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Nove dias depois de viver uma das maiores glórias de sua história, o River Plate protagonizou um verdadeiro vexame nesta terça-feira. O campeão sul-americano não foi páreo para o Al Ain, que fez a festa da torcida da casa nos Emirados Árabes Unidos ao eliminar o rival e garantir vaga na decisão do Mundial de Clubes. Depois do empate por 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação, os anfitriões levaram a melhor nos pênaltis, por 5 a 4.

O River pareceu ainda sentir os efeitos da comemoração da histórica vitória na decisão da Libertadores sobre o Boca Juniors, no último dia 9, em Madri, e teve apenas lampejos de bom futebol em campo. Não fosse Borré, autor de dois gols, a queda poderia ter vindo ainda antes. Mas nos pênaltis, Enzo Pérez parou nas mãos de Khalid e se transformou no vilão argentino.

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Com isso, o River se torna apenas o primeiro argentino a ir ao Mundial e cair nas semifinais. Trata-se, também, do quarto sul-americano a protagonizar este vexame, repetindo o que fizeram os brasileiros Internacional, contra o Mazembe em 2010, e Atlético-MG, diante do Raja Casablanca em 2013, além do colombiano Atlético Nacional, contra o Kashima Antlers em 2016.

Melhor para o Al Ain, primeiro representante dos Emirados Árabes a ir à decisão do torneio. Agora, a grande zebra do Mundial espera para conhecer seu adversário, que sairá do duelo entre o poderoso Real Madrid e o Kashima Antlers nesta quarta-feira, em Abu Dabi.

Quem esperava um River soberano viu o Al Ain exibir o mesmo ímpeto ofensivo das duas primeiras partidas. E enquanto os argentinos ainda se ambientavam, o time da casa disparou para o ataque e abriu o placar logo aos dois minutos. Após escanteio da direita, Pinola desviou contra o próprio gol e a bola passou sob Armani. A arbitragem, porém, anotou gol para Berg, que disputou com o zagueiro argentino.

Mas assim como repetiu o comportamento ofensivo, o Al Ain também demonstrou a mesma fragilidade defensiva das primeiras fases. E com a mesma facilidade que abriu o placar, permitiu a reação do River, que ameaçou pela primeira vez em chute de longe de Pity Martínez, aos oito.

Dois minutos mais tarde, saiu o empate. Pratto recebeu na área, bateu firme e parou em bela defesa de Khalid. No rebote, Palacios dividiu com o goleiro, Pratto tentou e Borré desviou para a rede. Embalado, Borré também foi o responsável pela virada aos 15, quando recebeu de Martínez e finalizou cruzado.

A expectativa era de que a virada tranquilizasse o River, mas o que se viu foi um relaxamento excessivo que impulsionou o Al Ain novamente ao ataque. Aos 25, Armani evitou o gol de El Shahat, e a arbitragem ignorou o toque de mão de Palacios no lance, mesmo após alerta do árbitro de vídeo. Nos acréscimos, o mesmo El Shahat marcou, mas, desta vez, Gianluca Rocchi ouviu o VAR e anulou o lance, alegando impedimento.

O apito ao fim do primeiro tempo foi um alívio para o River, mas apenas momentâneo. O segundo tempo trouxe um Al Ain esperançoso, que tomou o campo de ataque e empatou logo aos cinco minutos. O brasileiro Caio recebeu pela esquerda de Shiotani, cortou Maidana e encheu o pé para vencer Armani e marcar um belo gol.

Coube ao River, então, apostar novamente em Borré. Aos 13, o colombiano apareceu duas vezes, mas parou em grandes defesas de Khalid. Quando Casco invadiu a área pela esquerda e caiu, após contato com Ahmad, o time teve a melhor oportunidade de recuperar a liderança. Mas Martínez cobrou o pênalti no travessão e ampliou a angústia argentina.

O lance abalou o River, o ritmo do jogo diminuiu e veio a prorrogação. Gallardo lançou a campo Scocco, de volta após lesão, e ele foi o primeiro a levar perigo. Na etapa final, Pinola tentou de cabeça. Mas os argentinos pareciam exaustos e assistiram ao Al Ain ter a melhor chance, com Ahmad, aos 12 do segundo tempo. Armani salvou e garantiu a disputa de pênaltis.

As duas equipes foram perfeitas em suas primeiras cobranças. Armani chegou a tocar na bola em dois chutes do Al Ain, mas Caio, Shiotani, Al Ahbabi, Amer Abdulrahman e Yaslem converteram para o time da casa, enquanto Scocco, Quintero, Pratto e Borré marcaram para os argentinos. Na décima tentativa, porém, Pérez foi parado por Khalid, para delírio da torcida local.

 

FICHA TÉCNICA:

RIVER PLATE 2 (4) X (5) 2 AL AIN

RIVER PLATE - Armani; Montiel, Maidana, Pinola e Casco; Ponzio (De La Cruz), Palacios (Enzo Pérez), Nacho Fernández (Quintero) e Pity Martínez (Scocco); Borré e Lucas Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo.

AL AIN - Khalid; Ahmad, Ismail, Fayez e Shiotani; Barman (Amer Abdulrahman), Doumbia (Nader) e Mohamed Abdulrahman (Yaslem); Caio, El Shahat e Berg (Al Ahbabi). Técnico: Zoran Mamic.

GOLS - Berg, aos três, e Borré, aos 10 e aos 15 minutos do primeiro tempo. Caio, aos cinco minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Gianluca Rocchi (Fifa/Itália).

CARTÕES AMARELOS - Pinola, Borré, Casco, De La Cruz (River Plate); El Shahat, Caio, Ahmed (Al Ain).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Hazza Bin Zayed Stadium, em Al Ain (Emirados Árabes Unidos).

Empolgado pela vitória na final da Copa Libertadores contra o Boca Juniors, o River Plate vai iniciar a sua trajetória no Mundial de Clubes da Fifa a partir das 14h30 (de Brasília) desta terça-feira. O adversário será o atual campeão dos Emirados Árabes Unidos, o Al Ain, que aproveitou o fator casa para avançar duas fases no torneio e chegar às semifinais.

Apesar de ser visitante no duelo, o River Plate ainda conta com a motivação por ter superado o maior rival na grande decisão Copa Libertadores, no último dia 9. O time treinado pelo técnico Marcelo Gallardo ignorou a perda do mando de campo, em razão de pedras atiradas por torcedores ao ônibus do Boca Juniors, e ganhou o duelo disputado em Madri, no estádio Santiago Bernabéu, por 3 a 1 após a prorrogação.

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Amplo favorito para o confronto, Gallardo fez questão de frear esta empolgação. "É preciso colocar as coisas no lugar e esta equipe sabe fazê-lo. Este grupo entende que além de obter uma conquista importante, é preciso fazer com que isso jogue positivamente. Temos que focar. Os primeiros dias foram de alegria, euforia, festas, mas quando chegamos aqui, começamos a focar no que vem com boas sensações. Se nos deixarmos levar pela euforia, podemos nos dar mal", declarou.

Ausente na decisão continental, Ignacio Scocco está recuperado de lesão na panturrilha e poderá voltar a jogar depois de um mês e meio inativo. Além do atacante, que deverá começar a partida no banco de reservas, Rafael Borré voltará a ficar disponível após cumprir suspensão contra o Boca Juniors, mas disputa posição com Ignacio Fernández e Juan Quintero.

Os três jogadores oferecem possibilidades diferentes a Gallardo. Se escolhido, Borré faria dupla de ataque com Lucas Pratto, enquanto que Fernández deixaria o meio de campo mais equilibrado. Herói do título contra o Boca Juniors, Quintero pode fazer o papel de armador e tem o chute de fora de área como carro-chefe.

Se o River Plate está embalado, o Al Ain pode dizer o mesmo, já que conta com o apoio da torcida e passou por dois confrontos eliminatórios no Mundial. O time da casa sofreu na fase preliminar contra o Team Wellington, da Nova Zelândia, mas conseguiu empatar a partida depois de sofrer três gols e conquistou a vaga nos pênaltis. Nas quartas de final, triunfo sem dificuldade sobre o Espérance, da Tunísia, por 3 a 0.

O time que vai jogar a semifinal deve ser o mesmo que vem de vitória nas quartas de final. O destaque do time é meia-atacante Caio, ex-atleta das categorias de base do São Paulo, mas que começou carreira profissional no Kashima Antlers, do Japão.

"River é um time de elite com grande potencial, por isso devemos nos preocupar com eles. Devemos fazer um grande esforço se quisermos conseguir o resultado positivo. Se pudermos dar o nosso melhor, tenho certeza de que será uma grande partida", disse Caio. "Minha vontade é dar tudo que eu puder pelo time, seja com gols ou assistências. Neste momento, só penso em ajudar minha equipe a conseguir grandes resultados, é esse meu objetivo", completou.

No estádio Tahnoun Bin Mohammed, neste domingo, nos Emirados Árabes, o River Plate fez mistério e realizou treino fechado em sua preparação para o jogo contra o anfitrião Al Ain, na terça-feira, às 14h30 (de Brasília), na casa do rival, pelas semifinais do Mundial de Clubes da Fifa.

No sábado, o técnico Marcelo Gallardo também realizou treino fechado, mas autorizou os jornalistas a acompanharem a segunda metade da atividade, com a condição de não registrarem nenhuma imagem, mesmo com celulares.

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Também no sábado, o River Plate pôde conhecer de perto o seu adversário nas semifinais. O time treinou pela manhã (no horário local) e depois foi ao estádio local acompanhar a vitória do anfitrião Al Ain sobre o Espérance, da Tunísia, por 3 a 0, pelas quartas de final do Mundial. Essa será a segunda participação do River no Mundial de Clubes da Fifa, após a edição de 2015, quando chegou à final e foi derrotado pelo Barcelona.

Nesta segunda-feira, véspera da partida, o River fará o reconhecimento do Hazza Bin Zayed Stadium, palco do duelo de terça, quando espera se classificar para uma provável decisão contra o Real Madrid. O time espanhol também estreará na competição nas semifinais, contra o Kashima Antlers, do Japão, na quarta-feira, quando defenderá o seu favoritismo diante do atual campeão asiático.

Vencedor de três das últimas quatro edições do Mundial de Clubes da Fifa, o Real Madrid chegará a esta edição da competição, que começa nesta quarta-feira, nos Emirados Árabes Unidos, sem possuir o favoritismo gigante que sempre ostentou em suas outras participações no torneio. Embora ainda conte com um elenco estelar, o time espanhol ainda se ressente da saída de Cristiano Ronaldo, hoje jogador da Juventus, e conta com um técnico Santiago Solari ainda em fase de afirmação como comandante da equipe merengue.

O favoritismo do Real está em xeque por uma série de motivos. Após a saída do treinador Zinedine Zidane, ocorrida de forma surpreendente logo depois do final da última temporada europeia, Julen Lopetegui fracassou como substituto do ídolo francês. E hoje o time tenta voltar a engrenar em um novo ciclo no qual amargou uma série de resultados surpreendentes, como por exemplo uma derrota por 3 a 0 para o modesto Eibar, sofrida no mês passado.

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A fase instável do Real se reflete na tabela do Campeonato Espanhol, no qual a equipe ocupa apenas a quarta posição, cinco pontos atrás do líder Barcelona. Na Liga dos Campeões, o time já assegurou classificação às oitavas de final, mas chegou a ser batido por 1 a 0 pelo CSKA Moscou, na Rússia, em outubro, mesmo mês em que foi superado pelo Levante por 2 a 1 e acabou goleado por 5 a 1 pelo Barcelona, derrota determinante para a demissão de Lopetegui.

O River Plate, que conquistou o título da Copa Libertadores na final do último domingo contra o Boca Juniors, disputada curiosamente no estádio do Real, é a principal ameaça ao favoritismo do time espanhol. O clube argentino é um forte candidato a reeditar o feito obtido pelo Corinthians, última equipe da América do Sul a conquistar o Mundial de Clubes, em 2012, no Japão.

"O principal objetivo era a Libertadores, que leva ao Mundial. Depois de ganhar a final contra o Boca, dizemos: 'E agora?'. Bom, vem isto, vamos nos preparar e tratar de jogar a final", projetou o técnico Marcelo Gallardo, admitindo que não será fácil fazer o seu grupo de jogadores se concentrar agora apenas na luta pelo título em Abu Dabi depois de ter superado o Boca Juniors por 3 a 1 na decisão histórica do último domingo, em Madri.

"Vai ser difícil focar, porque vivemos algo extraordinário, que não será repetido. Então, é um 'bônus' que vamos ter e ver se podemos focar, preparar da melhor maneira, mesmo sem muito tempo", reforçou o comandante.

Depois disso, o Bayern de Munique ficou com a taça em 2013, o Real se consagrou campeão em 2014, 2016 e 2017 e neste período o Barcelona também ergueu o troféu em 2015. Em meio a este cenário de domínio europeu, o Chivas, do México, e o japonês Kashima Antlers, do Japão, surpreendente vice-campeão mundial de 2016 e que conta com o meia brasileiro Serginho, são os outros times que figuram como maiores postulantes, logo atrás do River, a lutar pelo título da competição.

Com chancela da Fifa há apenas 18 anos, o Mundial de Clubes só teve três campeões não europeus, sendo que todos são do Brasil: o Corinthians, com as taças obtidas em 2000 e 2012; o São Paulo, em 2005; e o Internacional, em 2006. O Vasco, em 2000, o Santos (2011) e o Grêmio (2017) foram vice-campeões como representantes do País neste período, assim como ocorreu com os argentinos Boca Juniors (2007), Estudiantes (2009), San Lorenzo (2014) e River Plate (2015).

Desta forma, o Real também defenderá uma hegemonia europeia que, caso não seja mantida, significará a consagração de um campeão inédito nos Emirados Árabes desde que o Mundial passou a ser organizado pela Fifa.

Esta edição do evento será aberta nesta quarta-feira com a partida entre o Al Ain, representante do país-sede, contra o Team Wellington, da Nova Zelândia, às 13h30 (de Brasília). No sábado, o vencedor deste duelo vai encarar o Espérance, da Tunísia, atual campeão africano, na luta por uma vaga na semifinais. Também no sábado, Kashima e Chivas medem forças em outro confronto que vale lugar na semi.

Se confirmar favoritismo na semifinal, o River terá pela frente na decisão do dia 22 de dezembro o vencedor do duelo que o Real Madrid fará contra quem levar a melhor na partida entre Kashima e Chivas. Assim como o time argentino, a equipe madrilenha estreará diretamente nas semifinais, no dia 19. A estreia do River será na próxima terça-feira, quando pegará o Espérance ou o vencedor do confronto entre o Al Ain e o Team Wellington.

Um dia depois de conquistar o seu quarto título da Copa Libertadores, obtido com uma vitória por 3 a 1 sobre o Boca Juniors, em Madri, o River Plate confirmou nesta segunda-feira uma lista de 23 jogadores inscritos no Mundial de Clubes da Fifa, que começará na quarta, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.

Assim como já se esperava, a listagem não trouxe surpresas, mas contou com a presença de Enrique Bologna, terceiro goleiro da equipe, recuperado de uma lesão no joelho esquerdo. Ele chegou a ser operado em outubro por causa do problema. Já o defensor Luciano Lollo, lesionado, acabou ficando fora deste grupo do time argentino para a competição.

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Depois de triunfar no estádio Santiago Bernabéu no domingo e ganhar folga nesta segunda-feira na capital espanhola, o grupo de atletas River partirá de Madri rumo a Abu Dabi na terça.

A estreia dos comandados do técnico Marcelo Gallardo no Mundial ocorrerá apenas no dia 18 de dezembro, em confronto válido pelas semifinais, fase em que terá pela frente o ganhador da partida entre o Espérance, da Tunísia, e o vencedor do duelo entre o Al Ain, do país anfitrião, e o Team Wellington, da Nova Zelândia, atual campeão da Oceania. Esta última partida abrirá o torneio nesta quarta-feira, às 13h30 (de Brasília).

Se confirmar favoritismo na semifinal, o River terá pela frente na decisão do dia 22 de dezembro o vencedor do duelo que o Real Madrid fará contra quem levar a melhor na partida entre Kashima Antlers, do Japão, e Chivas, do México. Assim como o time argentino, a equipe madrilenha estreará diretamente nas semifinais, no dia 19.

Confira a lista de inscritos do River Plate para o Mundial:

Goleiros - Franco Armani, Germán Lux e Enrique Bologna.

Defensores - Jonatan Maidana, Jorge Moreira, Milton Casco, Javier Pinola, Lucas Martínez Quarta e Gonzalo Montiel.

Meio-campistas - Bruno Zuculini, Juan Quintero, Gonzalo Martínez, Nicolás De La Cruz, Exequiel Palacios, Camilo Mayada, Leonardo Ponzio, Enzo Pérez e Ignacio Fernádez.

Atacantes - Rodrigo Mora, Julián Álvarez, Rafael Santos Borré, Lucas Pratto e Ignacio Scocco.

Se jogou em Madri, mas o sofrimento e celebração foram absolutos em Buenos Aires. O River Plate se consagrou campeão da Copa Libertadores após vencer o clássico contra o rival Boca Juniors no domingo, por 3 a 1, na prorrogação, no Santiago Bernabéu, em uma final que durou quase um mês e incluiu um adiamento por temporal e depois sua suspensão e mudança à capital espanhola por casos de violência, um fato inédito na história do torneio sul-americano.

Apesar do desgosto provocado nos torcedores das equipes pela disputa da partida decisiva pelo título na Europa, cada um deles a viveu em Buenos Aires com a mesma intensidade, sofrimento, emoção e loucura que se tivesse sido jogada no campo rival.

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Milhares de torcedores do River Plate - estimados 60 mil - festejaram no Obelisco na noite de domingo a quarta Libertadores conquistada pelo clube. Durante a madrugada, houve incidentes de violência, com torcedores jogando pedras e outros objetos contra policiais, o que provocou a detenção de pelo menos vinte pessoas, ainda que 2 mil agentes tivessem sido destacados para fazer a segurança no centro de Buenos Aires.

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Também não faltaram provocações. "Um minuto de silêncio para o Boca que está morto", cantavam os torcedores, em êxtase, quando davam uma volta olímpica ao redor do Obelisco agitando bandeiras vermelhas e brancas sob chuva torrencial que, em seguida, dissipada, deu lugar a um arco-íris.

Os torcedores ainda exaltaram o técnico Marcelo Gallardo, um dos maiores ídolos da história do River Plate. E também houve insultos ao presidente da Argentina, Mauricio Macri, que comandou o Boca durante mais de uma década, antes de se lançar na vida política. "Parabéns ao River e a todos os seus torcedores pela vitória neste jogo histórico. Nós do Boca sabemos que o futebol sempre permite a revanche", escreveu em seu perfil no Twitter.

Outras centenas de torcedores gritavam "dá-lhe campeão, dá-lhe campeão" em frente ao Monumental de Nuñez, onde deveria ter sido disputada a final, mas a Conmebol a retirou de lá como punição ao River após o ataque de um grupo de torcedores ao ônibus que levava os jogadores do Boca Juniors para a disputa da finalíssima, inicialmente marcada para 24 de novembro. Além disso, se ouviu buzinaços de carros e motocicletas nas ruas de Buenos Aires. E a festa dos torcedores também ocorreu em diversas cidades das diferentes províncias da Argentina.

No sul de Buenos Aires, havia desolação. Muitos torcedores do Boca viram o encontro nos arredores do estádio La Bombonera, onde em 11 de novembro as equipes empataram por 2 a 2 no jogo de ida da final.

Choraram de alegria pelo gol de Darío Benedetto que deu ao Boca a vantagem provisória no primeiro tempo e acabaram desconsolados em frente à imagem do capitão do River, Leonardo Ponzio, levantando a Libertadores após o triunfo por 3 a 1, definido na prorrogação.

Vários culparam o técnico Guillermo Barros Schelotto pelas substituições e outros simplesmente saíram com a cabeça baixa ansiando por uma vingança, mas em solo argentino.

A mais longa das finais da Copa Libertadores está nas mãos do River Plate. Em um jogo dramático, o time venceu o Boca Juniors por 3 a 1, de virada, neste domingo, em Madri, na Espanha. Os gols da vitória foram marcados no segundo tempo da prorrogação após empate por 1 a 1 no tempo normal. O Boca se mostrou um time aguerrido e jogou com dez jogadores após a expulsão de Barrios no segundo tempo e acertou uma bola na trave no final da prorrogação. De virada, o River Plate conseguiu uma vitória épica sobre o maior rival.

Foi o quarto título da equipe na Libertadores. Está classificado para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa, que começa já na quarta-feira nos Emirados Árabes Unidos. A estreia do representante sul-americano será no dia 18.

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A final deveria ter sido realizada no dia 24 de novembro, em Buenos Aires, mas foi adiada por causa do ataque ao ônibus do Boca Juniors por parte de torcedores do River Plate a poucas horas do início daquele jogo. Madri foi escolhida pela Conmebol para receber o jogo decisivo. A Libertadores, assim, encerra a edição mais insólita de sua história.

Exatamente como havia previsto o técnico do Boca, Guillermo Schelotto, a partida foi truncada e amarrada. Muito mais pegada que o jogo de ida (2 a 2 na Bombonera). Não havia espaço. O campo "encolheu" tamanha a dedicação dos jogadores à marcação. Toda bola era dividida com carrinho, cara feia e faísca. O espetáculo ficou em segundo plano. Curiosamente, o primeiro cartão amarelo só saiu aos 27 do primeiro tempo para Ponzio.

Os inúmeros erros de passe escancaravam o nervosismo dos rivais, principalmente do River Plate. No final do primeiro tempo, o time de Marcelo Gallardo (fora do banco de reservas por suspensão) não acertou nenhum chute a gol. O Boca começou melhor escorado em um esquema com três atacantes: Benedetto, Pavón e Villa.

O time xeneize soube jogar pelas pontas. Aos 9 minutos, Olaza cruzou, Maidana tentou o corte, mas quase fez gol contra. Na sequência, Perez aproveitou o escanteio, mas chutou em cima do goleiro Armani. Vinte minutos depois, a melhor chance do jogo até então veio com Perez (de novo). Ele chutou cruzado, mas o volante Nández não alcançou para fazer o primeiro gol.

As torcidas tomaram posse do Santiago Bernabéu, com gritos, cantos e bandeiras. Os agentes de segurança só não permitiram as faixas. Atrás de cada gol, um pequeno setor das arquibancadas foi fechado para separar as duas torcidas. Em todos os detalhes, a arena espanhola virou um estádio sul-americano. Os argentinos que percorreram os 10 mil quilômetros de Buenos Aires a Madri levaram para o estádio a mania quase religiosa de cantar o jogo todo. Sem parar. Mostraram aos europeus um jeito próprio de torcer. Paixão tipo exportação.

O jogo deste domingo começou muito antes do apito do árbitro Andrés Cunha. No dia 24 de novembro, o ônibus do Boca Juniors foi alvo de pedradas antes de acessar o estádio Monumental. Jogadores feridos, partida adiada. Depois de dias de entrave para decidir um novo local, a Conmebol anunciou que a partida seria fora da América do Sul, causando insatisfação e reclamação dos dois times. O Boca queria ser declarado campeão, o River queria jogar em seu estádio. Nesse contexto, cada dividida trazia a rivalidade histórica atualizada pelas polêmicas recentes.

O jogo destravou no final do primeiro tempo quando os times aceleraram as jogadas pelos lados do campo. O jogo ficou lá e cá. Foi assim que o Boca abriu o placar aos 43. Depois que o River errou um cruzamento, o uruguaio Nández deu passe excelente em profundidade para Benedetto, que deu um corte espetacular no zagueiro Maidana e tocou na saída de Armani. Golaço. Foi o quinto gol do atacante, carrasco do Cruzeiro e Palmeiras nas fases anteriores da Libertadores e que já havia marcado na primeira partida da final.

O River Plate adiantou suas linhas para jogar no campo do Boca Juniors e tirou Ponzio, que exagerou nos erros de passe. Entrou Quintero. Mais presente no ataque, os jogadores do River reclamaram muito de uma trombada de Pratto no goleiro Andrada. Queriam pênalti, mas o árbitro nada marcou. Aos 22 minutos, os meias do River, que vinham com uma atuação discreta, mostraram sua qualidade técnica. Fernández tabelou com Palacios e rolou para Lucas Pratto empurrar para as redes. Empate do River: 1 a 1. Pratto, conhecido do torcedor brasileiro pela passagem no Atlético-MG e São Paulo, também completou seu quinto gol no torneio.

O River conquistou transformar seu sistema tático, passou a jogar nas costas dos volantes do Boca e se aproximou da vitória. O time de Gallardo também esteve mais inteiro fisicamente no final do jogo. A superioridade aumentou com a expulsão de Barrios, ainda no primeiro tempo da prorrogação. E virou vantagem numérica no início da etapa final. Quintero, que entrou no lugar de Ponzio e modificou o jogo taticamente, acertou um belo chute no ângulo. Virada do River.

Mesmo com um jogador a menos e Fernando Gago, contundido, sem condições de jogo, o Boca foi à frente e acertou um bola na trave no último minuto da prorrogação. Após a cobrança de escanteio, em que o goleiro Andrada foi ao ataque, o River definiu o placar com Martínez finalizando com o gol vazio.

 

FICHA TÉCNICA:

RIVER PLATE 3 x 1 BOCA JUNIORS

RIVER PLATE - Armani; Montiel (Mayada), Maidana, Pinola e Casco; Pérez, Ponzio (Quintero), Palacios (Álvarez) e Fernández (Zuculini); Martínez e Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo.

BOCA JUNIORS - Andrada; Buffarini (Tevez), Magallán, Izquierdoz e Olaza; Nández, Barrios e Pérez (Gago); Pavón, Benedetto (Ábila) e Villa (Jara). Técnico: Guillermo Schelotto.

GOLS - Benedetto, aos 43 minutos do primeiro tempo. Pratto, aos 22 do segundo tempo. Quintero, aos 3, e Martínez, aos 16 minutos do segundo tempo da prorrogação.

CARTÕES AMARELOS - Ponzio, Pérez, Fernández, Maidana e Casco.

CARTÃO VERMELHO - Barrios

ÁRBITRO - Andrés Cunha (Uruguai).

RENDA - Não divulgada.

Público - 62.282 pagantes.

LOCAL - Estádio Santiago Bernabéu, em Madri (Espanha).

Após a violência ocorrida antes da partida final da Libertadores, em Buenos Aires, River Plate e Boca Juniors se enfrentam hoje (9), às 17h30 (de Brasília), no estádio Santiago Bernabéu, em Madri. É a primeira vez que a Taça Libertadores terá jogo disputado em território europeu. A medida foi adotada pela Comenbol, por questão de segurança, depois que o ônibus com os atletas do Boca foi apedrejado por torcedores do River há 15 dias.

Temendo episódios de violência, o governo espanhol disponibilizou cerca de 4 mil policiais entre agentes públicos e privados. Em Madri, na véspera do jogo deste domingo, torcedores do Boca e River escolheram locais distintos para se reunir a fim de assistir à partida de logo mais.

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A diretoria do River tentou evitar a transferência do jogo para a capital esánhola, alegando que se a decisão fosse no Monumental, na capital argentina, as arquibancadas estariam ocupadas apenas por seus torcedores, como ocorreu no primeiro jogo da final na Bombonera. Segundo eles, com a mudança para Madri, as duas torcidas vão dividirão as arquibancadas do Bernabéu. Para os diretores, a presença da torcida do Boca é uma vantagem concedida ao clube adversário.

Já os drietores do Boca chegaram a sinalizar que a sua equipe não disputaria a final em Madri. Eles reivindicavam que o arquirrival fosse desclassificado como punição pela violência contra seus jogadores. O técnico Guillermo Barros Schelotto, por exemplo, fez discurso duro contra o episódio que gerou a decisão do torneio para um país europeu.

A expectativa é que o Boca entre em campo com a formação anterior, com Sebastián Villa e Ramón Ábila no setor ofensivo.

Prováveis escalações:

River Plate: Armani; Montiel, Martínez Cuarta, Maidana, Pinola e Casco; Palacios, Ponzio, Pérez e Pity Martínez; Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo.

Boca Juniors: Andrada; Jara, Izquierdoz, Magallán e Olaza; Nández, Barrios e Pérez; Villa, Pavón e Ábila. Técnico: Guillermo Barros Schelotto.

Árbitro da partida : Andrés Cunha (Uruguai), auxiliado pelos compatriotas Nicolás Tarán e Mauricio Espinosa.

 

*Com informações da Agência EFE.

O técnico Marcelo Gallardo comandou nesta sexta-feira o penúltimo treino do River Plate antes da decisão da Libertadores. No CT do Real Madrid, o treinador fechou a atividade à imprensa e fez mistério sobre a escalação que encara o Boca Juniors no domingo, no estádio Santiago Bernabéu.

Apesar do mistério, Gallardo tem a maior parte da escalação do River Plate encaminhada. Dez titulares parecem já ter a presença definida: Armani; Montiel, Maidana, Pinola e Casco; Exequiel Palacios, Ponzio, Enzo Pérez e Pity Martínez; Lucas Pratto.

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Resta, então, saber quem será o 11.º titular. De acordo com a imprensa argentina, Gallardo tem quatro opções para a vaga, sendo que cada uma delas representa uma formação tática diferente.

Se mantiver o esquema mais defensivo utilizado no jogo de ida, no empate por 2 a 2 em La Bombonera, Gallardo escalará o zagueiro Martínez Quarta ao lado de Maidana e Pinola, compondo o trio de zaga e formando o 3-6-1. Scocco, recuperado de contusão, pode entrar ao lado de Pratto, deixando a equipe em um clássico 4-4-2.

As outras duas opções resultariam em um 4-5-1, mas com estilos diferentes. Se escolher Nacho Fernández, Gallardo escalará o River com três volantes. Nos últimos dias, porém, ganhou força o nome do jovem Julián Alvarez, de 18 anos, que poderia compor uma trinca de meias com Enzo Pérez e Pity Martínez, com Lucas Pratto isolado no ataque.

Gallardo deve revelar a escalação somente momentos antes da partida. Depois das cenas de violência do último dia 24, nas cercanias do Monumental de Núñez, o River precisa de uma vitória simples domingo, em Madri para conquistar o título. Um novo empate leva a decisão para a prorrogação.

Festejado por um grupo de cerca de 20 torcedores que o aguardavam no aeroporto de Madri, o time do River Plate desembarcou na capital espanhola nas primeiras horas desta quinta-feira visando o jogo de volta da final da Copa Libertadores, neste domingo, contra o Boca Juniors, às 17h30 (de Brasília), no estádio Santiago Bernabéu.

A equipe está hospedada no hotel onde se concentra para a decisão e fará o seu primeiro treino em solo espanhol nesta tarde, às 15 horas (de Brasília), no CT do Real Madrid. Já na manhã desta quinta, a equipe do Boca treinou em um dos campos do CT da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), em Las Rozas, depois de ter desembarcado na Espanha na última quarta.

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Na chegada em Madri, Leonardo Ponzio, meio-campista e capitão do River Plate, lamentou o fato de que o seu time não poderá atuar no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, após o confronto de volta da decisão, marcado para ocorrer no dia 24 de novembro, ter sido adiado por causa dos ataques de alguns torcedores da equipe ao ônibus do Boca Juniors, nas imediações do estádio.

Após seguidos adiamentos, a Conmebol optou por não realizar o confronto na capital argentina e o levou para Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid, fato que impedirá a presença no estádio da maioria dos torcedores que foram ao Monumental de Núñez no último dia 24. "Há muitas pessoas que ficaram magoadas, mas não vamos remediá-las com palavras, mas com resultados. As 66 mil pessoas que estiveram no Monumental vão nos ajudar e vão estar conosco (em pensamento). Vamos defendê-los em campo", disse Ponzio ao jornalistas no aeroporto da capital espanhola.

O confronto de ida da final, realizado no estádio de La Bombonera, terminou empatado por 2 a 2. Como os gols marcados fora de casa não têm peso para efeito de desempate na decisão, o River precisará vencer para garantir o título sem a disputa de pênaltis, que ocorrerá em caso de nova igualdade no placar. "Está tudo igualado. E resta um jogo que é único em qualquer contexto, ainda mais agora por ser fora da América do Sul", completou Ponzio.

A delegação do Boca Juniors deixou a Argentina rumo à Espanha na madrugada desta quarta-feira sob o apoio de sua fanática torcida. Centenas de fãs fizeram uma festa na saída do ônibus do clube de Buenos Aires para o aeroporto. O clube vai desembarcar nesta quarta em Madri, onde disputará no domingo a segunda partida da final da Copa Libertadores.

O grande grupo de torcedores cercou o veículo com cânticos, fogos de artifício, bandeiras e buzinaço, na noite de terça. A delegação embarcou para a Europa na madrugada. O clube espera ser recebido também com festa na capital espanhola pelos torcedores argentinos que moram na cidade.

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Madri vai receber de forma excepcional a finalíssima da Libertadores deste ano em razão dos incidentes ocorridos com os jogadores do Boca a poucas horas da partida marcada inicialmente para o dia 24, no Monumental de Núñez, estádio do rival River Plate.

A poucas horas do início da partida, torcedores do River atacaram com pedras o ônibus que levava a delegação do Boca. Dois jogadores ficaram machucados e boa parte foi afetada por gás de pimenta. O jogo foi adiado para o dia seguinte, 25, mas também não ocorreu.

Após polêmicas e insatisfações por parte dos dois clubes, a finalíssima foi transferida pela Conmebol para o estádio Santiago Bernabéu, do Real Madrid. Embora tenha viajado normalmente nesta madrugada, o Boca havia pedido para ser declarado o campeão sem precisar disputar o segundo jogo em razão dos distúrbios ocorridos nas proximidades do estádio do River. Já o rival pediu para a partida ser realizada no mesmo local.

A delegação do River Plate deve embarcar para a Espanha na manhã desta quarta. A final está marcada para este domingo, às 17h30 (horário de Brasília), em Madri.

O Ministério Público Fiscal da Cidade Autônoma de Buenos Aires comunicou nesta terça-feira a prisão de Matias Sebastian Nicolas Firpo, torcedor do River Plate, pela acusação de ter cometido vários delitos durante os incidentes de ataque ao ônibus do Boca Juniors em 24 de novembro, durante a chegada do ônibus do clube ao Monumental de Núñez para a finalíssima da Copa Libertadores, que acabou não sendo realizada.

Firpo foi detido na sua residência em Lomas del Mirador, cidade localizada na região da Grande Buenos Aires. E enfrentará diversas acusações, como dano, pequenas lesões intencionais, impedir a realização de um evento esportivo, ataque a autoridades e formação de quadrilha.

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A prisão de Firpo, de 31 anos, foi determinada pela investigação do Ministério Público liderada pela procuradora Adriana Bellavigna. E a sua identificação foi possível a partir do uso de imagens de redes sociais e também de câmeras de segurança localizadas nas proximidades do estádio do River.

As autoridades também explicaram que Firpo entrou no Monumental de Nuñez após o incidente que provocou o adiamento da decisão da Libertadores. E também apontou que o agressor buscou mudar a sua aparência física nos dias seguintes ao ataque, o que dificultou a sua identificação.

"Os investigadores conseguiram estabelecer a trajetória da Firpo desde os incidentes até a entrada no estádio do River Plate e assim obter sua identidade através dos respectivos controles ali localizados, após terem revisado inúmeras câmeras do estádio. A partir daí, trabalhamos na identificação confiável dessa pessoa por meio de diferentes bancos de dados. Além disso, foi feito um levantamento das redes sociais em que o acusado aparece. Como Matías Sebastián Nicolás Firpo mudou sua aparência física após os incidentes, os investigadores tiveram que avaliar diferentes fotos obtidas nas redes sociais que mostram as mudanças físicas do acusado durante os meses anteriores a 24 de novembro", explica.

Após o empate por 2 a 2 em La Bombonera, na partida de ida, River Plate e Boca Juniors deveriam ter decidido o título da Libertadores no último dia 24. Momentos antes da partida, no entanto, o ônibus do Boca foi apedrejado pela torcida rival quando se aproximava do Monumental de Núñez.

Alguns jogadores se feriram, como o capitão Pablo Pérez, que lesionou o braço e o olho, o que fez com que a Conmebol alterasse o horário da partida em duas oportunidades. Após um acordo entre os clubes, o jogo foi adiado para o dia seguinte, quando, então, foi suspenso.

De lá para cá, o Boca tentou sagrar-se campeão sem entrar em campo, enquanto o River exigia disputar a partida decisiva em seu estádio. A Conmebol, no entanto, ordenou que a partida seja realizada no próximo sábado, no Santiago Bernabéu, em Madri, às 17h30 (horário de Brasília).

Na manhã deste sábado (1º), O River Plate se pronunciou oficialmente a respeito da decisão da Conmebol de transferir a final da Copa Libertadores para o estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, na Espanha. 

Em nota, o River deixou explícita sua insatisfação com a mudança de local da final, e afirmou que se recusa a disputar a decisão, pelo fato de se sentir prejudicado ao perder a condição de mandante, que teria em seu estádio, o Monumental de Nuñez.

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Confira a nota:

A partir da apresentação feita ontem, sexta-feira 30 de novembro, antes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), o River Plate confirma sua recusa em mudar de local. O clube entende que esta decisão desnaturaliza a competição, prejudica os torcedores que adquiriram ingresso e afeta a igualdade de condições a partir da perda da condição de mandante.

A responsabilidade pela falha na operação de segurança no sábado dia 24, ocorrida fora do perímetro do evento, foi assumida abertamente pelas mais altas autoridades do Estado. Isto equivale a dizer que o River Plate lamenta, se solidariza, mas não há responsabilidade do clube.

Mais de 66 mil torcedores no estádio aguardaram pacientemente durante cerca de oito horas no sábado e voltaram a fazer pela segunda vez no domingo. A estes torcedores se nega agora, sem justificativa, a possibilidade de assistir ao espetáculo, em virtude da evidente diferença de custos e a distância da sede eleita (Santiago Bernabéu).

É incompreensível que o clássico mais importante do futebol argentino não possa ser disputado com normalidade no mesmo após que nestes dias recebe o G-20. O futebol argentino em seu conjunto, e a Associação do Futebol Argentino (AFA) não podem e não devem permitir que alguns violentos atrapalhem a disputa do Superclássico em nosso país.

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O River Plate emitiu nota oficial neste sábado para protestar contra a imposição de enfrentar o Boca Juniors em Madri, pela partida de volta da final da Copa Libertadores. A decisão de transferir a sede do jogo para o Santiago Bernabéu, estádio do Real Madrid, para o duelo ser realizado no dia 9, foi comunicada pela Conmebol nesta sexta-feira.

O River listou três razões para sustentar sua posição. De acordo com o clube, a responsabilidade pela falta de segurança nos arredores do Monumental de Nuñez, onde aconteceu o ataque contra o ônibus do Boca Juniors, no último dia 24, é dos órgãos de segurança pública da Argentina.

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Outro argumento utilizado pelo River foi que 66 mil pessoas compraram ingressos para assistir ao jogo no Monumental de Nuñez, portanto elas seriam "injustamente" lesadas se a partida não acontecer no estádio do clube "em razão da evidente diferença entre a distância e os custos para chegar à sede escolhida".

Por fim, o River Plate afirmou que "não é compreensível" que o clássico mais importante da Argentina não possa ocorrer no mesmo país que sedia a reunião do G20, cúpula em que líderes das maiores economias do mundo estão reunidos.

"O futebol argentino, em conjunto com a Associação de Futebol Argentino (AFA) não podem nem devem permitir que um punhado de pessoas violentas impeçam a realização do 'Superclássico' em nosso país", diz o fim da nota emitida pelo River. Na partida de ida, em La Bombonera, estádio do Boca Juniors, as equipes empataram por 2 a 2, no dia 11 de novembro.

Após negociação que durou quase uma semana, a Conmebol revelou que o segundo jogo da final da Libertadores 2018, entre River Plate e Boca Juniors, será realizada no dia 9 de dezembro, às 17h30 (horário de Brasília) no estádio Santiago Bernabéu, em Madrid, Espanha. A confirmação da data e local da partida veio através do jornal argentino La Nación. 

A possibilidade do clássico da final da Libertadores ser realizado na capital espanhola veio à tona na tarde desta quinta-feira (29) e o Boca anunciou que aceitará jogar a final. O clube havia apresentado um recurso ao Tribunal de Disciplina da Conmebol, onde pedia os pontos do jogo não realizado contra o River, para consequentemente, ser declarado campeão sem precisar jogar.

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A Conmebol informou no fim da noite desta quarta-feira (28) que aceitou o pedido do Boca Juniors para prorrogar o prazo dado ao clube para contestar a defesa apresentada pelo River Plate na ação que investiga o ataque ao ônibus da equipe da Bombonera na chegada ao Monumental de Nuñez e que impediu a realização da finalíssima da Copa Libertadores no último fim de semana.

De acordo com a Conmebol, o novo prazo para o Boca Juniors apresentar a sua resposta se encerrará às 13 horas (de Brasília) desta quinta-feira (29). E o clube já indicou que não aceitará jogar a segunda partida da decisão da Copa Libertadores antes que o tribunal da Conmebol julgue o caso. Além disso, no recurso apresentado à Conmebol, o Boca solicitou que seja declarado vencedor da partida e proclamado campeão da Libertadores.

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Mais cedo, a postura do Boca Juniors foi alvo de críticas do presidente do River Plate, Rodolfo D'Onofrio. De modo irônico, ele fez um apelo para o rival entrar em campo, o que provocou críticas. "Venham jogar, vocês podem nos vencer", afirmou, insinuando que o rival estaria com medo de ser batido dentro de campo.

A repercussão negativa das declarações levou o presidente do River a se manifestar novamente, dessa vez para realizar um pedido de desculpas. "Se as pessoas do Boca ou Daniel (Angelici, presidente do Boca) interpretaram como algo fora do lugar, peço desculpas. Quero que haja paz, tranquilidade e harmonia", manifestou D'Onofrio em declarações ao canal de TV TyC Sports.

Na terça-feira, a Conmebol anunciou que o jogo, adiado após o ônibus com jogadores do Boca ser atacado por torcedores do River nas proximidades do Monumental de Nuñez, no sábado, será disputada fora da Argentina, em 8 ou 9 de dezembro.

O ataque ao Boca provocou lesões na região dos olhos de dois jogadores, os meio-campistas Pablo Pérez, que é o capitão do time, e Gonzalo Lamardo. Além disso, outros atletas passaram mal, pois um artefato contendo gás pimenta também foi atirado no veículo.

Enquanto a Conmebol não define local e data do adiado segundo jogo da final da Copa Libertadores, o clima segue quente entre os dirigentes de River Plate e Boca Juniors. Nesta quarta-feira, utilizando um tom entendido pelo Boca como provocação, o presidente do River, Rodolfo D'Onofrio pediu para que o rival aceite jogar a decisão, apontando que ele pode conquistar o título dentro de campo.

"Peço encarecidamente: (Daniel) Angelici (presidente do Boca), venha jogar. Não somos tão bons, joguem, podem nos vencer. Se o presidente do Boca está me escutando: venha jogar, respeite tua palavra. Não invente mais nada, é preciso ter valores", afirmou, em entrevista coletiva.

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Na terça-feira, a Conmebol anunciou que o jogo, adiado após o ônibus com jogadores do Boca ser atacado por torcedores do River nas proximidades do Monumental de Nuñez, no sábado, será disputada fora da Argentina, em 8 ou 9 de dezembro. Porém, o Boca não garante que vai participar do confronto e apresentou um recurso à Conmebol solicitando que seja declarado vencedor da partida e proclamado campeão da Libertadores.

O ataque ao Boca provocou lesões na região dos olhos de dois jogadores, os meias Pablo Pérez, que é o capitão do time, e Gonzalo Lamardo. Além disso, outros atletas passaram mal, pois um artefato contendo gás pimenta também foi atirado no veículo.

D'Onofrio reclama que o Boca não cumpre com o que foi combinado no último sábado, quando, após alguns adiamentos, a partida foi remarcada para o domingo - nesta segunda data, o confronto voltou a ser postergado.

"Assinamos um papel para que se jogasse em 24 horas, para que fosse domingo, aceitamos adiá-lo, mas nunca pensamos que naquela noite estavam escrevendo para pedir os pontos. Angelici faltou com a palavra, com o que havia prometido", disse D'Onofrio.

Diante das declarações do presidente do River, o Boca se manifestou em nota oficial para pedir que seus torcedores não se inflamem por causa das provocações. "A direção do Boca Juniors faz um chamado aos seus sócios e torcedores para evitar confrontos e não responder às provocações que pretendem desviar o foco do recurso do nosso clube", afirma.

O presidente do Boca Juniors, Daniel Angelici, disse nesta terça-feira que não está nos planos do clube um segundo jogo contra o River Plate para decidir o título da Copa Libertadores. Em tom ameaçador, o dirigente não descartou a possibilidade de entrar com recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês), em Lausanne, na Suíça.

"Não está na nossa cabeça jogar mais uma final. O Boca vai esgotar todas as instâncias administrativas e, se tivermos que ir ao CAS, faremos isso", disse Angelici, durante entrevista coletiva nesta terça-feira, em Luque, no Paraguai, ao lado de Rodolfo D'Onofrio, presidente do River Plate, e do paraguaio Alejandro Dominguez, mandatário da Conmebol.

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Nesta terça-feira, após reunião em sua sede, a Conmebol anunciou que o segundo confronto entre os arquirrivais argentinos será jogado em 8 ou 9 de dezembro fora da Argentina, após os incidentes graves que forçaram a suspensão por duas vezes da final em Buenos Aires no último final de semana.

Torcedores do River Plate atacaram com paus e pedras o ônibus que levava o time do Boca Juniors para o estádio Monumental de Nuñez. O ataque deixou Pablo Pérez, capitão da equipe, com um ferimento em seu olho esquerdo.

Angelici disse que o Tribunal de Disciplina da Conmebol não pode deixar de punir o River Plate. "Você não pode esperar para quebrar a cabeça ou alguém perder a vida para tomar uma atitude", afirmou. O dirigente expressou a sua discordância com o anúncio de Dominguez para definir eventuais datas para a final. "Eu não estou feliz com a decisão", completou.

Boca Juniors e River Plate empataram o primeiro jogo da decisão por 2 a 2, no estádio de La Bombonera, em Buenos Aires, no último dia 11.

A administradora do estádio do Mineirão enviou um ofício à Conmebol se oferecendo para sediar a segunda partida da final da Copa Libertadores, entre River Plate e Boca Juniors. Os clubes argentinos teriam de arcar apenas com os custos operacionais do estádio, sem precisar pagar aluguel.

A Conmebol tomará uma decisão sobre local, data e horário da partida em reunião marcada para esta terça-feira na sede da entidade, em Luque, no Paraguai, com a presença dos presidentes dos dois finalistas.

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A arena de Belo Horizonte se colocou como alternativa para sediar o decisivo jogo após o ônibus do Boca ser atacado por torcedores do River no último sábado. As janelas do veículo foram quebradas e estilhaços de vidro causaram lesões nos olhos do volante Pablo Pérez, capitão do Boca, e do jovem Gonzalo Lamardo.

Ambos tiveram de ir para o hospital após o ataque. Com isso, após horas de impasse, os presidentes dos dois clubes pediram pelo adiamento da final e a Conmebol aceitou. O jogo foi adiado para o domingo, data em que também não foi disputado o duelo. A data será definida nesta terça.

Agora permanece a dúvida sobre se a final será disputada no Monumental de Núñez, em outro estádio argentino ou sul-americano, e se terá presença da torcida. Também há poucas datas disponíveis para o jogo. No final de semana, a cidade de Buenos Aires vai receber a importante conferência do G-20, com a presença de líderes mundiais como o norte-americano Donald Trump e a alemã Angela Merkel, o que irá mobilizar a maior parte do efetivo policial e impede a realização de outro evento de grande porte na capital argentina. Além disso, o futuro campeão da Libertadores terá pouco tempo para se preparar para o Mundial de Clubes da Fifa, que terá início em 12 de dezembro.

Além do Mineirão, a cidade de Gênova, na Itália, se ofereceu para sediar a partida. Segundo o jornal argentino Olé, Miami, nos Estados Unidos, e Mendoza, na Argentina, são outras opções. Também foi cogitada a realização da partida em Abu Dabi, que receberá o Mundial de Clubes neste ano, o que facilitaria a logística para o time vencedor da Libertadores.

O Mineirão já recebeu quatro partidas da final da Libertadores: o Cruzeiro jogou lá as decisões de 1976, 1997 e 2009, e o Atlético-MG, a de 2013. O estádio também foi palco de jogos da Copa do Mundo de 2014.

O presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, informou nesta terça-feira que a segunda partida da final da Copa Libertadores será disputada fora da Argentina nos dias 8 ou 9 de dezembro. A partida entre River Plate e Boca Juniors deveria ter sido realizada no sábado passado, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, mas um ataque da torcida do River ao ônibus do rival acabou impedindo a realização do jogo decisivo.

A decisão foi tomada pela Conmebol após reunião realizada na sede da entidade na cidade paraguaia de Luque, nos arredores de Assunção. O encontro contou com as presenças dos presidentes dos dois clubes argentinos: Daniel Angelici, do Boca Juniors, e Rodolfo D'Onofrio, mandatário do River Plate.

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Ao fim da reunião, o presidente da Conmebol informou a decisão, pela qual "o partida da volta da final da Copa Libertadores será disputada entre os dias 8 e 9 de dezembro (sábado ou domingo), em horário e sede ainda a serem definidos pela administração da Conmebol assim que possível".

Após divulgar o comunicado com estas informações, o próprio Alejandro Dominguez anunciou que "a partida será jogada fora do território da Argentina". Ele alegou falta de segurança para realizar o decisivo jogo em solo argentino, após o ataque da torcida do River aos jogadores do Boca.

O apedrejamento do ônibus do Boca provocou lesões na região dos olhos de dois jogadores, os meias Pablo Pérez, que é o capitão do time, e Gonzalo Lamardo. Além disso, outros atletas passaram mal, pois um artefato contendo gás pimenta também foi atirado no veículo, e torcedores do River entraram em confronto com a polícia e invadiram o Monumental de Núñez.

O episódio de violência fez os dirigentes adiarem a partida por horas antes da transferência para domingo. No dia seguinte, a final foi novamente adiada, sem data definida. Na reunião desta terça, havia a expectativa de que local e dia fossem confirmados, o que só ocorreu com a data.

Antes do anúncio da Conmebol, havia rumores sobre a realização da partida em outros países, como Estados Unidos, Catar e Paraguai, onde fica a sede da Conmebol. Nesta terça, os gestores do Mineirão colocaram o estádio à disposição para receber a partida sem custos.

Ao divulgar o comunicado, a entidade responsável pela gestão do futebol sul-americano garantiu que pagará os custos com as viagens dos dois times. "A Conmebol vai arcar com os gastos de hotel, viagens, alimentação e transporte interno para até 40 integrantes de cada delegação".

Ainda há a possibilidade de estas decisões serem afetadas por eventuais punições aplicadas ao River Plate, que foi denunciado pela entidade nesta terça. O Tribunal Disciplinar ainda vai julgar o caso, sem data definida.

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