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Três ex-dirigentes da empresa Tepco foram absolvidos nesta quinta-feira por um tribunal de Tóquio, que determinou que não podem ser considerados culpados pelas consequências da catástrofe nuclear ocorrida em Fukushima em 2011, após um violento tsunami.

"Os acusados são todos inocentes", declarou o juiz ao ler o veredicto.

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"Incrível!", exclamou uma pessoa que acompanhava o julgamento.

O juiz prosseguiu: ""As deliberações foram baseadas no fato de saber se havia algum nível de previsão" do gigantesco tsunami para definir a acusação de negligência que provocou mortes.

Quase 100 pessoas que estavam no espaço reservado ao público permaneceram em silêncio, assim como os três acusados.

A Promotoria solicitara cinco anos de prisão para o presidente do Conselho de Administração da Tokyo Electric Power (Tepco) no momento da tragédia, Tsunehisa Katsumata (79 anos), assim como para os ex-vice-presidentes Sakae Muto (69) e Ichiro Takekuro (73).

De acordo com a acusação, os executivos tinham informações muito antes da tragédia sobre o risco de tsunami superior às capacidades de resistência da central, mas não atuaram de acordo com os dados.

Estes três ex-executivos da operadora da central nuclear de Fukushima Daiichi, devastada pelo tsunami de 11 de março de 2011, eram as únicas pessoas físicas julgadas pela tragédia, o segundo pior acidente nuclear da história, atrás de Chernobyl (Ucrânia), em 1986.

- Indignação do Greenpeace -

De fato, eles eram julgados pela morte de 44 pacientes do hospital de Futaba, situado a poucos quilômetros da usina, durante a evacuação de emergência em condições extremas. A situação foi letal para os enfermos de idade avançada.

Os promotores haviam se recusado em duas oportunidades a iniciar um procedimento judicial contra os executivos da Tepco, alegado que não havia elementos suficientes.

Mas uma nova análise do caso em 2015, por um painel de cidadãos (procedimento pouco utilizado no Japão), decidiu por um processo penal.

"O sistema jurídico do Japão voltou a fracassar na defesa dos direitos de dezenas de milhares de cidadãos afetados pelo desastre nuclear de Fukushima Daiichi em 2011", afirmou em um comunicado a organização ambiental Greenpeace.

Durante o julgamento, Katsumata declarou que não estava envolvido no dia a dia das decisões relacionadas com a segurança e delegava o trabalho aos subordinados responsáveis por tais questões.

A Tepco não adotou medidas para proteger as instalações antes do terremoto de 9 graus de magnitude, que provocou o tsunami que alagou a usina, interrompeu o resfriamento do combustível nuclear e causou a fusão.

- Degradação das condições de vida -

Embora o tsunami tenha provocado 18.500 mortes na região nordeste do Japão, o acidente nuclear propriamente dito não deixou nenhuma vítima.

Mas é indiretamente responsável por "milhares de óbitos relacionados", reconhecidos pelas autoridades como falecimentos em consequência da degradação das condições de vida das pessoas.

A catástrofe obrigou dezenas de milhares de pessoas a abandonar suas casas, nas áreas próximas à central nuclear. Muitas continuam morando em outras regiões do país, porque não podem ou não querem retornar, por medo das radiações.

Esta foi a primeira vez que várias pessoas foram processadas criminalmente pelo caso. O Estado japonês e a Tepco já foram punidos pela justiça em várias oportunidades, após várias ações coletivas.

Os investidores consideraram a decisão do tribunal uma boa notícia para a Tepco e a ação do grupo registrou alta de 2,5% após o anúncio do veredicto.

O terremoto de magnitude 6,5 que atingiu a costa norte do Japão ocorreu nas proximidades da usina nuclear de Fukushima, que ficou seriamente danificada em 2011, após um forte tremor que provocou um tsunami que devastou a região.

O cismo aconteceu na madrugada de sábado (horário local), a uma profundidade de 11,1 quilômetros, segundo o Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), instituição que também corrigiu a magnitude do terremoto, inicialmente indicada como 6,8. O epicentro do tremor foi localizado a 129 quilômetros de Namie e a 284 quilômetros de Tóquio.

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A Agência Meteorológica do Japão emitiu um alerta de tsunami para a costa norte do Japão. A Tepco, proprietária da usina nuclear Fukushima Daiichi, disse que estava verificando a ocorrência de possíveis danos na instalação em decorrência do tremor.

O tsunami de 2011 matou cerca de 19 mil pessoas e provocou a vários problemas da usina nuclear. Mais de 100 mil pessoas ainda não podem voltar para suas casas, localizadas na região da usina em razão da contaminação nuclear da área. Fonte: Dow Jones Newswires.

Quatro bombas de água, que funcionavam por engano, verteram uma quantidade importante de água altamente radioativa em edifícios da central de Fukushima, segundo a empresa Tokyo Electric Power (TEPCO).

As bombas, que não deveriam estar em funcionamento, foram paralisadas no domingo (13) à tarde. Mas os andares superiores de dois edifícios já estavam inundados.

A TEPCO calculou em 203 metros cúbicos a quantidade de líquido derramado em áreas de incineração próximas dos reatores. Os reatores devem permanecer secos, segundo a empresa.

A água dos dois edifícios tem um elevado percentual de césio radioativo equivalente a 37 milhões de becquerels por litro. A empresa garante que água não saiu dos edifícios e prometeu uma investigação para compreender os motivos do erro.

A gestão da água contaminada é o problema mais grave que a empresa enfrenta atualmente. A TEPCO não sabe o que fazer com as centenas de milhares de toneladas acumuladas nos edifícios e nos depósitos instalados na central arrasada pelo tsunami de 11 de março de 2011.

Um especialista americano em energia atômica criticou nesta sexta-feira a companhia elétrica Tepco por sua política de comunicação na gestão das consequências do acidente nuclear de Fukushima, afirmando que "este tipo de comunicação é muito ruim" e que "isto mostra que não sabem o que fazem".

Dale Klein, ex-presidente da Comissão de Regulação Nuclear dos Estados Unidos, criticou severamente as autoridades da Tokyo Electric Power (Tepco) por terem esperado semanas antes de reconhecer que ocorria o vazamento de água altamente radioativa para o oceano Pacífico que cerca a central de Fukushima Daiichi, arrasada pelo tsunami de 11 de março de 2011.

"Esta maneira de agir (relativa à gestão da água contaminada) demonstra as lacunas na tomada de decisões", criticou este especialista que preside o comitê para a "reforma da atividade nuclear", colocado em andamento pela Tepco para ajudar a resolver a crise.

Na última segunda-feira, a companhia admitiu que água subterrânea contaminada com trítio, estrôncio, césio e outros elementos radioativos não permanecia parada sob a terra, como havia defendido durante semanas, mas que chegava ao oceano.

Já o presidente da Tepco, Naomi Hirose, reconheceu que houve "ao menos quatro momentos antes" nos quais se suspeitou que água contaminada chegava ao mar, mas que a decisão de anunciar essa possibilidade só foi tomada depois que muitos dados foram reunidos e analisados.

Os outros membros do comitê também questionaram o modo de agir da Tepco.

"No futuro, a Tepco deve prestar atenção a sua maneira de deixar a população informada, já que pode prever que ocorrerão outros problemas técnicos porque o desmantelamento é uma tarefa complexa que levará tempo", declarou Barbara Judge, presidente emérita da autoridade nuclear britânica.

Para Masafumi Sakurai, membro japonês do comitê, a tática da Tepco sempre foi a mesma: "Enquanto não tiver sido completamente verificado, não pode ser anunciado".

A empresa que opera a central nuclear de Fukushima no Japão, a Tepco, informou neste domingo (7) que um possível novo vazamento de água contaminada pode ter acontecido em um depósito subterrâneo de armazenamento, mas minimizou as consequências para o meio ambiente.

A Tepco já havia anunciado que 120 toneladas de líquido contaminado teriam vazado na noite de sexta-feira de um depósito - dos sete da central - situado a 800 metros do oceano.

Foram detectados elementos radioativos na água acumulada entre o solo ao redor do tanque e a capa externa de um revestimento impermeável no fundo do depósito, mas a Tepco considera pouco provável que a água radioativa possa chegar ao mar.

Segundo a operadora, elementos radioativos foram detectados ao redor da segunda cuba.

"Uma quantidade mínima de água teria vazado do depósito, mas não constatamos uma diminuição do nível de água no tanque", afirma a empresa em um comunicado.

Os incidentes se multiplicaram nas últimas semanas na central de Fukushima, afetada pelo terremoto seguido de tsunami de 11 de março de 2011.

A Tokyo Electric Power Co. (Tepco), operadora da usina de Fukushima, ainda enfrenta problemas para lidar com a questão, 16 meses após o desastre nuclear, adiando as investigações e tentando minimizar os reais danos ocorridos no complexo, afirmaram investigadores nesta segunda-feira.

O relatório de um painel apontado pelo governo está entre os vários que criticam a Tepco e o governo por fazerem muito pouco para proteger a usina Fukushima Dai-ichi do terremoto e tsunami que atingiram o local em março de 2011 e por não agir corretamente quando três dos reatores derreteram, configurando o pior acidente nuclear do mundo desde Chernobyl.

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Os investigadores disseram que a empresa ainda tem de tratar de problemas de sua própria cultura interna, que contribuiu para as falhas durante a crise, dentre elas a presença de funcionários "não treinados para pensarem por si mesmos".

"Ainda não vemos muito entusiasmo na investigação do acidente" da parte da empresa, diz o documento. "A Tepco deve aceitar com sinceridade nossas descobertas e resolver os problemas para atingir um nível mais alto de cultura de segurança na companhia."

Funcionários da Tepco entrevistados pelos integrantes do painel demonstraram experiência com equipamentos de emergência, mas muitos não conseguiram dizer em que momento da crise eles eram mais necessários, diz o relatório.

Um exemplo mostrado no documento foi o fato de os funcionários estarem cientes de que os medidores de água dos recipientes de confinamento estavam provavelmente quebrados e que suas medições eram incorretas. Mas nenhum deles levantou a questão e a empresa continuou a divulgar dados incorretos durante meses.

Novos medidores instalados em um reator mostram que não havia praticamente água no interior dos recipientes, o que sugere que os outros dois reatores afetados podem apresentar condições semelhantes.

Os trabalhadores "não foram completamente treinados para pensarem por si mesmos e não tinham uma forma de pensamento flexível e proativa, necessário na gerência de crises", diz o relatório.

O documento divulgado nesta segunda-feira, assim como outros publicados anteriormente, diz que a operadora e os reguladores fracassaram em melhorar a segurança da usina e em atender os padrões internacionais para minimizar riscos, incluindo a possibilidade de danos graves no caso de falta de energia. As informações são da Associated Press.

A Tokyo Electric Power Co. (Tepco) vai começar a pagar indenizações em março para moradores que, voluntariamente, foram evacuados de suas casas devido ao acidente na usina nuclear de Fukushima Daiichi, informou o jornal "Nikkei" na sua edição de terça-feira.

A Tepco planeja enviar formulários de solicitação de indenização para cerca de 1,5 milhão de pessoas. O processo terá início do dia 5 de março. A empresa irá liberar mais detalhes sobre o plano na tarde de hoje.

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Seguindo orientações governamentais, a Tepco vai pagar 80.000 ienes (US$ 996) para cada desabrigado adulto e 600.000 ienes (US$ 7.467) para despesas de mulheres grávidas e crianças menores de 18 anos que voluntariamente deixaram suas casas. Este último valor está 200.000 ienes acima do estipulado nas orientações (400.000 ienes, ou US$ 4.978).

Em consonância com diretrizes estipuladas pelo governo do Japão, a empresa vai pagar 400.000 ienes como compensação de traumas psicológicos para mulheres grávidas e crianças que não deixaram suas residências após o acidente. As informações são da Dow Jones.

A Tokyo Electric Power (Tepco) informou que considera lançar no Oceano Pacífico água com baixo nível de radioatividade atualmente estocada em tanques, informou a agência Kyodo nesta quinta-feira. A empresa diz que a capacidade de estocagem da água na usina nuclear Daiichi, em Fukushima, pode chegar ao limite em março.

A operadora da usina diz que a água será lançada apenas se atingir o limite de concentração legal de substâncias radioativas, como césio e estrôncio. Um grupo de pescadores, porém, imediatamente mostrou preocupação com a notícia.

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A usina sofreu uma crise, após um terremoto e um tsunami em março na região, e ainda estão em andamento os trabalhos para controlar a situação. Daiichi tem muita água radioativa, resultado da contínua injeção de água para resfriar os danificados reatores 1 e 3. A água é atualmente reprocessada, após reduzir seu nível de radioatividade.

"Nós não podemos continuar aumentando o número de tanques em um ano ou dois. Portanto estamos considerando a possibilidade de liberar a água no mar", disse um porta-voz da Tepco, Junichi Matsumoto. O processamento realizado reduz a quantidade de césio radioativo, mas não a de estrôncio radioativo, que tende a se acumular nos ossos e pode causar câncer nos ossos e leucemia. As informações são da Dow Jones.

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