sul-americano. O Boca lutará para faturar a sua sétima Libertadores e se igualar ao também argentino Independiente como maior campeão da história da competição, que ganhou antes em 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007. Já o seu arquirrival buscará o tetracampeonato continental depois de erguer a taça em 1986, 1996 e 2015.

O ex-atacante Schelotto era jogador do Boca nas campanhas de três dos seis títulos do clube na Libertadores, enquanto o ex-meia Gallardo foi campeão pelo River em 1996 e depois como treinador em 2015. Agora, os dois vão colocar presente e passado em jogo nesta decisão inédita.

TIMES - Para o confronto deste sábado, o Boca estará completo, pois não tem jogadores lesionados ou suspensos. Pablo Pérez, que antes era tido como dúvida por causa de problemas físicos, está recuperado e será escalado como titular.

Já no River, que será comandado em campo pelo auxiliar Matías Biscay, Marcelo Gallardo não será a única ausência de peso. O time não terá o seu capitão, Leonardo Ponzio, lesionado, que dará a lugar Bruno Zuculini ou Ignacio Fernández. O resto dos titulares estão à disposição para atuar, inclusive o meia Gonzalo Martínez, recuperado de uma gripe que o afetou durante esta semana.

Essa será a 11ª vez que o Boca jogará uma final da Libertadores, enquanto o River estará presente pela sexta ocasião na decisão. E serão nove títulos em campo, onde a Bombonera só terá os chamados torcedores "xeneizes" neste sábado e o Monumental contará apenas com os "millonarios" nas arquibancadas no dia 24, por medida de segurança. Mas não faltará rivalidade, uma das maiores do mundo entre dois clubes, no gramado e em toda a Argentina ao longo destes "angustiantes" dias entre o jogo de ida e o confronto de volta.

FICHA TÉCNICA

BOCA JUNIORS X RIVER PLATE

BOCA JUNIORS - Rossi; Jara, Izquierdoz, Magallán e Olaza; Nández, Barrios e Pablo Pérez; Pavón, Ábila e Villa. Técnico: Guillermo Barros Schelotto.

RIVER PLATE - Armani; Montiel, Maidana, Pinola e Casco; Palacios, Enzo Pérez e Zuculini (Fernández); Martínez; Lucas Pratto e Borré. Técnico: Matías Biscay (auxiliar).

ÁRBITRO - Roberto Tobar (Chile).

HORÁRIO - 18 horas (de Brasília).

LOCAL - La Bombonera, em Buenos Aires (ARG).

As duas partidas das finais da Libertadores não terão presença das torcidas visitantes. Nesta segunda-feira, os presidentes do Boca Juniors, do River Plate e da Associação do Futebol Argentino (AFA) realizaram um pronunciamento confirmando que ambos os confrontos contarão apenas com torcedores do time da casa.

"Os presidentes de ambas instituições concordaram que, apesar do atrativo que gera a presença de duas torcidas, esta medida pode gerar problemas para os sócios", explicou o presidente da AFA, Cláudio Tapia.

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Na última sexta-feira, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, chegou a anunciar que as partidas seriam realizadas com as presenças de torcedores visitantes, o que não acontece no principal clássico do país desde 2014. Mas, após reuniões entre os clubes, a decisão foi revista.

"Apesar desta decisão, Boca Juniors e River Plate valorizam e reconhecem o interesse do presidente Mauricio Macri de promover a presença dos visitantes em ambas as finais", apontou Tapia.

A medida tem como finalidade evitar a violência tão presente no país em jogos de futebol nos últimos anos. Por isso, o presidente da AFA ainda fez um pedido: "Convocamos simpatizantes, torcedores e sócios a viverem estas partidas como são: uma celebração popular sem fronteiras, em paz, com paixão e em convivência".

O discurso foi entoado também pelos presidentes dos clubes. "O mundo está esperando que joguemos. Isto é um jogo, aqui não vai a vida e todos temos que fazer nossa parte", comentou o mandatário do River, Rodolfo D'Onofrio. "Peço aos torcedores do Boca que vivam em paz e com alegria", completou o dirigente do Boca, Daniel Angelici.

Também nesta segunda, os presidentes confirmaram que a partida será disputada nos dias 10 e 24 de novembro, às 18 horas (de Brasília), apesar do pedido do Boca pela alteração das datas. A primeira partida terá mando do clube, em La Bombonera, enquanto a segunda será sediada pelo River, no Monumental de Núñez.

Um dia depois de acionar a Conmebol para pedir a reversão dos pontos da segunda partida da semifinal da Libertadores contra o River Plate, em função do descumprimento do regulamento da competição por parte do técnico da equipe argentina, Marcelo Gallardo, a diretoria do Grêmio revelou que a entidade vai julgar o caso nesta sexta-feira, a partir das 12 horas (de Brasília), em Assunção.

O clube gaúcho ainda acusou o rival de ser conivente com a ação irregular do seu treinador, que estava suspenso, mas viu o jogo de um camarote na Arena Grêmio, usando rádio para se comunicar com o auxiliar que dirigia o time. Para completar, foi até o vestiário da equipe no intervalo do jogo que o River Plate venceu de virada por 2 a 1.

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O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Junior, acusou River Plate e Marcelo Gallardo de debocharem da Conmebol e enfatizou: "O que está em jogo aqui são valores mais profundos. O que está em jogo é a honra do torneio e da Conmebol".

A confederação marcou as datas das finais entre River Plate e Boca Juniors: 10 e 24 de novembro, em dois sábados.

Um dia depois de acionar a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) para pedir pela reversão dos pontos da segunda partida da semifinal da Copa Libertadores, contra o River Plate, em função do descumprimento do regulamento da competição por parte do técnico da equipe argentina, Marcelo Gallardo, a diretoria do Grêmio revelou nesta quinta-feira que a entidade vai julgar o caso neste sábado.

O clube gaúcho ainda acusou o clube argentino de ser conivente com a ação irregular do treinador, que estava suspenso, mas viu o jogo de terça-feira, na arena gremista, de um camarote usando um rádio para se comunicar com o auxiliar técnico que dirigia o time dentro do campo. Para completar, ele também desrespeitou o regulamento da competição ao ir até os vestiários da equipe argentina no intervalo da partida que terminou com vitória dos visitantes por 2 a 1.

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O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, acusou o River e Gallardo de debocharem da Conmebol e enfatizou: "O que está em jogo aqui são valores muito mais profundos que o resultado de campo. O que está em jogo é a integridade do futebol, a moralidade do futebol. É não ser esperto, não ser malandro, não meter um boné na cabeça para não ser reconhecido e transgredir. O que está em jogo é a honra do campeonato, da própria Conmebol".

O dirigente afirmou que o "River tinha time para ganhar" do Grêmio sem fazer uso desta conduta irregular e não pode ter a sua passagem a final considerada legítima pela forma como o seu treinador agiu. Bolzan ainda destacou que o próprio comandante argentino admitiu que infringiu as regras, o que é um sinal claro de que o clube de Buenos Aires permitiu que o mesmo cometesse as irregularidades.

"O que aconteceu aqui foi a infringência do regulamento do Código Disciplinar da Conmebol. O técnico do River estava suspenso e, ao estar suspenso, participou da partida de maneira direta. Com a conivência, com a concordância, planejamento, com tudo patrocinado pelo River Plate. Nós que conhecemos futebol sabemos perfeitamente que quem se comunica, quem tem um aparelho de comunicação, que tem rádio, fones de ouvidos, isso é absolutamente irregular estando suspenso", afirmou o mandatário gremista, para em seguida revelar que parte da conduta irregular de Gallardo foi flagrada pelas câmeras do sistema de segurança da arena gremista.

"Na nossa reclamação nós temos todo o trajeto feito pelo treinador visualizado pelas câmeras internas da Arena, desde a saída do seu camarote até a chegada do vestiário no intervalo. E também ali se viu, o delegado do jogo foi chamado a partir da denúncia, que o treinador entrou no vestiário e o delegado foi impedido pelos seguranças do River Plate, e ao ser impedido não conseguiu entrar, saiu e voltou para o seu local. Fica completamente comprovada, além de toda a situação do aparato montado, que coloca o River Plate como agente importante, que patrocinou tudo isso para o seu treinador, o seu treinador também infringiu a regra", reforçou Bolzan.

Já ao comentar especificamente sobre a conduta de Gallardo, o presidente disse ter a convicção de que não se tratou de uma "decisão solitária" do comandante e que, por isso, não apenas o técnico precisa ser punido, mas também o River Plate por permitir que o treinador atuasse de forma ativa na partida, desrespeitando a sua suspensão.

"Existe uma situação que pode vir ao debate, que a decisão foi solitária, única do treinador, e ficar a responsabilização em cima do treinador. Isso não é verdadeiro. De outra parte, a infringência da norma e a confissão do treinador. Que diz que fez, que não se arrepende, que faria de novo, e que era importante a sua participação para que todos se sentissem mais seguros e orientados para fazer o segundo tempo", afirmou.

VAR EM SEGUNDO PLANO - Bolzan ainda esclareceu que a reclamação gremista enviada à Conmebol que o clube não está contestando o resultado da partida de terça-feira, apesar do fato de que o primeiro gol do River, marcado após um toque da bola no braço do atacante Borre, não foi impugnado com o auxílio da arbitragem de vídeo (VAR), que sequer foi acionada para revisão do lance no qual o time argentino empatou o duelo.

"Em primeiro lugar, quero dizer que o que nós estamos fazendo não tem rigorosamente nada a ver com a questão do VAR. Nós fomos prejudicados no jogo, fomos prejudicados na partida, tivemos um gol que foi absolutamente nulo, um gol que não deveria ter sido confirmado, e não tivemos ali nem tampouco a visão do VAR, nem tampouco da reavaliação do lance, se o foi feito. Mas esse não é o nosso reclamo. Essa não é a nossa posição. No campo, o jogo de 180 minutos terminou 2 a 2 e os critérios de gols qualificados levaram para uma vantagem do River. Esses assuntos não são objetos da nossa reclamação", esclareceu.

CONFIANÇA PARA O JULGAMENTO - Ao lado do CEO do Grêmio, Carlos Amodeo, do diretor jurídico do clube, Nestor Hein, do diretor adjunto jurídico Leonardo Lamachia e do executivo de futebol André Zanotta, Bolzan informou até o horário do julgamento deste sábado e exibiu otimismo ao projetar a chance de o River Plate ser punido e ficar fora das finais contra o Boca Juniors, confirmadas para ocorrer nos próximos dias 10 e 24 de novembro.

"O Grêmio entende que tem uma excelente causa, que tem fundamento, que tem razão em tudo o que postula, e está confiante no aguardo da decisão do Tribunal de Penas da Conmebol, que está marcado para sábado, por volta das 13h30. Já fomos notificados ontem (quarta-feira) do julgamento, e possivelmente se julgue em dois expedientes, um de ofício, que foi a própria Conmebol que instaurou para examinar essas situações, que deve ter sido feito em cima do relatório do delegado e da súmula do jogo, e todo esse levantamento que nós fizemos por conta da nossa reclamação, de todas as provas que juntamos. Vamos combinar: não há mais ambiente de esperteza, de malandragem, de tudo vale para ser campeão, que os fins justificam os meios, que as coisas vão se reger", afirmou o presidente gremista.

"O Grêmio vai combater isso e esperamos que seja provido nosso recurso para ter como consequência a reversão do escore para 3 a 0. Há precedentes de sobra para tudo isso, do Santos, da Chapecoense, em outras confederações, outras federações. Esperamos que seja feita justiça", completou o mandatário tricolor.

Após um grande jogo, o Boca Juniors mostrou a sua força, arrancou o empate por 2 a 2 contra o Palmeiras, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, e se garantiu na decisão da Copa Libertadores. Na última terça-feira (30), o River Plate já havia eliminado o Grêmio e garantido a vaga para a decisão. Será a primeira vez na história da competição que dois times da Argentina vão decidir o título.

O primeiro jogo da decisão acontecerá na próxima quarta-feira (7), no estádio de La Bombonera, casa do Boca Juniors, em Buenos Aires. Já o duelo da volta aconteceria no dia 28 do mesmo mês, mas pode ter a data alterada, pois dois dias depois terá início a reunião do G20 (principais países do mundo), na capital argentina, e o evento acontecerá próximo do estádio do River Plate.

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Caso a partida seja adiada, a finalíssima da competição continental deverá ocorrer no dia 5 de dezembro, no estádio Monumental de Núñez.

O River Plate chega à decisão com seis vitórias, cinco empates e apenas uma derrota - para o Grêmio, em Buenos Aires, na primeira partidas das semifinais. Já o Boca Juniors tem mesma campanha com seis triunfos, cinco empates e só um revés - para o Palmeiras, em casa, ainda na fase de grupos.

Eliminados da Libertadores, Palmeiras e Grêmio, os semifinalistas, agora focam as suas atenções para o Campeonato Brasileiro. O time alviverde lidera a competição nacional e o clube gaúcho está em quinto e briga para se aproximar das primeiras colocações.

Uma comitiva liderada pelo presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, e advogados do clube já está a caminho do Paraguai para pedir a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) a reversão dos pontos da segunda partida da semifinal da Copa Libertadores, contra o River Plate, em função do descumprimento do regulamento da competição por parte do técnico da equipe argentina, Marcelo Gallardo. Após ser derrotado por 2 a 1 no confronto de volta do mata-mata, o time gremista foi eliminado da competição na noite de terça-feira, em Porto Alegre.

Em meio aos inúmeros questionamentos extracampo, que culminaram com a eliminação do Grêmio, Gallardo também estava proibido pela Conmebol de se comunicar com o auxiliar técnico durante a partida e de ter contato com os atletas no vestiário. Além de descumprir as regras, o treinador argentino afirmou que faria tudo novamente. Direto do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, o vice jurídico do Grêmio, Nestor Hein, afirmou ao Estado que buscará a reversão dos pontos.

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"O Gallardo estava punido e mesmo assim foi ao vestiário, no intervalo, e deu instruções. No final do jogo, ele disse que não tinha cumprido a regra da Conmebol, que se orgulhava disso e que não faria diferente se pudesse voltar atrás. Então, já que há um descumprimento de regra, o Grêmio vai buscar os seus direitos", afirmou.

Nestor Hein ainda vai elencar dois casos envolvendo clubes brasileiros na Libertadores para tentar convencer a Conmebol a acatar o recurso gremista. Segundo o advogado, o Santos foi penalizado contra o Independiente, nas oitavas de final, após a Conmebol ter considerado irregular a escalação do meio-campista Carlos Sánchez. Além disso, o zagueiro Dedé, do Cruzeiro, foi expulso injustamente contra o Boca Juniors, no jogo de ida das quartas de final, teve a penalidade revertida pela organização da competição e pôde atuar na partida de volta. "A possibilidade existe. Vamos ver como o tribunal vai se comportar", assinalou.

A previsão de Nestor Hein é de que Conmebol se manifeste até esta quinta-feira sobre o recurso do Grêmio. Como o tribunal da Conmebol é de penas, não haverá, em um primeiro momento, oportunidade de defesa para o River Plate. O clube argentino somente poderá se pronunciar após a decisão da entidade.

A decisão de ajuizar a reclamação na Conmebol foi tomada nesta manhã de quarta-feira pelo Grêmio. "O Grêmio decidiu ajuizar reclamação por descumprimento do regulamento geral da competição e do regulamento disciplinar, em face da participação irregular do treinador do River Plate no vestiário durante o intervalo para instruções aos atletas do seu clube, assim como por meio de comunicação por rádio com seu auxiliar - estando ele suspenso pela Conmebol. A tipificação do fato está devidamente comprovada no artigo 176 do regulamento geral da competição e artigos 19, 56 e 76 do regulamento disciplinar da Conmebol", descreve.

Além disso, o Grêmio adverte que o primeiro gol do River Plate na última terça ocorreu em condição irregular, sem qualquer participação ou interferência do VAR, embora as imagens tenham constatado o fato de que a bola bateu no braço do atacante Borré após ele dar a cabeçada para empatar o duelo na arena gremista. "A Conmebol, antecipadamente aos jogos das semifinais, reuniu os clubes em sua sede e estabeleceu o fair play com vistas às disputas. Na ocasião, obteve concordância de todos os clubes em competir de forma limpa, cumprindo as regras do jogo, o que motiva o Grêmio a tomar suas providências", diz a nota.

Grêmio e River Plate têm três títulos da Copa Libertadores cada e entraram em campo nesta terça-feira (30)na Arena Grêmio, em Porto Alegre, para buscar a classificação pela sexta vez na história à final da competição. Quando tudo parecia que estava dando certo para o time gaúcho, que vencia por 1 a 0 até os 36 minutos do segundo tempo - mesmo placar do jogo em Buenos Aires -, o rival argentino achou forças para conseguir a virada por 2 a 1, com a ajuda do VAR (árbitro de vídeo, na sigla em inglês), e está na decisão pelos número de gols como visitante.

O adversário da decisão será conhecido nesta quarta-feira (31). Em São Paulo, o Palmeiras receberá o Boca Juniors e terá a missão de buscar uma boa vitória após ser derrotado por 2 a 0, em Buenos Aires. Os jogos das finais estão marcados pela Conmebol para serem disputados nos dias 7 e 28 de novembro.

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Os mandos de campo da decisão são definidos com o desempenho das equipes na fase de grupos. Assim, o River Plate, que ficou com a quarta melhor campanha, fará o segundo jogo da final em casa se o adversário for o arquirrival Boca Juniors, que terminou em 14.º lugar. Mas terá desvantagem contra o Palmeiras, já que o time paulista foi o melhor naquela etapa da competição.

Em campo, o Grêmio sofreu bastante. Com uma postura mais defensiva nos primeiros minutos, o time gaúcho foi acuado da intermediária para trás e passou por alguns sustos na etapa inicial. O River Plate chegava com perigo principalmente pelo lado direito, buscando o centroavante Lucas Pratto (ex-São Paulo), e em duas oportunidades os chutes passaram raspando a trave de Marcelo Grohe.

No momento em que era pressionado, o Grêmio conseguiu o seu gol. Aos 35 minutos, Alisson bateu escanteio pelo lado direito, a bola bateu na defesa argentina e sobrou na entrada da área para Leonardo Gomes. O lateral-direito finalizou de primeira, a bola pega em Lucas Pratto e entrou no canto direito da meta defendida por Armani.

Consciente de que o resultado faria o River Plate se abrir para buscar gols, o Grêmio começou a ter espaços no segundo tempo para os contragolpes. E em um deles, o atacante Éverton, que havia entrado aos oito minutos, perdeu a chance de definir a classificação aos 21. Ficou cara a cara com Armani, mas chutou em cima do goleiro.

Aos 26 minutos, com menos de 30 segundos em campo ao entrar no lugar de Paulo Miranda, Bressan recebeu o amarelo ao se desentender com Pinola antes da cobrança de um escanteio. Mais tarde, já nos acréscimos, esse cartão faria diferença, mas antes o River Plate conseguiu o empate. Aos 36, Martínez levantou a bola na área e Borré desviou pouco antes da pequena área para as redes. A bola resvalou no seu braço, mas ninguém viu isso na hora e o VAR não foi acionado.

Na base da pressão, o River Plate foi todo para frente e foi recompensado. Aos 43 minutos, Borré arriscou um chute da entrada da área e a bola bateu em Bressan. Escanteio e nada de reclamação em campo. Mas o árbitro de vídeo, comandado pelo uruguaio Leodan González, chamou o compatriota Andrés Cunha e foi constatado que a bola bateu no braço esquerdo do zagueiro, que estava aberto. Pênalti e cartão vermelho para o gremista, que ficou inconformado e quase agrediu o juiz da partida.

Depois de quase 10 minutos de paralisação e muita reclamação, Gonzalo Martínez fez a cobrança do pênalti com perfeição, deslocando Marcelo Grohe para o lado direito e colocando a bola no canto esquerdo da meta gremista. Com mais cinco minutos de acréscimos, o Grêmio foi todo ao ataque, mas não conseguiu o gol salvador.

FICHA TÉCNICA

GRÊMIO 1 x 2 RIVER PLATE

GRÊMIO - Marcelo Grohe; Leonardo Gomes, Pedro Geromel, Paulo Miranda (Bressan) e Cortez; Michel, Cícero, Maicon (Éverton), Ramiro e Alisson; Jael (Thaciano). Técnico: Renato Gaúcho.

RIVER PLATE - Armani; Montiel, Maidana, Pinola e Milton Casco; Palacios, Ponzio (Enzo Pérez), Ignacio Fernández (Gonzalo Martínez) e Quintero (Scocco); Borré e Lucas Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo.

GOLS - Leonardo Gomes, aos 35 minutos do primeiro tempo; Borré, aos 36, e Gonzalo Martínez (pênalti), aos 49 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Cícero, Cortez e Paulo Miranda (Grêmio); Gonzalo Martínez, Pinola e Enzo Pérez (River Plate).

CARTÃO VERMELHO - Bressan (Grêmio).

ÁRBITRO - Andrés Cunha (Fifa/Uruguai).

RENDA - R$ 4.477.119,50.

PÚBLICO - 49.893 pagantes (53.571 no total).

LOCAL - Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS).

Depois da conquista épica do River Plate, finalista da Copa Libertadores ao vencer de virada o Grêmio por 2 a 1, nesta terça-feira (30), em Porto Alegre, os jogadores argentinos deixaram claro que não importa o adversário na final - Palmeiras ou Boca Juniors - porque a confiança é muito grande no tetracampeonato.

O atacante Lucas Pratto, ex-Atlético-MG e são Paulo, não teve dúvida em dizer ao final do jogo, bastante molhado pela chuva. "Qualquer um é a mesma coisa porque queremos ser campeões". Para ele, o River Plate teve personalidade para buscar a virada. "O jogo foi parelho, tanto lá como aqui. Eles fizeram um gol de bola parada lá e nós fizemos aqui".

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Pratto foi um dos últimos a deixar o campo após ficarem minutos comemorando junto aos quatro mil torcedores argentinos presentes na Arena Grêmio. "A torcida sempre esteve do nosso lado, em todos os lugares. Nunca a gente se sentiu longe dela".

Scocco, ex-jogador do Internacional, também estava muito alegre com esta virada histórica e garantiu que o técnico Marcelo Gallardo não esteve nos vestiários, embora tenha sido flagrado com um rádio comunicador em um camarote. Isso é proibido para quem está suspenso por questões disciplinares.

Gallardo ainda tentou ir aos vestiários no intervalo. Se disfarçou com um boné, mas acabou denunciado pelo staff gremista e bloqueado pelo delegado da Conmebol.

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