As turbulências do ano de 2021 no Santa Cruz não acabam mais. De uma eleição com forte apoio dos torcedores até uma série fracasso nas competições disputadas, Joaquim Bezerra resolveu se licenciar do cargo de presidente do tricolor pernambucano. Não foi o primeiro a abrir mão do cargo durante a gestão que já levou o clube de volta à série D e segue colecionando fiascos dentro das quatro linhas.
Eleita como oposição à gestão de Constantino Júnior – que não se candidatou a reeleição - a chapa Pró-Santa prometeu traçar a nova ascensão do Santa Cruz, corrigindo erros da gestão anterior. Joaquim Bezerra se candidatou e com forte apoio torcedores foi eleito para o triênio 2021-2023 com 64% dos votos válidos no dia 11 de fevereiro.
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Com Joaquim Bezerra no comando, foram 6 técnicos, 4 eliminações precoces e inúmeras contratações que não renderam positivamente ao clube. Somando tudo, o resultado é uma relação destruída da nova diretoria com a torcida.
Muitos técnicos. Nenhum resultado positivo
Um dos erros que mais pesaram na má gestão tricolor foi a constante mudança de treinadores na temporada, sendo seis ao todo.
O ano começou com Marcelo Martelotte que, após Bezerra assumir a gestão do clube, foi substituído por João Brigatti.
Brigatti foi demitido no dia 11 de abril após a última partida da Copa do Nordeste, onde o Santa Cruz foi lanterna, conquistando apenas três pontos em oito partidas.
Na sequência, Alexandre Gallo assumiu, elogiando o processo que tinha sido feito para contratá-lo, mas ficou apenas 12 dias e comandou o clube em três partidas. Na sua demissão, criticou a falta de investimentos e a gestão da equipe, apontando amadorismo.
O quarto da lista de treinadores tricolores foi o ex-zagueiro Bolívar, que não conseguiu bom início na série C e foi substituído por Roberto Fernandes, outro que não recuperou o futebol da equipe e acabou rebaixado à série D.
Leston Júnior foi contratado há cerca de 20 dias para remontar a equipe e disputar a eliminatória da Copa do Nordeste de 2022, mas acabou derrotado nos pênaltis pelo Floresta-CE após empate de 3 a 3 no tempo normal, tirando mais uma fonte de renda do clube para o próximo ano.
Vale salientar que Leston pediu três reforços e vinha treinando com os atletas contando com eles para o confronto diante do Floresta. Mas de última hora foi informado que não teria os jogadores á disposição por "insegurança jurídica", ou seja, o clube contratou sem saber se poderia utilizá-los na competição.
Dirigentes desistem antes do término do mandato
A licença de Joaquim Bezerra sacramenta um ano conturbado e que provocou diversas desistências de dirigentes eleitos na chapa que comanda o clube.
Marino de Abreu, que assume o clube interinamente, ocupava a cadeira de presidente do Conselho Deliberativo, que já havia assumido após a saída de Mário Godoy, que alegou estar sendo ameaçado pela torcida e renunciou no dia 19 de julho.
Poucos dias depois, as ameaças se tornaram reais e o escritório de advocacia do vice-presidente executivo foi depredado por integrantes de torcidas organizadas. André Frutuoso não se sentiu mais confortável em ser um dos pilares da gestão do clube e anunciou seu afastamento no dia 28 de julho.
Com colaboração e supervisão de Pedro Oliveira