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Com o apagão que impactou 2,1 milhões de moradores por conta das fortes chuvas que atingiram a capital paulista nesta sexta-feira (3), consumidores podem pedir indenizações caso tenham tido algum prejuízo com a falta de energia.

Cerca de um milhão de endereços ainda estão sem luz na cidade de São Paulo. A previsão é que o serviço seja totalmente restabelecido até terça-feira (7). Segundo a Enel Distribuição SP, as regiões mais afetadas foram as zonas sul e oeste, embora também foram feitos relatos de falta de energia nas zonas leste e norte da capital.

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A Enel SP afirma que já normalizou o serviço para cerca de 1 milhão de endereços. "A companhia está restabelecendo de forma gradual o serviço, dando prioridade aos casos mais críticos, como serviços essenciais", disse a Enel na manhã deste domingo (5).

Enel pode fazer ressarcimento de prejuízos por apagão

Com a falta repentina de energia elétrica, aparelhos eletrônicos ou eletrodomésticos estão propensos a serem danificados. Além disso, alimentos conservados nas geladeiras podem ser desperdiçados. A solução para os moradores pode ser uma queixa no call center, nas lojas de atendimento ou no site da Enel.

Pessoas físicas devem estar munidas com CPF, RG ou qualquer outro documento com foto. Já pessoas jurídicas precisam estar com o contrato social ou último aditivo, CNPJ, CPF e RG do sócio. Já representantes legais devem ter uma procuração com firma reconhecida em cartório. É importante também ter provas robustas de que os aparelhos foram danificados por conta do apagão.

Em casos de prejuízos em condomínios, é preciso ter no momento da queixa com documentos de identificação, convenção do condomínio e a ata de nomeação do síndico. As denúncias devem ser feitas em até 90 dias após o problema na rede de energia.

Os servidores da Enel irão fazer uma verificação no aparelho eletrônico ou eletrodoméstico em até 15 dias corridos após a abertura da queixa. Em casos de geladeiras que tenham alimentos perecíveis, o prazo é de um dia útil.

O prazo para uma resposta da Enel é de até 15 dias corridos. Caso seja constatado que o consumidor foi prejudicado pela falta de energia, a distribuidora irá realizar um ressarcimento na conta do dono do aparelho danificado. Caso a empresa se recuse a arcar com o prejuízo, a solução pode ser a abertura de uma reclamação na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ou na plataforma consumidor.gov.br.

Como abrir uma reclamação na Aneel e no consumidor.gov.br?

Para abrir uma reclamação na Aneel, os moradores podem utilizar o assistente virtual no site da Agência e preencher um formulário detalhando a queixa. Os consumidores também podem utilizar o aplicativo Aneel Consumidor (disponível para Android e iOS) e os telefones 167 e 0800-727-0167 (com atendimentos de segunda à sábado, das 6h20 à meia noite).

Já para utilizar o consumidor.gov.br, é preciso se cadastrar no Portal Gov.br, e registrar uma reclamação sobre a atuação da empresa de energia. Durante o registro da reclamação, é necessário informar dados pessoais e indicar qual a empresa de energia que se deseja reclamar.

Consumidores podem procurar a Justiça e o Procon

Outras soluções em casos de uma não resolução com a Enel SP é procurar o Poder Judiciário. Em casos de prejuízos menores que 20 salários mínimos, deve ser aberta uma ação no Juizado Especial Cível. Para valores superiores, é necessário buscar a Justiça comum.

Os moradores também podem ser procurar a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). As reclamações podem ser feitas no Canal Eletrônico do Procon ou no número de telefone 151. As demandas dos moradores são respondidas entre cinco dias úteis e as queixas são registradas em até 15 dias úteis.

Especialista diz que é importante que consumidores tenham provas do prejuízo

De acordo com Jonas Sales, advogado e diretor do Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor (BRASILCON), em casos de apagão, os consumidores não precisam comprovar que não são os culpados pelo prejuízo, mas precisam deixar claro quais foram os danos por meio de provas.

"Ele tem que mostrar que a minha televisão não está funcionando ou que a sua geladeira até a quinta-feira funcionava. Então, uma foto, um registro e até mesmo uma testemunha. Alguma forma de provar minimamente que ele foi prejudicado é importante', explica.

Em caso de uma não resposta da Enel, Sales recomenda que os moradores procurem o Juizado Especial Cível. "Eles não teriam gastos, a priori, com advogados. Eles podem ir sozinhos e registrar a queixa a partir de um formulário mostrando os danos", afirma o advogado.

A prisão preventiva do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques por suposta tentativa de interferência nas eleições 2022 levou à derrocada de sua ofensiva na Justiça de Santa Catarina contra políticos, partidos, veículos de comunicação em busca de indenização.

Perto de completar um mês da prisão, Silvinei vê ruir sua estratégia em busca de eventual reparação por danos morais pela via da 'responsabilização civil' de supostos detratores. Magistrados de diversos municípios extinguiram as ações por ele movidas. Os processos foram enterrados sem análise de mérito, sob o entendimento de que presos não podem ser parte em processos nos Juizados Especiais Cíveis.

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Silvinei consta como autor de mais de 180 ações em curso na Justiça de Santa Catarina.

Os processos por ele movidos atingiam, por exemplo, a presidente do PT, Gleisi Hoffman, os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e André Janones (Avante-MG).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 Atingidos no rompimento de barragem da mineradora Samarco, em Mariana, receberam no ano passado R$ 998,3 milhões referentes a valores de honorários advocatícios que tinham sido abatidos das indenizações, segundo dados de planilha divulgada pela Fundação Renova. Em setembro do ano passado, decisão da Justiça Federal considerou que o desconto era ilegal e determinou a devolução desse dinheiro.

A Fundação Renova foi criada conforme o acordo de reparação dos danos selado em 2016 entre a Samarco, suas acionistas Vale e BHP Billiton, a União e os governos mineiro e capixaba. Ela é mantida com recursos das mineradoras e é responsável por administrar todos os 42 programas pactuados.

Na tragédia, ocorrida em novembro de 2015, 19 pessoas morreram e dezenas de cidades na bacia do Rio Doce sofreram impactos. Passados mais de sete anos, a atuação da Fundação Renova é alvo de muitos questionamentos judiciais  e está em curso a negociação de um novo acordo para repactuar o processo reparatório.

Conforme nota mantida em seu site, a entidade sustenta que realizava os descontos e fazia os repasses aos advogados por força de uma decisão judicial anterior. Também informa que os valores devolvidos são corrigidos e atualizados seguindo a nova determinação. "Cabe ressaltar que a Fundação Renova não interfere, controla ou fiscaliza a negociação entre cliente e advogado", acrescenta o texto.

A controvérsia em torno dos honorários envolve o Novel, um sistema indenizatório criado em 2020 por decisão do juiz Mário de Paula Franco Júnior, então titular da 12ª Vara Federal de Belo Horizonte. Ele fixou valores para indenizações de diversas categoriais, incluindo trabalhadores informais como pescadores, areeiros, artesãos, lavadeiras, etc. A decisão se tornou alvo de diversas contestações judiciais por parte do Ministério Público Federal (MPF). Um dos pontos questionados é a obrigatoriedade de contar com um advogado para aderir ao sistema, o qual receberia 10% dos valores.

A decisão de setembro foi tomada pelo juiz Michael Procopio Ribeiro Alves Avelar, atual titular da 12ª Vara Federal de Belo Horizonte, que assumiu o posto no ano passado após Mário de Paula ser promovido e designado para atuar na 4ª Vara Federal do Amapá. De acordo com o magistrado, cabe à própria Fundação Renova arcar com as despesas de honorários advocatícios, não podendo transferir tal ônus para os atingidos.

Montantes atualizados

Na planilha divulgada pela Fundação Renova estão descriminados pagamentos referentes a indenização e auxílio emergencial ao longo do ano passado. A divulgação ocorre após o MPF pedir esclarecimentos sobre valores considerados incorretos que ganharam espaço na imprensa, os quais apontavam para um montante cerca de R$ 1,7 bilhão superior ao que efetivamente foi gasto com indenizações. A entidade foi oficiada para que mantivesse em seu site os montantes atualizados.

Ao longo de 2022, foram pagos R$ 2,9 milhões de indenizações. Outros R$ 166,3 mil foram repasses a título de auxílio emergencial. Trata-se de benefício previsto no acordo de reparação e assegurado às pessoas que tiveram suas atividades econômicas interrompidas em decorrência da tragédia.

A tabela registra ainda outros valores que somam cerca de R$ 1,7 bilhão. São pagamentos retroativos que deveriam ter ocorrido em anos anteriores, além de honorários advocatícios pagos após a decisão do juiz Michael e sem nenhum desconto para os atingidos. O MPF entende que nenhum desses valores pode ser considerado para o cálculo das indenizações e dos auxílios pagos em 2022.

Entre os repasses retroativos, além dos R$ 998,3 milhões de honorários advocatícios, há também R$ 411 milhões que a Fundação Renova deixou de pagar referente ao auxílio emergenciais de atingidos que firmaram acordos pelo Novel. A mudança estava respaldada pela decisão que instituiu o sistema.

Em junho do ano passado, a entidade foi obrigada a restabelecer os pagamentos: em segunda instância, a Justiça Federal atendeu recurso do MPF, reconhecendo que o auxílio não tem relação com a indenização e deveria ser mantido já que muitos trabalhadores, como pescadores e agricultores, continuam sem poder retomar suas atividades econômicas.

Foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (17) a sanção da Lei 14.470, de 2022, que dobra a indenização a ser paga por empresas ou grupos econômicos que praticarem infração à ordem econômica, como os cartéis.

A norma altera a Lei de Defesa da Concorrência e possibilita o ressarcimento em dobro de quem se sentir prejudicado e recorrer à Justiça. A matéria foi aprovada no Senado em dezembro de 2018, mas só foi deliberada na Câmara em julho deste ano.

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A lei excepciona a punição para os casos em que houver acordo de leniência ou termo de compromisso de cessação de prática, a ser declarado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia responsável pela defesa da livre concorrência. Nesse caso, os infratores responderão somente pelos prejuízos causados aos prejudicados e ficam isentos de pagamentos por responsabilidade solidária.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, vetou item que estabelece aos beneficiários dos acordos de leniência aceitar a obrigação de se submeter à arbitragem para fins de reparação de danos quando a parte prejudicada tomar essa iniciativa.

“Entretanto, em que pese a boa intenção do legislador, a proposição legislativa contraria o interesse público, uma vez que a imposição legal de estipular o compromisso arbitral no termo de compromisso da cessação poderia gerar o aumento nos custos para as partes. Atualmente estas já são obrigadas a colaborar com a autoridade e a cessar a conduta anticompetitiva. A proposição legislativa poderia servir, assim, como um desincentivo à assinatura de acordo por alguns agentes, especialmente, por aqueles que não tivessem condições financeiras de arcar com os gastos de uma eventual arbitragem”, justificou.

Além disso, segundo o Executivo, as cláusulas arbitrais podem ser negociadas com as partes compromissárias como um mecanismo de incentivo a Ações Civis de Reparação por Danos Concorrenciais (ARDCs).

Oriunda do PLS 283/2016, do então senador Aécio Neves, a lei determina ainda que prescreverá em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados pelas infrações à ordem econômica, iniciando-se sua contagem a partir da ciência inequívoca do ilícito, ou seja, quando da publicação do julgamento final do processo administrativo pelo Cade.

*Da Agência Senado

Levantamento da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) mostra que, de abril de 2020 a novembro de 2021, o mercado segurador pagou mais de R$ 5,7 bilhões em indenizações de segurados vítimas da covid-19.

"A iniciativa ocorre em caráter de exceção, pois existe a cláusula de não obrigatoriedade de cobertura em pandemias", informa a entidade.

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De abril de 2020 e novembro de 2021, as empresas do setor foram registrados 156.217 sinistros de seguro por causa da pandemia, sendo 124.392 até novembro passado.

Além de seguro de vida, os valores incluem seguros prestamista, funeral, viagem, previdência privada e diárias por incapacidade e de internação hospitalar, todos com previsão de cobertura por morte.

O governo federal deu início a um pente-fino em anistias concedidas a 2,5 mil ex-cabos da Aeronáutica que recebem indenizações sob o pretexto de terem sido perseguidos durante a ditadura militar (1964-1985), destaca o jornal O Estado de S. Paulo. A iniciativa ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) permitir, em outubro do ano passado, a revisão dos pagamentos, que custam mensalmente aos cofres públicos cerca de R$ 31 milhões, de acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU). Agora, os ex-militares estão sendo notificados para se manifestarem.

A palavra final para rever ou até anular os benefícios é da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, a quem a Comissão de Anistia está subordinada. Após a decisão do Supremo, a ministra pediu ao Ministério da Defesa e à Advocacia-Geral da União a relação completa de nomes dos anistiados. Com a lista pronta em dezembro, uma força-tarefa foi criada para redigir as 2,5 mil notificações, que ainda estão sendo enviadas. Após o recebimento da comunicação formal, cada ex-cabo tem dez dias para apresentar a sua defesa.

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Depois disso, cada caso de indenização por causa da repressão do Estado na ditadura vai ser analisado separadamente. A AGU vai opinar nos processos e emitir uma posição técnica, que poderá ser acatada ou não por Damares. Não há previsão de quando os trabalhos deverão ser concluídos.

Segundo o jornal apurou, a intenção do governo, ao incluir a AGU na análise do assunto, é dar mais segurança jurídica e celeridade aos processos - e tentar dissipar suspeitas de que há parcialidade na gestão do presidente Jair Bolsonaro.

Antes da decisão do Supremo, o governo estimava que o impacto financeiro para os próximos dez anos, com o pagamento de reparações retroativas considerando juros e correção monetária, poderia chegar a R$ 43 bilhões. De acordo com a AGU, os ex-cabos da Força Aérea Brasileira (FAB) representam hoje mais da metade de todos os anistiados das três Forças Armadas, muito embora a Aeronáutica possua efetivo inferior ao do Exército e ao da Marinha.

"É preciso ter alguns princípios na análise dos casos. Em primeiro lugar, a lei estabelece que se deve conceder o benefício àqueles que de fato foram perseguidos ou tiveram alguma ilegalidade no seu direito individual na época do regime militar. A Constituição consagrou esse direito", disse ao Estado o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, André Mendonça.

Portaria

O argumento do governo para rever as anistia aos ex-cabos é de que elas foram fundamentadas, de forma indiscriminada, em uma portaria do então Ministério da Aeronáutica, editada em 1964. A medida limitou a progressão de carreira dos militares de baixa patente, estipulando um desligamento após oito anos de serviço.

Na ocasião, a portaria foi interpretada como retaliação a manifestações de alguns militares meses antes do golpe que derrubou João Goulart da Presidência e deu início à ditadura.

Integrantes da gestão Bolsonaro argumentam, no entanto, que as concessões do benefício "viraram uma indústria", e não foram verificados em todos os casos os requisitos previstos na lei para a comprovação da perseguição política. Para a AGU, a portaria editada na época apenas reorganizava administrativamente o quadro efetivo da Aeronáutica, sem caracterizar retaliação política.

A revisão desses benefícios já havia sido discutida no governo Dilma Rousseff. Em 2011, a então presidente criou um grupo para tratar do tema, o que levou ex-cabos a recorrerem à Justiça para evitar perder as indenizações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Vale pagou um total de R$ 2 bilhões em indenizações individuais e trabalhistas decorrentes da tragédia com a Barragem I, da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). A mineradora informa que já celebrou mais de 4.000 acordos, indenizando integralmente as pessoas. O rompimento da estrutura, em 25 de janeiro, deixou 257 mortos e 13 desaparecidos.

A companhia afirma em comunicado que continua trabalhando para reparar integralmente os danos causados pelo rompimento da B1, com iniciativas para restabelecer social e ambientalmente os municípios impactados, priorizando o diálogo próximo com as comunidades e Poder Público.

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No último dia 28, a Vale assinou a prorrogação por dez meses do auxílio emergencial para as pessoas atingidas pelo rompimento da barragem. O acordo foi homologado pela 6ª Vara da Fazenda Pública, e contou com a participação do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Ministério Público Federal, Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, Advocacia Geral da União, Advocacia Geral do Estado de Minas Gerais, Defensoria Pública Federal e Estado de Minas Gerais.

Os valores foram mantidos, com um salário mínimo por adulto vitimado pelo rompimento, meio salário mínimo por adolescente e um quarto por criança. O benefício continuará sendo pago integralmente para um número de pessoas estimado pela Vale entre 10 mil e 15 mil.

A Vale repassou ainda R$ 382 milhões a órgãos públicos. O montante inclui repasses à Prefeitura de Brumadinho e outros dez municípios mineradores de Minas Gerais que tiveram a arrecadação prejudicada pela interrupção das atividades e valores para compra de veículos e equipamentos e capacitação profissional da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e a Defesa Civil de Minas Gerais.

Em comunicado à imprensa, a Vale apresenta um projeto de requalificação urbana chamado território-parque, que inclui ações de melhoria da infraestrutura (reforma, pavimentação e urbanização de ruas, casas e estruturas), reativação econômica e desenvolvimento do turismo local, além de cuidado com a memória das vítimas do rompimento da Barragem I. Segundo a mineradora, o projeto atende a reivindicações da comunidade para Córrego do Feijão.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticou o pagamento de pensões e indenizações para anistiados políticos. Bolsonaro afirmou que a União já gastou R$ R$ 9,9 bilhões com os benefícios e interligou o gasto ao que chamou de “projeto de poder e enriquecimento” do PT. 

Além disso, para o presidente, o dinheiro suado de um povo ordeiro vem sendo usado para pagar os autointitulados defensores da democracia.

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“Até hoje, a União gastou R$ 9,9 bilhões com indenizações e pensões pagas a anistiados 'políticos'. Dinheiro suado, do povo ordeiro e trabalhador, pago a 39.370 pessoas ditas perseguidas e autointituladas defensoras da democracia”, escreveu no Twitter, nesse domingo (4). 

“Nunca no mundo um país foi tão roubado quanto o Brasil na era PT (2003 a 2016) por um projeto de poder e enriquecimento”, acrescentou.

O comentário de Bolsonaro acontece uma semana depois dele atacar o presidente a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, através do desaparecimento do seu pai, Fernando Santa Cruz, na época da ditadura militar. 

Na última segunda (29), o presidente disse que se o advogado quisesse “um dia” lhe contaria “a verdade” sobre a morte de Fernando. Segundo Bolsonaro, não foram os militares que mataram Fernando, mas membros da Ação Popular, movimento que o militante estudantil fazia parte. 

Um atestado da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos mostra que Fernando Santa Cruz morreu sob a custódia do Estado. Os documentos foram chamados de ‘balela’ por Jair Bolsonaro que, inclusive, mudou integrantes da comissão na última semana. 

Parentes de uma família que morreu quando estava na Pousada Nova Estância, soterrada no rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), em janeiro deste ano, entraram na Justiça contra a mineradora solicitando indenização de R$ 10 milhões por familiar morto e que a empresa peça desculpas às vítimas. A empresa disse que ainda não foi intimada.

A ação, que pede no total R$ 40 milhões, foi movida pelos familiares dos irmãos Camila e Luiz Taliberti Ribeiro da Silva, e de Fernanda Damian de Almeida, mulher de Luiz, grávida de cinco meses; o bebê, que se chamaria Lorenzo, também está incluído na ação. A família estava acompanhada do pai e da madrasta dos irmãos na pousada. A tragédia contabiliza 231 mortos e 41 desaparecidos, segundo o balanço mais recente da Defesa Civil.

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"Nosso objetivo é lutar por uma mudança nos parâmetros indenizatórios por morte praticados no Brasil e que são vergonhosos. A Vale teve lucros superiores a R$ 25 bilhões no ano passado e quer pagar R$ 300 mil, R$ 500 mil por vida. A própria Vale fez um estudo de quanto valeria a vida humana e estipulou US$ 2,6 milhões, que dá pouco mais de R$ 10 milhões", diz o advogado Roberto Delmanto Junior.

Além da indenização, a ação solicita que a Vale mantenha uma foto das vítimas na entrada de todas as unidades da empresa no Brasil e no exterior com a inscrição: "A vida vale mais do que o lucro. Camila, Fernanda, Lorenzo e Luiz, desculpem-nos por tirar-lhes as suas vidas".

"Também pedimos que, em todas as assembleias de acionistas da empresa, seja feito um minuto de silêncio e que o presidente solicite que todos fiquem em pé. Isso é uma questão ética e de reconforto moral para as famílias", diz o advogado.

Delmanto Junior trabalhou na ação com o advogado Paulo Thomas Korte. Com a ação, espera que os demais familiares de mortos no desastre busquem indenizações e não acordos. "Muitas aceitam acordos porque necessitam do dinheiro ou acham que o processo vai demorar, mas estamos falando de vidas humanas. Estamos preparados para esperar. Queremos justiça", diz. Ele afirma que, se ganhar a causa, a família pretende abrir uma fundação com parte do valor.

Defesa

A Vale informou não ter sido "intimada ou citada para os termos da referida ação". Disse que, no último dia 8, assinou um Termo de Compromisso com a Defensoria Pública para que pessoas atingidas pelo rompimento da barragem possam fazer acordos individuais ou coletivos para buscar indenização por danos morais e materiais.

A mineradora disse que, até 12 de abril, 272 famílias de vítimas em Brumadinho receberam doação no valor de R$ 100 mil da empresa. Indenizações emergenciais foram pagas a 12.400 moradores de Brumadinho, Mário Campos e São Joaquim de Bicas.

A Vale não informou o valor de indenização por vítima fatal e disse que os US$ 2,6 milhões citados na ação "são extraídos de um documento sem eficácia jurídica, baseado em cenário hipotético e dissociado de situações concretas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou que o Estado vai pagar uma indenização às famílias das sete vítimas do ataque a uma escola de Suzano, onde duas funcionárias e cinco estudantes foram assassinatos na manhã de quarta-feira, 13. O decreto com a medida será publicado nesta sexta-feira, 15, no Diário Oficial do Estado, disse o tucano.

A indenização será em torno de R$ 100 mil por vítima, mas o valor ainda está sendo definido, pago em prazo de 30 dias. Ao falar sobre o assunto, o governador paulista afastou a discussão sobre a flexibilização de armamento do ataque na escola. "Fazer o debate sobre o tema de posse e porte diante de uma situação traumática, trágica, como essa não acredito que seja o melhor momento", disse o governador, ressaltando que a discussão sobre o tema precisa ser intensificada.

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Mas o governo paulista vai condicionar o pagamento a uma garantia de que as famílias não processem judicialmente o Estado pelo ocorrido. "Evidentemente, cada familiar pode tomar a decisão de receber (a indenização) ou preferir demandar judicialmente o Estado. Obviamente está dentro do seu direito", afirmou João Doria.

O pagamento será acertado com as famílias por meio da prefeitura de Suzano.

Um tribunal japonês determinou nesta quarta-feira (20) que o governo e a empresa da central de Fukushima devem pagar quase 4 milhões de dólares em novas indenizações a dezenas de moradores que foram obrigados a abandonar suas casas depois do acidente nuclear de 2011.

A corte do distrito de Yokohama ordenou ao governo e à Tokyo Electric Power Co (TEPCO) o pagamento de pagar 419,6 milhões de ienes (3,8 milhões de dólares) a 152 moradores.

Esta é a quinta vez que o governo é declarado responsável pelo desastre, o acidente nuclear mais grave no mundo desde Chernobyl em 1986.

O juiz Ken Nakadaira afirmou que o governo e a TEPCO "poderiam ter evitado o acidente se tivessem adotado medidas" contra o tsunami que provocou o desastre, informou o canal público NHK.

Em março do ano passado, um tribunal de Kyoto, oeste do Japão, determinou a responsabilidade do governo e da TEPCO e ordenou o pagamento de 110 milhões de ienes a 110 moradores.

Em um caso separado em setembro de 2017 em Chiba, perto de Tóquio, um tribunal decidiu que apenas a empresa era responsável. Quase 12.000 pessoas fugiram após o desastre pelo medo da radiação e apresentaram várias ações na justiça contra o governo e a TEPCO.

Os casos tentam determinar se o governo e a TEPCO, ambos responsáveis por medidas de prevenção de desastres, poderiam ter previsto a escala do tsunami e a subsequente fusão. Várias ações coletivas foram apresentadas em busca de compensações pelo acidente provocado por um terremoto de 9,1 graus e o posterior tsunami.

De janeiro a maio deste ano, foram pagas 148.164 indenizações por acidente de trânsito no Brasil. Desse total, 111.123 das vítimas foram homens, conforme levantamento da Seguradora Líder, responsável pela administração do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). 

De acordo com os números do Seguro DPVAT, 75% das indenizações pagas por acidentes de trânsito vão para vítimas do sexo masculino.

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No ano passado, foram cerca de 384 mil indenizações pagas pelo DPVAT, das quais a maior parte foi para homens na faixa etária de 18 a 34 anos. Em 2017, 42% das indenizações foram para motoristas homens, contra 7% para mulheres. 

Menos de 25% das indenizações vão para mulheres. Para Fróes, o dado mostra que elas são mais cuidadosas ao volante. “Embora tenham 34% da representatividade nas habilitações, nos acidentes elas representam muito menos”. 

A maior parte dos acidentes com morte ou que causam invalidez ocorre com motocicletas. Conforme os dados, 80% das indenizações por morte em acidentes com motos e 79% por invalidez permanente foram para homens, no ano passado.

“Esses homens estão incorrendo em uma invalidez permanente, que vai incapacitar muitas vezes para o trabalho que a pessoa exercia ou para outras atividades. Vai restringir muito a atividade profissional da pessoa ou até impossibilitá-la de trabalhar”, disse o superintendente de Operações da Seguradora Líder, Arthur Fróes.

Fróes destacou a necessidade de campanhas de conscientização voltadas para os homens e invesimentos em sinalização de trânsito e fiscalização.

As indenizações que serão feitas à população atingida pelo desastre da barragem de Mariana (MG), em novembro de 2015, deverão ser concluídas até o fim do ano, com estimativa de chegarem a R$ 2 bilhões.

Os reflexos e os programas de recuperação ligados à tragédia causada pela mineradora Samarco, que deixou um rastro de destruição e matou 19 pessoas, foram debatidos nesta quinta-feira, 23, no 8º Fórum Mundial da Água, em Brasília. O evento termina nesta sexta-feira, 23.

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Roberto Waack, presidente da Fundação Renova, instituição criada para tocar os programas de recuperação, disse que um cadastro de indenizações com dados de cerca de 30 mil famílias está concluído e que cerca de 70 mil pessoas deverão ser atendidas após um processo de negociação. "A gente deve concluir esse volume todo de negociações até o meio do ano."

Segundo Waack, a situação atual das águas do Rio Doce está próxima àquela que existia antes do rompimento da barragem, mas ainda serão necessários entre cinco e dez anos de trabalho para que se chegue a um resultado satisfatório.

"Temos ainda entre 10 milhões e 20 milhões de toneladas de rejeitos para lidar. Não significa que tudo será retirado, mas é preciso recuperar o solo para que ele faça parte da recuperação natural da região", disse.

Dados da fundação apontam que as ações de reparação receberam aportes de R$ 3,4 bilhões desde novembro de 2015. A previsão é de que R$ 12,1 bilhões sejam aplicados nos programas até 2030. As ações se dividem em 42 programas e projetos, envolvendo o reassentamento das vítimas, pagamento de indenizações, manutenção da qualidade da água na bacia do Rio Doce e a retomada da atividade econômica dos municípios afetados.

Tragédia

A maior tragédia ambiental enfrentada pelo Brasil aconteceu quando uma barragem operada pela Samarco se rompeu na região de Mariana, despejando 40 milhões de m³ de rejeitos. Além de matar 19 pessoas, o tsunami de lama arrasou localidades e percorreu mais de 600 km pelo Rio Doce até chegar ao Oceano Atlântico, no litoral capixaba, devastando a fauna e a vegetação em seu caminho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) foi condenada pela Justiça a pagar uma indenização no valor de R$ 30 mil para uma mulher que foi atacada por um homem na estação Paraíso, em 2016. O acusado ficou conhecido como o maníaco da seringa e atacava pessoas com o objeto infectado com o vírus da Aids. Na época, a jovem teve que se submeter a um tratamento de um mês, a fim de evitar o contágio pela doença.

Em setembro de 2016, um morador de rua foi preso com 21 agulhas de seringas na estação Palmeiras-Barra Funda da Linha 3-Vermelha. Segundo a polícia, Benedito José da Silva, 62 anos, era portador de problemas mentais e agiu com outros dois suspeitos. Ao todo, seis vítimas compareceram a postos de saúde e hospitais para passar por exames, alegando ter sofrido abordagem semelhante em estações do metrô.

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Assédio Sexual

A Justiça também deu ganho de causa à uma mulher que foi vítima de abuso sexual dentro de um vagão na mesma linha. Ela foi molestada na altura da estação Brás e o advogado que a defendeu considerou a indenização de R$ 10 mil reais injusta. De acordo com ele, o valor é irrisório e não cobre os danos psicológicos e materiais sofridos pela vítima.

As indenizações por motivo de acidente fatal de trânsito no Brasil registraram aumento de 27% no primeiro semestre deste ano em relação aos primeiros seis meses de 2016. No total, foram 19.367 indenizações pagas para herdeiros de vítimas fatais. A informação é da Seguradora Líder-DPVAT, responsável pela operação do Seguro por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).

Segundo o diretor-presidente da empresa, Ismar Tôrres, a análise das estatísticas do Seguro DPVAT pode contribuir para o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes mais efetivas. “Seguindo as tendências dos anos anteriores, a motocicleta representou a maior parte das indenizações, 74%, apesar de representar apenas 27% da frota nacional. E os acidentes estão concentrados em um público muito jovem, entre 25 e 34 anos. Na última semana comemoramos o Dia do Motociclista e apresentar esses números nos deixa desolados”, diz Tôrres. 

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Sobre a análise dos óbitos, o Sudeste foi a região que concentrou a maior incidência dos acidentes dessa natureza (35%), seguido do Nordeste (31%), que teve maior participação das motocicletas nessa estatística. O Nordeste concentra apenas 17% do total de veículos do país, destacando o alto índice de fatalidade em acidentes envolvendo motos.

Aos 53 anos, dos quais 25 à frente do escritório que criou nos anos 1990, quando a indústria automobilística fervilhava com a chegada de novas fabricantes ao País, o advogado Agamenon Martins Oliveira diz que muitas empresas não sabem aplicar a lei, por isso são acionadas na Justiça e condenadas a pagar indenizações.

Seu escritório, o Agamenon Martins Sociedade de Advogados, com sede em São Bernardo do Campo, cidade do ABC paulista considerada berço da indústria automobilística, é um dos maiores do País que atuam exclusivamente na área trabalhista. São 80 advogados que abrem, em média, 2 mil ações por mês.

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A equipe está espalhada por 16 filiais em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, com presença mais forte em municípios que abrigam montadoras de veículos, principal alvo de suas demandas judiciais. Além da equipe jurídica e de mais de cem funcionários administrativos, o grupo tem em seu quadro médicos, fisioterapeutas e engenheiros.

"Se um trabalhador quer abrir uma ação por sequela ou doença profissional, primeiro passa por avaliação do nosso médico ou fisioterapeuta para sabermos se a demanda tem consistência", explica Oliveira. O engenheiro ajuda a avaliar, por exemplo, se o tipo de máquina que o funcionário manuseava pode causar o problema alegado.

O advogado tem uma lista de itens que sempre se encaixam na demanda dos trabalhadores. Uma das mais comuns é o pagamento de horas extras. Um argumento bastante utilizado é o tempo que o trabalhador leva do portão da fábrica até o setor em que atua.

No caso da Volkswagen, segundo ele, pode demorar 15 minutos na chegada e mais 15 na saída. "Como já está à disposição da empresa, o funcionário tem direito a receber por esse período."

Contestado pela empresa, Oliveira alugou um helicóptero e sobrevoou as instalações da Volkswagen no horário de entrada dos funcionários. Todo o procedimento foi filmado e é incluído como prova nas ações.

Lucro

Nascido no interior de Minas Gerais, Oliveira foi morar no ABC aos 11 anos, onde o pai, um ex-boia-fria, conseguiu emprego de jardineiro na Volkswagen por meio de uma empresa terceirizada.

Ele conta que trabalhou como office-boy, auxiliar de escritório e de tesouraria, empregos que o ajudaram a pagar o curso na Faculdade de Direito de São Bernardo. Após a formatura, trabalhou na área de recursos humanos da extinta unidade da Multibrás, fabricante de produtos da linha branca.

"Logo depois, comecei a advogar e abri meu próprio escritório. Os primeiros clientes eram trabalhadores da Volkswagen indicados por meu pai", diz ele. Oliveira afirma que, no início, foi "humilhado" por advogados da montadora que o consideravam incapaz de exercer a profissão.

Atualmente, no meio jurídico e sindical, comenta-se que ele ficou rico ao cobrar 30% do valor ganho em cada causa. "Sou rico de espírito", responde, ao ser questionado sobre isso.

Oliveira tem também uma empresa de turismo - que afirma dar mais lucro do que a advocacia - e estuda abrir um Clube de Investimento e convidar trabalhadores a adquirir ações das montadoras na Bolsa de valores.

Telefonemas

 

Embora negue que tenha serviço de telemarketing, pelo menos três funcionários da Volkswagen informaram ao Estado terem sido procurados no mês passado pelo escritório. "Não sei como conseguiram o telefone de casa", conta um deles, que pede para não ser identificado. "Eles me convidaram para visitar o escritório e conhecer as possibilidades de abertura de ações."

Na porta do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC sempre há pessoas distribuindo cartões de advogados com telefones quando há muitas rescisões a serem feitas, informam dirigentes da entidade. Isso ocorre normalmente quando uma empresa realiza um programa de demissão voluntária (PDV) e as homologações são agendadas em grupos.

Em frente à fábrica da Mercedes-Benz há panfletagens constantes. Ex-funcionários da Scania informam receber e-mails de escritórios oferecendo "providências para um futuro pedido em ação trabalhista". Essas atitudes são condenadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que pode punir o envolvido até com expulsão do órgão. "Nós não fazemos isso e só ligamos para pessoas que são indicadas pelos clientes", informa Oliveira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O atraso no pagamento de indenizações bilionárias devidas às transmissoras de energia elétrica poderá ter um impacto de até 5% na conta de luz do consumidor no ano que vem, pressionando ainda mais a inflação. A estimativa é do ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Julião Coelho, que também é consultor jurídico de diversas associações do setor.

A partir de 2017, segundo o especialista, o governo deve começar a quitar dívidas com as transmissoras que, a rigor, tinha de ter começado a pagar em 2013. Naquele ano, o governo decidiu cortar cerca de R$ 4,4 bilhões em receitas das transmissoras. A medida fazia parte das ações para anunciar a prometida redução de 20% na conta de luz, o que de fato ocorreu. No meio desse processo, o governo acabou usando o dinheiro dos fundos setoriais - que pagariam esse valor - para outros fins. Como esse rombo não sumiu, agora ele voltará para a conta de luz carregado de juros. Hoje, seu valor é estimado entre R$ 9 bilhões e R$ 10 bilhões, por causa dos reajustes acumulados nos últimos três anos.

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"O que aconteceu é que, na verdade, retiraram essa receita devida às transmissoras, para reduzir a tarifa de forma artificial", disse Julião. "Essa é a arte da pedalada na conta de luz. Ouvimos que tinham baixado a tarifa, quando na verdade só estavam fazendo um deslocamento temporal do custo."

A decisão de fazer o repasse bilionário devido às transmissoras de energia para a conta de luz do consumidor foi tomada no início deste ano, depois que o Tesouro Nacional se recusou a pagar a conta, tendo em vista o déficit acumulado nos últimos anos. A previsão é de que os juros da dívida com as transmissoras sejam pagos em até oito anos. Já o valor original da indenização pode ser pago até o fim da vida útil dos equipamentos.

Apesar de o setor elétrico ter retomado seu equilíbrio estrutural de oferta de energia (reflexo da demanda menor, por causa da crise econômica e da melhora nos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas), financeiramente o setor ainda está longe de retomar sua normalidade. "A judicialização do setor é resultado desse cenário conturbado e desequilibrado, e não a causa dele", comenta o especialista.

Indenização

Os valores a que as transmissoras têm direito estão relacionados a investimentos em melhoria e expansão de linhas e subestações anteriores ao ano 2000 e que ainda não foram amortizados. Pela proposta original, o governo não pretendia pagar indenização por essas obras e equipamentos, mas mudou de ideia após uma forte pressão das transmissoras, que sinalizaram que não iriam aderir à proposta de renovação dos contratos.

Quando concordou em pagar a conta às transmissoras, a União garantiu a adesão dessas empresas ao pacote de renovação antecipada das concessões e, a partir disso, anunciou a redução da conta de luz em 20%, ainda em 2013. Essa situação foi sustentada até o fim do período eleitoral, em 2014.

Após as eleições, o governo admitiu que não tinha mais como bancar as medidas com base em aportes do Tesouro Nacional. Hoje, as estimativas indicam que ainda faltam cerca de R$ 24 bilhões para encerrar a encrenca financeira das indenizações de transmissão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público do Trabalho (MPT), Procuradoria Regional do Trabalho da 8ª Região, publicou esta semana novo edital para cadastramento de instituições de interesse público e sem fins lucrativos, localizadas nos Estados do Pará e Amapá, potenciais beneficiárias em reversões realizadas pelo órgão. Os recursos revertidos são provenientes de indenizações por danos morais coletivos ou multas aplicadas em procedimentos judiciais ou extrajudiciais celebrados com o MPT. As entidades de reconhecida utilidade pública que ainda não possuem cadastro poderão efetuá-lo até 30 de setembro deste ano.

Para a habilitação, é necessária apresentação dos seguintes documentos pelas instituições: estatuto social atualizado, com os respectivos aditivos (se houver); ata de eleição e posse da atual diretoria da entidade; RG e CPF dos membros da atual diretoria; reconhecimento de utilidade pública, se houver, pelo Governo Federal, Estadual ou Municipal; resumo descritivo das atividades finalísticas da entidade, com indicação de projetos ou ações a serem beneficiados com a destinação de recursos financeiros do MPT; planilha com descrição dos projetos ou planos de ação e respectivos custos financeiros aproximados; e endereço atualizado, telefone e e-mail do representante legal.

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Os interessados poderão requerer seu cadastramento, por escrito, pessoalmente ou encaminhar via correios os documentos para as sedes da Procuradoria Regional do Trabalho da 8ª Região em Belém, Macapá, Marabá ou Santarém, de segunda à sexta-feira, das 9h às 13h, conforme a área de abrangência de cada unidade (PRT Belém, PTM Macapá, PTM Marabá e PTM Santarém).

É importante destacar que a habilitação das instituições depende da comprovação de alguns requisitos, a exemplo da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), do registro do ato constitutivo da entidade e da situação regular perante o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com a apresentação de certidão atualizada de regularidade fiscal, dentre outros.

Para conferir as regras do edital no site da PRT8, clique em Cadastramento de Entidades no menu Serviços.

Com informações do MPT.

A 3ª Vara do Trabalho de Niterói (RJ) homologou acordo para liberação de R$ 3,1 milhões em benefício dos trabalhadores do estaleiro Eisa Petro Um, sediado no antigo estaleiro Mauá, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

O acordo é parte da ação civil coletiva movida pelo Sindicato de Trabalhadores da Indústria de Material Elétrico de Niterói, que representa os trabalhadores contra o estaleiro e a Transpetro, subsidiária da Petrobras responsável pela encomenda de oito embarcações no estaleiro. Os valores já começaram a ser distribuídos aos trabalhadores, segundo o sindicato.

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O acordo para liberação dos recursos foi firmado na última sexta-feira, 17, após audiência entre sindicalistas, trabalhadores, empresários e Ministério Público.

Foram quatro horas de deliberações até a definição dos valores que seriam liberados imediatamente, dentro de um volume de R$ 15 milhões que foram depositados em juízo para quitar os débitos do estaleiro com os funcionários. O acordo estabeleceu como data para desligamento dos trabalhadores o dia 23 de junho, que será utilizada para cálculo dos benefícios devidos dos trabalhadores.

Ao todo, 3,2 mil trabalhadores serão beneficiados com o pagamento, segundo o sindicato. Uma próxima audiência foi marcada para setembro, quando deve ser definido o destino final dos R$ 12 milhões já depositados em juízo pela empresa.

Na ocasião, foram desligados cerca de mil funcionários. Na semana seguinte às primeiras demissões, no dia 2 de julho, outros dois mil trabalhadores foram comunicados do encerramento das atividades do estaleiro ao término do expediente. Um comunicado foi distribuído indicando que os trabalhadores não deveriam retornar no dia seguinte, sob alegação de que havia atrasos nos repasses referentes aos contratos com a Transpetro.

A empresa, entretanto, nega que haja débitos e atribui o problema de repasses às instituições de financiamento dos contratos, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

A Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Hélder Câmara recebeu, nesta quarta-feira (24), da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) de Pernambuco, os processos de anistiados indenizados pelo EstadoO acervo será analisado pela comissão e reúne a documentação de 472 pessoas. Os processos de indenização, de acordo com a gestão estadual, resultaram no repasse, ao longe desses anos, de R$ 11,1 milhões. 

“Precisamos apresentar a memória política do Estado de Pernambuco à sociedade e esse material será de grande valor para a conclusão do trabalho da Comissão”, analisou o secretário-geral da Comissão da Verdade, Henrique Mariano

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Corroborando com Mariano, o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico (PSDB), a importância de repassar o acervo à comissão. “É com grande honra e um gesto de reconhecimento que passo toda a documentação aos detentores de nossa memória”, afirmou. Participaram do encontro representantes da SJDH, Comissão da Verdade e do Arquivo Público, além de anistiados indenizados. 

 

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