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Ganhando embalo no US Open, Serena Williams fez mais uma vítima nesta quarta-feira. A ex-número 1 do mundo precisou de apenas 1h07min para vencer o seu segundo jogo no Grand Slam norte-americano ao superar a alemã Carina Witthoeft por 2 sets a 0, com duplo 6/2. Na sequência, sua adversária será a sua própria irmã, Venus Williams.

Após uma estreia com irregularidades nos principais fundamentos, Serena não deu chances à rival desta quarta, que ocupa a 101ª posição do ranking. A ex-número 1 do mundo, atual 26ª do ranking, apostou no saque e fez estrago nas devoluções da adversária ao anotar 13 aces. Registrou ainda 77% de aproveitamento quando jogou com o primeiro serviço.

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Serena também disparou 30 bolas vencedoras, exatamente o triplo da rival alemã. Ambas as tenistas anotaram 15 erros não forçados. A tenista da casa obteve cinco quebras de saque e sofreu apenas uma.

Com esta atuação consistente, Serena aumentou as expectativas para o confronto com a irmã, de 38 anos. Mais nova, com 36, Serena lidera o retrospecto direto, com 17 triunfos, contra 12 da irmã.

Em Nova York, Serena sonha com o sétimo título do US Open e o 24º de Grand Slam na carreira, o que empataria com o recorde da australiana Margaret Court. Para seguir neste caminho, precisará vencer Venus, que bateu nesta quarta a italiana Camila Giorgi por 6/4 e 7/5.

Ainda nesta quarta, a australiana Ashleigh Barty (18ª cabeça de chave) derrotou a checa Lucie Safarova por 7/5 e 6/3. Barty vai enfrentar na sequência a vencedora do duelo entre a espanhola Garbiñe Muguruza e a checa Karolina Muchova. Avançaram também a estoniana Kaia Kanepi e a sueca Rebecca Peterson.

Exibindo grande forma técnica na quadra dura do US Open, o espanhol Rafael Nadal não tomou conhecimento do canadense Vasek Pospisil na noite desta quarta-feira e arrasou o 88º do ranking da ATP pelo placar de 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/4 e 6/2, em duas horas de partida.

Afiado em todos os fundamentos, o número 1 do mundo impôs seu jogo com grande rendimento no fundo de quadra e também no saque. Ele acertou 84% dos pontos quando jogou com o primeiro serviço. Anotou cinco aces e não se intimidou com os 12 anotados pelo adversário. Nadal se destacou ainda ao anotar 26 bolas vencedoras, contra 22 do oponente. E cometeu 16 erros não forçados, abaixo dos 23 de Pospisil.

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O espanhol só encontrou dificuldades em quadra no início do segundo set, quando sofreu uma única quebra no jogo e viu o rival abrir 4/2 na parcial. A reação, contudo, foi rápida. E Nadal virou para 5/4 antes de fechar o set. No total, o favorito registrou cinco quebras de saque.

Em busca do seu quarto título em Nova York, o atual campeão do US Open vai encarar agora o jovem russo Karen Khachanov. O tenista de 22 anos, 27º cabeça de chave, também avançou nesta quarta ao derrotar o italiano Lorenzo Sonego por 7/5, 6/3 e 6/3. Os dois tenistas se encontraram recentemente, no Masters 1000 de Toronto, com vitória do espanhol.

Ainda nesta quarta, o local John Isner derrotou o chileno Nicolas Jarry pelo placar de 3 sets a 2, com parciais de 6/7 (7/9), 6/4, 3/6, 7/6 (7/2) e 6/4. O 11º cabeça de chave enfrentará na terceira rodada o sérvio Dusan Lajovic.

Outro favorito da torcida, Jack Sock foi eliminado de forma precoce. O 18º pré-classificado caiu diante do georgiano Nikoloz Basilashvili por 4/6, 6/3, 6/2 e 7/6 (7/3). Basilashvili enfrentará o argentino Guido Pella.

Aposta da nova geração, o canadense Denis Shapovalov confirmou a boa fase ao despachar nesta quarta o italiano Andreas Seppi por 6/4, 4/6, 5/7, 7/6 (7/2) e 6/4. O 28º cabeça de chave vai encarar agora o sul-africano Kevin Anderson, atual vice-campeão de Wimbledon.

Ainda tentando emplacar uma boa sequência de jogos no circuito, o escocês Andy Murray não conseguiu passar do seu segundo jogo no US Open, nesta quarta-feira. O ex-número 1 do mundo, atual 382º do ranking, não resistiu ao espanhol Fernando Verdasco e foi eliminado em quatro sets, com parciais de 7/5, 2/6, 6/4 e 6/4.

O duelo contra Verdasco foi apenas o nono de Murray neste ano, após cirurgia realizada no quadril, em janeiro. Ele voltara às quadras somente em junho e o US Open foi apenas o quinto torneio que o britânico disputou na temporada. Na estreia, o ex-líder do ranking derrotara o australiano James Duckworth por 3 sets a 1.

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Murray sustentou um duelo equilibrado com Verdasco desde o início da partida, mas o espanhol apresentava postura mais agressiva, acuando o ex-número 1 do mundo. O atual 32º do ranking disparou 52 bolas vencedoras, contra 35 do britânico, que anotou 46 erros não forçados (diante de 48 do vencedor do jogo).

Com esta postura, Verdasco faturou sete quebras de saque, em dez oportunidades. Murray, por sua vez, obteve seis quebras em 15 chances. Curiosamente, o espanhol terminou o jogo com apenas cinco pontos a mais, no total, contra o rival, que venceu apenas pela segunda vez no circuito, em 15 partidas disputadas.

Campeão do US Open de 2012, Murray somou apenas 45 pontos nesta edição do Grand Slam norte-americano. Vai ganhar poucas posições no ranking, ainda sem conseguir entrar no Top 300.

Verdasco, na terceira rodada, vai duelar com o argentino Juan Martín del Potro. O embalado número três do mundo, semifinalista em Nova York no ano passado, eliminou o local Denis Kudla em três sets também nesta quarta.

Ainda nesta quarta, avançaram à terceira rodada o canadense Milos Raonic, o suíço Stan Wawrinka e o austríaco Dominic Thiem. Nono cabeça de chave, o tenista da Áustria precisou de 3h34min para superar o local Steve Johnson em cinco sets, com parciais de 6/7 (5/7), 6/3, 5/7, 6/4 e 6/1.

Na sequência, o vice-campeão de Roland Garros vai enfrentar outro tenista da casa. Taylor Fritz avançou também nesta quarta ao contar com o abandono do australiano Jason Kübler antes do início do quarto set. O local liderava o placar por 6/3, 3/6 e 6/3.

Raonic, 25º cabeça de chave, despachou o francês Gilles Simon por 6/3, 6/4 e 6/4. Na sequência, o canadense vai medir forçar com Stan Wawrinka, que tenta manter a recente boa fase, em seu retorno às quadras. Assim como Murray, o suíço passou por cirurgia e jogou poucas partidas neste ano. Nesta quarta, ele bateu o francês Ugo Humbert por 7/6 (7/5), 4/6, 6/3 e 7/5.

Também se garantiram na terceira rodada o sul-africano Kevin Anderson, vice-campeão de Wimbledon, e o croata Borna Coric, uma dos destaques da nova geração. O primeiro, quinto cabeça de chave, superou o francês Jeremy Chardy por 6/2, 6/4 e 6/4. Coric, 20º pré-classificado, despachou o espanhol Roberto Carballes Baena por 7/6 (7/4), 6/2 e 6/3.

Já o grego Stefanos Tsitsipas, uma das sensações da temporada, foi eliminado de forma precoce no US Open. Ele foi derrotado pelo russo Daniil Medvedev por 6/4, 6/3, 4/6 e 6/3. Outro a avançar nesta quarta foi o sérvio Dusan Lajovic, ao superar o britânico Cameron Norrie por 6/2, 2/6, 6/4 e 6/4.

O britânico Andy Murray sofreu um pouco, mas bateu o australiano James Duckworth por 3 sets a 1, de virada, com parciais de 6/7 (5/7), 6/3, 7/5 e 6/3, nesta segunda-feira, em Nova York, em sua estreia no US Open.

Campeão do Grand Slam norte-americano em 2012, o tenista escocês assim se credenciou para enfrentar na próxima fase o espanhol Fernando Verdasco, um velho "freguês" seu no circuito profissional, pois ele ganhou 13 dos 14 duelos que travou com o adversário até hoje em torneios da ATP.

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Na condição de 31º cabeça de chave do US Open, Verdasco abriu a sua campanha em Nova York derrotando o seu compatriota Feliciano López por 3 sets a 0, com 6/2, 7/5 e 6/4, em outra partida encerrada há pouco nesta segunda-feira.

Ex-número 1 do mundo, Murray hoje é apenas o 382º colocado do ranking por causa dos longos períodos de afastamento das quadras que amarga desde o ano passado devido a uma grave lesão no quadril. O problema o obrigou a ser submetido a uma cirurgia em janeiro deste ano, sendo que ele não atuava em um Grand Slam desde a edição de 2017 de Wimbledon.

Já Verdasco, veterano tenista de 34 anos, vive fase bem melhor e hoje ocupa a 32ª posição da ATP. Ele encarou Murray pela última vez no Torneio de Dubai do ano passado, quando o britânico ganhou com facilidade na final da competição por 6/3 e 6/2.

A única vez que o espanhol levou a melhor sobre o rival foi no Aberto da Austrália de 2009, quando triunfou por 3 sets a 2 em confronto válido pelas oitavas de final do Grand Slam realizado em Melbourne.

No duelo que Murray travou nesta segunda-feira com James Duckworth, apenas o atual 448º colocado da ATP, nenhum dos dois tenistas conseguiu conquistar quebras de saque no primeiro set e a disputa foi ao tie-break, no qual o azarão foi um pouco melhor para fazer 7/5 e abrir vantagem.

A partir da segunda parcial, porém, o escocês iniciou uma forte reação para buscar a virada. Ele aproveitou seis das 15 oportunidades de quebrar o saque do australiano, que converteu dois de cinco break points e acabou sendo eliminado após 3h17min de duelo.

Apesar das investidas da chamada "NextGen", os tenistas veteranos seguem dominando o circuito masculino. Juntos, o espanhol Rafael Nadal, o suíço Roger Federer e o sérvio Novak Djokovic venceram os últimos nove torneios de Grand Slam. Neste ano, cada um levantou um troféu. E, a partir desta segunda-feira, em Nova York, eles iniciam o tira-teima da temporada nas quadras duras do US Open.

Campeão de Roland Garros, Nadal entra como favorito por ser o atual número 1 do mundo e por vir no embalo do título do Masters 1000 de Toronto. O espanhol, como de costume, se esquiva da condição de principal candidato ao troféu. "Não há um favorito muito claro. Novak e Roger estão vindo bem, eles gostam muito de quadra dura", disse o espanhol, que é o atual campeão e mira o quarto título em Flushing Meadows.

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Djokovic ganhou novo fôlego no circuito, após problemas físicos e oscilações, com a conquista em Wimbledon. Como preparação, o sexto do ranking se sagrou campeão do Masters 1000 de Cincinnati, justamente sobre Federer na final. E reforçou a sua confiança para buscar o terceiro troféu em Nova York.

Vice-líder do ranking, Federer chega menos cotado que os dois rivais. Irregular em Cincinnati, o tenista de 37 anos caiu nas quartas em Wimbledon, a sua grande meta do ano. Seu bom momento na temporada foi logo no início, quando faturou o Aberto da Austrália e retomou provisoriamente o topo do ranking ao vencer em Roterdã também.

"Não me vejo como favorito, acredito que Rafa e Novak sejam os principais candidatos. Vou trabalhar muito para chegar ao US Open bem preparado e com boas chances", afirmara o suíço, que pode voltar à liderança do ranking, apesar das recentes oscilações. Para tanto, precisa encerrar o jejum de 10 anos em Nova York e conquistar o Grand Slam norte-americano pela sexta vez. Ao mesmo tempo, Nadal não poderia passar das quartas de final.

Juntos, o trio formado por Nadal, Federer e Djokovic faturou nada menos que 31 dos 40 Grand Slams disputados nos últimos dez anos. Correndo por fora, os tenistas da nova geração já superam os veteranos em torneios de nível Masters 1000, mas ainda sonham em quebrar a hegemonia deles nas competições mais prestigiadas.

O "NextGen" é encabeçado pelo alemão Alexander Zverev, quarto do mundo. Mas o grego Stefanos Tsitsipas, o croata Borna Coric, o canadense Denis Shapovalov, o norte-americano Frances Tiafoe, o sul-coreano Hyeon Chung e o britânico Kyle Edmund também podem surpreender.

No feminino, as chances seguem mais distribuídas, apesar da boa fase da romena Simona Halep, número 1 do mundo e campeã em Montreal. A local Sloane Stephens, atual campeã, e a alemã Angelique Kerber, vitoriosa em Wimbledon, são também fortes candidatas ao título. A checa Petra Kvitova e a dinamarquesa Caroline Wozniacki correm por fora.

Maior aposta da torcida, Serena Williams é uma incógnita. Depois do vice-campeonato em Wimbledon, sofreu a mais dura derrota de sua vida e não emplacou boa sequência de jogos. Se surpreender, não brigará somente pelo sétimo troféu em Nova York, mas pelo sonhado 24.º título de Grand Slam da carreira. Igualaria, assim, o recorde da australiana Margaret Court.

BRASILEIROS - Pela primeira vez em 11 anos, o Brasil não terá representantes nas duas chaves de simples. Isso não acontecia desde 2007. Thiago Monteiro, Rogério Dutra Silva, Guilherme Clezar e Beatriz Haddad Maia caíram no qualifying. Resta, assim, a expectativa pelas atuações de Bruno Soares e Marcelo Melo nas duplas. Soares e o escocês Jamie Murray vivem fase melhor, campeões em Cincinnati. Já Melo e o polonês Lukasz Kubot vêm de apenas duas vitórias nos últimos seis jogos.

NOVIDADES - Pela primeira vez em um Grand Slam, o US Open contará com um cronômetro visível para o público para controlar a demora dos tenistas para sacar. Testado nas últimas semanas, em torneios menores, o recurso deve gerar polêmica, principalmente com Nadal, que já se disse totalmente contra um controle mais rígido na reposição de bola durante o jogo.

Tenistas que levarem mais de 25 segundos para sacar entre um ponto e outro vão receber advertência, que poderá ser seguida pela perda do ponto. A regra sempre existiu, mas sempre foi encarada com flexibilidade pelos árbitros de cadeira. No US Open, o controle mais rígido deve gerar discussões entre atletas e juízes. O Grand Slam será ainda o primeiro a contar com o desafio eletrônico em todas as quadras do complexo Billie Jean King.

Outra novidade é a estreia do novo Louis Armstrong Stadium, a segunda maior quadra do local, agora com teto. A entrega do renovado estádio finaliza uma reforma geral no complexo que custou US$ 600 milhões (cerca de R$ 2,4 bilhões) ao longo dos últimos cinco anos. A conta inclui o teto retrátil na quadra Artur Ashe, as reconstruções da Louis Armstrong e da quadra Grandstand, ambas com maior capacidade de público, e reformas menores nas demais estruturas.

O macacão que fez Serena Williams chamar a atenção dos fãs durante a edição deste ano de Roland Garros foi proibido pela organização do torneio de Grand Slam. Em entrevista a uma revista especializada, o presidente da Federação Francesa de Tênis, Bernard Giudicelli, anunciou que o torneio terá um "dress code", com regras de vestimenta, a partir de 2019.

Giudicelli não revelou detalhes sobre as futuras exigências e restrições nas roupas dos atletas, mas avisou que não será tão exigente quanto o "dress code" de Wimbledon, que não aceita roupas coloridas em quadra e proíbe estampas grandes dos patrocinadores nos uniformes dos tenistas.

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O presidente da Federação afirmou apenas que vai "impor certos limites". Em referência ao macacão preto utilizado por Serena, ele afirmou que "às vezes acho que vamos longe demais" na escolha das roupas.

Em Roland Garros neste ano, Serena até fez brincadeiras com sua roupa, que conquistou alguns fãs. A dona de três títulos no saibro francês disse que se sentia como um super-herói ao vestir o macacão justo, que destacava as curvas do seu corpo poucos meses após dar a luz ao seu primeiro filho.

"Ele [o macacão] representa todas as mães que andam por aí, que depois de serem mães voltaram e tentaram continuar a ser ferozes. É isso que este macacão representa", disse a tenista, na época, em entrevista ao Tennis Channel.

Três vezes campeã do Torneio de New Haven, Petra Kvitova oscilou, mas conseguiu avançar às quartas de final do evento preparatório para o US Open. Nesta quarta-feira, a número 5 do mundo derrotou a casaque Zarina Diyas, a 62ª colocada no ranking da WTA, por 2 sets a 1, com parciais de 6/1, 5/7 e 6/2, em 1 hora e 57 minutos.

Essa foi a segunda vitória de Kvitova em três duelos com a tenista do Casaquistão. E a checa perdeu o seu saque quatro vezes, mas triunfou após converter sete de 14 break points. Nas quartas de final, ela terá pela frente a espanhola Carla Suárez Navarro, contra quem está em vantagem de 6 a 5 no confronto direto.

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Atual campeã em New Haven, a australiana Daria Gavrilova (24ª) deu adeus ao torneio com a derrota para a bielo-russa Aryna Sabalenka (25ª) por 6/3, 6/7 (6/8) e 7/5. Sua adversária nas quartas de final vai ser a suíça Belinda Bencic.

Os outros dois confrontos da próxima fase do Torneio de New Haven também estão definidos. A russa Ekaterina Makarova, que fez 2/6, 6/3 e 6/3 na eslovaca Magdalena Rybarikova, será a rival da alemã Julia Görges. E a francesa Caroline Garcia terá pela frente Monica Puig, da Costa Rica, que aplicou 6/4 e 6/3 em Anett Kontaveit, da Estônia.

O Hall da Fama do tênis divulgou nesta quarta-feira os nomes dos candidatos que terão a chance de serem indicados na classe de 2019. São oito ex-tenistas, entre as quais a chinesa Na Li, que poderá ser tornar a primeira asiática a integrar o seleto grupo de honra da modalidade.

Também estão na lista o croata Goran Ivanisevic, o russo Yevgeny Kafelnikov, a espanhola Conchita Martínez, o sueco Jonas Bjorkman, o espanhol Sergi Bruguera, o austríaco Thomas Muster e a francesa Mary Pierce.

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Na Li é o maior destaque da lista porque o Hall da Fama não conta com nenhum indicado nascido na Ásia. A chinesa se aposentou aos 32 anos devido a uma recorrente lesão no joelho, em 2014. Antes de parar, ocupou o segundo lugar do ranking da WTA, faturou dois títulos de Grand Slam e foi vice em outros dois.

"A história do tênis na China ainda é muito jovem. E, para mim, é um privilégio fazer parte desta popularização da modalidade por lá", declarou Na Li. "Adorei ver tantos jovens se envolvendo com o esporte e também ver a maior presença de torneios na China", afirmou a chinesa.

Pela primeira vez em sua história, o Hall da Fama do tênis vai contar com a participação popular na votação. O público vai poder votar em um dos oito candidatos e os três mais votados vão ganhar "bônus" que será somado ao tradicional voto dos jornalistas e historiadores, que sempre compuseram o corpo votante do Hall da Fama.

Os candidatos a receber a indicação precisam receber a aprovação de ao menos 75% dos eleitores. Os votos dos fãs vão dar pontos extras para eles na tentativa de alcançar esta marca mínima, necessária para a indicação.

O Brasil conta com apenas dois integrantes no Hall da Fama do tênis: Gustavo Kuerten e Maria Esther Bueno.

As camisetas são chamativas, o estilo de jogo é agressivo e os cabelos precisam ser contidos por uma faixa na altura da testa. Se o backhand de uma mão só e o perfil esguio do grego Stefanos Tsitsipas não forem suficientes para lembrar Gustavo Kuerten, o sorriso fácil e a simpatia com certeza vão tornar a comparação mais evidente. Nova sensação do circuito profissional, o tenista de apenas 20 anos já é considerado o "novo Guga".

Tsitsipas despontou no circuito nesta temporada, principalmente após eliminar quatro rivais do Top 10 do ranking num mesmo torneio, o Masters 1000 de Toronto, neste mês. Foi apenas a segunda vez que um tenista obteve este feito desde 1990. Pelo caminho ficaram o sérvio Novak Djokovic e o sul-africano Kevin Anderson, campeão e vice de Wimbledon, respectivamente. A série de vitórias fez o grego saltar para o 15º lugar do ranking - há um ano era o 168º.

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Ele não foi campeão do torneio canadense porque encontrou na final o experiente Rafael Nadal, atual número 1 do mundo. Mas foi o grande destaque da competição. E não apenas pelo estilo agressivo e preciso em quadra, de força no saque e agilidade no fundo de quadra. Ele conquistou o público também pela simpatia e simplicidade, nas entrevistas e brincadeiras com as arquibancadas. Longe da raquete, ele chama atenção como "youtuber", com divertidos vídeos de viagens a cada parada no circuito.

O seu tipo físico também o aproxima de Guga. Tsitsipas (lê-se Tsitsipás) tem 1,93m de altura e pesa 85kg. O ex-tenista catarinense tem 1,91m e pesava 83kg no circuito. "A comparação é bacana porque ele é um garoto que transmite muita simpatia, se diverte dentro de quadra, tem interação com o público. Além da similaridade dos golpes, na parte técnica, principalmente com a esquerda com uma mão que no circuito, o que é bastante raro", disse Guga ao Estado.

No circuito, o jovem grego vem conquistando também os colegas tenistas. "Ele é um menino super educado, bacana e bastante carismático", diz Bruno Soares. "Você junta o estilo, o cabelão, a faixinha na cabeça, a esquerda de uma mão e o carisma. Obviamente lembra o Guga", afirma o duplista, veterano do circuito.

Brasileiro e grego têm em comum também a origem em países com pouca tradição no tênis. Tsitsipas já se tornou o tenista da Grécia com o melhor ranking da história. Nascido em Atenas, ele começou a jogar aos três anos. No início, chegou a ficar dividido entre o tênis e o futebol. Mas a influência dos pais pesou.

Tsitsipas vem de uma família de atletas. Seu pai, Apostolos Tsitsipas, deixou de ser treinador de tênis num resort para estudar mais o esporte e se tornar técnico do filho. Sua mãe, Julia Apostoli-Salnikova liderou o ranking juvenil e era uma grande promessa do tênis da União Soviética. Além disso, o avô Sergei Salnikov foi campeão olímpico pela seleção de futebol do país nos Jogos Olímpicos de Melbourne-1956. Foi ainda jogador e técnico do Spartak Moscou.

O tenista é o mais velho de quatro filhos do casal, que costuma acompanhar de perto o atleta no circuito. Dentro de quadra, a influência do pai treinador é a maior, claro. Mas, nos bastidores, a mãe faz valer a disciplina que assimilou nos treinos da juventude nos tempos de União Soviética.

É à família que o jovem grego atribui seu tênis e sua postura dentro de quadra. "Sempre joguei com confiança. Acho que tudo se resume à confiança. E isso ajuda a explicar a pessoa que sou e o jeito como cresci", explica o tenista, que diz refletir em quadra um susto que levou na adolescência. Num dia de folga, nadando no mar, não percebeu uma mudança repentina nas condições da água e quase se afogou. "Foi a primeira vez na vida em que percebi que poderia morrer", lembra o atleta, salvo pelo pai no mar. "Depois disso, eu sinto 'zero' medo em quadra."

Com a postura destemida dentro de quadra e a disciplina fora dela, o tenista vem surpreendendo os rivais em busca do seu primeiro título de nível ATP - neste ano foi vice também em Barcelona, em outra derrota para Nadal. "As coisas nunca ficam mais fáceis. É você que se torna melhor", filosofa Tsitsipas, já alvo de elogios no circuito.

"Com essa idade, conseguir derrotar num torneio quatro Top 10 mostra que ele tem todas as condições de estar entre os melhores e se estabelecer por lá nos próximos anos", afirma Guga, sem evitar as comparações. "Só não pode depender muito do cabelo, né? Neste quesito, ele vai ter que treinar bastante, como eu", brinca o tricampeão de Roland Garros. "Tenho certeza de que ele tem potencial para chegar ao Top 10 do ranking e brigar por títulos importantes", atesta Bruno Soares.

Às vésperas do US Open, Novak Djokovic subiu quatro posições no ranking da ATP, atualizado nesta segunda-feira. O sérvio foi o tenista que mais ganhou colocações no Top 10 em razão do título do Masters 1000 de Cincinnati, conquistado neste domingo, nos Estados Unidos. Com o triunfo, ele subiu para o sexto lugar.

Na final, Djokovic derrotou o rival suíço Roger Federer em sets diretos. A grande vitória fez ainda o sérvio "fechar" a série de torneios Masters 1000, criada em 1990. Ele se tornou o primeiro da história a obter tal feito. Em Cincinnati, o único torneio que faltava, ele já havia sido vice-campeão por cinco vezes.

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Com seu segundo título da temporada - o anterior foi o de Wimbledon -, Djokovic se aproximou dos líderes do ranking, embora tenha chances remotas de brigar pelo topo nas próximas semanas. Isso porque o líder Rafael Nadal ostenta 10.040 pontos, seguido de Federer, com 7.080. O espanhol, que esteve ausente em Cincinnati, defenderá os pontos do título no US Open, que terá início no dia 27, em Nova York.

O argentino Juan Martín del Potro sustentou o terceiro lugar do ranking, seguido pelo alemão Alexander Zverev. A primeira mudança no Top 10 acontece no quinto posto, agora ocupado pelo sul-africano Kevin Anderson, que subiu uma posição. Djokovic é o novo sexto colocado. O croata Marin Cilic continua em sétimo.

Na sequência, vêm dois tenistas que perderam terreno na restrita lista. O búlgaro Grigor Dimitrov, eliminado por Djokovic nas oitavas de final em Cincinnati, caiu três posições, para o oitavo lugar. E o austríaco Dominic Thiem perdeu um posto, figurando agora em nono. Já o belga David Goffin subiu uma posição e voltou ao Top 10.

Entre os brasileiros, Thiago Monteiro ganhou três colocações na lista da ATP. O número 1 do Brasil ocupa agora o 119º posto. Já Rogério Dutra Silva perdeu duas posições e figura em 151º. Já Guilherme Clezar deu um salto de 32 colocações e aparece agora em 204º. Já João Menezes e Thomaz Bellucci caíram quatro e duas posições, respectivamente, para 296º e 311º.

Nesta semana, o circuito terá apenas um torneio em disputa, que será encarado como preparação final por alguns tenistas para o US Open. Será o Torneio de Winston-Salem, de nível ATP 250, também nos Estados Unidos.

 

Confira a lista dos 20 primeiros colocados do ranking:

1.º - Rafael Nadal (ESP), 10.040 pontos

2.º - Roger Federer (SUI), 7.080

3.º - Juan Martín del Potro (ARG), 5.500

4.º - Alexander Zverev (ALE), 4.845

5.º - Kevin Anderson (AFS), 4.615

6.º - Novak Djokovic (SER), 4.445

7.º - Marin Cilic (CRO), 4.445

8.º - Grigor Dimitrov (BUL), 3.790

9.º - Dominic Thiem (AUT), 3.485

10.º - David Goffin (BEL), 3.435

11.º - John Isner (EUA), 3.220

12.º - Pablo Carreño Busta (ESP), 2.380

13.º - Diego Schwartzman (ARG), 2.380

14.º - Fabio Fognini (ITA), 2.190

15.º - Stefanos Tsitsipas (GRE), 2.042

16.º - Kyle Edmund (ING), 1.985

17.º - Lucas Pouille (FRA), 1.915

18.º - Jack Sock (EUA), 1.815

19.º - Roberto Bautista Agut (ESP), 1.810

20.º - Borna Coric (CRO), 1.780

119.º - Thiago Monteiro (BRA), 475

151.º - Rogério Dutra Silva (BRA), 385

204.º - Guilherme Clezar (BRA), 276

296.º - João Menezes (BRA), 168

311.º - Thomaz Bellucci (BRA), 155

Sem jogar desde o início de maio, a tenista brasileira Beatriz Haddad Maia fez seu retorno às quadras nesta quarta-feira. Recupera de uma cirurgia nas costas, a número 1 do Brasil venceu em sua estreia no Torneio de Vancouver, de nível ITF US$ 100 mil, no Canadá. A brasileira encara a competição como teste e também como preparação para o US Open.

Bia, atual 116º do mundo, superou na estreia a local Carol Zhao, 143ª, por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/1, em 1h15min de duelo. Na sequência do torneio, pelas oitavas de final, ela vai enfrentar a romena Alexandra Dulgheru, que avançou na chave ao bater a húngara Fanni Stollar por 6/2 e 6/1. Dulgheru ocupa atualmente a 148ª posição do ranking, mas já foi a 26ª, em 2011.

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"Foi um bom começo aqui em Vancouver. Consegui controlar bem o jogo. Ponto a ponto, fui pegando ritmo aos poucos. Saquei muito bem e isso acabou fazendo a diferença. Fiquei feliz com o meu desempenho hoje. É muito bom poder voltar a jogar", comemorou a tenista do Brasil.

Bia não competia desde o retorno do Torneio de Madri, disputado no início de maio. Na ocasião, caiu logo na estreia, já com dores nas costas. No fim do mesmo mês, foi submetida a uma operação por conta de uma hérnia de disco.

Em razão do processo de recuperação física e técnica, o Torneio de Vancouver será a única preparação da tenista para o US Open, quarto e último Grand Slam da temporada. Classificada para o qualifying, ela entrará em quadra em Nova York já na próxima semana. A chave principal terá início no dia 27.

De volta às quadras nesta semana, o suíço Roger Federer encontrou facilidade em sua estreia no Masters 1000 de Cincinnati, nos Estados Unidos, nesta terça-feira. O principal favorito ao título, dono de sete troféus na quadra dura da competição norte-americana, bateu o alemão Peter Gojowczyk pelo placar de 2 sets a 0, com duplo 6/4, em 1h12min.

O número dois do mundo não entrava em quadra desde sua eliminação nas quartas de final de Wimbledon, há um mês. Depois da decepção na grama londrina, onde era considerado o grande candidato ao troféu, o suíço desistiu de competir no Masters de Toronto, na semana passada, para concentrar sua preparação para o US Open em Cincinnati.

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Em seu primeiro confronto contra o 47º do ranking no circuito, o tenista de 37 anos não enfrentou maiores dificuldades em quadra. Federer salvou cinco break points e não perdeu o saque em nenhum momento da partida. Além disso, obteve duas quebras, uma em cada set da partida.

A segunda quebra aconteceu logo no primeiro game do segundo set, o que encaminhou o triunfo e fez Federer segurar o ritmo na reta final do jogo. Ele disparou 12 aces e converteu 79% dos pontos quando jogou com o primeiro serviço, sacramentando o favoritismo. O suíço terminou a partida com 13 erros não forçados e o mesmo número de bolas vencedoras.

Nas oitavas de final, Federer vai enfrentar o argentino Leonardo Mayer. Será apenas a terceira vez que o suíço enfrentará o atual 50º do ranking. Nas duas partidas anteriores, venceu em 2014 e em 2015.

Em Cincinnati, Federer tenta retomar sua melhor forma física e técnica depois do resultado inesperado em Wimbledon, seu maior objetivo do ano. Ao desistir de Toronto, ele optou por estratégia diferente da usada no ano passado, quando se desgastou demais nos torneios preparatórios para o US Open e não conseguiu ir longe no quarto e último Grand Slam da temporada. Neste ano, o torneio disputado em Nova York terá início no dia 27.

Ainda nesta terça, avançaram na chave de Cincinnati o húngaro Marton Fucsovics e o alemão Mischa Zverev.

O sérvio Novak Djokovic sofreu mais do que esperava para vencer em sua estreia no Masters 1000 de Cincinnati, na noite desta segunda-feira, nos Estados Unidos. O ex-número 1 do mundo desperdiçou oito match points antes de sacramentar a vitória sobre o local Steve Johnson por 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 7/6 (7/4), em 2h02min de duelo.

Djokovic vinha de uma queda precoce no Masters de Toronto, na semana passada, quando foi eliminado pelo grego Stefanos Tsitsipas nas oitavas de final. Mas, em sua última preparação para o US Open, o sérvio evitou a surpresa na rodada de abertura, apesar dos sustos.

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O sérvio começou melhor ao faturar a primeira quebra do jogo e fechar o set inicial sem perder o seu serviço. No segundo, ele manteve o ritmo e abriu vantagem com uma nova quebra, fazendo 3/1. O triunfo parecia encaminhado com tranquilidade. Até que Johnson iniciou a reação e buscou a virada em 3/4.

Djokovic, então, retomou a concentração para voltar para o jogo. Assim, obteve nova quebra e sacou para fechar o jogo. Desperdiçou os primeiros match points, mas sofreu a quebra. Johnson levou o duelo para o tie-break, mas não aguentou o ritmo do ex-líder do ranking. Em seu nono match point, Djokovic encerrou o duelo.

O favorito, atual número 10 do mundo, terminou a partida com 28 bolas vencedoras, contra 21 do rival americano, 33º do ranking. E registrou menos erros não forçados: 27 a 33. Na segunda rodada, o tenista sérvio, que busca o seu primeiro título em Cincinnati, vai encarar o francês Adrian Mannarino.

Ainda nesta segunda, o suíço Stanislas Wawrinka, 151º do ranking, também estreou com vitória. Em três sets, ele bateu o argentino Diego Schwartman, atual número 12 do mundo, por 6/2, 4/6 e 6/3. Seu próximo adversário será o japonês Kei Nishikori, 23º do mundo.

Pela mesma rodada de abertura, o canadense Denis Shapovalov superou o local Frances Tiafoe por 7/6 (8/6), 3/6 e 7/5, enquanto o argentino Leonardo Mayer eliminou o local Michael Mmoh por 6/4, 1/6 e 6/4. O francês Benoit Paire bateu o espanhol David Ferrer por duplo 6/2, e seu compatriota Jeremy Chardy venceu outro tenista da Espanha, Fernando Verdasco, por 6/1 e 6/2.

Outros dois americanos avançaram na chave. Bradley Klahn passou pelo alemão Maximilian Marterer por 7/6 (7/1) e 6/4. E Sam Querrey, num duelo totalmente local, despachou o embalado John Isner por 6/4, 6/7 (5/7) e 7/6 (7/5).

Poucas horas depois de conquistar o título do Masters 1000 de Toronto, no Canadá, o seu 80.º na carreira profissional, o espanhol Rafael Nadal anunciou que não participará nesta semana do outro torneio da série Masters 1000 em quadras duras na América do Norte. O tenista não jogará em Cincinnati, nos Estados Unidos, por questões físicas, já de olho no US Open - o quarto e último Grand Slam da temporada, que começará no próximo dia 27.

"Lamento anunciar que não vou jogar em Cincinnati neste ano. A única razão é que quero cuidar do meu corpo e tratar de mantê-lo tão bem como agora", afirmou Rafael Nadal em um comunicado oficial pouco depois de bater o grego Stéfanos Tsitsipas, uma das revelações na temporada, por 2 sets a 0 na decisão em Toronto.

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Assim, mais uma vez o fã de tênis não poderá ver um duelo entre o espanhol, atual número 1 do mundo, e o suíço Roger Federer. No Canadá, o segundo do ranking da ATP preferiu descansar para focar em Cincinnati, onde já foi campeão oito vezes na carreira profissional.

"Estou seguro que os verei (torcedores em Cincinnati) no próximo ano e lamento muito mesmo não estar com eles neste. Obrigado por todo o apoio como sempre", finalizou Rafael Nadal.

Atual campeão de Wimbledon, o sérvio Novak Djokovic foi surpreendido nas oitavas de final do Masters 1000 de Toronto, nesta quinta-feira. Favorito, o ex-número 1 do mundo foi batido pelo grego Stefanos Tsitsipas, uma das sensações da temporada, pelo placar de 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 6/7 (5/7) e 6/3, em 2h17min de confronto.

Para buscar uma das maiores vitórias de sua carreira, o atual 27º do mundo precisou mostrar precisão e persistência ao longo de todo o jogo. Melhor em quadra, ele poderia ter fechado a partida ainda no segundo set. Mas abusou dos erros no tie-break e viu Djokovic adiar sua derrota.

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Tsitsipas, que completará 20 anos na próxima semana, dominou a partida desde o começo. E sua superioridade podia ser constatada pelo bom rendimento no serviço. Ele venceu 84% dos pontos quando jogou com o primeiro serviço e salvou os dois únicos break points cedidos ao rival. No total, os dois tenistas terminaram com o mesmo número de aces: 11.

Longe de repetir as boas atuações que lhe renderam o troféu em Wimbledon, na grama, Djokovic esteve abaixo do rival nas três parciais. Ele teve o saque sob ameaça por dez vezes, mas acabou sofrendo duas quebras, o que encaminhou o triunfo do jovem grego.

Nas quartas de final, Tsitsipas vai enfrentar o vencedor do duelo entre o russo Daniil Medvedev, que veio do qualifying, e o alemão Alexander Zverev, segundo cabeça de chave da competição.

Mais cedo, o búlgaro Grigor Dimitrov se tornou o primeiro a garantir vaga nas quartas de final ao derrotar o norte-americano Frances Tiafoe pelo placar de 7/6 (7/1), 3/6 e 7/6 (7/4). Seu próximo adversário será o sul-africano Kevin Anderson. O vice-campeão de Wimbledon avançou nesta quinta ao superar o bielo-russo Ilya Ivashka por 7/5 e 6/3.

Em mais uma decisão para reduzir o seu calendário, Roger Federer confirmou nesta segunda-feira que não disputará o Masters 1000 de Toronto, no Canadá, em agosto. O atual número dois do mundo, vice-campeão da competição canadense no ano passado, alegou preocupação com a sua condição física para a reta final da temporada.

"Eu tive um grande momento em Montreal no ano passado e sempre me diverti jogando diante dos fãs canadenses. Mas, infelizmente, o calendário é a chave para a minha longevidade. E decidi desistir de Toronto neste ano", declarou o suíço. "Desejo ao torneio todo o sucesso e sinto muito por ficar de fora desta vez."

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O Masters 1000 disputado no Canadá alterna com o torneio feminino, organizado pela WTA, as disputas em Montreal e Toronto. Por isso, a competição masculina em 2017 foi disputada em Montreal. E, lá, Federer foi vice-campeão, ao ser batido pelo alemão Alexander Zverev na final.

O anúncio de Federer vem duas semanas depois de ele ser eliminado de forma inesperada nas quartas de final de Wimbledon, pelo sul-africano Kevin Anderson. Depois do triunfo de virada, Anderson foi até a final e foi vice-campeão, diante do sérvio Novak Djokovic.

Neste ano, o suíço já ficou de fora da temporada de saibro na Europa, que precede Roland Garros. Foram três meses afastado do circuito entre o Masters 1000 de Miami e o retorno somente na curta temporada de grama, em Stuttgart.

O vice-líder do ranking não confirmou quando será o seu retorno às quadras. Mas é certo que disputará ao menos um torneio preparatório para o US Open, quarto e último Grand Slam da temporada, que terá início no fim de agosto.

O italiano Fabio Fognini venceu o francês Richard Gasquet neste domingo e conquistou o título do Torneio de Bastad, na Suécia, no saibro. Campeão pela sétima vez na carreira, a segunda em 2018, a vitória do tenista no ATP 250 veio por 2 sets a 1 (6/3, 3/6 e 6/1), após 1h47 de partida.

Fognini vai subir um degrau no ranking da ATP e aparecer em 14º lugar nesta segunda-feira. O italiano de 31 anos igualou o ano mais vitorioso dele, que foi em 2013, quando conquistou dois torneios, e se aproximou da melhor colocação na carreira, quando em 2014 alcançou a 13ª posição.

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Enquanto Fognini vai ganhar 250 pontos no ranking da ATP e 89 mil euros (R$ cerca de 393 mil) em premiação, o segundo lugar vai render a Gasquet 150 pontos e prêmio de 47 mil euros (R$ 207 mil). Aos 32 anos, o tenista francês, que já foi o sétimo do mundo, vai pular do 29º para o 26º lugar.

Foi apenas o quarto confronto entre os dois tenistas, apesar de ambos estarem no circuito há mais de dez anos. Fognini venceu ambas as partidas que eles fizeram no saibro e perdeu as duas disputadas em piso rápido.

Nas semifinais do Torneio de Bastad, na Suécia, o italiano Fabio Fognini superou o espanhol Fernando Verdasco, por 2 sets a 1 (6/1, 4/6 e 7/5), enquanto o francês Richard Gasquet derrotou o suíço Henri Laaksonen, por 2 sets a 0 (6/2 e 6/3). Os tenistas vencedores nos duelos agora vão se enfrentar na final da competição de nível ATP 250, disputada no saibro.

Das duas semifinais, o confronto entre Fognini e Verdasco foi mais equilibrado. Se no Rio Open, disputado em fevereiro, o espanhol levou a melhor, também em uma semifinal, o tenista italiano saiu vencedor em Bastad, apesar do esforço do adversário para tentar virar a partida.

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"Bater Fernando é muito difícil. Foi uma partida difícil, eu comecei bem. Porém, depois de perder o primeiro game do segundo set, já estava 0-40 no meu serviço. Ele passou a jogar com mais confiança. No fim, acho que foi loteria eu ganhar", analisou Fognini.

Já Gasquet não teve dificuldade para eliminar Laaksonen, que entrou na chave principal do torneio como "lucky loser", uma vez que sofreu derrota no qualifying, mas contou com uma desistência continuar na disputa pelo título de Bastad. Porém, contra o francês, ganhou apenas cinco games e caiu em sets diretos.

Veteranos no circuito, Gasquet, de 32 anos, e Fognini, de 31, duelaram apenas três vezes antes. O francês conquistou duas vitórias, ambas em piso sintético, em Mumbai e Sydney, mas perdeu no saibro de Monte Carlo, no último encontro dos dois, há cinco anos.

Fognini já se garantiu pelo menos em 14º na próxima atualização do ranking da ATP, que vai acontecer na segunda-feira, enquanto Gasquet pode pular de 29º lugar para 25º se sair vencedor de Bastad. O francês pode ser campeão pela 16ª vez e o italiano busca o sétimo troféu.

Encabeçando projetos de investimento no tênis, Gustavo Kuerten afirmou nesta sexta-feira que a modalidade ainda está em criação no Brasil, com raras iniciativas que podem sustentar o esporte a longo prazo. "O tênis brasileiro não existe ainda, existe somente os jogadores", declarou o tricampeão de Roland Garros, em São Paulo, onde divulga seus projetos para ajudar a desenvolver a modalidade no País.

Ao comentar sobre a situação atual do esporte no Brasil, em entrevista coletiva, Guga afirmou que ainda não há um cenário da modalidade no País. "Só no Rio Open deste ano caiu a minha ficha. Não existe um cenário brasileiro, um ciclo. Falta tênis no Brasil. Existe só os jogadores. Quando falamos de tênis do País, falamos apenas de personagens. 'Ah, o Guga parou, o Meligeni ali, o Thomaz está em fase ruim'. Ainda não conseguimos produzir uma geração de tenistas", afirmou.

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Por isso, o ex-número 1 do mundo decidiu se dedicar nos últimos anos à formação de uma base de jovens tenistas. "Temos que falar é da pretensão de montar uma base. Se não, vamos ficar falando de caso a caso. E é meio irracional falar de personagens, o tênis brasileiro não pode ser isso. Temos que falar de dez Thomaz, dez Thiagos. De uma condição que o Brasil pode se dedicar a construir, que é um Top 10, por exemplo."

Para Guga, os profissionais da atualidade, como Thomaz Bellucci, Thiago Monteiro e Rogério Dutra Silva, precisam ser mais valorizados, por não terem recebido uma estrutura mais favorável para sua formação no esporte - no momento, o trio está fora do Top 100 do ranking.

"Qualquer ranking que eles tiverem, tem que agradecer. Eles estão lá sozinhos por livre e espontânea força. Se eles estiverem no circuito por uns dez anos, já estão contribuindo para o tênis brasileiro. Muitas crianças estão vendo eles jogar e isso acaba promovendo o nosso tênis."

O ex-líder do ranking acredita que o investimento na formação de base deve gerar uma geração de bons tenistas no futuro. "Os jogadores precisam ser melhores? Sim, óbvio, mas os treinadores também. Não tem ninguém para ensinar, poucas crianças permanecendo nas aulas. Mas existem ajustes que estão contribuindo bastante."

Estes "ajustes" estão sendo liderados, segundo Guga, pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e por seus próprios projetos. O de maior atenção no momento é o Time Guga, revelado pelo Estado no mês passado. Com a iniciativa, o ex-tenista está formando uma equipe de jovens talentos para dar apoio no circuito, principalmente na transição do juvenil para o profissional. A expectativa dele é formar um "Batalhão Brasileiro" no futuro, a exemplo da famosa "Armada Espanhola", como ele havia comentado com a reportagem anteriormente.

"Temos uma safra que é especial, garotos com ranking excelentes, boas pretensões. Precisamos quebrar este estigma do juvenil que não consegue se tornar profissional. Temos que ter um grupo de 20, 30 jogadores de bom nível. Vamos criar sustentabilidade, autonomia. Aí, sim, poderemos ser mais rigorosos com esta turma, exigir e cobrar mais porque eles terão maior capacidade."

Já pensando mais à frente, Guga acredita que o tênis brasileiro precisará se unir mais para somar os esforços pontuais, como os seus, da CBT e de outras academias, como a Tennis Route, do Rio de Janeiro. "O próximo passo agora é reunir esta pessoas, compartilhar experiências. Esta nova geração pode transformar o tênis brasileiro, é uma onda positiva. Isso me dá essa convicção de que o nosso tênis vai ser o melhor do mundo."

Um dia depois de conquistar o seu quarto título de Wimbledon e encerrar o incômodo jejum de troféus nesta temporada, Novak Djokovic subiu 11 posições no ranking da ATP nesta segunda-feira e retornou ao Top 10, do qual o sérvio estava fora há oito meses. O ex-número 1 do mundo assumiu justamente a décima colocação, em uma demonstração da retomada do status que vinha perdendo nos últimos tempos por causa da ausência de conquistas e da série de decepções que vinham amargando desde 2017, quando foi atrapalhado por lesões e ficou fora da segunda metade da temporada.

Em sua campanha em Londres, Djokovic eliminou nas semifinais do Grand Slam inglês o espanhol Rafael Nadal, que se mantém na liderança do ranking mundial. Em seguida, na decisão do último domingo, o tenista de Belgrado derrotou o sul-africano Kevin Anderson na decisão para faturar o tetracampeonato do tradicional torneio, no qual havia levantado a taça anteriormente em 2011, 2014 e 2015.

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Anderson, por sua vez, teve subida expressiva no ranking graças ao vice-campeonato em Wimbledon, onde surpreendeu ao eliminar nas quartas de final o suíço Roger Federer, que defendia a condição de atual campeão e buscava o novo título deste Grand Slam.

O sul-africano subiu da oitava para a quinta posição da ATP e entrou no Top 5 pela primeira vez em sua carreira. Federer se manteve na vice-liderança, mas não conseguiu defender todos os pontos da campanha do título de 2017 em Wimbledon e com isso viu Nadal abrir larga vantagem sobre ele na ponta. O espanhol agora está com 9.310, enquanto o suíço tem 7.080.

O alemão Alexander Zverev decepcionou ao ser eliminado já em sua estreia em Wimbledon, mas sustentou o terceiro lugar do ranking. O argentino Juan Martín del Potro, que foi às quartas de final do Grand Slam inglês, segue em quarto lugar, mas agora está menos de 300 pontos atrás de Zverev.

O croata Marin Cilic, superado na segunda rodada em Wimbledon após ter sido vice-campeão em 2017, caiu dois postos no Top 10 e agora ocupa o sétimo lugar, agora atrás do búlgaro Grigor Dimitrov, que se manteve na sexta posição.

Já o norte-americano John Isner colheu os frutos de sua expressiva ida à semifinal de Wimbledon e saltou do décimo para o oitavo lugar. Ele ficou logo à frente do austríaco Dominic Thiem, que caiu da sétima para a nona colocação.

O belga David Goffin, que também desceu dois postos nesta segunda-feira, deixou o Top 10 ao passar a figurar como 11º tenista do mundo. Vale ressaltar também a boa ascensão do japonês Kei Nishikori, que retornou ao Top 20 ao pular da 28ª para a 20ª posição após avançar às quartas de final desta edição de Wimbledon.

BRASILEIROS - Já entre os tenistas do Brasil, que não contou com nenhum representante na chave principal de simples do Grand Slam inglês, Rogério Dutra Silva caiu do 135º para o 138º lugar, mas assumiu o posto de novo número 1 do País com a queda de 15 postos sofrida por Thiago Monteiro, agora o 145º do mundo. Já Guilherme Clezar se manteve em 192º no geral, enquanto Thomaz Bellucci, outro único representante brasileiro no Top 300, subiu nove lugares e agora é o 265º.

Já no ranking individual de duplistas, Marcelo Melo e Lukasz Kubot não conseguiram defender os pontos como atuais campeões de Wimbledon e caíram seis lugares cada, com o brasileiro passando a figurar em décimo, enquanto o polonês é o nono.

Bruno Soares, eliminado nas quartas de final de duplas na capital inglesa ao lado do britânico Jamie Murray, se manteve na 14ª posição, uma atrás do seu parceiro.

Confira a classificação atualizada do ranking da ATP:

1) Rafael Nadal (ESP), 9.310 pontos

2) Roger Federer (SUI), 7.080

3) Alexander Zverev (ALE), 5.665

4) Juan Martín del Potro (ARG), 5.395

5) Kevin Anderson (AFS), 4.655

6) Grigor Dimitrov (BUL), 4.610

7) Marin Cilic (CRO), 3.905

8) John Isner (EUA), 3.720

9) Dominic Thiem (AUT), 3.665

10) Novak Djokovic (SER), 3.355

11) David Goffin (ARG), 3.120

12) Diego Schwartzman (ARG), 2.470

13) Pablo Carreño Busta (ESP), 2.155

14) Jack Sock (EUA), 2.075

15) Fabio Fognini (ITA), 2.030

16) Kyle Edmund (ING), 1.995

17) Roberto Bautista Agut (ESP), 1.940

18) Nick Kyrgios (AUS), 1.935

19) Lucas Pouille (FRA), 1.835

20) Kei Nishikori (JAP), 1.800

138) Rogério Dutra Silva (BRA), 416

145) Thiago Monteiro (BRA), 395

192) Guilherme Clezar (BRA), 298

265) Thomaz Bellucci (BRA), 200

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