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Cresceu a destruição da Mata Atlântica. Entre 2020 e o ano passado, foram desmatados 21.642 hectares do bioma, o equivalente a mais de 20 mil campos de futebol. A alta foi de 66% em relação ao período entre 2019 e 2020, conforme dados da Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Houve alta do desmatamento em 15 dos 17 Estados que compõem o bioma, de acordo com o Atlas da Mata Atlântica, levantamento realizado desde 1989. Cinco dos Estados acumularam 89% do desflorestamento verificado: Minas (9.209 hectares), Bahia (4.968 ha), Paraná (3.299 ha), Mato Grosso do Sul (1.008 ha) e Santa Catarina (750 ha). "Fazia muito tempo que não observamos aumento relativo tão alto, havia certa estabilidade", afirma Luis Fernando Guedes Pinto, diretor de conhecimento da SOS Mata Atlântica. "Isso nos acende um alerta enorme." Na comparação com o período 2017-2018, quando foi registrada a menor taxa de desmate da série histórica, a elevação agora é de 90%.

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De acordo com Guedes, alguns fatores têm afetado o bioma, como a derrubada da mata para a criação de pastagens e de mais espaço para culturas agrícolas. Também pesa a pressão da expansão urbana das grandes cidades e no litoral. "Em Estados como Minas e Bahia, a dinâmica é derrubar para criar novas áreas de plantio e pasto, diferentemente de Paraná e Santa Catarina, onde a pressão é a de culturas agrícolas já estabelecidas que aos poucos vão 'comendo' as bordas do que sobrou da mata."

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 72% da população brasileira - 145 milhões de pessoas - vivem em áreas que se inserem na Mata Atlântica. As maiores cidades do País, como Rio, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba são alguns dos exemplos.

O estudo aponta ainda crescimento nos Estados que se aproximavam do fim definitivo do desmate, como São Paulo. Alagoas, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte tiveram desflorestamento menor que 50 hectares, mas por serem constantemente cobertos por nuvens, o que restringe a observação via satélite, não se pode afirmar que têm desmate zero.

O Atlas destaca que, apesar de não ter o propósito de investigar a legalidade dos desmatamentos detectados, a vegetação nativa do bioma é protegida pela Lei da Mata Atlântica. "Deveríamos falar em restauração, mas em 2022 estamos falando sobre o aumento do desmatamento", critica Guedes.

Critérios

O Estadão procurou os cinco Estados que puxaram a alta: Minas, Bahia e Mato Grosso do Sul não responderam até 20h. Paraná e Santa Catarina afirmam que não tiveram acesso aos dados do estudo. O governo catarinense, por exemplo, disse que não era possível saber se todo o desmate computado era ilegal.

São Paulo destaca ainda que não teve acesso ao relatório e ressalta ter uma das menores taxas de desmate do País. Ainda segundo o Estado, metade dos hectares apontados com supressão de vegetação nativa na última edição do Atlas estava licenciado pela agência ambiental com todas as compensações previstas em lei, além dos "incêndios e deslizamentos naturais como causas da perda de vegetação".

Falhas permitem cadastro rural em área indígena

Após dez anos em vigor, a lei que criou o Código Florestal no País ainda patina em um de seus mecanismos mais básicos: o Cadastro Ambiental Rural (CAR). A sobreposição dos registros com Terras Indígenas é um dos resultados da falta de coordenação entre Estados e governo federal, diz relatório inédito da Climate Policy Initiative (CPI) e PUC-RJ.

Autodeclaratório, o cadastro permite que proprietários tenham, por exemplo, acesso a financiamento mesmo antes de retificarem informações erradas no sistema. O CAR é um registro público eletrônico, incorporado pela lei que criou o Código, que auxilia Estados e municípios na gestão ambiental e econômica de propriedades rurais. Ao reunir informações de posse e ambientais, permite monitorar e combate ao desmate. É a partir do cadastro que imóveis rurais passam a se adequar e ser fiscalizados quanto ao cumprimento de obrigações previstas pela lei, como manter Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal. A ferramenta também cria incentivos para que produtores rurais aproveitem áreas já abertas, sem necessidade de mais desmates.

Uma vez que o cadastro é feito, cabe aos Estados analisarem as informações e validá-lo. Na prática, aponta o relatório, a falta de coordenação com o governo federal e a demora em fazer avaliações levam a distorções como enormes quantidades de terra declaradas no sistema como privadas invadindo Terras Indígenas (TIs), quilombolas e Unidades de Conservação. "A lei não foi pensada com a (possibilidade) de sobreposição com Terras Indígenas. Quando o poder público se deu conta, os Estados passaram a tentar conter", diz Cristina Leme Lopes, gerente de Pesquisa, Direito e Governança do Clima da CPI.

Há no País mais de 29 milhões de hectares registrados no CAR em sobreposição a áreas protegidas. Dados do Serviço Florestal Brasileiro mostram que são 6.775 cadastros sobrepostos a TIs já homologadas, e estimam de 8 mil a 10 mil cadastros sobrepostos às que ainda aguardam homologação. "Os Estados vêm avançando, mas há um gargalo adicional que se forma na etapa da análise das declarações", afirma Joana Chivari, diretora associada de Direito e Governança do Clima da CPI.

O estudo identificou que só o Pará tem estratégia específica para identificar sobreposições em TIs e fazer cancelamentos ou a suspensão dos cadastros enquanto não forem retificados. A maioria dos Estados não regulamenta a sobreposição, alguns copiam ou remetem à lei federal. São Paulo, Mato Grosso e Maranhão têm lei específica para isso.

O sistema federal, SICAR, reúne informações dos cadastros e é usado por parte dos Estados que não desenvolveram sistemas. Nele há um filtro para detecção de sobreposições, mas seu uso ainda é opcional. Ou seja, "os Estados podem 'desligar' os filtros e escolher não detectar automaticamente quaisquer sobreposições em TIs", diz a pesquisa.

Outra dificuldade para vedar sobreposições, afirmam as pesquisadoras, foi uma portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária, em 2021. Nela, a pasta acrescentou o status "suspenso" às possíveis avaliações das autodeclarações, mas manteve o status "pendente" para a análise do CAR em caso de sobreposição. "Isso deveria ser cancelado de imediato", critica Roberta del Giudice, secretária executiva do Observatório do Código Florestal. Isso leva, diz, a problemas ainda maiores. "Temos pressão e violência em algumas dessas áreas porque a pessoa que criou o CAR tem a expectativa de validar esse cadastro."

A pesquisa faz recomendações aos governos federal e locais. Entre elas, que os Estados regulamentem, "de imediato, o cancelamento e/ou suspensão de inscrições sobrepostas a TIs, independentemente de regulamentação específica pelo poder público federal" e que União e Estados contem "com a participação ativa dos povos indígenas ao regulamentar o procedimento de cancelamento dos cadastros em TIs."

"Já perdemos tempo demais, é emergencial a implementação", diz Roberta. Procurados, os Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura não responderam até 20h30.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Fundação SOS Mata Atlântica apresentou nesta quarta-feira, 13, uma plataforma que reúne suas propostas para os pré-candidatos das eleições de 2018. Batizado de "Desenvolvimento para Sempre", o documento chama atenção para os marcos da legislação ambiental dos últimos 30 anos. A instituição apresentou suas propostas aos representantes dos movimentos Acredito, Agora, Bancada Ativista e Muitas, com foco na conservação da Mata Atlântica.

Dentre as propostas da ONG estão a extinção do desmatamento ilegal no bioma, a validação de todos os Cadastros Ambientais Rurais (CAR) na Mata Atlântica, dando prioridade a regiões estratégicas para abastecimento e à manutenção da política de criação de parques e áreas de preservação. Além disso, a fundação ainda reiterou a importância de vetar integralmente as iniciativas que busquem reduzir as áreas protegidas.

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O ambientalista e ex-secretário estadual de Meio Ambiente de São Paulo, Fábio Feldmann, disse em nota que as preocupações com o meio ambiente não estão vinculadas a ideias de esquerda ou direita, e sim com a ideia de pensar no futuro. "Quando participei da construção do capítulo de meio ambiente da Constituição Federal, estávamos saindo de um regime autoritário e se encontrando na democracia. Hoje, a política se esvaziou de conteúdo e chegamos no descrédito da democracia."

Erika Bechara, advogada especialista em direito ambiental, questionou as plataformas dos políticos, que pouco tocaram na questão ambiental em suas propostas. "Onde estão os pré-candidatos com pauta ambiental? A sociedade comprou a ideia de que o ambiente é um estorvo, algo antieconômico. Precisamos mudar essa concepção. Meio ambiente é essencial para a qualidade de vida de todo mundo, é um direito humano", disse.

"Como vamos sobreviver a esse Congresso Nacional em cenário hostil? Trabalhar com a Frente Parlamentar Ambientalista é uma das saídas, pois ela é a única que ouve a sociedade civil", disse em nota Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, afirmando ainda que, para se pensar em políticas ambientais, é preciso conhecer os representantes dos diversos setores no Congresso.

Nos primórdios era uma floresta, que foi derrubada para virar um cafezal, que depois foi coberto por pasto e hoje é uma floresta de novo. Ainda em processo de amadurecimento, verdade, mas seus benefícios já começam a ser sentidos: houve retorno da fauna e aumento da oferta de água nas nascentes do local. Esse é um resumo da história do Centro de Experimentos Florestais da SOS Mata Atlântica, em Itu, interior paulista.

Em pouco mais de oito anos de atividades de recuperação da vegetação, 200 espécies de aves nativas já voltaram. No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado hoje, a história serve como exemplo dos desafios e também dos ganhos que o Brasil pode ter ao cumprir uma das metas assinadas no Acordo de Paris, a de restaurar 12 milhões de hectares de floresta. Este projeto destaca apenas os resultados para a conservação, mas as iniciativas podem ter também ganhos econômicos (mais informações nesta página).

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Foi o potencial hídrico que colocou a área de 524 hectares na mira do programa de restauração da ONG. Nos anos 1970, depois de décadas servindo como cafezal, o local foi comprado pela empresa Schincariol (hoje Brasil Kirin) por ter várias nascentes que poderiam servir a uma das fábricas, a cerca de sete quilômetros dali.

Foram construídos reservatórios e poços, mas o solo foi quase todo coberto por pasto. Haviam restado só dois pequenos fragmentos de vegetação natural, que cobriam menos de 10% do terreno. Em 2004, começaram as conversas com a SOS Mata Atlântica para a recomposição da área. "Eles queriam proteger as nascentes. O negócio principal da empresa é água", conta o biólogo Rafael Bitante Fernandes, gerente de Restauração Florestal da ONG.

O local foi cedido para a criação do Centro de Experimentos Florestais. Ao lado de uma rodovia e cercada por pastagens e condomínios, a propriedade precisou de um intenso plantio de mudas para recuperar a cobertura florestal. Segundo Fernandes, de 2007, quando o projeto começou, até o fim de 2012, foram plantadas 720 mil mudas de 130 espécies diferentes. O custo ficou entre R$ 17,5 mil e R$ 22 mil por hectare.

Apesar de ainda estar crescendo e ganhando corpo, ali já existe uma "florestinha" que mudou a paisagem e já soma resultados marcantes. Um levantamento das aves feito em 2009 identificou que viviam ou passavam por ali 81 espécies associadas a ambientes aquáticos e a paisagens abertas. Em dezembro de 2015, o número tinha saltado para 208.

Vida

Começaram a aparecer espécies que preferem ambientes mais sombreados, afirma o ornitólogo Marcos Melo, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que participou do estudo. "O centro já funciona como trampolim ecológico para aves que precisam de matas bem fechadas, como o gavião-de-cabeça-cinza (Leptodon cayanensis). Vimos que um adulto e um filhote ficaram alguns dias, se alimentaram e depois continuaram viagem", diz.

Também foram observadas duas espécies ameaçadas de extinção - a curica (Amazona amazonica), um tipo de papagaio, e a cabeça-seca (Mycteria americana), um tipo de cegonha, que praticamente já não são mais vistas no Estado de São Paulo - e 13 endêmicas da Mata Atlântica, como o barbudo-rajado (Malacoptila striata).

Sem seca

Outro ganho foi sobre os recursos hídricos: 19 nascentes voltaram a verter água. Segundo Fernandes, o volume de água superficial aumentou 5% e o subterrâneo, 20%.

Ele conta que, durante a seca histórica que atingiu o Estado entre 2014 e 2015, o local praticamente não foi afetado porque as árvores deixam o ambiente mais resiliente. Uma parte da água serve para abastecer a fábrica, mas foi montado um esquema com bicas para que a população da cidade pudesse pegar água para uso emergencial. "Aqui não teve crise hídrica, ao contrário do que aconteceu na cidade de Itu. Minha casa ficou 19 dias sem água. A de um outro funcionário, 30 dias. A gente vinha tomar banho aqui", lembra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A emissão de gases causadores de efeito estufa no país aumentou 7,8% no ano passado, na comparação com o ano de 2012. O levantamento mostra que houve uma mudança de trajetória negativa para o País, uma vez que, de 2011 para 2012, havia sido registrada queda de 4,7%.

Os dados fazem parte do inventário divulgado nesta quarta-feira (19), na capital paulista, pelo Observatório do Clima, uma rede formada por várias organizações da sociedade civil que atuam em mudanças climáticas, entre elas Greenpeace, SOS Mata Atlântica , WWF Brasil  e Instituto Socioambiental.

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Segundo o estudo, as emissões passaram de 1,46 gigatonelada (Gt) em 2012 para 1,57 Gt em 2013, considerando todo o Brasil. Todos os setores responsáveis pelas emissões apresentaram crescimento, com destaque para o setor da energia (7,3%) e do desmatamento (16,4%).

De acordo com Tasso Azevedo, coordenador técnico do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima, a perspectiva para os setores, que incluem agropecuária, energia, desmatamento, indústria e resíduos (lixo e esgoto), é crescimento na emissão de gases nos próximos anos.

“As projeções baseadas em dados do ano passado apontavam 1,7 Gt em 2020, sendo que a meta era não passar de 2 Gt. A gente refez essa trajetória, conforme o comportamento atual, e ficou em 2,2 gigatoneladas toneladas em 2020”, disse ele.

O estado que mais contribui para a emissão de gases no ano passado foi o Pará, seguido por Mato Grosso, devido ao desmatamento e à atividade agropecuária. Descontados esses dois setores relacionados ao uso da terra, despontam como maiores emissores os estados de São Paulo, Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.

A emissão per capita no país foi 7,8 toneladas, uma redução drástica ao longo dos anos, já que, em 1995 a emissão era 18 toneladas per capita. A redução está relacionada com a queda do desmatamento na Amazônia, mas está, ainda, distante do ideal, um patamar entre 1 e 3 toneladas per capita.

De acordo com André Ferretti, coordenador do Observatório do Clima, as emissões brasileiras representam 3% do total das emissões globais. O país tem 2,8% da população do planeta e responde por 5% do território. Os números, para ele, são satisfatórios, já que, em 2004, o país respondia por 6% das emissões mundiais.

“A gente vem mostrando que o Brasil fez um grande esforço e diminuiu as emissões, mas o objetivo do Observatório com essas estimativas é que possamos detectar tendências, e tentar corrigir ou pensar em novas políticas públicas”, declarou.

A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), promoverá nesta quarta-feira (24), um evento onde será divulgado o edital que incentivará as prefeituras a realizarem planos de conservação e recuperação da Mata Atlântica. Apresentação acontecerá às 9h, no auditório da Agência CONDERPE/FIDEM, localizado na Rua das Ninfas, nº 65, Bairro da Boa Vista, centro.

O edital “Apoio à Elaboração de Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica”, com recursos da ordem de R$ 320 mil oriundos do Fundo Estadual de Meio Ambiente (FEMA), irá beneficiar projetos de manejo e reflorestamento. O sócio fundador do SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, irá compartilhar experiências de planos de conservação da Mata Atlântica em todo o país com os representantes das prefeituras e de entidades relacionadas ao tema.

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Segundo o secretário executivo da Semas, Helvio Polito, a ação é pioneira no Estado. “Agora, além de divulgar o edital junto às prefeituras envolvidas, o evento no auditório do Condepe é uma forma de convidar a academia e a sociedade civil para participar do processo”, afirma o secretário.

Serviço

Data: 24 de julho de 2013

Horário: 9h

Local: Auditório da Agência CONDERPE/FIDEM – Rua das Ninfas, nº 65, Bairro da Boa Vista, Recife

O Rio Capibaribe foi classificado como um dos piores do País, segundo a organização não governamental SOS Mata Atlântica que realizou uma pesquisa entre janeiro e dezembro de 2012, quando foram analisados 30 rios de nove Estados brasileiros. O Açude do Prata, Zona Norte do Recife, também compõe a lista. O resultado foi divulgado no Dia Mundial da Água, nesta última sexta-feira (22).

De acordo com o levantamento a situação piorou. A última pesquisa realizada em 2010 considerou o Rio Capibaribe regular, já a atual detectou que ele passou para ruim. O Açude do Prata ficou tachado de regular. A análise englobava 14 parâmetros físico-químicos, entre eles: transparência da água, lixo e odor. 

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O kit ficou encarregado de classificar a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos).  Dos 30 corpos d’água monitorados, 70% foram classificados como “regular” e 30% no nível “ruim”. Nenhum dos pontos de coleta conseguiu a soma necessária para alcançar os níveis “bom” ou “ótimo”. 

Rio Vaza-Barris, em Aracajú (SE) e Rio Pratagy, em Maceió (AL) tiveram melhor resultado, 34 e 33 pontos, respectivamente. Entretanto, o Rio Capibaribe apresentou 26 pontos e o Açude do Prata, 31. Confira a tabela completa dos rios que entraram na lista de análise. 

Recife recebe a partir desta segunda-feira (3) a exposição “A Mata Atlântica é Aqui – Exposição Itinerante do Cidadão Atuante”, da Fundação SOS Mata Atlântica. A mostra estará no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, até o dia 23 de setembro, onde serão realizadas atividades e atrações gratuitas para o público de todas as idades. 

Quem passar pelo parque vai poder conferir nos dois caminhões adaptados para atividades de educação ambiental e uma exposição chamada “Nosso verde também depende do azul”, que apresenta um panorama sobre a zona costeira e os ecossistemas marinhos.

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Durante a visita, serão realizadas palestras, oficinas, apresentações teatrais, jogos educativos, debates, exposições, entre outras atividades. O público poderá aprender de maneira lúdica e divertida, através de jogos, iPads, equipamentos audiovisuais e uma mesa vertical de touch-screen.

Um dos caminhões conta ainda com um espaço fechado, com cadeiras, projetor e sistema de sonorização, para a realização de palestras e oficinas. Esta é a segunda vez que o projeto itinerante passa pela cidade do Recife, sendo que a primeira visita ocorreu de 13 a 24 de outubro de 2010.

A Mata Atlântica é em Recife 

De acordo com o levantamento do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado em maio de 2011 pela SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Recife possui cerca de 20% de Mata Atlântica original em bom estado de conservação. No Estado de Pernambuco são 99 os municípios com incidência do bioma. Somados os remanescentes dessas cidades, o Estado conta com 13% de sua Mata Atlântica original.

Serviço: 

SOS Mata Atlântica

Local: Parque Dona Lindu – Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife

Funcionamento: 10h às 17h até o dia 22 de setembro / 10h às 16h no dia 23 de setembro

Com informações da assessoria.

A Frente Parlamentar Ambientalista lançou, nessa quarta-feira (22), em Brasília, a Plataforma Ambiental aos Municípios 2012. O documento, produzido pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria coma Frente e a Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente, apresenta propostas socioambientais para serem adotadas nas cidades do país.

A ideia é que os candidatos às eleições municipais se comprometam com a ação, por isso a Plataforma inclui sugestões para o que pode ser aplicado nos municípios. “Não porque está na moda, porque é bacana, mas porque tem a ver com a qualidade de vida das pessoas. É uma relação direta", frisou o diretor de políticas públicas da Fundação, Mário Mantovani.

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O mesmo documento será lançado nesta quinta-feira (23), às 14h, na Assembleia Legislativa do Estado. Na próxima semana, o evento será realizado em Aracaju e Maceió. O grupo já esteve em Salvador, Porto Alegre, Curitiba, João Pessoa, Natal e Rio de Janeiro, além de Brasília.

A Plataforma está disponível no site da Fundação SOS Mata Atlântica. Eleitores e candidatos podem fazer o download do documento e aderir ao projeto.

Cerca de 1,5 mil pessoas se reuniram, na manhã deste domingo, em frente ao Monumento das Bandeiras, nas proximidades do Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, em um ato público a favor do veto ao novo Código Florestal.

O ato público com o tema #VetaTudoDilma pediu que a presidente Dilma Rousseff recuse a sanção do novo Código Florestal, que foi aprovado na Câmara no dia 25 de abril. Esta foi uma das últimas manifestações pela proibição do código, porque na próxima sexta-feira (25), Dilma terá de decidir vetar ou aprovar, seja totalmente ou parcialmente, o Código Florestal.

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De acordo com informações da Polícia Militar, o ato foi pacífico e terminou por volta das 13 horas, após o grupo ter feito uma passeata nos entornos do Parque do Ibirapuera.

A mobilização foi realizada pela Fundação SOS Mata Atlântica, com apoio dos comitês em Defesa das Florestas nacional e paulista, coalizões formadas por centenas de organizações da sociedade civil brasileira.

Segundo informações do diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, a aprovação do Código Florestal vai na contramão da opinião pública. "Chegamos a 1,8 milhão de assinaturas contrárias a esta aprovação. Portanto, a mobilização não é geograficamente localizada, é uma campanha nacional e internacional, uma atitude de cidadania."

O movimento contrário ao texto aprovado pela Câmara, no fim de abril, ganhou corpo nas redes sociais e, em maio, ganhou apoio de globais como a atriz Camila Pitanga, o ator Vitor Fasano, o ator e jornalista Wagner Moura, entre outros.

Dois rios baianos, dentre 49 avaliados pela Fundação SOS Mata Atlântica em 11 estados brasileiros, estão entre os 10 mais poluídos do País. A pesquisa, realizada no período de janeiro de 2011 a março de 2012, foi divulgada nessa quinta-feira (22), talvez não por coincidência, Dia Mundial da Água. Nenhum dos rios monitorados conseguiu a soma necessária para alcançar os níveis “bom” ou “ótimo”. Ao todo, 75,5% foram classificados como “regular” e 24,5% no nível “ruim”.

Na Bahia, foram avaliados sete rios. Desses, o Rio Itapicuru Mirim, no município de Jacobina (BA), com 24 pontos, teve o segundo pior desempenho na pesquisa, "superado" apenas pelo Rio Criciúma, na cidade de Criciúma (SC), que obteve 23 pontos. Em situação semelhante se encontra o Rio Catu, no município de Catu (BA), Região Metropolitana, a 78 Km de Salvador. Na análise, os técnicos da Fundação SOS Mata Atlântica encontraram nos rios Itapicuru Mirim e Catu, entre outras coisas, plásticos e papel acumulado nas margens, mau cheiro, ausência de peixes e um alto índice de coliformes fecais. Boa parte da poluição do Rio Catu, na área que margeia o centro da cidade, está relacionada ao esgoto doméstico, lançado diretamente ao rio.

Por sua vez, o Rio Itapicuru Mirim, no município de Jacobina, o segundo mais degradado entre os 49 avaliados, deve passar por revitalização ainda este ano. A informação  é do secretário municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Roberto Oliveira Amorim. Segundo ele, todo o esgoto da cidade é jogado no rio há anos, o que justifica o alto índice de poluição.

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