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Dividir e enfraquecer o movimento sindical brasileiro já cambaleante desde o fim da contribuição sindical obrigatória é a opinião de dirigentes sindicais sobre o fim da unicidade sindical. Dar a liberdade aos trabalhadores para se organizar da forma que acharem melhor e colocar o Brasil em linha com o que já ocorre em países desenvolvidos é o que analistas da área de trabalho pensam da medida.

Nesta quarta-feira, 6, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que o governo estuda uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para acabar com a unicidade sindical no País, modelo adotado desde o governo de Getúlio Vargas. O anúncio ocorre cinco dias após a publicação de Medida Provisória que proíbe o desconto em folha de pagamento de qualquer contribuição de trabalhadores aos sindicatos.

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"A ideia é dividir o movimento sindical, pois essa decisão deveria partir dos trabalhadores e não do governo", afirma João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. Para ele, também é uma forma de tentar barrar a ação das entidades contra a reforma da Previdência.

Dirigentes de várias centrais sindicais do País já tinham agendado para esta quinta-feira, 7, em São Paulo, encontro para debater a MP publicada sexta-feira. Agora, a unicidade será incluída na pauta.

Na opinião de Ricardo Patah, presidente da UGT, o governo está "atirando para todos os lados e vai acabar desmoronando sem aprovar nada, nem mesmo a reforma previdenciária, tão importante para o País." Em sua opinião, o governo de Jair Bolsonaro demonstra descomprometimento com necessidades mais urgentes, como as reformas tributária e política e uma política industrial para gerar empregos.

Patah diz ser contra o fim da unicidade sindical. Juruna, por sua vez, afirma ser favorável, desde que a forma de atuação seja decidida pelos trabalhadores e não por regras impostas.

Ele defende, por exemplo, a criação de sindicatos nacionais por categoria, que seriam mais fortes para negociar direitos trabalhistas. Poderia, por exemplo, existir sindicatos nacionais de metalúrgicos de cada uma das centrais e o trabalhador escolhe de qual quer participar, dependendo do retorno que terá.

Retrógrado

O professor da USP e pesquisador da Fipe, Hélio Zylberstajn, acha que a unicidade sindical já deveria ter acabado há muito tempo. "Esse modelo é contra o que estabelece a Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que só aceita países onde há liberdade sindical".

No sistema de pluralidade sindical os trabalhadores podem definir que tipo de organização querem, se por ramo de atividade, categoria ou por empresa, por exemplo, sem intervenção da lei, como é hoje, que determina um único sindicato por categoria e por município.

"Ser mais legítimo e mais representativo, aliás, é uma forma de sobrevivência para os sindicatos", diz Zylberstajn.

Fábio Chong, sócio da área trabalhista do L.O. Baptista Advogados, considera o sistema atual retrógrado e mandatário, que acaba criando uma "reserva de mercado" já que o trabalhador não pode escolher em qual entidade quer se filiar.

"A ideia do governo acaba com isso pois permitirá a existência de mais de um sindicato na mesma base e para uma mesma categoria", diz Chong. "Só as entidades fortes, com maior representatividade, sobreviverão." O número de sindicatos vai diminuir, afirma. O País tem cerca de 16 mil entidades de trabalhadores e empregadores. A Alemanha, por exemplo, tem oito, todos nacionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, afirmou nesta segunda-feira, 18, que o presidente da República, Jair Bolsonaro, vai entregar pessoalmente a proposta de reforma da Previdência ao Congresso Nacional na quarta-feira, 20. Haverá entrevista coletiva para detalhar os pontos do texto.

Marinho não informou o horário da entrevista nem quem estará presente. O secretário deixou no período da tarde desta segunda-feira a sede do Ministério da Economia, onde se reuniu com o ministro Paulo Guedes.

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Questionado sobre a articulação política para a aprovação da reforma, Marinho respondeu: "Isso é com o Onyx", numa referência ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

O secretário especial tem tido reuniões com diversos parlamentares nas últimas semanas, de acordo com sua agenda.

O secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, informou nesta quarta-feira (13) que a proposta de reforma da Previdência está finalizada e deverá ser analisada pelo presidente Jair Bolsonaro entre amanhã (14) e sexta-feira (15).

"[A proposta] está pronta. O presidente vai recebê-la quinta-feira ou sexta-feira, quando nos convocar. Estamos aguardando a vinda dele aqui para Brasília", disse a jornalistas após sair de uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e deputados federais integrantes da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado. Bolsonaro chegou a capital federal no início da tarde e deve despachar no Palácio da Alvorada nos próximos dias.

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Marinho evitou dar qualquer detalhe da proposta de reforma da Previdência, como idade mínima e regras de transição. "A proposta vai ser a apresentada à sociedade logo após o presidente se debruçar sobre o tema, ele é quem precisa dizer se o material que nós produzimos esta adequado, dentro do pensamento dele", acrescentou.

Ontem (12), o secretário da Previdência disse que o texto final da reforma é “bem diferente” da minuta do projeto que vazou para a imprensa na semana passada. Nessa minuta, o governo proporia idade mínima única de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem. Além disso, previa um mínimo de 20 anos de contribuição para o trabalhador receber 60% da aposentadoria, chegando, de forma escalonada, até o limite de 40 anos, para o recebimento de 100%.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, e o secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, se reuniram hoje em Brasília. Eles trataram "basicamente de aposentadorias especiais de policiais", informou Marinho, após o encontro de menos de uma hora.

"Conversamos sobre as primeiras medidas da medida provisória que combate fraudes e, em linhas gerais, o que pretendemos com a própria reforma previdenciária", disse o secretário. Ele informou apenas que Moro fez "algumas considerações" que serão levadas em conta.

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De acordo com Marinho, o projeto de reforma da Previdência do governo federal será enviado ao Congresso Nacional até o fim de fevereiro. Para ele, o fato de a proposta ser encaminhada junto com o projeto que torna mais rígido o combate aos crimes violentos, de corrupção e de organizações criminosas, a tramitação dos projetos não será prejudicada.

"A Casa Civil, os ministérios da Economia e da Justiça estão juntos, estabelecendo uma estratégia que dê conforto à tramitação dos dois projetos que tratam de assuntos distintos", acrescentou Marinho. Ele confirmou que, conforme o presidente Jair Bolsonaro já comentou, também os militares serão incluídos no projeto de reforma da Previdência.

"Na ocasião da remessa do projeto a Câmara, teremos as condições de estabelecer e divulgar qual será a estratégia. Quem vai definir o timing e a forma como irá acontecer será o próprio presidente."

A Comissão Especial sobre Planos de Saúde poderá votar na próxima quarta-feira (8) proposta que cria um novo marco legal para o funcionamento de planos de saúde suplementar no País. Entre as alterações estão multas mais brandas para as operadoras; parcelamento em cinco vezes do reajuste aplicado hoje a beneficiários que completam 59 anos de idade; e redução das garantias patrimoniais exigidas das empresas do setor.

O texto em análise tem 200 páginas e foi proposto pelo relator, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), após o exame de 150 propostas para alteração na atual Lei dos Planos de Saúde (9.656/98). Como um dos projetos tramita em regime de urgência, não será permitida vista nem apresentação de emendas ao parecer, sendo aceitas apenas sugestões, que poderão ou não ser acatadas por Marinho.

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No substitutivo aos projetos, o relator inova também ao assegurar cobertura a acompanhante de idoso, de parturiente e de pessoa com deficiência; e ao permitir a inscrição, como dependente, de filho em processo de adoção ou de menor sob guarda. Prevê ainda direito à reparação por atos cirúrgicos realizados com a cobertura do plano de saúde.

A votação em Plenário do substitutivo (Projeto de Lei 7419/06 e apensados) está entre as prioridades do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para as próximas semanas.

Punições às operadoras

Uma das principais mudanças sugeridas por Marinho estabelece que a multa aplicadas às operadoras seja proporcional à infração cometida, ficando limitada a dez vezes o valor do procedimento questionado e chegando a 30 vezes esse valor em caso de reincidência.

“É comum, por exemplo, que a negativa de procedimento de valor ínfimo seja apenada com multa cujo valor equivale a dezenas de vezes o valor do procedimento negado”, diz Marinho. Atualmente, as multas previstas em lei para operadoras que descumpriram a legislação ou cláusulas contratuais variam de R$ 5 mil a R$ 1 milhão.

Na opinião do relator, as penalidades devem ter papel pedagógico e não apenas punitivo, a fim de evitar que esse encargo seja, posteriormente, repassado aos clientes na forma de contraprestações. “Estamos falando de R$ 1,7 bilhão em multas só no ano passado.” Ele acrescenta que o pagamento da multa não retira da operadora o dever de prestar o atendimento.

Pesquisadora de saúde e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Carolina Navarrete discorda de Marinho. Para ela, a limitação no valor das multas não reduzirá o volume de questionamentos na Justiça e nem resultará em mensalidade mais baixa para beneficiários de planos de saúde. “Hoje as multas já não são pagas pelas operadoras, que costumam se tornar grandes devedoras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). E tudo acaba no Judiciário”, criticou.

Reajuste por idade

Outra alteração proposta no substitutivo estabelece que o reajuste no valor dos planos de saúde para a última faixa etária (59 anos ou mais) seja dividido em 5 parcelas – pagas quando o beneficiário completar 59, 64, 69, 74 e 79 anos de idade.

O texto de Marinho incorpora ainda parte de resolução da ANS que limita esse reajuste na última faixa etária a seis vezes o valor aplicado a primeira faixa (0 a 18 anos).

Mesmo com a limitação, o Idec entende que o parcelamento é uma carta branca para reajustes maiores antes dos 60 anos. “O que vem sendo chamado de parcelamento do último reajuste, na verdade, dá suporte a um aumento que costuma ser bem alto na última faixa etária em que ele é permitido por lei”, sustenta Navarrete.

A lei vigente determina que os reajustes em razão da idade só podem ocorrer se as faixas etárias e os percentuais estiverem previstos em contrato, sendo proibidos reajustes após os 60 anos.

Autorização judicial

O substitutivo de Marinho também modifica a Lei 9.656/98 para exigir que juízes consultem um profissional da saúde antes de obrigar a operadora a prestar o atendimento que havia negado ao beneficiário. Caso o tribunal não disponha do profissional, o juiz poderá ouvir outro de sua confiança.

Na opinião do Idec, essa mediação pode representar “um estreitamento de caminho”, que torna mais difícil e demorada a busca do beneficiário de planos de saúde por seus direitos.

Marinho, no entanto, ressalta que o texto antevê situações emergenciais e de risco à vida, nas quais o magistrado poderá autorizar o procedimento ou a oferta de medicamento sem ouvir o profissional de saúde.

*Da Agência Câmara

O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator da reforma trabalhista, afirmou nesta segunda-feira, 17, em evento em São Paulo que a contribuição sindical é uma herança fascista, pois faz parte dos pontos que falam do direito sindical da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que foram inspirados nas normas do italiano Benito Mussolini.

"Essa é uma herança fascista que já dura 70 anos. Estamos propondo que a contribuição sindical passe a ser opcional", afirmou Marinho, durante palestra na Câmara Americana de Comércio (Amcham) para falar dos principais pontos da reforma trabalhista. "É um anacronismo absoluto", completou.

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O pagamento da contribuição sindical é obrigatório e vale tanto para os funcionários sindicalizados quanto para aqueles que não são associados a sindicatos. A contribuição movimenta cerca de R$ 3,6 bilhões por ano.

Marinho disse que o Brasil tem sindicatos em excesso, somando 17 mil entidades e que acabam sendo pouco representativos. O parlamentar destacou, por exemplo, a existência de um sindicato da indústria naval do Amapá, Estado que não tem mar. "O Brasil é campeão mundial de sindicatos", disse ele, citando que a Argentina tem 96 entidades, a Alemanha oito e o Reino Unido, 168.

Ao tornar opcional a contribuição sindical, Marinho disse que a intenção é fortalecer os sindicatos que são verdadeiramente representativos. "Precisamos ter sindicatos sérios, legítimos", disse durante a palestra. O próprio deputado propôs a medida e disse que, quando ela foi divulgada, passou a concentrar as discussões da reforma trabalhista. "Sou abordado pelos corredores para falar sobre a contribuição sindical. Mas há muitas bizarrices na legislação", afirmou, ressaltando que a CLT tem 922 artigos e a reforma modifica 117.

Terceirização

Na apresentação para empresários na Amcham, o deputado defendeu ainda a terceirização, falando que o modelo adotado pelo Brasil era do século 19. O projeto aprovado recentemente no Congresso permite que todas as atividades de uma empresa sejam passadas a terceiros, acabando com a diferenciação da atividade-fim e meio, que só existe no Brasil.

O deputado não acredita que a aprovação da terceirização vá levar ao aumento da contratação de pessoas jurídicas pelas empresas, movimento que vem sendo chamado de "pejotização". Segundo Marinho, a legislação colocou uma salvaguarda que impede a empresa por 18 meses de demitir o trabalhador contratado pela CLT para contratar um PJ. "Isso elimina qualquer possibilidade dessa pejotização. Ninguém vai demitir um funcionário para esperar um ano e seis meses para readmiti-lo. Seria uma burrice extraordinária do dono da empresa."

Marinho está em São Paulo nesta segunda-feira para uma série de encontros com empresários e dirigentes de empresas. Após o evento na Amcham, ele participa de reuniões na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), relator da reforma trabalhista, afirmou durante evento nesta segunda-feira (17) em São Paulo que há grande possibilidade de que a tramitação das mudanças no Congresso ocorra "sem muitos sobressaltos". O parlamentar disse que objetivo das medidas é flexibilizar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), preservando os direitos dos trabalhadores, e evitar o excesso de causas trabalhistas no Brasil, que batem em 4 milhões por ano.

O foco do governo na reforma da Previdência acabou tirando os holofotes das mudanças na legislação trabalhista, disse o deputado. "A reforma trabalhista está fora do radar, porque só se fala de previdência", afirmou. Depois da última quarta-feira, 12, quando o texto que propõe mudanças na CLT foi apresentado na Comissão Especial é que o assunto ganhou repercussão nacional e já foram marcadas duas greves gerais contra o texto, ressaltou o parlamentar.

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Marinho destacou durante sua palestra que a CLT perdeu a condição de atender as demandas trabalhistas em um mundo no qual as relações trabalhistas estão em transformação. Ele citou o crescente número de pessoas trabalhando de forma remota (home office) ou para aplicativos como o Uber. "Há estudos que dizem que 60% das profissões vão desaparecer ou reduzir muito nos próximos anos."

A CLT foi criada para atender a indústria, mas o mundo passa pela quarta revolução do trabalho, disse ele.

Marinho destacou que há uma "judicialização excessiva" no mercado de trabalho brasileiro. "Sob qualquer aspecto, o Brasil tem números superlativos", disse ele, falando das de 4 milhões de causas por ano no País. A rescisão do contrato de trabalho na empresa, afirmou o deputado, não rescinde na prática o contrato e a decisão acaba sendo de um juiz trabalhista. O objetivo das mudanças, segundo ele, é usar a Justiça como último caso, resolvendo os conflitos no âmbito da empresa.

O relator participou de evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham). O deputado apresentou o relatório sobre a reforma trabalhista no último dia 12 na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. O texto altera 117 artigos na legislação na trabalhista brasileira, incluindo a prevalência da negociação entre trabalhadores e empresas, flexibilização da jornada, parcelamento de férias e representação sindical.

O deputado contou na palestra que o projeto de lei recebeu quase 900 contribuições em emendas parlamentares, um dos que mais recebeu propostas na história do Congresso. Além disso, foram 16 audiências públicas, nove encontros regionais e mais de 100 convidados para discutir o tema. "Recebi mais de 700 pessoas em meu gabinete", disse ele.

O relator da reforma trabalhista (PL 6787/16), deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), disse nessa terça-feira (14) que vai propor o fim da obrigatoriedade de contribuição sindical, tanto a patronal, quanto a de trabalhadores. A medida será proposta em seu parecer, ao final das discussões sobre o tema. Atualmente, cada empregado contribui anualmente com o valor equivalente a um dia de trabalho para o sindicato.

“É necessário tornar opcional essa contribuição sindical e retirar essa obrigatoriedade. Estou falando de R$ 15 bilhões nos últimos cinco anos, são sindicatos patronais e de trabalhadores – que muitos deles não representam as suas respectivas categorias. Isso vai fortalecer o movimento sindical e tornar esse processo de negociação mais equilibrado”, disse.

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Segundo Marinho, o país tem 17 mil sindicatos, enquanto a Argentina, por exemplo, tem menos de 100. Para o relator da reforma trabalhista, o excesso de entidades prejudica a representação do trabalhador. A medida, segundo ele, pretende democratizar o processo sindical brasileiro.

“Aqueles que sindicatos que realmente tem a condição e a capacidade de reunir filiados e fazer convenções com um grande número de associados e representarem com dignidade as suas respectivas classes, sobrevivem. E aqueles que são meramente fachada, que existem apenas para receber esse recurso que é subtraído dos salários dos trabalhadores brasileiros, um dia por ano, de forma coercitiva e obrigatória, e também aquele recurso que é retirado das empresas para seus sindicatos patronais, que esse recurso seja melhor aplicado”, afirmou.

Marinho destacou que a regra da unicidade sindical está prevista na Constituição Federal e, portanto, não pode ser retirada. Dessa forma, o fim da obrigatoriedade da contribuição deve ser feito no projeto de lei da reforma trabalhista.

O relator da proposta tem defendido que a reforma trabalhista vai modernizar as relações de trabalho no Brasil. Para ele, a proposta vai “dar segurança jurídica nas relações de trabalhos”. O projeto tem aspectos polêmicos e tem sido debatido por diversos especialistas na comissão especial para o tema na Câmara. Um dos pontos é a possibilidade de que, nas negociações entre patrão e empregado, os acordos coletivos tenham mais valor do que o previsto na legislação, permitindo, por exemplo, o parcelamento de férias e mudanças na jornada de trabalho.

A previsão do governo federal é concluir a reforma ainda neste semestre. Segundo o ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o Palácio do Planalto já tem maioria ampla formada no Congresso Federal para aprovação das reformas trabalhista e previdenciária.

Relator da reforma trabalhista, o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) defendeu na quinta-feira (9) a ampliação do projeto enviado pelo Palácio do Planalto ao Congresso. Mostrando sintonia com o governo, porém, ele já recuou de incluir temas mais polêmicos, que poderiam atrasar a tramitação, como a questão da terceirização do emprego. "A terceirização está em um outro estágio. Se incluirmos a terceirização na comissão, volta ao início do trâmite legislativo, não seria inteligente", disse, lembrando que já há outros projetos sobre o tema no Congresso.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, o relator tinha dito na semana passada que gostaria de incluir a terceirização na minirreforma enviada pelo governo Michel Temer.

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O relator vai trabalhar para que outras questões, como a jornada de trabalho intermitente e a regulamentação do home office ou teletrabalho, façam parte do projeto. Os dois temas chegaram a ser cogitados pelo governo, que recuou de inclui-los na proposta após pressão das centrais sindicais.

Por enquanto, o projeto prevê que o acordado entre trabalhadores e empresas terá força de lei em 12 casos específicos. A proposta afeta a forma de registro e cumprimento da jornada de trabalho (respeitando-se os limites de horas atuais); a remuneração por produtividade; trabalho remoto; banco de horas; ingresso no Programa de Seguro-Emprego (PSE); intervalo de almoço, respeitando limite mínimo de 30 minutos; definições sobre Participação nos Lucros e Resultados (PLR); e parcelamento das férias; entre outros. Também há a ampliação dos contratos de trabalho temporário dos atuais 90 dias para até 120 dias.

A comissão que vai discutir a reforma foi instalada na quinta na Câmara. O colegiado, formado por 37 deputados, elegeu o peemedebista Daniel Vilela (GO) para presidir os trabalhos. Segundo Marinho, a expectativa é que o projeto possa ser votado até o recesso parlamentar, em julho. Ele vai apresentar seu plano de trabalho na terça-feira.

O relator disse ser adepto da tese de que a reforma não poderá tirar direitos do trabalhador, apenas modernizar as relações de trabalho. "Tenho escutado mantras, que repetem 'nenhum direito a menos'. Estou nessa: nenhum direito a menos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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