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Com o tema 'Literatura, Democracia e Liberdade', a 11ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco começa nesta sexta-feira (6) e vai até 15 de outubro no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Em 2017, o evento faz uma homenagem aos escritores Lima Barreto e Fernando Monteiro. Os ingressos custam R$ 5 (meia), R$ 7 (social com 1kg de alimento não perecível) e R$ 10 (inteira).

A programação ainda conta com palestras, apresentações culturais e bate-papos. Nomes como o filósofo Vladmir Safatle, os escritores Ronaldo Correia de Brito, Maria Valéria Rezende, Allan da Rosa e a historiadora Lilia Schwarcz marcam presença no evento.  

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A 11ª edição também terá um espaço dedicado à cultura geek, que contará com exposições, jogos, concurso de cosplay, workshops e sala temática de Harry Potter. Estão confirmadas as participações dos idealizadores do projeto ‘O Recife Assombrado’, André Balaio e Roberto Beltrão,o ilustrador Tony Silas, a editora da Marvel Comics Carol Pimentel e o blogueiro Carlos Ruas. Confira a programação completa

Serviço

11ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco

Sexta-feira (6) a Domingo (15) | 10h

Centro de Convenções de Pernambuco (Avenida Professor Andrade Bezerra, S/n, Complexo de Salgadinho, Olinda)

R$ 5 (meia) R$ 7 (social) R$ 10 (inteira)

Nesta terça-feira (26) foi divulgada a programação da 11ª Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que acontece de 06 a 15 de outubro no Centro de Convenções de Pernambuco. Com o tema “Literatura, Democracia e Liberdade” essa edição será voltada à situação atual do Brasil e à diversidade cultural. “Vamos focar no povo indígena aqui de Pernambuco, (…) a cultura LGBT também vai estar presente no stand do MEC com oficina de combate ao bullying e evasão escolar”, destacou Maria do Céu, representante do Ministério da Cultura (Minc) no Nordeste. 

Este ano, o evento homenageia os escritores Fernando Monteiro (vencedor do I Prêmio Pernambuco de Literatura com o romance “O Livro de Corintha”) e Lima Barreto (in memoriam), criador de clássicos como “Triste fim de Policarpo Quaresma” e “Clara dos anjos”. Serão realizadas também, oficinas onde os visitantes poderão ouvir e falar sobre diversos temas relacionados aos livros e temas polêmicos como política, economia e participação da mulher na literatura. Outra novidade será o espaço Geek que promete trazer o universo dos quadrinhos (HQs) e stands de séries famosas como Harry Potter e Game Of Thrones. “É um universo que começou meio marginalizado e que graças a esses eventos está começando a ser reinserido”, disse Sidney Nicéas, escritor, que complementou o assunto afirmando que se tornou fã das histórias em quadrinhos através de seu filho.

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Grandes nomes nacionais estarão presentes na Bienal como o filósofo e professor Vladmir Safatle, o editor, educador e escritor Allan da Rosa, o escritor, médico e dramaturgo Ronaldo Correia de Brito, entre outros. “A nossa intenção é usar a literatura, a cultura e a educação para formar um cidadão com senso crítico neste cenário de constantes transformações que o nosso país está vivendo”, disse Rogério Robalinho, empreendedor cultural e diretor da Cia. de Eventos, responsável pela produção da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. 

A programação completa e outros nomes que irão participar do evento podem ser conferidos no site da Bienal

Confira no vídeo outros detalhes sobre a edição deste ano:

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Pela 11ª vez, a história do nascimento de Jesus trazida para o contexto nordestino atrai milhares de pessoas ao Marco Zero, no Centro do Recife. O LeiaJá esteve na penúltima noite da apresentação do Baile do Menino Deus – Uma Brincadeira de Natal, espetáculo ao ar livre encenado desde 2004 na capital pernambucana. Mudanças no cenário e na trilha não retiraram o encanto da história escrita por Ronaldo Correia de Brito.

Para quem ainda não assistiu, a última oportunidade é nesta noite de quinta-feira (25) de Natal, a partir das 20h. No musical, os trenós e a neve dão lugar à burrinha Zabilin e ao cavalo-marinho. O “natal regionalizado” do Baile do Menino Deus continua a agradar muito. A entrada é franca. Confira mais detalhes na reportagem de Areli Quirino:

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Em ano de Copa do Mundo no Brasil, o futebol virou tema de livro de contos organizados pelo premiado escritor Luiz Ruffato. Entre as quatro linhas- Contos sobre futebol reúne 15 histórias de grandes autores da literatura nacional e será lançado nesta quinta (6), às 19h, no Museu do Futebol em São Paulo.

Entre os escritores que participam do livro estão o cearense radicado em Pernambuco Ronaldo Correia de Brito e a jornalista Eliane Brum. Nos contos, os personagens transitam numa realidade em que o futebol é ignorado como manifestação coletiva. As histórias se tornam uma forma para conhecer o Brasil através deste esporte. Durante o lançamento, também ocorrerá uma mesa-redonda acerca do tema.

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Entre as quatro linhas- Contos sobre futebol pode ser encontrado ao preço de R$ 29,90. A edição é da DSOP.

Serviço

Lançamento do livro Entre as quatro linhas - contos sobre futebol

Quinta (6) | 19h

Museu do Futebol- Estádio do Pacaembu (Praça Charles Miller - Pacaembu, São Paulo)

"Sol brilhante, raio e luz na lapinha de Jesus." Foi assim que iniciou, nesta segunda (23), a 30ª edição do Baile do Menino Deus que, no Natal, transforma o Marco Zero em um teatro ao ar livre. Embalado por sons e inspirado na história do nascimento de Jesus, dois Mateus (personagem folclórico conhecido em Pernambuco) junto a um grupo de crianças, tenta abrir uma porta que permite a eles celebrar a chegada de Jesus junto com os pais do bebê, Maria e José. Após danças e orações conseguem encontrar a casa de Jesus para celebrar a vida.

Com duração de pouco mais de uma hora o espetáculo fez com que a Praça do Marco Zero ficasse repleta de espectadores. Com características de folguedos e pastoris, além da participação do público as intercaladas de músicas e teatro eram repletas de sorrisos.

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O repertório contou com a inclusão de novas cenas e mais de 20 músicas, somando pequenos trechos às 12 canções do álbum com o mesmo nome da peça, lançado também em 1983. No trabalho, estão canções como Romã, Romã e Jaraguá, além de Burrinha Zabilim.

Para o diretor do espetáculo, Ronaldo Correia de Brito, o preponderante é a simplicidade. "Este espetáculo já é consagrado pela história recifense. Estamos com trinta anos, dez aqui no Marco Zero." Questionado sobre o segredo, ele respondeu: "para durar? Com certeza o nosso segredo é a simplicidade". Brito preparou uma surpresa para o fim da apresentação, em que os espectadores foram convidados a dançar valsa e celebrar o nascimento do menino Deus.

Na plateia estavam o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), acompanhado da esposa, Cristina Mello, e dos três filhos, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foi ao espetáculo com a esposa, Renata Campos, grávida de sete meses. Além dos secretários de Cultura do Estado e do Recife, Marcelo Canuto e Leda Alves, respectivamente.

Nesta segunda-feira (23) começam as apresentações do espetáculo Baile Menino Deus – Uma Brincadeira de Natal, em exibição até a próxima quarta-feira (25), dia de Natal, no Marco Zero, Bairro do Recife, local onde a montagem acontece há 10 anos. Com autoria e direção de Ronaldo Correia de Brito, a peça começa às 20h e é aberta ao público.

O enredo conta a história de dois Mateus, palhaços populares do Nordeste brasileiro, que ao lado de um grupo de crianças tentam abrir uma porta para celebrar o nascimento do Menino Jesus. No palco, ao invés de Papai Noel, renas, ou boneco de neve, compõem o espetáculo personagens do universo popular como a Burrinha Zabilin, o Anjo Bom, o Sol, a Lua, a Estrela, a Ciganinha e até o monstro Jaraguá.

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A trilha sonora da peça tem regência e direção musical do maestro José Renato Accioly e foi produzida em 1983 por Ronaldo Correia de Brito, Assis Lima e Antônio Madureira. A apresentação ao vivo conta com uma orquestra com 15 instrumentistas, coro adulto formado por 13 cantores, e coral infantil com 12 crianças.

Fazem parte do elenco os atores Sóstenes Vidal, Arilson Lopes, Fabiana Pirro, Zé Barbosa, Isadora Melo, Damiano Massaccesi, além dos cantores Silvério Pessoa, Jadiel Gomes, Surama Ramos e Virgínia Cavalcanti. Um grupo de bailarinos participa também, com destaque para Juliana Siqueira e Jáflis Nascimento.

Serviço

Baile Menino Deus – Uma Brincadeira de Natal

Segunda (23) a quarta (25) | 20h

Praça do Marco Zero - Bairro do Recife

Gratuito

Na noite desta terça-feira (5), a ministra da Cultura Marta Suplicy entregou 37 insígnias da Ordem do Mérito Cultural (OMC), a maior condecoração brasileira deste setor. O encontro, que chegou à sua 19ª edição, aconteceu no auditório do Parque Ibirapuera, em São Paulo. Na ocasião, foram agraciados com a honraria o maestro Marlos Nobre, o escritor Ronaldo Correia de Brito, o grupo cultural Maracambuco e o músico Naná Vasconcelos.

A OMC é entregue desde 1995 a pessoas e instituições que prestaram serviços relevantes à cultura brasileira, e é dividida nas classes Cavaleiro, Comendador e Grã-Cruz. “Eu sabia que tinha sido indicado, mas não esperava receber a insígnia. Recebi inclusive a mais importante de todas, que é a Grã-Cruz. Durante a entrega eu e o Antônio Fagundes fomos aplaudidos de pé. Fiquei bastante agradecido com a homenagem”, disse Naná Vasconelos ao LeiaJá, bastante comovido.

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Outro pernambucano contemplado com a OMC foi o escritor cearense radicado em Pernambuco Ronaldo Correia de Brito. "Ele é o mais importante reconhecimento a nível nacional e pra mim foi maravilhoso estar ao lado de artistas que foram marcantes na minha formação, como o maestro Marlos Nobre, entre tantos outros". Esta solenidade é realizada todos os anos e é promovida pelo Ministério da Cultura (MinC), sempre no dia 5 de novembro, Dia Nacional da Cultura. Neste ano, o evento homenageou a artista Tomie Ohtake e o arquiteto Oscar Niemeyer, que inclusive projetou o auditório do Parque Ibirapuera, onde aconteceu a entrega da Ordem.

Para o maestro Marlos Nobre, regente da Orquestra Sinfônica do Recife, a honraria o emocionou mais do que qualquer outra premiação que tenha recebido. “Recebi a medalha de Comendador, a segunda mais alta. Quando um reconhecimento assim parte do nosso próprio país, nos toca muito mais profundamente. Fora do Brasil já recebi vários prêmios, mas nunca me emocionei tanto como ontem”, revelou o maestro, em conversa com o LeiaJá.

Entre os homenageados estão também o cartunista Henfil e o escritor Rubem Braga (ambos em em memória), os atores veteranos Antônio Fagundes, Antônio Abujamra e Sérgio Mamberti, além da atriz Bárbara Paz. Entre os músicos, estão Ivan Lins e Erasmo Carlos. O Bloco carnavalesco baiano Ilê Ayê e o maracatu pernambucano Maracambuco receberam a comenda na classe Grã-Cruz. Fazem parte da lista de agraciados ainda o cartunista Laerte e o cineasta Cacá Diegues, entre outros.

Confira abaixo a lista completa das personalidades agraciadas:

Na classe Grã-Cruz

Eleazar Segundo Afonso De Carvalho, centenário – in memoriam;

Henrique De Souza Filho (Henfil) - in memoriam;

Juvenal De Holanda Vasconcelos (Naná Vasconcelos);

Roberto Pires - in memoriam;

Rubem Braga, Centenário - in memoriam;

Antônio da Silva Fagundes Filho (Antônio Fagundes);

Sérgio Duarte Mamberti (Sérgio Mamberti);

Walter Torreggiani Pinto (Walter Pinto), Centenário - in memoriam;

Na classe Comendador

Antonio Abujamra;

Lucy Villela Barreto Borges (Lucy Barreto);

Marlos Mesquita Nobre De Almeida (Marlos Nobre);

Laerte Coutinho (Laerte);

Nilcemar Nogueira;

Ronaldo Correia De Brito.

Na classe Cavaleiro 

Antonio Hélio Cabral (Hélio Cabral);

Bárbara Raquel Paz (Bárbara Paz);

Erasmo Esteves (Erasmo Carlos);

Ivan Guimarães Lins (Ivan Lins);

Maria Adelaide De Almeida Santos Do Amaral (Maria Adelaide Amaral);

Maria De Lourdes Cândido Monteiro (Maria Cândido);

Mira Maria Haar (Mira Haar);

Paulo Roberto Borge Jorge (Paulo Borges);

Rosa Maria Dos Santos Alvez (Rosinha);

Waldoneide Garcia Marques (Walda Marques).

Sem grau de classe

Associação de Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia;

Sociedade Junina Bumba Meu Boi da Liberdade;

Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Ayê;

Grupo Dança 1º Ato;

Grupo Gay da Bahia ;

Maracambuco Fã Clube Batuque da Nação – Grupo Maracambuco.

Na classe Grã-Cruz 

Carlos José Fontes Diegues (Cacá Diegues);

Daniel Monteiro Costa (Daniel Munduruku);

Euzébia Silva De Oliveira (Dona Zica), centenário - in memoriam;

José Alves Antunes Filho (Antunes Filho);

Maurice Carlos Capovilla (Carlos Capovilla);

Paulo Archias Mendes Da Rocha; 

Tomie Ohtake, centenário

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No programa dessa semana, o Opinião Brasil recebe o Coordenador Executivo da Fliporto, Eduardo Côrtes, que comenta sobre a 9ª edição da Festa Literária Internacional de Pernambuco. Um dos grandes diferenciais desse ano é a entrada gratuita nas tendas literárias do evento, além do lançamento de uma plataforma sobre a Fliporto, disponível em três idiomas.

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Como de costume, o evento trará grandes nomes da cultura nacional e internacional. Já na conferência de abertura, o comando ficará por conta da jornalista espanhola Pilar Del Río, viúva do escritor português José Saramago. Laurentino Gomes (autor de '1808'), Bernardo Buarque de Hollanda, Ronaldo Correia de Brito e Walcyr Carrasco são outras personalidades que também marcarão presença na festa, que acontecerá entre os dias 14 e 17 de novembro, na Praça do Carmo, em Olinda.

Nesse ano, a Fliporto homenageará o paraibano José Lins do Rego, autor de clássicos como Menino de Engenho (1932), Riacho Doce (1939) e Fogo Morto (1943). Especialmente nessa edição, o programa foi apresentado por Thiago Graf. O Opinião Brasil é exibido toda segunda-feira aqui, no Portal LeiaJá.

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O espetáculo Duas mulheres em preto e branco, com as atrizes Paula de Renor e Sandra Possani inicia temporada a partir do sábado (13) no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura, no Shopping RioMar. A peça faz duas sessões aos sábados, às 18h e às 20h, e outra aos domingos, às 19h. A primeira sessão do sábado (13) é apenas para convidados. O texto é de Ronaldo Correia de Brito (autor de Arlequim, Baile do Menino Deus, Galiléia) e a direção de Moacir Chaves.

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O conto, extraído do livro Retratos Imorais, de 2010 foi levado integralmente à cena, sem nenhuma alteração do texto original. As personagens Sandra e Letícia são amigas desde a juventude: fizeram faculdade na mesma época, viveram juntas os anos de Ditadura Militar, construíram casamentos, carreiras profissionais. Depois de tanto tempo, no entanto, se descobrem na situação de rivais, brigando pelo mesmo homem, repassando o passado, os anos de convivência, os conflitos.

Duas mulheres em preto e branco estreou ano passado no 19º Porto Alegre em Cena – Festival Internacional de Artes Cênicas e fez uma curta temporada no Teatro Apolo, no Recife; e no Teatro Serrador, no Rio de Janeiro. O espetáculo também participou dos festivais Janeiro de Grandes Espetáculos - Festival Internacional de Artes Cênicas de PE, Festival Recife do Teatro Nacional, Festival Palco Giratório – SESC/PE e Festival Pernambuco Nação Cultural. 

Serviço

Duas mulheres em preto e branco

Sábado (13) | às 18h (sessão do dia 13 apenas para convidados), e às 20h (aberta ao público)

Temporada: sábados, às 18h e às 20h| Domingos às 19h, até 11 de agosto

Teatro Eva Herz (Livraria Cultura, Shopping RioMar)

R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)

O Portal LeiaJá lança, a partir desta sexta-feira, a "Promoção Duas Mulheres em Preto e Branco", em parceria com a Remo Produções, que vai sortear três pares de convites para a peça Duas Mulheres em Preto e Branco, com texto de Ronaldo Correia de Brito e direção de Moacir Chaves. O sorteio acontece na próxima quinta-feira (4) na página de promoções do LeiaJá.

Na história, as amigas Sandra e Letícia passam por caminhos e descaminhos tendo como pano de fundo a cidade do Recife durante a ditadura militar, período em que a sociedade enxergava a vida em preto e branco. A época volta a mexer com as personagens nos dias de hoje, prendendo-as ao passado.

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Em temporada no Teatro Apolo, de sexta a domingo, às 20h, clique AQUI e saiba como participar da promoção. Boa sorte!

Com direção de Moacir Chaves e produção de Paula de Renor, o espetáculo Duas Mulheres em Preto e Branco inicia temporada no Teatro Apolo a partir do próximo sábado (29) e segue até 21 de outubro. O texto é um dos contos do livro Retratos Imorais (2010) do escritor cearense Ronaldo Correia de Brito e ganhou montagem da Remo Produções com Paula de Renor e Sandra Possani no elenco.

Na história, as amigas Sandra e Letícia passam por caminhos e descaminhos tendo como pano de fundo a cidade do Recife durante a ditadura militar, período em que a sociedade enxergava a vida em preto e branco. A época volta a mexer com as personagens nos dias de hoje, prendendo-as ao passado.

A narrativa lembra um romance policial, uma vez que é tensa, cheia de mistérios e tem a vida de cada personagem revelada e desvelada em meio a uma ação dramática. “As referências ao passado são entremeadas de citações dos filmes de Fellini e da música de Nino Rota. Há imersões frequentes na recente história da contracultura brasileira e no sonho frustrado das esquerdas das décadas de 60 e 70”, explica Correia de Brito.

O conto foi montado na íntegra, sem nenhuma alteração do texto original. Duas Mulheres em Preto e Branco teve sua estreia no início de setembro no 19º Porto Alegre em Cena-Festival Internacional de Artes Cênicas com três apresentações.

Serviço

Duas Mulheres em Preto e Branco

De 29 de setembro até 21 de outubro

De sexta a domingo, 20h

Teatro Apolo (Rua do Apolo, 121, Recife Antigo)

R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Informações: (81) 3355 3320

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A cidade de Petrolina se prepara para receber o I Congresso Internacional do Livro, Leitura e Literatura no Sertão, que chega à cidade na próxima segunda (14) trazendo convidados locais e internacionais. Em sua primeira edição, o Clisertão homenageia o poeta pernambucano Cancão, cujo centenário de nascimento será comemorado em 2012.  

O projeto propõe a temática do Sertão como foco durante toda programação, como na mesa-redonda da terça-feira (15), intitulada Sertão: espelho, miragens – O Nordeste mítico e o Nordeste contemporâneo na literatura, com a participação dos escritores Raimundo Carrero (PE) e Antônio Torres (BA).

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Temas como letramento, hibridização, nomadismo, redes de leitura, cadeia produtiva do livro e literatura latinoamericana também estarão presentes nas rodas de discussão promovidas pelo congresso. Além de figuras importantes do cenário local como Ariano Suassuna, alguns nomes internacionais também estarão presentes, como o poeta português Luís Serguilha, que comanda uma conferência sobre poéticas e línguas de fronteiras, além de uma oficina sobre conexões entre a poesia brasileira e a portuguesa.

A programação conta com cinco mesas redondas, uma conferência, um recital, 20 minicursos, duas aulas-espetáculo, um encontro de escritores e uma mesa de glosas, além da programação infantil e descentralizada. Maria Alice Amorim, Rei Berroa, Chico Pedrosa e Ronaldo Correia de Brito são algumas das atrações confirmadas.

O Clisertão é realizado pelo Governo do Estado de Pernambuco, numa parceria entre a Secretaria de Cultura e a Secretaria de Ciência e Tecnologia, através da Fundarpe, do Colegiado de Letras da UPE/Campus Petrolina e com o apoio da Prefeitura de Petrolina.

Mais informações no blog do congresso.

Serviço
I Clisertão
Campus da UPE, Petrolina
14 a 19 de maio

Escritor por vocação, Ronaldo Correia de Brito é, atualmente, um dos mais representativos autores brasileiros. O cearense radicado em Pernambuco já havia lançado três livros de contos quando publicou seu primeiro Romance, Galiléia, que recebeu o Prêmio São Paulo de Literatura, a maior premiação em dinheiro da língua portuguesa. Isso sem contar a mais que famosa Trilogia das Festas Brasileiras, com as obras O Baile do Menino Deus, Bandeira de São João e Arlequim, todas transformadas em teatro (O Baile, por exemplo, vem sendo encenado por todo o Brasil há 25 anos e lota todo o ano o Marco Zero na época de natal) e música.

Toda essa produção está prestes a ser ampliada. O escritor prepara o lançamento do seu segundo romance para o segundo semestre de 2012. Ronaldo estava mergulhado em seu novo livro no momento em que entramos em contato. Ele explica que seu novo romance "é um texto bem urbano, todo ambientado no Recife. o principal personagem é o Recife", e avisa que começou a trabalhar intensivamente em sua nova obra em meados do ano passado, mas há muito tempo já vinha pesquisando e maturando o novo romance.

Hebraico
O escritor aproveita para comemorar o fechamento do contrato para a publicação de Galiléia em Israel, traduzido para o Hebraico. A obra já foi publicada em espanhol e francês e traduzida para o inglês.

Não temos neve ou renas e, como consequência, não existe no Nordeste brasileiro bonecos de neve ou trenós. Muito menos estamos próximos ao Pólo Norte para visitarmos Papai Noel. Nesta época do ano, na cidade do Recife, sentimos o sol quente e a brisa refrescante que vem do mar. Temos folguedos natalinos próprios com personagens como Mateus e Catirina, Jaraguá, Burrinha de Zabilin, Ciganinha, Anjo Bom, e claro, a família celebrada nesta época do ano - Jesus, Maria e José.

Estes elementos fazem parte do espetáculo criado em 1983 por Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima, e musicado por Antônio Madureira. Encenado em diversas parte do Brasil, o Baile do Menino Deus (que recentemente ganhou versão em livro pela Editora Objetiva) terá apresentações no Marco Zero, Bairro do Recife, nesta sexta, sábado e domingo (23, 24 e 25), sempre às 20h, com entrada gratuita.

Este mega espetáculo ao ar livre vem atraindo cerca de 60 mil pessoas nos últimos anos, dentre eles, vários turistas. O enredo conta a saga de dois Mateus que, juntos a um grupo de crianças, vão em busca do menino prometido (Jesus) ao longo da trama. Em meio a tanta confusão e descobertas, aparecem os mais variados tipos de personagens do nosso folclore e de folguedos ibéricos.

Silvério Pessoa participa este ano como um dos cantores solistas, e é acompanhado por uma orquestra  de 15 instrumentistas, com 13 cantores de coro adulto e 12 infantis. Para que as apresentações ocorram da melhor maneira possível, o Grande Recife Consórcio de Transporte reforçou a operação de 22 linhas de ônibus que atendem ao local, facilitando a volta do público para casa.

Durante a jornada de despedida do pastoril, percebe-se que o baile não está chegando ao fim, mas sim, que está apenas começando ao som do “cantoril”:

“Senhores donos da casa

Jesus, José e Maria

O Baile aqui não termina;

O Baile aqui principia

Do mesmo jeito que o Sol

Se renova a cada dia

Da mesma forma que a Lua

Quatro vezes se recria

Do mesmo tanto que a estrela

Repassa a gota e nos guia”.


Serviço

Baile do Menino Deus

Onde: Marco Zero (entre as avenidas Rio Branco e Marquês de Olinda)

Quando: Sexta, sábado e domingo (23 a 25), às 20h

Entrada gratuita

Senhores donos da casa, Jesus, José e Maria
O Baile aqui não termina, o Baile aqui principia
Do mesmo jeito que o sol se renova a cada dia
Da mesma forma que a lua quatro vezes se recria
Do mesmo tanto que a estrela repassa a rota e nos guia

Com esses versos finais, o dramaturgo Ronaldo Correia de Brito pareceu prever o que seria a trajetória de sua obra mais reconhecida, Baile do Menino Deus, lançada em 1983, inicialmente como disco pelo selo Eldorado. “Lancei-me a uma espécie de feliz maldição. Fiquei conhecido nacionalmente como Ronaldo do Baile”, diz. Mas a obra não é exclusividade sua, foi composta em parceria com mais dois grandes amigos, Antonio Madureira e Assis Lima.

Nesta sexta-feira, dia 02 de dezembro, a partir das 19h, no auditório da Livraria Cultura (Shopping Paço Alfândega – Rua Madre de Deus, s/n, Bairro do Recife), será o lançamento nacional da mais nova edição do livro “Baile do Menino Deus”, peça teatral de Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima, com 60 páginas, em comemoração aos 28 anos da obra original. Desta vez, a publicação sai pela editora Objetiva, com belas e divertidas ilustrações do mineiro Flávio Fargas.

Na ocasião, também será lançada a campanha de divulgação do espetáculo para este ano, que nos dias 23, 24 e 25 de dezembro, às 20h, volta ao Marco Zero, em seu oitavo ano de exibição como um dos mais importantes eventos do Natal no Recife, além da apresentação do site da produção, totalmente repaginado. E é assim, como diz o Mateus, que há 28 anos o Baile não termina, ele só principia. “Olê, olá!”.

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Com informações da assessoria.

Lançadas em momentos distintos, duas citações de um mesmo conto – A espera da volante, do Faca, de Ronaldo Correia de Brito – sugerem reflexão sobre estilo em literatura. A primeira, em evento, o autor da coluna reconheceu logo, era uma de suas preferidas. A segunda, tempo depois, foi lida por um professor, seguida de genérica afirmação, que “O Ronaldo tem uma escrita afiada, seca e muito original”. Este se referia a julgamento mais cuidado, considerando toda a obra do escritor? Porque, baseando-se no excerto que acabara de ler, que abre o livro, essa lâmina não parecia tanto nova, seca e cortante:

“A notícia merecia fé, mesmo tendo sido trazida por Irineia, doida varrida para todos, mas sempre tão sã para o Velho. A volante policial vinha vindo, deixando o rastro de gemidos e desfeitas. Os soldados buscavam apenas três homens, mas, no caminho, alimentavam sua fúria de perseguidores maltratando qualquer um que houvesse dado guarida, por inocência ou interesse, aos perseguidos”.

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Os itálicos foram aqui inseridos para rápidas observações: mesmo em trecho curto, há locuções, repetição de conjunções e outras construções enfáticas pouco sutis. E o autor preferiu não colocar uma vírgula possível após “perseguidores”, além de quebrar a frase “que houvesse dado guarida aos perseguidos”. Ou seja, o mesmo poderia ter sido narrado de maneira mais linear e objetiva, mais “seca” e “afiada” (se com essas palavras o professor argumentava que o texto ia direto ao ponto, com bastante simplicidade, sem floreios).

Nessas frases, pelo menos, não é possível encontrar o “mais estrito comedimento” apontado no posfácio de Davi Arrigucci Jr. Seria a escrita de Ronaldo Correia de Brito caudalosa, cheia de conjunções, advérbios, substantivos adjetivados, locuções, repetições, inversões e quebras? Ou o professor, teria lido um parágrafo pensando em outros? Ele apenas repetia coisas ditas sobre o autor de Faca?

Há também a questão da novidade. Espaço desta coluna não permite esclarecer detalhes do conto, mas ali não existe inovação temática ou formal. Enredo, personagens, cenário e modo de contar são convencionais. Assim como acontece em outra obra de Ronaldo – o premiado romance Galiléia – que teria dado “frescor” às histórias ambientadas no Sertão, “revolucionado” a literatura nordestina, e outras bobagens. Para justificar assertivas, os críticos e resenhistas apresentaram alegorias, referências bíblicas e a presença de elementos modernos nas paisagens, como motocicletas e lan houses.

Ora, poucas coisas são tão presentes nos sertões de nossa literatura quanto as alegorias e as referências bíblicas. E o tempo talvez não nos permita notar, naturalizou o uso, mas romances como os do pernambucano Gilvan Lemos traziam cidades que começavam a receber fios elétricos, refrigerantes, índios vestidos de shorts e tênis. Décadas adiante, provavelmente, os leitores não perceberão esses dados modernos que Ronaldo inseriu na narrativa, porque eles parecerão tão antigos quanto os utilizados por Gilvan.

Rigorosamente, nenhum enunciado é igual a outro, nenhum texto é igual a outro. A situação muda, tempo e leitores são diferentes, todos os elementos de contextualização da obra são variáveis. Nesse sentido, Ronaldo seria bastante original. No entanto, todos seriam, não haveria razão para lhe ressaltar a característica. O que geralmente a crítica busca é individualizar o autor, mapear o que lhe é característico, ainda que não seja através de alguma exclusividade temática ou formal. Daí, não raramente, os escritores findam encaixotados, rotulados e enviados aos leitores com clichês como essa “linguagem afiada e seca”, como o tal “domínio da narrativa”, ou a “ruptura com a literatura praticada hoje”(?).

A crítica tem se fetichizado mais celeremente do que as literaturas que acusa de pasteurizadas. Seus lugares-comuns e suas lentes viciadas desenham igualdades onde há diferenças, mesmo quando querem sublinhar o que existe de original nas obras. Suas tentativas de objetividade, seus métodos, toda a aparelhagem vai se consumando em umas sete chaves-mestras que teriam a capacidade de iluminar os textos. Hoje, mais do que para os escritores, é válido para os críticos aquele alerta de Borges, que “dizer demais uma coisa é tão inábil quanto não dizê-la inteiramente, e que a descuidada generalização e intensificação é uma pobreza”.

O recado soa oportuno para esta coluna, também e sobretudo, que tem generalizado a crítica e insistido em colocá-la em discussão. O preço para legitimar a proposta da Redor da Prosa é o olhar vígil, que as ressalvas sobre clichês não se transformem em lugares-comuns tão perigosos quanto, em outras muletas. E que, finalmente, a literatura seja ainda e sempre literatura, para além de todo esse joio. Arte, irredutível a breves citações.

Como a omissão não é pecado menos grave, contudo, segue ainda o primeiro trecho aqui lembrado do A espera da volante – cuja reflexão não chegaria descabida também se os temas fossem os que elencamos nos parágrafos acima:

“A vida do homem é perigosa, porque a morte se planta em lugares incertos. Andando, ele esbarra com ela, emboscada no meio do caminho. Parado, ela vem ao seu encontro, trajada em muitos disfarces. Há sinais que guardam a revelação do perigo. Viver é a ciência de decifrar sinais”.

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