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A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (3), a Operação Porto Seguro contra uma quadrilha envolvida com tráfico de drogas e homicídios, roubo e posse ilegal de arma de fogo no Litoral Sul de Pernambuco. As investigações tiveram início ainda no mês de janeiro de 2017.

De acordo com o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, esta operação é decorrente de outra, Operação Estirpe, de 2017. Os integrantes da organização são acusados de matar um homem e seu afilhado bebê devido à disputa do tráfico na região. "Considero esta organização desarticulada", destacou Kehrle nesta quinta-feira.

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O grupo agia principalmente em Ipojuca, no Grande Recife, mas tinha atuação também em Jaboatão dos Guararapes, Sirinhaém e Cabo de Santo Agostinho. A polícia credita ao grupo 15 homicídios, tendo cinco sido evitados ao longo da investigação. 

Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão. Até o momento, apenas um mandado de prisão não foi cumprido.

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, nesta terça-feira (23), a operação denominada Porto Seguro em Barreiros, Zona da Mata Sul do Estado. Ao longo do dia devem ser cumpridos 28 mandados de prisão, sete de busca e apreensão de adolescentes e 31 de busca e apreensão domiciliar.

A organização criminosa estava sendo investigada há pelo menos seis meses pela Delegacia de Polícia de Barreiros. O grupo é acusado de homicídios, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Participam da operação 170 policiais civis, 25 militares e cinco bombeiros.

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O Diretor Integrado do Interior 1, delegado Salustiano Albuquerque, apresentará um balanço inicial da operação, em coletiva à imprensa às 8h na Sede da 13ª Delegacia Seccional de Palmares.

A Justiça Federal decidiu abrir ação criminal contra a ex-chefe do Gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, e outros 17 alvos da Operação Porto Seguro - investigação sobre suposto esquema de venda de pareceres técnicos de órgãos públicos federais.

Amiga do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a colocou no cargo, Rose é acusada formalmente por formação de quadrilha, tráfico de influência e corrupção passiva. Além de Rose, a Justiça também abriu ação criminal contra o ex-senador Gilberto Miranda (PMDB-AM) e o ex-número 2 da Advocacia-Geral da União, José Weber Holanda, ambos acusados de corrupção.

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Atendendo ao pedido da Procuradoria, o juiz da 5ª Vara Criminal Federal da Capital, Fernando Américo de Figueiredo Porto, decidiu desmembrar a ação em cinco processos distintos baseados nos núcleos de investigação."Analisando a denúncia, é possível perceber uma clara separação entre os fatos supostamente criminosos. Embora a investigação tenha origem comum, percebe-se que os supostos ilícitos não possuem relação umbilical entre si", afirma o magistrado na decisão.

A Operação Porto Seguro foi deflagrada em novembro de 2012 pela Polícia Federal. Na ocasião, agentes da PF fizeram buscas no gabinete de Rose. Para o Ministério Público Federal, ela integrou uma organização que negociava documentos técnicos de repartições da União, favorecendo empresários.

Para reforçar a segurança do Litoral Sul de Pernambuco durante o feriado de Nossa Senhora da Aparecida, a Polícia Civil realizou, nesta sexta-feira (11), a operação “Porto Seguro”. 

Durante todo o dia, dezenas de carros e motos foram parados e abordados no balneário de Porto de Galinhas, em Ipojuca. Com a ação policial, foram apreendidos dois veículos, 11 motos, duas armas e 500g de maconha. 

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Segundo a polícia, a ação tem o objetivo de impedir o transporte irregular, o tráfico de drogas e o porte ilegal de armas na localidade.

*Com informações da assessoria

O Ministério Público Federal pediu à presidente Dilma Rousseff informações sobre sindicância de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, denunciada pela Operação Porto Seguro - investigação conjunta da Procuradoria da República e da Polícia Federal que desarticulou organização criminosa para compra de pareceres de órgãos públicos federais. O Ministério Público Federal também tenta obter acesso aos documentos por meio da Controladoria Geral da União.

O Ministério Público Federal havia solicitado a documentação inicialmente à chefia de gabinete da Presidência, mas o pedido foi negado. Diante da negativa da Casa Civil ao pedido de informações sobre o processo administrativo de Rose o MPF enviou a requisição diretamente à Dilma Rousseff, por intermédio do procurador geral da República.

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Rose foi chefe do gabinete regional da Presidência da República em São Paulo e já está sendo processada na esfera criminal pela prática dos crimes de tráfico de influência, falsidade ideológica, corrupção passiva e formação de quadrilha. A ex-servidora agora é alvo de um inquérito civil público para apurar suas responsabilidades também na área cível, pelos fatos investigados na Operação Porto Seguro.

Para a Procuradoria, o acesso ao processo administrativo de Rose pode contribuir com as investigações.

No ofício à presidenta, datado de 22 de maio, o procurador da República José Roberto Pimenta Oliveira volta a requisitar a cópia integral do processo administrativo - sindicância e/ou processo disciplinar - instaurado para apurar os ilícitos funcionais atribuídos a Rose.

Pimenta Oliveira destaca que o primeiro pedido de informações, feito em 22 de maio, foi negado pela subchefia de assuntos jurídicos da Casa Civil da Presidência da República sob o argumento de que a chefia de gabinete da Presidência da República não tem competência para prestar a informação e que a requisição deve ser direcionada à Presidência da República pela Procuradoria-Geral da República.

Pimenta Oliveira também solicita à presidente que, caso haja documentação sigilosa, "Vossa Excelência indique a referida documentação, e a abrangência do eventual sigilo decretado, à luz da Lei nº 12.527/2011 e da Lei nº 8.112/1990".

O procurador da República também encaminhou ofício ao chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage Sobrinho, requisitando informações sobre "todos os processos administrativos em curso (sindicâncias e processo administrativos disciplinar), no âmbito da CGU, tendo como referência fatos vinculados à denominada 'Operação Porto Seguro', com a remessa integral da documentação existente (impressa ou eletrônica), instruindo a resposta com demonstrativo sintético das principais informações dos procedimentos, como identificação do objeto, número, servidores públicos investigados e situação atual".

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira pedir explicações ao ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, após revelações de que a sindicância instalada na AGU para apurar o envolvimento de servidores no esquema da Operação Porto Seguro encontrou "evidentes indícios" de irregularidade na conduta do ministro.

A sindicância considerou as suspeitas "graves", o que poderia levar à abertura de um processo administrativo disciplinar contra Adams. A suspeita contra Adams, no entanto, foi arquivada pelo corregedor-geral da Advocacia da União, Ademar Passos Veiga.

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"Pedimos informações (ao ministro). Quando vierem as informações, vamos ver se abrimos ou não abrimos (processo). Ainda não (tem processo aberto). Ele vai responder o que quiser, eu não posso dar instruções pra defesa dele", disse o presidente da Comissão de Ética, Américo Lacombe.

Questionado sobre quais esclarecimentos gostaria de receber do ministro, Lacombe respondeu: "Eu quero saber tudo, o que houve, o que não houve, se a Corregedoria é realmente independente, se não é, quero saber tudo."

A comissão também vai pedir explicações ao corregedor, que, assim como Adams, terá dez dias úteis para apresentar a resposta. O conteúdo da sindicância foi publicado pela "Folha de S.Paulo". "Não achei nada demais (a revelação do jornal), achei uma notícia como outra qualquer, vamos ver agora se ela é verdadeira ou não", afirmou Lacombe.

A AGU informou que enviaria nesta segunda mesmo as informações para a Comissão de Ética. Em nota à imprensa, a AGU divulgou os "fundamentos que afastaram quaisquer indícios de irregularidade vislumbrados pela Comissão de Sindicância". "Registre-se que as provas obtidas nas investigações da Polícia Federal na operação Porto Seguro, em especial aquelas decorrentes da quebra dos sigilos telefônicos e da interceptação dos e-mails dos acusados, em nenhum momento coloca o Advogado-Geral da União como um dos seus interlocutores diretos", diz a nota.

O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) entrou na semana passada com uma representação pedindo que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República faça uma investigação mais criteriosa sobre o suposto envolvimento de Adams no esquema denunciado pela Polícia Federal.

Conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo no início deste mês, Adams já se rearticula politicamente para tentar reocupar o espaço perdido como integrante do chamado núcleo duro do governo.

"Ninguém valoriza o timoneiro que só navega por águas calmas. Não recomendo a ninguém passar o que eu passei, mas acabou sendo uma experiência significativa", afirmou o ministro na ocasião.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta segunda-feira pedir explicações ao ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, após revelações de que a sindicância instalada na AGU para apurar o envolvimento de servidores em esquema de venda de pareceres encontrou "evidentes indícios" de irregularidade na conduta do ministro. O esquema foi desbaratado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.

Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", a sindicância considerou as suspeitas "graves" o suficiente para levar à abertura de um processo administrativo disciplinar contra Adams. A suspeita contra Adams, no entanto, foi arquivada pelo corregedor-geral da Advocacia da União, Ademar Passos Veiga.

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"Não achei nada demais (a revelação do jornal), achei uma notícia como outra qualquer. Vamos ver agora se ela é verdadeira ou não", afirmou o presidente da Comissão de Ética, Américo Lacombe, após reunião realizada na manhã desta segunda-feira. "Pedimos informações (ao ministro). Quando vierem as informações, vamos ver se abrimos ou não abrimos (processo). Ainda não (tem processo aberto). Ele vai responder o que quiser, eu não posso dar instruções pra defesa dele."

Questionado sobre quais esclarecimentos gostaria de receber do ministro, Lacombe respondeu: "Eu quero saber tudo, o que houve, o que não houve, se a Corregedoria é realmente independente, se não é, quero saber tudo." A comissão também vai pedir explicações ao corregedor, que, assim como Adams, terá dez dias úteis para apresentar esclarecimentos.

Em nota à imprensa, a AGU informou os "fundamentos que afastaram quaisquer indícios de irregularidade vislumbrados pela Comissão de Sindicância". "Registre-se que as provas obtidas nas investigações da Polícia Federal na operação 'Porto Seguro', em especial aquelas decorrentes da quebra dos sigilos telefônicos e da interceptação dos e-mails dos acusados, em nenhum momento coloca o Advogado-Geral da União como um dos seus interlocutores diretos", diz a nota.

O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) entrou com uma representação pedindo que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República faça uma investigação mais criteriosa sobre o suposto envolvimento de Adams no esquema denunciado pela Polícia Federal.

Sobre esse pedido, Lacombe disse que a comissão vai encaminhar um ofício ao ministro. "Só que desta vez só pra ele (Adams). Isso não está envolvendo a Corregedoria (Corregedoria-Geral da Advocacia-Geral da União), mas a Corregedoria vai prestar informações no outro caso, e evidentemente pode servir pra esse", afirmou Lacombe.

Conforme informou o jornal O Estado de S.Paulo no início deste mês, Adams já se rearticula politicamente para tentar ocupar novamente o espaço perdido como integrante do chamado núcleo duro do governo, depois que foi depois deflagrada, há três meses, a Operação Porto Seguro. "Ninguém valoriza o timoneiro que só navega por águas calmas. Não recomendo a ninguém passar o que eu passei, mas acabou sendo uma experiência significativa", afirmou o ministro na ocasião.

O ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico de São Paulo, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), atuou em favor de um projeto do ex-senador Gilberto Miranda, denunciado por corrupção como resultado da Operação Porto Seguro.

Miranda tentava obter junto ao governo do Estado um parecer em favor de um empreendimento portuário avaliado em R$ 1,65 bilhão na Ilha de Bagres, em Santos, município do qual Barbosa se tornou prefeito este ano.

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O ex-senador procurou Barbosa e se encontrou com o então secretário durante sua gestão no Desenvolvimento Econômico, entre abril de 2011 e março de 2012, para pedir ajuda na obtenção de uma declaração de utilidade pública para o projeto pelo governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB). A declaração era necessária para autorizar a derrubada da vegetação da ilha.

Procurado, o atual prefeito de Santos admitiu que "foi contatado e recebeu centenas de representantes de empresas nacionais e internacionais e delegações de outros países interessadas em investir no Estado", enquanto ocupou a pasta do Desenvolvimento Econômico. O prefeito admitiu manter contato com Miranda "na condição de secretário, mas não mantém nenhuma relação pessoal com o mesmo".

Questionado se havia recebido doações de empresas ligadas a Miranda para a sua campanha, Barbosa afirmou que "não recebeu qualquer doação do empresário nas eleições de que participou, inclusive na de prefeito em 2012". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, foi nesta segunda-feira (7), à Justiça Federal, às 15h50, para assinar termo de comparecimento perante a 5.ª Vara Criminal. Acusada na Operação Porto Seguro de integrar quadrilha para venda de pareceres técnicos em órgãos públicos, Rose não ficou 10 minutos na repartição. Autorizada pela juíza, Adriana Zanetti, ela entrou e saiu pela garagem do fórum federal.

"Eu decido", declarou a juíza. Segundo ela, foi permitido o acesso de Rose pela entrada de veículos dos funcionários e juízes atendendo a defesa. O argumento é que Rose "está com pânico" de ser fotografada. "A Justiça não socorre aos que dormem", disse Adriana.

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Horas antes estiveram no fórum o ex-diretor da Agência Nacional de Águas, Paulo Vieira, e seus irmãos, Marcelo e Rubens, também indiciados. Chegaram por um elevador público. A juíza afirmou que atenderia a Paulo ou a qualquer outro se solicitassem a condição dada a Rose.

"Não posso permitir que fotografem no fórum uma pessoa que não quer ser fotografada", disse a juíza. "Já tive muitos réus famosos aqui e todos me pediram (para não ser fotografados pela imprensa). Dei ok. Tenho que preservar o direito à imagem dos réus."

Quando Rose deixava a secretaria da 5.ª Vara quatro jornalistas a abordaram no saguão dos elevadores. Houve tumulto, porque Rose achou que tinha sido fotografada por celular.

A juíza ordenou aos repórteres que permanecessem na sala de audiências onde foi redigido termo no qual ela advertiu que, se for publicada foto de Rose, no fórum, "serão imediatamente adotadas as medidas necessárias à responsabilização por crime de desobediência".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O PPS informou que vai solicitar ao Ministério Público Federal de São Paulo, ainda esta semana, a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe do gabinete da Presidência da República no Estado. A representação, na qual o PPS fará oficialmente o pedido de quebra de sigilos de Rosemary, será entregue na sede do MPF na capital paulista pelo deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara, na próxima quarta-feira (9). Segundo o PPS, a quebra dos sigilos é importante para aprofundar investigações sobre a influência de Rosemary no governo federal.

O partido destaca que protocolou, na manhã desta segunda-feira, requerimento pedindo que haja convocação da Comissão Representativa do Congresso Nacional, para que então essa comissão aprove um requerimento pedindo informações do Ministério da Fazenda sobre o relacionamento de Rosemary nas negociações sobre o comando do Banco do Brasil e do fundo de pensão de seus funcionários, a Previ, e a compra do banco Nossa Caixa pelo BB.

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"Ela gozava da intimidade do ex-presidente Lula para fechar negócios escusos. A quebra dos sigilos desta senhora é fundamental para esclarecer toda essa sujeira. Inclusive para saber se houve envolvimento, ou não, do ex-presidente da República nessa história", disse o deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara. Segundo ele, a quebra dos sigilos de Rosemary é importante para que sejam obtidas informações para esclarecer a profundidade do esquema montado pela ex-chefe da Presidência em São Paulo.

A Polícia Federal deflagrou, em 23 de novembro a Operação Porto Seguro, com o fim de desarticular organização criminosa que se infiltrou em diversos órgãos federais para a obtenção de pareceres técnicos fraudulentos com o fim de beneficiar interesses privados. A operação acabou apontado participação de Rosemary. Segundo o PPS, a decisão de pedir reforço no pedido de investigação sobre a atuação de Rosemary foi tomado depois de a mais recente edição da revista Veja trazer novas denúncias envolvendo a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo.

Um apreço por festas e cerimônias oficiais e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Obtida por meio da Lei de Acesso à Informação, a agenda oficial da ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República, Rosemary Noronha, revela uma rotina de reuniões internas, abertura de exposições, lançamento de livros e palestras sobre "medicina do comportamento" - e quase nada de suas relações com os integrantes do esquema dos pareceres.

Na agenda de Rose em 2012 consta apenas um encontro com o então diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Rubens Vieira, no dia 10 de maio, às 10h. No fim de semana, reportagem da revista Veja mostra que, entre 2007 e 2011, os compromissos da ex-chefe de gabinete abrangiam reuniões com dirigentes de fundos de pensão e do Banco do Brasil. Em 2012, a agenda indica compromissos mais frugais que os da época em que Lula era presidente.

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Segundo o Ministério Público Federal, Rose desempenhou função decisiva na nomeação de Paulo Vieira e de seu irmão Rubens para os cargos de diretor na ANA e da Anac, respectivamente, em troca de favores, pagamentos e outras vantagens.

De acordo com a agenda oficial, Rose fez questão de prestigiar pessoalmente, em 21 de maio, a entrega do título de cidadão paulistano a Lula, com quem mantinha uma relação íntima. Ela também compareceu ao ato de comemoração dos 30 anos do PT, em 29 de junho.

Ao longo de 2012, foram realizadas 13 reuniões com o "escalão avançado da Presidência da República", grupo formado por funcionários da segurança, cerimonial, transporte e outras áreas, que preparam as viagens da presidente Dilma Rousseff. Rose também tinha preocupação com as acomodações do gabinete da Presidência - fez três reuniões para poder discutir "ajustes nas instalações".

O governo informou por meio do Serviço de Informações ao Cidadão do Palácio do Planalto "não haver qualquer documento ou informação acerca de atas de reuniões" envolvendo Rose.

Em 28 de setembro, às 9h, em horário de expediente, Rose assistiu a ciclo de palestras da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, especialista em "medicina do comportamento". O último evento marcado na agenda de Rose é a exposição "A Bienal de Arte Exclusiva para Você", em 22 de novembro, um dia antes da deflagração da Operação Porto Seguro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, discutiu processos de interesse da quadrilha desmontada pela Operação Porto Seguro com o ex-senador, Gilberto Miranda, denunciado por corrupção ativa por participar da compra de pareceres de órgãos públicos.

Em um telefonema interceptado pela Polícia Federal, em 16 de novembro, o ex-senador e o diretor-geral da Antaq se referem a um empreendimento portuário como "nosso" e conversam sobre os efeitos do novo marco regulatório do setor, que só seria editado pela presidente Dilma Rousseff, três semanas depois.

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O diálogo revela a proximidade entre Brito e Miranda. Ambos se despedem marcando um café da manhã. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em dezembro, o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Vieira, apontado pela Polícia Federal como o chefe da quadrilha dos pareceres, disse que Brito beneficiou projetos de Miranda e que comemorou seu aniversário em 2011 em uma casa do ex-senador, em São Paulo. Em nota, o diretor da Antaq diz que não tem "nenhuma relação especial" com Miranda.

Segundo a PF, o ex-senador tem participação em empresas que construíam complexos portuários que dependiam de medidas administrativas da Antaq - como um complexo portuário na Ilha de Bagres, em Santos, no litoral de São Paulo. Um "pente-fino" realizado pela Advocacia-Geral da União (AGU) nos procedimentos da agência, detectou irregularidades que favoreceram empresas investigadas na operação.

No telefonema de cinco minutos, o ex-senador diz ao chefe da Antaq que estava preocupado com mudanças que seriam provocadas pelo decreto 7.861, que integrou a atuação dos órgãos públicos do setor para reduzir a burocracia. Miranda temia que a Secretaria Especial de Portos (SEP) assumisse a responsabilidade de aprovar os empreendimentos do setor. Acreditava que a alteração reduziria o poder da Antaq, onde estavam alojados servidores ligados à quadrilha.

Na mesma semana do telefonema, Miranda conversou com outros integrantes da organização sobre a construção do empreendimento portuário da Ilha de Bagres. Dois dias antes, ele havia recebido a notícia de que a Advocacia-Geral da União emitiria um parecer que concederia à Antaq a responsabilidade por decretar a utilidade pública do empreendimento - o que facilitaria as obras.

Brito é uma das 18 autoridades com prerrogativa de foro flagradas em telefonemas ou citadas pela quadrilha nos diálogos gravados durante a operação. O Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República e o Congresso decidirão se essas pessoas serão investigadas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

A descoberta do envolvimento da então chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rose Noronha, e do então advogado-geral adjunto da União, José Weber Holanda, com o grupo acusado de comercializar pareceres técnicos de órgãos públicos para beneficiar empresas privadas levou a Polícia Federal a adiar por quase oito meses a deflagração da Operação Porto Seguro.

Os investigadores estavam prestes a fazer buscas nas casas e escritórios de somente quatro suspeitos em março de 2012, mas desistiram depois que escutas telefônicas revelaram a participação de autoridades no esquema. A operação só foi deflagrada de fato em 23 de novembro, com buscas em 44 endereços. No total, 24 pessoas foram denunciadas por envolvimento no esquema.

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Até a data da expedição dos primeiros mandados de busca, a PF só havia recolhido provas sobre uma oferta de propina do então diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Vieira, para ao ex-auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Cyonil Borges. Em troca do pagamento de R$ 300 mil, Cyonil deveria redigir um parecer técnico favorável a um projeto da empresa Tecondi, que era ligada a Vieira.

Em 16 de março, os investigadores obtiveram da Justiça Federal a autorização de quebra do sigilo telefônico e mandados de busca nos endereços residenciais e comerciais de Vieira, de seus dois irmãos e do vice-presidente da Tecondi, Carlos Cesar Floriano. Os policiais teriam até 60 dias para entrar nas casas e escritórios para colher provas relacionadas ao suposto crime.

Relatórios da operação apontam que a investigação quase foi encerrada naquele momento, antes que os policiais descobrissem que a quadrilha também comercializou pareceres para beneficiar outras empresas.

Nas semanas seguintes, no entanto, os telefonemas e e-mails interceptados pela PF revelaram que o esquema tinha uma dimensão maior do que um ato isolado de corrupção e envolvia autoridades de diversos órgãos federais. Os investigadores perceberam que seria necessário adiar a operação para monitorar os novos suspeitos e conseguir mais detalhes sobre o esquema.

Caso os policiais entrassem nas casas e escritórios do grupo, os suspeitos tomariam conhecimento sobre a investigação imediatamente e interromperiam o funcionamento da quadrilha, o que praticamente impediria a obtenção de novas provas.

"Diante das novas evidências que estão sendo coletadas e considerando que eventual ação ostensiva, neste momento, poderia prejudicar a eficiência da investigação, acreditamos que seja necessária a expedição de novos mandados", escreveu o delegado Ricardo Hiroshi, da PF, em ofício enviado à juíza federal Adriana de Zanetti, em 9 de maio.

O adiamento foi fundamental para que a PF descobrisse a extensão das atividades da quadrilha. Em abril e maio, os investigadores foram surpreendidos por trocas de mensagens eletrônicas entre Paulo Vieira e Rose, então chefe de gabinete da Presidência em São Paulo. Os e-mails davam os primeiros sinais de uma rotina de troca de favores mantida pela dupla, que seria revelada nos meses seguintes. Rose providenciava reuniões com autoridades e indicações para cargos públicos em troca de presentes, como passagens para um cruzeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Procurada nesse domingo (16) à noite pelo Estado, logo após Paulo Vieira conceder a entrevista, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, informou não ter tratado do projeto da Ilha de Bagres, de Gilberto Miranda, nem com o ex-senador acusado pela Operação Porto Seguro nem com Luís Inácio Adams, chefe da Advocacia-Geral da União (AGU).

"Não trato de projetos específicos. Quando me dirijo à AGU, o faço formalmente com consultas referentes a questionamentos por parte do órgãos vinculados do ministério sobre entendimentos jurídicos de aplicação de normas ambientais."

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"O processo de licenciamento seguiu os ritos legais e técnicos. Desconheço qualquer informação que comprometa tecnicamente e procedimentalmente a análise e tomada de decisão", completou a ministra. "O Ibama já prestou informações ao Ministério Público sobre o licenciamento".As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Paulo Vieira, alvo da Operação Porto Seguro e apontado como chefe de quadrilha que corrompia servidores de órgãos federais para compra de pareceres técnicos, saiu da trincheira do silêncio e acusa o Ministério Público Federal e a Polícia Federal de "blindarem a ministra Izabella Teixeira", do Meio Ambiente. Ele afirma que a ministra fez "pressão" para que fosse aprovado projeto de interesse do ex-senador Gilberto Miranda, denunciado por corrupção ativa.

Ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), cargo que assumiu em 2010 por indicação da amiga Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo e acusada de integrar o grupo, ele nega que tenha pago propina a Cyonil Borges, do Tribunal de Contas da União, que delatou o esquema.

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Vieira se apresenta como "um petista de baixo clero" e defende Rose categoricamente. Revela-se indignado e amargurado. Recorre a Deus frequentemente, a quem pede proteção nesta etapa difícil de sua vida.

Classifica a ANA de "cabide de emprego". Desafia que provem contra ele prática de ilícitos e diz não ter intenção de delatar outros nomes - em conversas reservadas havia admitido a possibilidade de contar o que sabe, como divulgou o Estado.

Vai provar, avisa, sua inocência à Justiça. Aponta laços entre o ex-ministro dos Portos Pedro Brito e Miranda. "Tenho provas de tudo."

Repudia o papel que lhe é imputado pela acusação. "Que quadrilha é essa que supostamente só participou de dois pareceres em anos de ‘atividades’? Onde está o dinheiro de propinas que recebi?" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

No relatório da Operação Porto Seguro que entregou à Justiça Federal na última sexta-feira (7), a Polícia Federal sustenta que Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, era "o braço político da quadrilha" que se instalou em órgãos públicos para compra de pareceres técnicos fraudulentos.

Segundo a PF, Rose "fazia aquilo que Paulo Vieira pedia". Vieira, ex-diretor de Hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA), foi nomeado para o cargo por recomendação e ingerência de Rose que, em troca de e-mails interceptada pela PF, dizia a seus interlocutores frequentemente que se reportava ao então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem rotulava de PR.

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A PF sustenta que Vieira era o líder da organização que teria se infiltrado nas repartições federais, inclusive três agências reguladoras, para atender interesses empresariais, como do ex-senador Gilberto Miranda, que também foi indiciado no inquérito da Porto Seguro.

Um irmão de Paulo, Rubens Vieira, chegou a cargo estratégico - diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) - pelas mãos de Rose, conclui a PF.

No despacho de indiciamento de Rose - que não prestou depoimento, ficou em silêncio -, a PF assinala vantagens que ela recebeu no exercício da função, como passagens para cruzeiros marítimos, obtenção de nomeações de familiares - inclusive a filha, Mirelle - em cargos públicos sem concurso.

A PF diz ainda que Rose agia "como particular, e valendo-se de sua amizade e acesso com pessoas em diversos órgãos públicos, para atuar e influir em nomeações e indicações." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Diário Oficial da União traz nesta segunda-feira (10) a exoneração "a pedido" de Tiago Pereira Lima do cargo de diretor-presidente da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Ele foi indiciado pelo Ministério Público Federal, por ter beneficiado a empresa Tecondi, reconhecendo a ela o direito de explorar um terminal de contêineres no Porto de Santos.

Tiago Lima é ligado a Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), acusado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, de ser o chefe da quadrilha de fraudava pareceres em órgãos públicos.

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Lima antecipou a sua demissão, após ser indiciado e por causa de notícias de que novas denúncias seriam publicadas neste último fim de semana. Reportagem da revista Época denuncia que Tiago favoreceu a quadrilha de pareceres ao interferir em processo da empresa Tecondi, que tramita no Tribunal de Contas da União.

Indiciado pelo Ministério Público Federal por ter beneficiado a empresa Tecondi, reconhecendo a ela o direito de explorar um terminal de contêineres no Porto de Santos, o diretor-presidente da Agência de Transportes Aquaviários (Antaq), Tiago Pereira Lima, pediu demissão nesta sexta-feira (7). Lima, na verdade, apenas se antecipou à demissão que seria iminente pelo Planalto, após seu indiciamento e notícias de que novas denúncias seriam publicadas na imprensa, no final de semana, contra ele.

Tiago Pereira Lima encaminhou sua carta ao Planalto pedindo seu afastamento, mas ela foi direcionada para a Secretaria dos Portos. É que, com a publicação, nesta sexta-feira, da regulamentação do setor portuário, a Antaq passa a ser vinculada diretamente ao ministro Leônidas Cristino que acolheu imediatamente o pedido de demissão de Tiago.

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O ex-diretor da Antaq é ligado a Paulo Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), acusado pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, de ser o chefe da quadrilha de fraudava pareceres em órgãos públicos. No caso de Tiago, ele trabalhou para que a empresa Tecondi tivesse reconhecido o direito de explorar um terminal de contêineres, numa área de 170 mil metros quadrados no Porto de Santos. A próxima edição do Diário Oficial da União publicará seu afastamento.

O Palácio do Planalto esperava receber ainda nesta sexta-feira o pedido de demissão de Rubens Vieira, irmão de Paulo Vieira, que era diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Paulo Vieira pediu exoneração quinta-feira e o Planalto estava aguardando que seu irmão, Rubens, seguisse seus passos ainda nesta sexta-feira.

Paulo Rodrigues Vieira, apontado pela Polícia Federal como chefe do esquema de venda de pareceres técnicos de órgãos federais, aspirava a um cargo mais alto do que a diretoria da Agência Nacional de Águas (ANA) e dizia que seria indicado para o cargo de ministro do Meio Ambiente.

O ex-diretor também gostava de mostrar proximidade com pessoas importantes, como o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, segundo informou nesta quinta-feira (6) o presidente da ANA, Vicente Andreu Guillo, ao depor na Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado.

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Em cerca de duas horas, Andreu falou da dificuldade dos demais diretores da ANA de conviver com uma pessoa que descreveu como "complexa e ambiciosa". "Ele falava muito em ser candidato, tinha pretensões eleitorais, chegava a mencionar que estava cotado para ser nomeado ministro."

Filiado ao PT, Andreu relatou que Dirceu disse não conhecer Vieira. "Sou amigo de Dirceu, liguei para ele, que me disse nem sequer conhecê-lo", contou.

Andreu disse que o ex-diretor ficou desanimado com a agência porque esperava exercer outros tipos de atividade. Se pudesse escolher, Andreu acredita que Vieira optaria por outro cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou ingerência no processo do Tribunal de Contas da União (TCU) que discute o arrendamento de áreas do Porto de Santos à Tecondi. Segundo a assessoria do senador, ele não fez qualquer gestão a respeito e as declarações de Cyonil Borges são "inverídicas".

José Múcio disse que não houve conversa com Sarney ou Paulo Vieira. De acordo com a assessoria de gabinete do ministro, nenhuma decisão dele e do plenário do tribunal no processo foi favorável à Tecondi, apesar do parecer de Cyonil sugerir o contrário. E, além disso, até a Operação Porto Seguro, deflagrada em novembro deste ano, não se sabia que o relatório do auditor era comprado.

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Em e-mail enviado por sua assessoria, Paulo Vieira disse: "Nego. Nunca falei com Sarney sobre isso". Segundo ele, o processo foi encaminhado a São Paulo por José Múcio, no início de 2010, atendendo a um pedido da Codesp. O ex-diretor informou que, à época, não era ainda conselheiro da companhia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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