O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta sexta-feira que está "absolutamente confortável" e que vai com "muita tranquilidade" ao Senado Federal para falar sobre a acusação de que teria atuado para interferir no trabalho de uma auditoria da Casa Civil para apurar a conduta da ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha.
A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado aprovou na última terça-feira, 14, um pedido de esclarecimento dirigido ao ministro. A convocação foi motivada por uma matéria da revista Veja, segundo a qual a pasta comandada por Gilberto Carvalho teria tentado interferir na sindicância aberta na Casa Civil para descobrir como Rosemary atuava no escritório.
##RECOMENDA##"Quero dizer de público que eu aceitei esse convite. Acho absolutamente natural que o Senado faça esse convite e vislumbro, enxergo nesse convite uma forma para mim absolutamente tranquila e muito positiva de esclarecer informações que uma matéria irresponsável de uma revista que, por falta de pesquisa e cuidado na apuração, não detectou a verdadeira natureza da atuação da Secretaria Geral no episódio", disse Carvalho a jornalistas.
"Estou absolutamente confortável e tenho certeza de que esse diálogo vai de uma vez por todas esclarecer e romper com uma prática infelizmente adotada em alguns veículos de imprensa que primeiro tem uma tese e depois querem fazer a realidade se adequar àquela tese."
De acordo com Gilberto Carvalho, "nesse governo quem não quer ser investigado que não erre". "O que acontece agora é que todo ato de corrupção, doa a quem doer, seja quem for, é investigado até o fim e é nessa perspectiva que eu vou ao Senado com muita tranquilidade", afirmou o ministro.
O ministro participou nesta sexta, em Brasília, de cerimônia do Conselho Nacional de Juventude.