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Após intensas chuvas que assolaram a Região Metropolitana do Recife e as Mata Sul e Norte de Pernambuco, dois rios do Estado entraram em cota de alerta, segundo informação divulgadas pela Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), neste domingo (20).

O Rio Dunas, em Jaboatão Centro, e o Rio Pirangi, em São Benedito do Sul, estão com os níveis de água elevados e, com isso, os municípios de Jaboatão dos Guararapes, São Benedito do Sul, Jaqueira e Maraial devem permanecer em estado de atenção com a possibilidade de inundação.

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A Apac e a Defesa Civil estão monitorando a situação e podem modificar o aviso caso necessário.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta segunda-feira que é possível fazer uma "grande política de reflorestamento". Ele também mencionou uma eventual ação de recuperação dos afluentes do Rio São Francisco.

"Recuperar as matas ciliares do São Francisco e recuperar os afluentes do São Francisco é uma coisa tão importante quanto a própria transposição", declarou o presidente da República. "O São Francisco tem muitos afluentes que já morreram. Vamos tentar, num processo de recuperação, ver se a gente recupera esses afluentes. Aí, nós temos que reviver a floresta, vamos ter que plantar outra vez um monte de coisa e fazer uma grande política de florestamento nesse país, onde é possível fazer", disse Lula.

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E explicou: "Isso gera emprego, isso vai ajudar o pequeno e médio produtor rural a fazer mudas para que a gente possa reflorestar esse país onde for possível reflorestar."

Lula deu as declarações no programa Conversa com o Presidente, produzido pela EBC. É uma espécie de live do presidente da República. Normalmente, a peça é transmitida às terças-feiras. Nesta semana, é realizada na segunda-feira porque, na terça, Lula estará no Paraguai para a posse do presidente eleito do país, Santiago Peña.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Entidade Administradora de Faixa (EAF) iniciaram nesta terça-feira (1º), a implementação de três redes de fibra ótica de um total de oito que fazem parte do Programa Norte Conectado, financiada com recursos provenientes do leilão do 5G - ou seja, sem aporte de recursos públicos.

O programa tem o objetivo de instalar 12 mil quilômetros de fibra nos leitos dos rios da Bacia Amazônica - Rios Negro, Solimões, Puruá, Madeira, Juruá e Branco. As infovias vão passar por 59 cidades onde vivem 10 milhões de pessoas. Ao todo, serão R$ 1,5 bilhão em investimentos.

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Parte da capacidade da fibra será usada pelo setor público, como escolas, hospitais e prefeituras. A outra parte de ser usada por empresas lançarem planos comerciais de internet em troca da manutenção das redes.

Os trechos das próximas três infovias têm 2,3 mil quilômetros de extensão por onde vão passar cabos subaquáticos, fabricados pela chinesa ZTT Submarine Cable & System. Essa montanha de cabos saiu da China e chegou ao Brasil pelo Porto de Manaus no fim de julho.

O transbordo aconteceu nesta semana, com a fibra sendo transferida para as embarcações brasileiras responsáveis pelo próximo passo na implantação: o lançamento no leito dos rios. A EAF será responsável pela construção de seis infovias, com mais de 10 mil quilômetros de cabos subaquáticos.

O investimento nestas seis infovias é de cerca de R$ 1,34 bilhão, que foi captado por meio do leilão do 5G. "O dinheiro vem das operadoras que participaram do leilão e arremataram os lotes regionais do 5G, que são a Claro, TIM e a Vivo", afirma o presidente da EAF, Leandro Guerra, em entrevista coletiva à imprensa, em Manaus.

"Trata-se de um programa sem precedentes, que vai levar sinal de dados de alta velocidade para garantir à população melhorias na educação, saúde, pesquisa, defesa e judiciário", afirmou o conselheiro da Anatel, Moisés Moreira, também durante coletiva.

"Estamos falando de uma região que está sendo degradada pela mineração ilegal e pelo desmatamento. A fibra representa uma oportunidade enorme de desenvolvimento econômico para a população", complementa, referindo-se à possibilidade de novos negócios com a chegada da internet rápida.

A perspectiva é que todas as infovias fiquem prontas até 2025.

Duas delas já foram implantadas. A infovia 00 - considerada o projeto piloto - liga Macapá e Santarém e já está em funcionamento. A outra é a 01, de Santarém a Manaus, concluída neste ano e na espera da inauguração.

Próximas etapas

O que será construído nesta fase são as infovias 02, 03 e 04. O primeiro lançamento será o da Infovia 04, que terá mais de 500 km de extensão nos rios Negro e Branco, previsto para ser iniciado na última semana de agosto. Ela vai conectar as localidades de Vila de Moura (AM), Santa Maria do Boiaçu (RR), Caracaraí (RR), Iracema (RR), Mucajaí (RR) e Boa Vista (RR).

As Infovias 02 e 03 estão previstas para serem implementadas no último trimestre de 2023. A 02, a maior delas, tem cerca de 1.200 km de extensão no rio Solimões, conectando as cidades amazonenses de Tefé, Alvarães, Uarini, Fonte Boa, Jutaí, Tonantins, Santo Antônio do Içá, Amaturá, São Paulo de Olivença, Belém de Solimões, Tabatinga, Benjamin Constant e Atalaia do Norte. Ela vai viabilizar a conexão entre os postos avançados do exército e as fronteiras.

Já a infovia 03, com 624 km de extensão, vai conectar as cidades de Belém (PA), Ponta de Pedra (PA), São Sebastião da Boa Vista (PA), Curralinho (PA), Bagre (PA), Breves (PA), Afuá (PA) e Macapá (AP). Essa infovia é importante pelo impacto comercial e econômico, pois passa por regiões com importantes empresas que atuam no desenvolvimento local.

As fortes chuvas que atingiram Pernambuco nesta sexta-feira (7) vêm deixando um rastro de transtorno em diversas cidades. Nas zonas da Mata do estado, os altos níveis dos rios fizeram a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac) permanecer em estado de monitoramento. 

Segundo o gerente de monitoramento de Recursos Hídricos da Apac, Kássio Kramer, o acumulado de chuvas é bastante significativo no estado. "Barragens importantes para o abastecimento humano, como Pirapama e Botafogo, estão vertendo; e outras barragens que são importantes para a contenção de cheias do Rio Capibaribe, como Tapacurá, também apresentam a mesma situação", informa Kramer. 

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A barragem de Goitá e de Carpina estão com aproximadamente 50% do volume, e o rio encontra-se em situação regular. Ainda foi feita uma cota de alerta no município de São Lourenço da Mata, mas ainda longe da cota de inundação. 

Os rios Tapacurá, em Vitória de Santo Antão, e o Sirinhaém, em Joaquim Nabuco, estão em cota de inundação. 

Os rios da Bacia do Una e da Bacia do Ipojuca estão em cota de alerta. Se as chuvas persistirem, os níveis podem subir mais. 

Nas redes sociais, vídeos circulam mostrando partes de cidades inundadas pelas águas transbordadas, combinadas com o volume pluvial. Veja a situação da Usina Santa Tereza, distrito de Água Preta, a cerca de 10 km de distância de Palmares. 

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Estradas bloqueadas 

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou nesta tarde que o trecho da BR-101, na altura do município de Palmares, está bloqueado devido ao acúmulo de água no leito viário, impedindo inclusive a passagem de veículos de grande porte. Os dois sentidos da via estão intransitáveis. Para desviar do bloqueio, os motoristas podem pegar o litoral, pela AL-101 e PE-60, ou ainda a BR-104 até chegar a Caruaru, indica a PRF. 

Barragem transbordada 

Há cerca de uma semana, a barragem de Lagoa do Carro, entre Limoeiro e Carpina, transbordou, passando do nível da ponte do Cumbe, na PE-050. Segundo informações, as comportas da barragem chegaram a ser abertas para passar um pouco o nível da água, que voltou a subir na madrugada desta sexta-feira (7), devido às chuvas. 

O LeiaJá conversou com uma fonte, que confirmou que existem rachaduras na ponte, devido ao longo período submersa em água.  

Cidades em alerta 

A cidade de Jaqueira, na Mata Sul do estado, a cerca de 14 km do município de Catende, teve um dia agitado com altos níveis de água nas vias, no entanto, o rio que corta a cidade, Pirangy, não chegou a transbordar. Em nota, a prefeitura de Jaqueira informou que segue orientando as famílias de áreas de risco a procurar local seguro. 

“Estamos disponibilizando caminhões para moradores das áreas mais baixas retirar móveis e objetos.  Já acionamentos as equipes da Secretaria de Assistência Social, Obras e de Saúde”, detalha a prefeita da cidade, Ridete Pellegrino. 

 

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) prevê a continuidade das chuvas em todo o Litoral de Pernambuco, ao longo desta sexta-feira (30). O alerta de estado de atenção foi renovado pela agência, com risco moderado a alto. 

A previsão é para a Região Metropolitana do Recife (RMR) e Matas Norte e Sul do estado, que compõem a faixa litorânea. Também há indicativo de chuva no Agreste, mas de forma fraca, sem riscos.  

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"Não há no momento previsão de chuvas com volume semelhante aos acumulados de 2022", destacou a meteorologista da Apac, Edvânia Santos.  

LeiaJá também: Recife: Confira pontos alagados pela chuva nesta sexta

A Apac explica que a recorrência das chuvas desde o início da semana se deve a um canal de umidade presente no Oceano Atlântico que vem favorecendo a ocorrência de precipitação no Litoral. 

Os municípios que mais receberam chuva nas últimas 12h estão na RMR, são eles: Cabo de Santo Agostinho (115 mm), Ilha de Itamaracá (90 mm) e Igarassu (77 mm). 

A expectativa é de um fim de semana chuvoso nas regiões litorâneas, com a continuidade das pancadas no sábado (1º) e domingo (2).

A Apac também alerta para a possibilidade de inundação em dois rios do estado, que atingiram a cota de volume, são eles: Rio Tracunhaém, em Nazaré da Mata, e Rio Capibaribe, em São Lourenço da Mata. 

Entre os dias 18 e 24 de abril, das 9h às 22h, o Centro Municipal de Educação Adamastor recebe “Pelos Ares: 8.375 km de Rios”, uma exposição de fotos do piloto de paramotor e documentarista Lu Marini. A mostra reúne material obtido pelo autor em suas expedições por alguns dos principais rios do Brasil. A entrada é gratuita e classificação livre. 

São mais de 40 fotos, que retratam a importância dos cursos d’água, suas belezas naturais e as maneiras racionais de cuidar do meio ambiente. Os equipamentos utilizados por ele também fazem parte da mostra. “Pelos Ares” tem curadoria de Gabriela Alejandra Nebot e cinco temas centrais: os rios Araguaia, Doce, Tietê, Paranapanema e São Francisco.

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A abertura da exposição contará com a presença de Lu Marini para bate-papo com os visitantes sobre algumas de suas aventuras. Em turnê Brasil afora, “Pelos Ares” já passou por mais de 40 cidades, atraindo um público aproximado de 300 mil pessoas. São percursos que somam milhares de quilômetros formados por várias realidades, culturas e ecossistemas.  

Uma exposição inédita com surpresas e sensações que seguem além da estética ao possibilitar a análise de questões ambientais, sociais e econômicas do país. Em meio às paisagens vistas de cima, entre o belo e também o devastador, estão as histórias de quem encontra na simplicidade uma forma de viver.

Este é, de fato, o objetivo maior da exposição: permitir se colocar no lugar do outro enquanto é promovida uma reflexão na busca por um mundo melhor. A exposição é realizada com recursos do ProAC, por meio da Secretaria de Cultura e Economia do Governo do Estado de São Paulo, e conta com o apoio cultural da Prefeitura de Guarulhos.  

Enquanto só 6,9% dos pontos analisados em 120 rios da região da Mata Atlântica têm água de boa qualidade, 20% não têm condições mínimas para seu uso e o total da amostra praticamente se manteve na mesma situação de um ano para o outro. Mas um córrego - que nasce acanhado e espremido entre um prédio e uma casa na Vila Mariana e abastece o lago do Parque do Ibirapuera (onde houve coleta) - melhorou e se tornou o único de São Paulo considerado bom, conforme estudo da Fundação SOS Mata Atlântica.

A forma como isso se deu diz muito sobre o porquê da melhora. Em 2021, a Prefeitura de São Paulo e os moradores da Vila Mariana, onde o córrego nasce, resolveram se unir e dar ao local em que ele brota da terra atenção especial. Plantas, solo agora permeável à água da chuva, pintura nas paredes ao redor - o córrego nasce em uma espécie de beco que se forma entre os imóveis - e um portão, além de limpeza.

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Uma parte da viela era concretada. O material foi retirado e o piso restaurado. Ele é feito com paralelepípedos intertravados que formam fendas - preenchidas com areia para deixar a água passar tanto para fora quanto para dentro.

A ação deu resultado e o Sapateiro passou a ter sua água avaliada como boa, uma conquista importante para o único rio da capital com essa avaliação. A Prefeitura de São Paulo diz que o projeto surgiu em reuniões entre as equipes da subprefeitura, Associação Amigos da Vila Mariana e membros do Conselho Participativo Municipal Vila Mariana.

TIETÊ E PINHEIROS

O exato oposto do Sapateiro é o Rio Pinheiros, pior do que o próprio Tietê na capital. Com três pontos de avaliação, em todos com avaliação péssima, como no ano anterior. Apesar do investimento do Estado no programa Novo Rio Pinheiros, que conectou redes de esgoto em 650 mil residências, e a melhora no odor e na aparência da água, já possível de se notar, a qualidade ainda é a pior da cidade.

O Rio Tietê, onde o Pinheiros deságua, por sua vez, tem condição ruim em todos os pontos de avaliação na região metropolitana. No interior, chega apenas a regular. E isso chama a atenção. Para Gustavo Veronezi, coordenador do programa Observando os Rios, do SOS Mata Atlântica, é um reflexo da falta de investimento dos municípios. Mesmo no Estado que, ao lado do Paraná, tem o maior número de cidades bem avaliadas no Ranking de Saneamento do Instituto Trata Brasil, só seis rios ou córregos foram considerados de boa qualidade.

MATA ATLÂNTICA

Em comparação com os 106 pontos analisados em 2021, quando houve uma redução nas coletas por causa da pandemia de covid-19, a qualidade média da água se estabilizou, com indicativo de pequena melhora. Na Mata Atlântica, bioma em que estão as cidades onde vivem mais de 70% da população brasileira, o levantamento do SOS apontou qualidade regular em 75% dos pontos de coleta, ruim em 16,2% e péssima em 1,9%.

O levantamento foi realizado por uma rede de 2.700 voluntários. E será apresentado por Veronezi hoje na Conferência da ONU Sobre a Água, em Nova York (EUA).

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O BRally Amazon promove a descoberta da floresta amazônica e percorre o rio Amazonas por cerca de 500 milhas, durante 20 dias. A edição deste ano teve início no dia 27 de outubro, em Soure, no Marajó, e termina no dia 15 de novembro, com a chegada dos barcos em Alter do Chão, em Santarém.

A flotilha é acompanhada por uma infraestrutura composta por segurança privada, mecânico, equipe médica e logística. Além disso, eventos culturais e gastronômicos também são realizados.

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Silvio Ramos, idealizador do BRally Amazon, falou sobre a trajetória como velejador, dando voltas pelo mundo, até chegar ao projeto, que nasceu em novembro de 2012, quando estava na África do Sul. “Navegadores falaram: ‘Silvio, leva a gente para o Brasil. Mostra o Brasil para a gente’. E eu fiz isso”, conta.

Silvio também afirma que sempre teve vontade de conhecer a região e levar outras pessoas para fazerem o mesmo. Além disso, o circunavegador fala sobre o legado que ele deixa com o BRally. Segundo ele, aprender sobre a fauna e a flora da Amazônia faz parte disso, assim como aprender mais sobre os rios, conhecer a vida ribeirinha, a culinária, entre outros.

No futuro, destaca, o BRally deve mobilizar mais embarcações estrangeiras para o Brasil, e mais barcos brasileiros também. “Eu acho que quanto mais gente ajudar, mais rápido nós vamos fazer isso. Só tem um jeito, nós vamos fazer ou nós vamos fazer”, reafirma.

O médico nutricionista Rodrigo Carvalho recebeu o convite para participar do BRally Amazon recentemente, e conta que está sempre em busca de fazer algo diferente e de novos desafios. “Eu sou o primeiro cadeirante a fazer essa travessia, e para mim é sempre um prazer estar topando, seja esse, ou qualquer outro desafio”, afirma.

Rodrigo diz que a sensação de estar envolvido no evento é diferente, libertadora e motivadora, pois mostra que estar em uma cadeira de rodas não é um impedimento. “É mostrar a outros cadeirantes que a vida não se resume só a lugares acessíveis. Quando você tem amigos, pessoas comprometidas com você também, porque claro que eu não venho sozinho do nada, eu venho porque eu tenho amigos que topam enfrentar esse desafio junto comigo”, complementa.

Por Isabella Cordeiro. Com produção de Dinei Souza.

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A UNAMA - Universidade da Amazônia, por meio do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, realiza a ação “Pegadas de um Biólogo na Amazônia”, nos dias 25 e 26 de setembro, às 8 horas. O projeto é voltado para acadêmicos do curso de biológicas e Engenharia Ambiental e Sanitária, docentes e pesquisadores da área. A ação ocorre em parceria com “Amazon Kite e SUP” e “Caruanasvaa”, além do apoio logístico com um caminhão de coleta de lixo e de uma lancha da Guarda Municipal.

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O evento é coordenado pela professora Ana Carla Feio, do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UNAMA. A intenção do projeto é promover práticas interdisciplinares com temáticas sobre educação ambiental e mostrar a importância da manutenção dos rios amazônicos, por meio de conhecimento científico.

A coordenadora do “Pegadas de um Biólogo na Amazônia” explica que o projeto foi idealizado para propor integração entre alunos, docentes e pesquisadores com a sociedade. O objetivo é formar agentes reflexivos e críticos quanto às problemáticas sociais.

Por meio de práticas educativas, o grupo pretende sensibilizar e conscientizar a população sobre o descarte irregular de resíduos sólidos e responsabilização pelo ato. “É uma problemática persistente na nossa região e no país. Precisamos urgentemente nos responsabilizar por aquilo que consumimos e lançamos no ambiente”, afirma Ana Carla Feio sobre o abandono de lixo irregular.

As ações do projeto foram modificadas para cumprir todos os métodos de prevenção ao coronavírus. A coordenadora explica que o evento será em um ambiente aberto justamente para oferecer o distanciamento necessário entre os participantes e o ar circular de forma mais fácil. 

“Todos os participantes estarão de máscara, com material higienizado e álcool em gel. Eles estão orientados a manter certo distanciamento. Além, de estarem protegidos com luva de borracha”, explica Ana Carla Feio.

A ação terá dois momentos importantes e conta com a participação de 28 acadêmicos dos cursos de Ciências Biológicas e Engenharia Ambiental e Sanitária. No primeiro dia, sexta-feira (25), será realizada a coleta ativa, no rio Maguari, utilizando a prática de stand up paddle e canoagem em canoa havaiana. 

Já no segundo dia, sábado (26),  o foco será a coleta no rio Guamá, Complexo Ver-o-Rio. Contudo, a ação de coleta de resíduos também será estendida à "prainha", local em que a problemática é mais visível devido à recreação local na orla da capital, o que gera um impacto visual dos resultados da ação e com isso  a reflexão dos espectadores.

Para o coordenador do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Luís Gustavo, o “Pegadas de um Biólogo pela Amazônia” faz com que a UNAMA, por meio dos acadêmicos, consiga difundir conhecimentos em relação à educação e à consciência ambiental na comunidade. 

“Agregar conhecimento aos alunos na medida em que proporciona a eles práticas interdisciplinares faz com que consigam socializar e divulgar o conhecimento científico como forma de  despertar a curiosidade de discente e, automaticamente da população que ele trabalha”, afirma Luís Gustavo.

A universitária e bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) cadastrado no projeto, Edwanda Fontineli, conta que é a primeira vez que participa de uma ação prática. Para ela, é muito importante poder ter o contato mais próximo com a natureza e colocar em prática toda a teoria que aprendeu em sala de aula. 

“Nós vamos ter muito trabalho para fazer durante a execução da ação, mas será divertido. Tudo o que mais quero é fazer a minha contribuição para termos um mundo mais limpo”, diz a universitária.

Edwanda Fontineli desenvolve um plano de trabalho, por meio do Pibic, sobre a importância da interação do inseto-planta voltado para o Ensino Básico. Ela conta que um dos intuitos do projeto é desenvolver tecnologias acessíveis para todas as idades e públicos. A universitária reforça que a equipe tem trabalhado bastante na questão do lúdico e diminuir a cegueira botânica, ou seja, fazer com que as pessoas entendam a importância de cuidar do meio ambiente.

O universitário e voluntário do projeto Jair Filho afirma que quando se escolhe a área de biologia, automaticamente, vem a vontade de colocar a mão na massa. Ele conta que, quando surgiu a oportunidade de participar da ação, pensou que aquilo poderia ajudá-lo profissionalmente e faria bem para a sociedade. 

“Na produção do Pibic, desenvolvo um projeto sobre a interação do animal com a vegetação e como ocorre a troca. Minha intenção é  levar o conhecimento de forma clara e lúdica sobre o assunto. Quero ressaltar a importância de cuidar do meio ambiente”, afirma Jair Filho.

Por Amanda Martins.

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A falta de proteção dos eixos dos motores das embarcações tem provocado o escalpelamento e até a morte de mulheres e meninas ribeirinhas no norte do país. Só no Pará, foram mapeados mais de 400 casos. Para conscientizar a sociedade a respeito das medidas simples que podem evitar estas tragédias, o Ministério Público do Trabalho (MPT) realiza uma série de ações no Dia Nacional de Combate e Prevenção ao Escalpelamento, em 28 de agosto. Clique no ícone abaixo e ouça chamada para a campanha.

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"Trata-se, muitas vezes, de um acidente de trajeto, e portanto um acidente de trabalho, tipicamente amazônico, que preocupa o MPT e requer tanto ações de prevenção quanto de combate à discriminação sofrida pelas vítimas, num cuidadoso processo de reabilitação para inserção no mercado de trabalho, quando na idade e no momento apropriados para tanto", afirma a titular da Coordenadoria Nacional de Trabalho Portuário e Aquaviário (Contapa), do MPT, a procuradora Flávia Bauler.

Além de materiais informativos veiculados nas redes sociais do MPT, foi produzidoa uma edição especial do podcast Prosa de Trabalho sobre o tema e elaborados spots para rádio que foram distribuídos às emissoras de rádio da região.

Entre as entrevistas do podcast, você vai conhecer a história da diarista Ane Almeida, de 34 anos, moradora de Abaetetuba, no Pará, que foi vítima de escalpelamento quando tinha apenas 15 anos. “Fui secar a água do barco e na hora que eu me abaixei, o meu cabelo estava preso com rabo de cavalo e enrolou no eixo. Tive a perda total do couro cabeludo, parte do rosto e fratura em um dos braços”, relembra.

Segundo Jureuda Guerra, psicóloga da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará e presidente do Conselho Regional de Psicologia do Pará e do Amapá, “muitas desenvolvem síndrome do pânico, de ansiedade, transtorno de angústia em relação ao acidente. O próprio desenvolvimento cognitivo das crianças, a aprendizagem, a memória recente, são afetadas”.

Até o momento, Ane Almeida já passou por 36 cirurgias. “Cada dia a gente supera um pouco, principalmente a autoestima, é uma coisa que vai se recuperando diariamente”, conta ela. Mas a psicóloga Jureuda reforça: as sequelas vão muito além. “Se olha muito do couro cabeludo para fora e a gente precisa olhar da caixa craniana para dentro. Tem áreas do cérebro que são atingidas e mexem com o sistema nervoso, com questões neurológicas”, diz.

Acidentes de trabalho e de gênero

“Os casos acontecem em embarcações familiares e muitas vezes quando estão em trânsito para os locais de trabalho”, acrescenta a coordenadora da Contapa do MPT. Para Flávia Bauler, é preciso fortalecer as iniciativas de prevenção e conscientização junto às comunidades ribeirinhas sobre os riscos do escalpelamento e ampliar a divulgação dos procedimentos de proteção.

A psicóloga Jureuda Guerra, que também integra o Comitê Estadual de Enfrentamento e Erradicação ao Escalpelamento, concorda com a coordenadora da Conatpa. Ela argumenta que “durante décadas só se falou do escalpelamento como uma questão estética e não é. Precisamos olhá-lo como uma questão de política pública, como um acidente de trabalho, e como um acidente de gênero, porque ele atinge mulheres de qualquer idade”.

Com o objetivo de erradicar o problema e combater a discriminação que as vítimas sofrem, o MPT criou o Grupo de Trabalho sobre Escalpelamento por Embarcações. “Fazemos articulação com vários órgãos para oferecer apoio do ponto de vista social, médico e do acesso a direitos, uma vez que as vítimas devem ser reconhecidas como pessoas com deficiência, com garantia de recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC)”, esclarece a procuradora do MPT no Pará e Amapá Tatiana Amormino, que coordena o GT.

Para a promotora de Justiça Suely Catete, do Ministério Público do Pará, “os nossos rios são nossas ruas e, como tal, a gente tem que ter cuidado. Da mesma forma que tenho que olhar para os lados para saber se eu posso atravessar uma avenida, tenho que ter cuidados ao entrar numa embarcação, mesmo nas pequenas”, compara ela, que também possui intensa atuação no enfrentamento ao escalpelamento.

Medidas preventivas 

Na pele de quem já viveu essa tragédia, a vítima de escalpelamento Ane Almeida avisa que todo o cuidado é pouco para uma prevenção efetiva. “É prender o cabelo, colocar touca, boné e não se aproximar do motor, porque por qualquer descuido, acaba acontecendo”, ressalta.

Uma medida preventiva muito simples pode evitar esse tipo de acidente: a Marinha realiza a instalação gratuita do material para a cobertura de eixo dos motores das embarcações. No entanto, ainda há muitas embarcações que não são inscritas na Capitania dos Portos, seja por questões culturais ou até mesmo pela distância, como relatou o capitão dos portos da Amazônia Oriental, Manoel Oliveira Filho.

“Nosso desafio maior é chegar a estas pessoas e passar as orientações para uma navegação segura. É importante que os proprietários de barcos tenham essa preocupação, uma simples cobertura de eixo salva vidas e protege sua família, suas pessoas queridas. Procurem, levem suas embarcações para instalar a cobertura e dar segurança a estas pessoas”, afirma o capitão.

Em caso de emergência, entre em contato pelo Disque 185. Violações relacionadas às medidas preventivas ou situações de discriminação no trabalho sofridas pelas vítimas de escalpelamento também podem ser denunciadas pelo aplicativo MPT Pardal ou pelo site mpt.mp.br.

Da assessoria do MPT.

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Ação ajuda na autoestima de vítimas do escalpelamento

O ex-ministro e juiz da Operação Lava-Jato, Sergio Moro, conta com uma curiosa aliança para tentar articular suas acusações de que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crimes por interferência na Polícia Federal. Moro compareceu à PF de Curitiba, no Paraná, na tarde deste sábado (2), ao lado do advogado Rodrigo Sánchez Rios, que já defendeu alguns dos principais alvos da Operação Lava Jato, como Eduardo Cunha, Marcelo Odebrecht e a empresa Engevix.

Tido como próximo de Moro há muito tempo, Rios é secretário-geral da OAB Paraná. Graduado em Direito pela Universidade Federal do Paraná, o advogado de Moro concilia o escritório com as salas de aulas, sendo professor de Direito Penal da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, tanto no curso de graduação quanto no programa de pós-graduação.

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Engajar a população no projeto Novo Rio Pinheiros é um dos principais desafios do governo do Estado para cumprir a meta de despoluí-lo até 2022. Além de investir em campanhas de educação sanitária, especialistas sugerem a abertura de dados sobre o projeto para tentar atrair contribuições e a confiança da população.

O assunto foi tema do seminário A despoluição dos Rios, parceria entre a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e o Estado, realizado nesta quarta-feira, 9. Embora façam elogios a aspectos do projeto de despoluição, lançado pela gestão João Doria (PSDB), participantes também mantêm desconfiança em relação ao prazo - visto por parte deles como "irrealista".

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Para Marcelo Reis, do movimento Volta Pinheiros, fracassos no passado dificultam a participação. "A gente precisa de um projeto sério para que a cidade abrace", disse. Reis afirma ser favorável às soluções, mas cobra maior transparência e acesso ao cronograma do projeto e questiona o prazo. "O site disponível deveria ter dados abertos, sinalizações de fases da execução em verde, amarelo e vermelho, por exemplo."

"Tem de parar de sujar, senão é dinheiro jogado fora", disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

Em nota, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente informou que as ações podem ser acompanhadas no site novoriopinheiros.sp.gov.br. "Os 14 editais para obras de saneamento são públicos e estão disponíveis para consulta." Segundo a pasta, que reafirmou a meta de 2022, o objetivo é "encaminhar à Estação de Tratamento de Esgoto Barueri 2.800 litros por segundo e universalizar a bacia".

"Por meio de investimentos do Projeto Tietê, a ETE ampliou em 2017 a capacidade de tratamento para 12 mil litros por segundo. Em 2018, houve um salto para 16 mil litros por segundo. Paralelamente ocorrem as ações de desassoreamento que deverão retirar 500 mil m³ de resíduos do Rio Pinheiros." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgado hoje (2) mostra que o Brasil utiliza um terço dos 63 mil quilômetros navegáveis dos rios. Atualmente, o país utiliza 19 mil km, ou seja, 30,9% da malha hidroviária para o transporte comercial (de cargas e passageiros). Com isso, apenas 5% da movimentação de cargas é feita pelos rios.

De acordo com a entidade, o Brasil dispõe de 2,3 km de vias interiores economicamente utilizáveis para cada 1 mil km² de área, enquanto países como China e Estados Unidos, possuem, respectivamente, 11,5 km e 4,2 km por 1 mil km² de área. Caso o país aproveitasse todo o potencial desse modelo de transporte, a densidade aumentaria para 7,4 km por 1 mil km² de área

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Ainda de acordo com a CNT, outro motivo é a ausência de hidrovias no país, sendo o transporte feito devido a características naturais dos rios que facilita a navegabilidade. O único sistema que se aproxima de uma hidrovia, de acordo com o estudo, é o sistema Tietê-Paraná.

No Brasil, as maiores extensões navegáveis estão localizadas nas regiões hidrográficas Amazônica (cerca de 16 mil km) e Tocantins/Araguaia (aproximadamente 1,4 mil km). Embora seja bastante utilizadas, elas estão longe de atingir seu potencial de transporte.

“Em relação ao transporte de passageiros, em 2017 (última informação disponível) foi estimado um total de 9,8 milhões de passageiros transportados na Amazônia (nos estados do Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia). Em algumas localidades, os rios são o principal meio de transporte, sendo cruciais para o deslocamento e o abastecimento das comunidades ribeirinhas”, diz o estudo.

Investimentos

A entidade aponta como causas do baixo uso da matriz fluvial entraves de infraestrutura, a burocracia, a pouca atenção dada ao segmento nas políticas públicas e também o reduzido volume de recursos investidos no setor ao longo dos anos.

Segundo o estudo, entre 2011 e 2018, os investimentos na navegação interior do país representaram, em média, 10,6% do valor estimado nos principais planos de governo para o setor no âmbito federal.

Ainda, de acordo com a CNT, além do baixo investimento, o valor efetivamente aplicado é baixo também quando comparado ao montante autorizado. Segundo o estudo, 52,9%, em média, do orçamento autorizado para a navegação interior foi executado de 2001 a 2018.

“Na análise dos recursos investidos em hidrovias, de 2001 a 2018, o valor máximo foi aplicado em 2009: R$ 831,79 milhões (em valores atualizados pelo IPCA para jun/2018). Mas, de 2009 a 2018, houve uma queda, e o investimento efetivamente pago diminuiu quase 80%. Em 2018, chegou a R$ 173,70 milhões”, diz o estudo.

Volume de cargas

A CNT diz, que apesar dos poucos recursos investidos, o volume de cargas transportadas pelo modal hidroviário cresceu 34,8% entre 2010 e 2018, passando de 75,3 milhões de toneladas para cerca de 101,5 milhões de toneladas. O levantamento diz que o volume pode ser maior, uma vez que a Agência Nacional de Transporte Aquático (Antaq) não contabiliza a movimentação da totalidade das instalações portuárias.

Segundo a CNT, o aumento na capacidade do transporte fluvial reduziria a pressão existente sobre as rodovias, responsáveis pela maior parte do transporte de carga no país. A medida também reduziria o custo do transporte, uma vez que um comboio de barcaças é capaz de transportar carga equivalente ao carregado por 172 carretas, fazendo com que a estimativa de preço do frete hidroviário seja 60% menor que o rodoviário.

“O transporte hidroviário possui grande capacidade de movimentação de carga, baixo custo da tonelada transportada e reduzidas emissões de poluentes que, entre outros, fazem dele um modal muito adequado à movimentação de grandes volumes de mercadorias de baixo valor agregado (commodities) por grandes distâncias”, diz o estudo.

De acordo com a entidade, um modelo ideal de matriz de transporte para um país com as dimensões do Brasil deve considerar um maior equilíbrio dos modos disponíveis. “Só assim seria possível aumentar a eficiência e a competitividade nas movimentações. E o transporte fluvial – em um sistema integrado – tem a capacidade de reduzir a pressão sobre as rodovias”, diz o estudo.

O naufrágio do navio Capitão Ribeiro, na última quarta-feira (23), na Ponta Grande do Xingu, em Porto de Moz, reabre a discussão sobre a segurança da navegação na Amazônia. O acidente ocorreu na área de comando do 4º Distrito Naval. A embarcação saiu de Santarém, município localizado no oeste do Pará, às 18 horas de segunda-feira (21), e tinha escala nos municípios de Prainha, Monte Alegre e destino final em Vitória do Xingu. Segundo a Marinha do Brasil, o naufrágio foi o sexto ocorrido no Pará em 2017.

Naufrágios são muito frequentes no Estado do Pará, principalmente da região do Xingu. No dia 2 de agosto deste ano, um navio empurrador de balsas afundou próximo ao município de Óbidos, no oeste do Pará. Nove das 11 pessoas que estavam na embarcação no momento do acidente permanecem desaparecidas. É possível que elas não tenham conseguido sair do compartimento fechado da embarcação.

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O professor de Engenharia Naval Hito Braga de Morais, da Universidade Federal do Pará (UFPA), explica que para melhorar as condições de navegação na Amazônia é preciso que o governo do Estado do Pará invista em conscientizar a população sobre os cuidados necessários ao embarcar e na fiscalização dos portos. "É preciso que tenha um controle do embarque de pessoas. Acontece de passageiros embarcarem no meio da viagem. Essa embarcação clandestina pode acontecer à noite também, porque não tem nenhum fiscal, e o certo em uma situação de rio agitado, tempestades e ondas grandes era o passageiro já ser orientado para colocar o colete de segurança", afirma o professor.

Hito explica que a qualidade das embarcações, muita das vezes, não é boa e com a falta de opção, a população mais humilde acaba tendo que se arriscar em embarcações que não são seguras. "A comunidade ribeirinha da Amazônia é uma comunidade sem recursos que não pode pagar um transporte rápido e eficiente", diz. 

O professor acredita que um investimento do governo estadual em embarcações de aço ajudaria na diminuição dos acidentes. "Tirar a embarcação de madeira eu não concordo. O que eu concordo é o governo ter um programa para a construção de embarcações em aço mais baratas, tirar os impostos do aço, e quando for para navegação de passageiro, ele subsidia o aço da construção", explica.

As equipes de busca que trabalham na localização dos desaparecidos no naufrágio da embarcação Capitão Ribeiro encontraram, na manhã de sexta-feira (25), mais dois corpos, de duas crianças. Segundo as primeiras informações, elas estavam no porão do barco e foram localizadas no momento em que foram retiradas as mercadorias estocadas no local.

Os corpos, de uma menina de oito a 10 anos de idade, e de um menino, de um a três anos, foram levados para o município de Porto de Moz, onde está concentrada a estrutura montada pelo governo do Estado e onde será realizada a perícia médica. Com isso, são 23 mortos, 27 sobreviventes e dois desaparecidos os números do acidente que abalou o Pará. As buscas continuarão até que sejam localizadas todas as vítimas do naufrágio, que aconteceu na noite de terça-feira (22).

Por Letícia Aleixo e Geovana Mourão.

Um mês e meio de estiagem foi suficiente para mudar o cenário dos rios que abastecem cidades no interior de São Paulo. Importantes rios paulistas que, entre o fim de maio e o início de junho chegaram a transbordar, estão agora mostrando o leito com pedras e bancos de areia. Córregos e ribeirões também já são afetados pela falta de chuvas. Desde o início de julho não chove de forma expressiva no interior; em algumas regiões houve chuvas esparsas há 27 dias.

Em Altinópolis, na região de Ribeirão Preto, a Cachoeira do Itambé, principal atração turística do município, deixou de existir. A queda-d'água de 60 metros no paredão de arenito desapareceu porque o ribeirão que a formava secou. Na cidade, os moradores convivem com a falta de água. A prefeitura informou que o desabastecimento é pontual e decorre de quebras em equipamentos de captação, que abastece 40% da cidade.

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O Rio Pardo, na região de Ribeirão Preto, estava com 72 centímetros de água na quinta-feira passada, em contraste com a forte vazão do início de junho, quando as réguas de medição registravam quase dois metros. O nível atual está próximo da vazão mais baixa já registrada, de 42 centímetros, em 1969.

Contrastando com o transbordamento no início de junho, o Rio Piracicaba exibia bancos de areia ontem no trecho final da Avenida Beira-Rio, área urbana de Piracicaba. Na cachoeira, atração turística da região, as pedras emergiam, ocupando porção maior do que a água. Quando o rio encheu, na primeira semana de junho, a vazão chegou a 669 metros cúbicos por segundo. Ontem, a medição do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) registrava 46 metros cúbicos por segundo.

A água que, em junho, cobria toda a extensão da Cachoeira das Emas, no Rio Mogi-Guaçu, em Pirassununga, virou um filete com menos de dois metros de largura. As pedras do leito do rio, normalmente cobertas, voltaram a aparecer.

O Rio Tietê também baixou drasticamente em Salto e Porto Feliz. Nas duas cidades, moradores dos bairros ribeirinhos reclamam da volta do cheio ruim, causado pela concentração de poluentes nas águas.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um mês e meio de estiagem foi suficiente para mudar o cenário dos rios que abastecem cidades no interior de São Paulo. Importantes rios paulistas que, entre o fim de maio e o início de junho chegaram a transbordar, estão agora mostrando o leito com pedras e bancos de areia. Córregos e ribeirões também já são afetados pela falta de chuvas. Desde o início de julho não chove de forma expressiva no interior; em algumas regiões houve chuvas esparsas há 27 dias.

Em Altinópolis, na região de Ribeirão Preto, a Cachoeira do Itambé, principal atração turística do município, deixou de existir. A queda-d’água de 60 metros no paredão de arenito desapareceu porque o ribeirão que a formava secou. Na cidade, os moradores convivem com a falta de água. A prefeitura informou que o desabastecimento é pontual e decorre de quebras em equipamentos de captação, que abastece 40% da cidade.

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O Rio Pardo, na região de Ribeirão Preto, estava com 72 centímetros de água na quinta-feira passada, em contraste com a forte vazão do início de junho, quando as réguas de medição registravam quase dois metros. O nível atual está próximo da vazão mais baixa já registrada, de 42 centímetros, em 1969.

Contrastando com o transbordamento no início de junho, o Rio Piracicaba exibia bancos de areia ontem no trecho final da Avenida Beira-Rio, área urbana de Piracicaba. Na cachoeira, atração turística da região, as pedras emergiam, ocupando porção maior do que a água. Quando o rio encheu, na primeira semana de junho, a vazão chegou a 669 metros cúbicos por segundo. Ontem, a medição do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) registrava 46 metros cúbicos por segundo.

A água que, em junho, cobria toda a extensão da Cachoeira das Emas, no Rio Mogi-Guaçu, em Pirassununga, virou um filete com menos de dois metros de largura. As pedras do leito do rio, normalmente cobertas, voltaram a aparecer.

O Rio Tietê também baixou drasticamente em Salto e Porto Feliz. Nas duas cidades, moradores dos bairros ribeirinhos reclamam da volta do cheio ruim, causado pela concentração de poluentes nas águas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nicolás García Uriburu, o artista plástico argentino de vanguarda que tingiu de verde o Grande Canal de Veneza, o rio Sena de Paris e o East River de Nova York, morreu na segunda-feira aos 78 anos em Buenos Aires, de acordo com fontes sanitárias.

O pintor e defensor do meio ambiente faleceu no Hospital Rivadavia, que não informou a causa da morte. García Uriburu foi um dos pioneiros da chamada 'land art', movimento destinado a criar consciência sobre os estragos da poluição.

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Na Bienal de Veneza de 1968, Uriburu tingiu o Grande Canal com um corante verde fosforescente. Foi preso pela ação, mas o libertaram pouco depois, quando se comprovou que a substância não era tóxica.

Durante sua rica trajetória, presidiu em Buenos Aires uma fundação dedicada ao estudo da arte dos povos originários da América.

Como parte da sua cruzada a favor do meio ambiente, também tingiu de verde as águas no porto belga de Amberes e no francês de Nice.

Em 1981, junto com o artista Joseph Beuys, coloriu o rio Rhin e plantou cerca de 7.000 carvalhos na Alemanha. Para comemorar o regresso da democracia na Argentina, em 1983, tingiu as águas das fontes do Monumento de los Españoles e da Plaza de los Dos Congresos.

"Tento lançar um alarme contra a poluição de rios e mares, e foi através das minhas ações artísticas em pontos distintos do planeta que transformei minha obra em uma espécie de alerta contestatário globalizador", declarou em certa ocasião à imprensa.

Em 2010, durante as festividades do Bicentenário da patriótica Revolução de Maio, coloriu o Riachuelo em Buenos Aires, um dos cursos fluviais mais poluídos do mundo.

O oeste do Saara, hoje coberto de areia, foi no passado uma imensa área verdejante coberta por uma vasta rede de rios. A conclusão é de um novo estudo publicado nesta terça-feira (10) na revista Nature Communications.

Há anos os cientistas descobriram no Oceano Atlântico, na costa da Mauritânia, a oeste do deserto, resíduos e canais submarinos que indicavam a existência, em algum momento do passado, de grandes rios desaguando na região.

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Agora, usando uma técnica de imageamento por satélite capaz de detectar o que há no subsolo, pesquisadores conseguiram a primeira prova direta de que havia mesmo uma bacia de rios de 520 quilômetros de extensão onde hoje só existe deserto.

De acordo com a autora principal do estudo, Charlotte Skonieczny, do Instituto Francês de Pesquisa sobre Exploração do Mar (Ifremer, na sigla em francês), a vasta rede de rios do Saara existiu - e voltou a desaparecer - em vários períodos ao longo dos últimos 245 mil anos.

As imagens de radar obtidas com um satélite japonês revelou partes do antigo sistema fluvial em camadas rasas da superfície arenosa da Mauritânia.

Esses canais enterrados, entretanto, provavelmente faziam parte do Tamanrasett, um rio hipotético que os cientistas acreditam ter se estendido por 500 quilômetros através do Saara ocidental, com nascente nas montanhas Atlas e no planalto de Hoggar, na atual Argélia.

Segundo os pesquisadores, o sistema fluvial era reativado a cada vez que ocorria um dos chamados Períodos Úmidos Africanos. Nesses períodos, todo o norte da África - atualmente desértico - adquiria um clima semelhante ao do Quênia atual, com zebras, leões e girafas circulando por savanas e pastagens.

De acordo com os cientistas, a água deve ter corrido pelo rio Tamanrasett pela última vez há cerca de 5 mil anos. "Se ainda existisse atualmente, o rio Tamanrasett seria o 12º maior da Terra", escreveram os cientistas.

Os leitos de rios localizados pelos satélites sob as dunas do deserto alinham-se quase perfeitamente com um grande cânion submarino - descoberto em 2003 e batizado de Cânion do Cabo Timiris -, que se estende a partir da costa da Mauritânia por três quilômetros oceano adentro, com cerca de 2,5 quilômetros de largura e um quilômetro de profundidade em alguns pontos.

Os cientistas também haviam descoberto no oceano profundo, na região do Cânion do Cabo Timiris, a presença de material granulado fino, provavelmente originário de rios, além de um grande canal submarino escavado na plataforma continental da costa do Saara Ocidental.

Tudo levava a crer que já houve uma rede fluvial considerável desaguando na região, mas até agora não havia nenhuma prova direta de sua existência. O alinhamento dos antigos leitos de rios sob a areia com a região do cânion demonstra pela primeira vez que o Tamanrasett não era só uma especulação.

Boletim publicado na manhã deste sábado (17) pelo governo do Rio Grande do Sul mostra que as tempestades que atingem o Estado mantém quatro rios em níveis acima dos níveis de alerta e são responsáveis pelo desalojamento de 5,3 mil famílais - das quais 1,7 mil estão desabrigadas.

O Rio Guaiba, que corta Porto Alegre, passa pela segunda maior cheia já registrada na história: atingiu 2,93 metros, segundo informações da TV Globo. O recorde é de 1941, quando superou os 3 metros.

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Ao todo, 100 cidades foram atingidas por enchentes no RS. A estimativa do governo é que até 34,9 mil residências tenham sido atingidas pelas cheias, que tiveram início no começo da semana.

Além do Guaíba, estão acima dos níveis de alerta os Rios Sinos, Gravataí e Uruguai.

O governo montou um esquema para recebimento de doações de mantimentos para os desalojados em Porto Alegre.

Beneficiados pelas chuvas, os rios Atibaia, Camanducaia e Jaguari, que estão sob a influência do Sistema Cantareira, registraram nesta segunda-feira (9) o melhor conjunto de vazões desde fevereiro de 2014, na fase inicial da crise hídrica. A vazão média, conforme a Sala de Situação do Consórcio PCJ, chegou a 26 metros cúbicos por segundo nos cinco pontos de medição espalhados pelos três rios. No final de janeiro, quando foram estabelecidas as novas regras de operação das vazões, a média era de 6 metros cúbicos por segundo.

No Alto Atibaia, a vazão nesta segunda-feira era de 19,12 metros cúbicos por segundo, mas subia para 31,84 metros cúbicos por segundo no Baixo Atibaia, próximo da captação de Campinas. O Rio Camanducaia estava com 13,49 metros cúbicos por segundo no ponto de medição, enquanto o Rio Jaguari tinha vazão recorde de 42,74 metros por segundo. À montante do Cantareira, a vazão medida era de 23,41 metros cúbicos por segundo.

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Apesar da boa situação dos rios, a crise hídrica não está afastada, segundo o secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz. Ele alertou para o fato de que os institutos especializados em clima e recursos hídricos estão prevendo que o Sistema Cantareira estará exaurido entre abril e junto de 2015, devido à ocorrência de chuvas no sistema de alimentação manter-se em 50% das médias históricas, enquanto a retirada de água continua elevada.

Para Lahóz, as chuvas que estão ocorrendo podem levar a comunidade a acreditar que a crise hídrica está resolvida, relaxando nas ações de racionalização do uso e de reservação de água. Tem ocorrido, segundo ele, que as vazões aumentam muito quando chove, porém, 48 horas depois baixam demais, voltando a causar problema às captações. Lahóz defende iniciativas como a de produtores rurais de Holambra e Atibaia, que estão investindo na construção de açudes impermeabilizados com mantas para reservar a água das chuvas que devem cair até o final de março.

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