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O volante Tinga criticou a punição imposta ao Real Garcilaso, do Peru, pelas ofensas racistas sofridas por ele na partida do dia 12 de fevereiro, no estádio de Huancayo, pela Copa Libertadores. Para o jogador do Cruzeiro, a multa (de US$ 12 mil) poderia ter sido substituída por uma medida socioeducativa. "Se eles optaram pela pena financeira, é sinal de que concordaram que houve alguma coisa errada. Não seriam os 12 mil dólares ou se fossem 1 milhão ou 2 bilhões que fariam a diferença. Essas punições têm que ser melhores estudadas. A melhor maneira seria envolver o clube em alguma questão social por aquilo que aconteceu ou fazer o clube usar durante certas partidas uma camisa com alguns dizeres contra a violência. Acho que isso seria muito mais impactante", disse comentou o jogador.

Tinga ainda sugeriu que a Conmebol se espelhasse em punição utilizada com sucesso no Campeonato Turco. "Outra opção seria permitir nos jogos seguintes somente a presença de mulheres e crianças no estádio. Falta um pouco mais de criatividade para formular punições mais educativas que deixem um legado, que possibilitam um crescimento a todos como seres humanos."

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Coincidentemente, nesta segunda-feira, dia em que a Conmebol anunciou a punição ao Garcilaso, Tinga lançou, em Porto Alegre, o Projeto Chutando o Preconceito, em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa) do Rio Grande do Sul. "O Cruzeiro apoia as iniciativas do jogador Tinga, que sempre honrou da melhor maneira possível e com extremo profissionalismo a camisa do clube", apontou a diretoria, em nota.

A direção do Cruzeiro optou por manter silêncio, nesta segunda-feira (24), em relação à punição imposta pelo Tribunal Disciplinar da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ao Real Garcilaso por causa das agressões racistas ao volante Tinga. Ironicamente, ao mesmo tempo em que a entidade divulgava a punição ao clube peruano - multa de US 12 mil, equivalentes a R$ 27,8 mil -, o atleta participava de evento em Porto Alegre (RS), de lançamento da campanha Chute o Preconceito, contra todos os tipos de discriminação.

Segundo o diretor de comunicação do clube celeste, Guilherme Mendes, o Cruzeiro "tem por norma não comentar nenhuma decisão de tribunais" e a direção não vai se pronunciar oficialmente sobre a punição.

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Ele descartou a possibilidade de o time tentar qualquer tipo de recurso para aumentar a sanção imposta pela Conmebol, cujo regulamento prevê até a exclusão do Garcilaso da Libertadores. Além da imposição da multa, a entidade apenas emitiu uma "intimação formal" ao clube alertando para a possibilidade de fechamento de seu estádio em caso de reincidência.

"O Cruzeiro nunca pediu nenhum julgamento. A decisão foi da própria Conmebol e nem sei se cabe algum recurso por parte do Garcilaso, mas o Cruzeiro não vai questionar (a decisão)", observou Guilherme Mendes. Ele afirmou não ter conseguido falar com Tinga sobre o caso até o fim da tarde desta segunda justamente pela participação do atleta no lançamento da campanha contra a discriminação.

O volante foi agredido na estreia dos dois times na Libertadores, em 12 de fevereiro. Toda vez que o jogador, que entrou no segundo tempo, tocava na bola, a torcida peruana imitava o som de macaco.

Mas o Cruzeiro enfrentou outros percalços na viagem a Huancayo. Quando o time celeste chegou para treinar, encontrou as portas do estádio fechadas. Quando o grupo conseguiu entrar, as luzes da arena se apagaram após cerca de 15 minutos de treino. E depois ainda enfrentou falta de água no estádio. "Nós não pedimos julgamento. Apenas enviamos à Conmebol um relatório narrando todos os problemas enfrentados", concluiu Mendes.

Quarenta dias depois das ofensas racistas sofridas por Tinga, na Copa Libertadores, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou, nesta segunda-feira (25), a punição ao Real Garcilaso. O clube peruano foi multado em apenas US$ 12 mil (cerca de R$ 28 mil) e levou uma advertência pelo episódio discriminatório que contou com manifestações indignadas até da presidente Dilma Rousseff e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

"O clube peruano foi punido com uma multa de US$ 12.000 e com uma advertência formal pela qual seu estádio será fechado em caso de nova infração deste tipo", anunciou a Conmebol, que vinha sendo cobrada pelo caso desde o dia 12 de fevereiro, data em que Tinga ouviu torcedores do Real Garcilaso imitando o som de macacos nas arquibancadas.

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O volante do Cruzeiro ouviu as manifestações racistas toda vez que tocava na bola no segundo tempo, quando entrou em campo no lugar de Ricardo Goulart, na partida disputada na cidade de Huancayo. Abatido em razão das ofensas, Tinga disse ao fim do jogo que trocaria todos os seus títulos pelo fim do preconceito.

Os atos discriminatórios de parte da torcida peruana gerou forte repercussão no mundo esportivo. Jogadores e dirigentes condenaram as manifestações racistas. O presidente da CBF, José Maria Marin, saiu em defesa de Tinga e contou com o apoio do presidente peruano, Ollanta Humala, da presidente Dilma Rousseff e do ministro Aldo Rebelo, que chegou a enviar carta à Conmebol cobrando uma punição rigorosa ao Real Garcilaso.

Em nota oficial de apenas três parágrafos, a Conmebol condenou o racismo no futebol, mas não projetou ações mais rigorosas contra os clubes. "A Conmebol reitera seu compromisso de combater qualquer forma de discriminação e atos racistas em suas competições. Com esta prioridade, reforçamos a vigilância de todos os árbitros e dos delegados das partidas para advertir e denunciar este tipo de infração", registrou a entidade.

Pelo Regulamento Disciplinar da Conmebol, casos de discriminação durante jogos organizados pela entidade podem levar a perda de pontos e até a eliminação do time na competição. "Se as circunstâncias particulares do caso requererem, o órgão disciplinar competente pode impor sanções adicionais à associação membro ou ao clube responsável, como jogar um ou mais jogos de portões fechados, a proibição de jogar uma partida em um estádio determinado, concessão da vitória no encontro, a perda dos pontos e a desclassificação da competição", diz o artigo 12 do Regulamento.

O técnico Marcelo Oliveira divulgou neste sábado a lista de relacionados do Cruzeiro para o primeiro jogo da semifinal contra o Boa e confirmou a decisão de não levar o atacante Dagoberto e o lateral-direito Ceará para o duelo deste domingo em Varginha. Os volantes Rodrigo Souza e Tinga também não vão viajar.

Dagoberto foi vetado pelo departamento médico em razão de dores nas costas, enquanto Ceará será apenas poupado pela comissão técnica. Além deles, não foram relacionados Tinga, que sofreu uma lesão na coxa esquerda, e Rodrigo Souza, por opção de Marcelo.

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Com esses desfalques, a lista de relacionados do Cruzeiro tem várias novidades, sendo a principal delas o lateral-direito Mayke, que será titular após nem ficar no banco de reservas no empate por 2 a 2 com o Defensor, na última quinta-feira, no Mineirão, pela Copa Libertadores.

Os outros jogadores que voltaram a ser relacionados por Marcelo foram os volantes Henrique, Souza e William Farias, os meias Alisson e Marlone e o atacante Luan, que compõem uma lista com 22 nomes.

O Cruzeiro já está em regime de concentração para o jogo com o Boa, mas só viaja para Varginha no domingo, às 10 horas. Confira a lista de relacionados do Cruzeiro:

Goleiros: Elisson e Fábio.

Lateral-direito: Mayke.

Laterais-esquerdos: Egídio e Samudio.

Zagueiros: Bruno Rodrigo, Dedé e Léo.

Volantes: Henrique, Lucas Silva, Nilton, Souza e Willian Farias.

Meias: Alisson, Elber, Everton Ribeiro, Julio Baptista, Marlone e Ricardo Goulart.

Atacantes: Luan, Marcelo Moreno e Willian.

A Conmebol concluiu nesta quinta-feira a primeira fase de investigações sobre as ofensas racistas sofridas pelo volante Tinga, do Cruzeiro, durante partida pela Copa Libertadores contra o Real Garcilaso, no Peru, em fevereiro. De acordo com o presidente da Comissão de 1.ª Instância do Tribunal Disciplinar da Confederação, Caio César Rocha, a decisão do caso deve ser expedida até o final da tarde da próxima segunda-feira.

"A informação que eu tive de hoje (quinta), passada pela assessoria da Conmebol, é que foram encerradas as investigações preliminares. Foram utilizadas algumas provas de vídeo, essas provas foram encaminhadas ao Real Garcilaso, que já se manifestou sobre elas", disse Rocha em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais. Ele não participa da comissão que analisa o caso por ser brasileiro.

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Rocha, que é advogado, não prevê qual será a pena aplicada ao Real Garcilaso pelos insultos de seus torcedores. Para ele, a perda de pontos na Libertadores seria uma medida extrema para os parâmetros da Conmebol. "Pelo histórico do tribunal, acredito que será analisado o nível de gravidade, mas também com intenção de aplicar uma pena mais didática, não muito radical, mas alertando o clube e os demais que participam da competição, que se situações como esta voltarem a se repetir, as penas podem ser mais graves".

Multa ou jogos com portões fechados são punições mais plausíveis na opinião de Rocha. De acordo com o regulamento da Libertadores, elaborado pela Conmebol, a penalidade prevista para comportamentos discriminatórios, como em casos de racismo, prevê desde multa branda, a partir de US$ 3 mil, até a eliminação no campeonato.

RACISMO NO FUTEBOL - O caso Tinga foi apenas um entre quatro casos recentes de discriminação racial contra brasileiros dentro de campo. O volante cruzeirense, que é negro, foi chamado de macaco por peruanos durante uma partida da Libertadores.

Além dele, o árbitro Márcio Chagas foi ofendido no Campeonato Gaúcho por torcedores do Esportivo. Já Arouca, atleta do Santos, foi vítima de racismo pela torcida do também paulista Mogi Mirim. Em Minas Gerais, o lateral Francisco Assis, do Uberlândia, foi xingado por um torcedor, que acabou sendo levado para uma delegacia e liberado em seguida.

Em resposta aos recentes comportamentos nos estádios, a presidente Dilma Rousseff prometeu intensificar as medidas contra o racismo, afirmou que o Governo Federal, em parceria com a ONU e a Fifa, combaterão a discriminação durante a Copa do Mundo e recebeu Tinga e Márcio Chagas em Brasília, em forma de solidariedade e apoio.

Um apoio em terras pernambucanas ao lamentável caso de racismo no futebol. Se não bastassem os constantes incidentes de preconceito no exterior, nesta quarta-feira (12), um jogador brasileiro também sofreu com essa ofensa. Sempre que o meia Tinga, na partida do Cruzeiro contra o Real Garcilaso, pela Libertadores, tocava na bola, a torcida peruana imitava sons de macaco. Envergonhados, os atletas do Sport Patric e Ananias declararam apoio ao colega de profissão.

"Independente de cor, sexo, ou seja lá o que for, precisamos ter respeito pelas pessoas. Somos todos seres humanos. Espero que esse caso não passe em branco. Afinal, também sou negro e, durante a infância, no colégio, cheguei a sentir na pele o racismo", declarou Patric. "Agora, é bola pra frente. Mesmo à distância, quero registrar o meu apoio ao Tinga", continuou.

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Inconformado, o atacante Ananias, que já foi companheiro de Tinga no Cruzeiro, também lamentou o ocorrido e deixou palavras de conforto ao jogador. “Esse tipo de ato é lamentável. E, mais uma vez, ocorre nas arquibancadas dos estádios. Um absurdo. Os torcedores peruanos passaram um péssimo exemplo. Tive o prazer de jogar com o Tinga no próprio Cruzeiro, e sei que ele não merece passar por isso. Ninguém merece”, ressaltou.

Vítima de racismo por parte da torcida do Real Garcilaso na partida de estreia na Copa Libertadores, o volante Tinga, do Cruzeiro, recebeu a solidariedade de dezenas de torcedores celestes ao desembarcar em Belo Horizonte, na madrugada desta sexta-feira (14), no Aeroporto de Confins. Faixas, cartazes e cânticos tomaram conta do saguão para dar apoio ao atleta e recepcionar a delegação cruzeirense.

Tinga agradeceu a solidariedade da torcida e ressaltou que é "importante lutar contra o preconceito". "Não queria vir aqui para falar sobre essa situação (racismo). Gostaria de falar sobre o nosso time. Mas infelizmente aconteceu aquilo comigo. Esperamos que não aconteça com outros", desabafou o jogador. "Nunca imaginei passar por isso, uma situação tão séria, tão grave", acrescentou o atleta.

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Mesmo com o atraso de aproximadamente uma hora e meia em relação ao horário previsto para o desembarque da equipe, os torcedores não arredaram pé do terminal. "Essa agressão foi contra o Brasil inteiro. Eu senti como se fosse comigo", afirmou o empresário Reginaldo Costa, que é negro e ostentava cartaz com as frases "Fechado com Tinga! Força Tinga".

Alguns torcedores pintaram os rostos de preto em solidariedade ao atleta. Tinga entrou no segundo tempo da partida realizada em Huancayo, no lugar de Dagoberto, e todas as vezes que tocava na bola parte da torcida imitava sons de macacos. Após as agressões ele lembrou que já atuou em vários países sem passar pelo problema.

"A gente fica chateado com uma coisa dessas. Joguei quatro anos na Alemanha e nunca aconteceu isso. Agora, num país tão próximo, acontece uma coisa dessas. Fiquei muito chateado", desabafou o atleta em entrevista à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, depois do jogo que a Raposa perdeu por 2 a 0 para os peruanos.

A equipe não terá folga. Na tarde desta sexta-feira o grupo já se reapresenta na Toca da Raposa II para iniciar os preparativos para o clássico contra o arquirrival Atlético-MG pelo Campeonato Mineiro, no domingo. Apesar da rivalidade entre os dois times, as agressões racistas levaram até torcedores do Atlético a criarem um movimento na internet para dar apoio a Tinga ao jogador celeste no clássico, que terá a presença apenas de atleticanos nas arquibancadas do Independência.

As manifestações racistas contra o volante Tinga, do Cruzeiro, na noite de quarta-feira, levaram o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, a cobrar providências da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) contra o racismo nas competições organizadas pela entidade, como a Copa Libertadores.

De acordo com o Ministério do Esporte, Aldo entrou em contato nesta quinta-feira com o presidente da Conmebol, Eugenio Figueredo Aguerra, por telefone, para exigir "providências enérgicas" do dirigente. O ministro brasileiro pediu uma punição dura aos envolvidos em atos racistas, como o que atingiu Tinga na noite de quarta.

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O jogador foi ofendido por torcedores do Real Garcilaso desde que entrou em campo no Peru, durante o segundo tempo da partida disputada em Huancayo, em rodada válida pelo Grupo 5 da Copa Libertadores. Após substituir Dagoberto, na estreia do Cruzeiro na competição, Tinga ouviu torcedores locais emitirem sons de macacos.

"No ano em que o mundo inteiro se une para disseminar uma mensagem contra o preconceito durante a Copa do Mundo do Brasil, é inconcebível o comportamento que vimos em Huancayo. Tinga tem todo o nosso apoio na luta contra o racismo, que, esperamos, será combatido com firmeza pela Conmebol", declarou Aldo Rebelo.

Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff criticou a manifestação racista no Peru. "Foi lamentável o episódio de racismo contra o jogador Tinga, do Cruzeiro, no jogo de ontem, no Peru. Ao sair do jogo, Tinga disse que trocaria seus títulos por um mundo com igualdade entre as raças. Por isso hoje o Brasil inteiro está fechado com Tinga", disse Dilma.

Assim como Aldo Rebelo, a presidente lembrou que a Copa do Mundo terá como um dos seus objetivos disseminar mensagens contra o preconceito. "Acertei com a ONU e a Fifa que a nossa 'Copa Das Copas' também será a 'Copa Contra o Racismo'. Porque o esporte não deve ser jamais palco para o preconceito", declarou.

Tinga também ganhou o apoio da CBF e do seu presidente, José Maria Marin, de jogadores e ex-atletas, como Neymar, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho. Até Alexandre Kalil, presidente do Atlético Mineiro, arquirrival do Cruzeiro, censurou a atitude racista dos torcedores peruanos.

A CBF usou o seu site oficial, no início da tarde desta quinta-feira (13), para manifestar apoio ao volante Tinga, vítima de racismo no Peru, na última quarta à noite, no jogo de estreia do Cruzeiro nesta Copa Libertadores. Após entrar em campo substituindo Dagoberto, o volante ouviu torcedores locais emitirem sons de macacos durante a derrota por 2x1 para o Real Garcilaso.

Ao lamentar o episódio, a entidade que comanda o futebol brasileiro inicialmente se utilizou do Twitter e escreveu a frase: "Por um mundo sem racismo, sem preconceito e sem desrespeito". Em seguida, postou as hashtags #SomosIguais e #FechadoComOTinga, ambas acima de uma imagem do símbolo da CBF dividido ao meio com as cores branca e preta e exibindo abaixo dele a frase: "Somos iguais".

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Pouco depois de usar o Twitter, a entidade divulgou nota oficial, na qual destacou: "A CBF, entidade máxima do futebol brasileiro, repudia toda e qualquer forma de preconceito dentro de fora de campo. Na noite desta quarta-feira, o jogador Tinga, do Cruzeiro, foi vítima da condenável demonstração de racismo por parte dos torcedores do Real Garcilaso na estreia da equipe na Taça Libertadores 2014, no Peru".

Em seguida, a entidade lembrou que Tinga não foi o primeiro jogador brasileiro a sofrer com preconceito nos gramados. "Neymar, Marcelo, Diego Maurício, Roberto Carlos, Hulk e outros já foram também alvo dessa prática que fere as mais elementares normas de civilidade", escreveu a entidade.

Para finalizar, o presidente da CBF, José Maria Marin, condenou os atos de racismo contra Tinga no Peru. "Não só como presidente da CBF, mas, sobretudo como amante do futebol, tenho o dever de repudiar essa prática absurda de racismo que continua acontecendo nos estádios. O futebol é símbolo de congraçamento, de alegria e não de demonstrações de preconceito e intolerância", ressaltou.

COMOÇÃO - Nas redes sociais, torcedores de diversas equipes brasileiras também demonstraram apoio a Tinga. Desde a manhã desta quinta-feira, a hashtag #FechadoComOTinga é a mais popular no Twitter do Brasil, sendo que alguns jogadores do Cruzeiro também já utilizaram as redes sociais para expressar indignação em relação ao racismo do qual Tinga foi vítima.

"Triste pelo que aconteceu com Tinga. Racismo é algo que não pode mais acontecer no futebol ou em qualquer outro lugar", afirmou o volante Nilton. "Lamentável as coisas que aconteceram aqui no Peru, estádios sem condições de jogo, segurança 0, racismo. Será que a Conmebol se pronuncia?", questionou o meia Júlio Baptista.

O próprio Internacional, clube pelo qual Tinga ganhou dois títulos do principal torneio do continente, se pronunciou por meio do Twitter para manifestar apoio ao atleta. "O Inter lamenta os atos sofridos ontem por Tinga, bicampeão da Libertadores pelo clube, e reafirma total apoio na luta contra o racismo", escreveu.

Envergonhado com o episódio que teve participação negativa dos torcedores do seu clube, o goleiro titular do Real Garcilaso, Juan Pretel, pediu desculpas aos brasileiros. "O racismo é repudiável em todo sentido. Espero que não volte a acontecer em um estádio, e menos ainda no Peru. Nos perdoem, amigos brasileiros", disse o jogador, por meio do Twitter.

A presidente Dilma Rousseff lamentou, por meio de sua conta na rede social Twitter, o episódio de racismo na Libertadores envolvendo o volante cruzeirense, em partida contra o Real Garcilaso, do Peru, por 2x1, na noite de quarta-feira (12), em Huancayo. "Foi lamentável o episódio de racismo contra o jogador Tinga, do Cruzeiro, no jogo de ontem, no Peru. Ao sair do jogo, Tinga disse que trocaria seus títulos por um mundo com igualdade entre as raças. Por isso hoje o Brasil inteiro está fechado com Tinga", disse a presidente, em uma série de cinco posts, publicados na manhã desta quinta-feira, logo antes de receber uma comissão de representantes do MST no Palácio do Planalto.

Durante o jogo, a cada vez que Tinga pegava na bola, os torcedores peruanos começavam a imitar sons de macacos. O jogador, que entrou no segundo tempo da derrota do Cruzeiro por 2x1, disse depois que demorou a identificar as manifestações de racismo e que nunca tinha passado por isso, mesmo em quatro anos jogando na Europa. "Acertei com a ONU e a Fifa que a nossa 'Copa Das Copas' também será a 'Copa Contra o Racismo'. Porque o esporte não deve ser jamais palco para o preconceito", afirmou Dilma.

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O ato racista dos torcedores do Real Garcilaso provocou manifestações indignadas de outras pessoas envolvidas com o futebol, como o presidente do Atlético Mineiro, maior rival do Cruzeiro, Alexandre Kalil. "Racismo na Libertadores? Me tiraram o prazer da derrota do Cruzeiro. Lamentável!", escreveu o dirigente.

Na última quarta-feira (12), o Cruzeiro perdeu por 2x1 para o Real Garcilaso, de virada, em Huancayo, no Peru. Entretanto, a maior derrota da noite foi do volante Tinga, que deixou o gramado revoltado com o fato de ser alvo de racismo por parte de torcedores locais, durante a estreia do time mineiro na Copa Libertadores de 2014.

Após substituir Dagoberto no decorrer do duelo, o jogador passou a ser hostilizado e ouviu a torcida emitir sons de macacos cada vez em que tocava na bola. "No começo achava que era uma simples vaia, até por a gente ser um pouco conhecido aqui por ter jogado algumas Libertadores. Depois que eu vi que era um insulto racista, fiquei um pouco chateado, mas eu permaneci focado na partida, queria ganhar. A gente fica bem chateado por acontecer uma coisa dessa", lamentou Tinga.

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O atleta ficou perplexo com a atitude dos torcedores, pois já é um veterano na Libertadores e garantiu nunca ter passado por esse tipo de situação na competição.

"Estava muito focado em conseguir a virada, dar uma resposta dentro de campo, por isso que eu estava brigando tanto, acabei me motivando com aquilo (com o racismo contra ele). Confesso que fiquei surpreso, já é minha oitava Libertadores, nunca tinha acontecido isso. Fico bem chateado", repetiu.

Tinga foi além ao dizer que nem mesmo no futebol europeu sofreu com racismo, onde esse tipo de episódio é mais frequente contra jogadores negros, assim como desabafou ao dizer que trocaria todos os seus troféus pelo fim dos atos racistas no futebol. "Joguei alguns anos na Europa onde se fala muito disso e nunca aconteceu isso. De repente, em um país tão próximo, tão parecido com a gente pela mistura (de raças), acontece uma coisa dessa", disse o atleta, para depois enfatizar: "Eu trocaria todos os meu títulos pelo fim do preconceito. Trocaria por um mundo com igualdade entre todas as raças e classes".

Tinga já foi campeão da Libertadores por duas vezes, em 2006 e 2010, ambas com a camisa do Internacional, e o Cruzeiro promete cobrar uma punição da Conmebol ao Real Garcilaso após ver o jogador ser alvo de racismo. Alexandre Mattos, diretor de futebol cruzeirense, reclamou: "O que fizeram com o Tinga foi uma palhaçada, uma sacanagem. O que sentimos aqui é um retrocesso da humanidade. É pensar pequeno, em um lugar pequeno, que nem devia existir no futebol".

OUTROS PROBLEMAS - Não será apenas por causa de Tinga que o Cruzeiro cobrará punições ao Real Garcilaso. O clube brasileiro entrará com uma representação na Conmebol também em razão de uma série de outros problemas que enfrentou no Peru.

"Nossa van foi revistada pela polícia, depois de novo aqui dentro (do estádio em Huancayo), uma indelicadeza muito grande. Este estádio não tem condição nenhuma, uma cidade sem hotel, sem água. É um perigo ali na lateral do campo, jogador cair naquela pista e machucar. Na hora que um arrebentar a cabeça eles vão tomar providências, mas vai ser tarde demais", afirmou Alexandre Mattos, para depois seguir com sua indignação: "Esse campo não tem condição de jogo, não só pelo gramado. O que fizeram aqui hoje (quarta-feira) não tem palavras. Não tem água no vestiário. O Cruzeiro vai muito forte nesta Libertadores, porque hoje eles mexeram com um gigante e nós vamos atropelar agora".

O técnico Marcelo Oliveira foi outro que se revoltou com o racismo contra Tinga e espera por punições contra o Real Garcilaso. "Esse (tipo de atitude racista) é o mais grave, tem de tomar providência, esse tipo de preconceito, tipo de coisa não pode acontecer mais. Todos devem tomar providência para que seja punido, que isso não sirva de exemplo para outras pessoas", ressaltou.

O Cruzeiro confirmou nesta quinta-feira que poderá contar com o meia Elber e o volante Tinga à disposição do técnico Marcelo Oliveira no amistoso deste sábado, contra o Monarcas Morelia, do México, em Chicago, que faz parte desta intertemporada que o time está realizando nos Estados Unidos.

Os dois jogadores já haviam treinado na última quarta, mas apenas agora ganharam aval do departamento médico. Eles participaram de atividade com bola realizada nesta quinta no Complexo ESPN Wide World of Sports, em Orlando, na Flórida, sendo que o volante se recuperou de dores na panturrilha esquerda, enquanto o meia se reabilitou de um edema muscular na coxa esquerda.

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A tendência, porém, é a de que Elber e Tinga figurem apenas como opções de banco neste último amistoso do Cruzeiro em solo norte-americano antes do retorno ao Brasil, visando a continuidade do Campeonato Brasileiro.

Já o lateral-direito Ceará, que se contundiu na vitória por 4 a 0 sobre o Fort Lauderdale Strikers, em amistoso no último domingo, foi vetado do confronto deste sábado. Porém, ele conseguiu dar algumas voltas no gramado correndo na atividade desta quinta, da qual acabaram ficando fora os atacantes Martinuccio e Anselmo Ramon e o lateral Everton, todos poupados pela comissão técnica cruzeirense.

Se no início da temporada o setor de volante não era um problema para o Náutico, hoje surgiu a reviravolta: Derley foi disputar a Série B pelo Atlético-PR, Auremir agora veste a camisa do Vasco e Glaydson, sem espaço na equipe, foi dispensado.

Atualmente, o Timbu conta com Elicarlos, Souza e Martinez como fortes candidatos à posição. Por isso, o técnico Alexandre Gallo está prestes a contar com mais um cabeça de área: Tinga.

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Na última segunda-feira, o volante rescindiu contrato com o Ceará, após amargar o banco de reservas. Antes, teve passagens pela Ponte Preta e Palmeiras. Atualmente sem clube, Tinga está prestes a vestir a camisa do Náutico na Série A. “Foi a diretoria que fez essa indicação. Estamos próximos de acertar, mas só posso falar isto”, disse o diretor de futebol do clube, Toninho Monteiro.

Em conversa com o Portal LeiaJá, o dirigente falou que “faltam alguns detalhes” para o clube fechar contrato com Tinga, como a questão do salário do atleta. “Ainda estamos abertos para mais negociações. Em breve, vocês vão saber. Por enquanto não podemos adiantar nada”, acrescentou Toninho, deixando claro que o Náutico ainda tem algumas cartas na manga para a Série A.

O Cruzeiro deve ter importantes reforços para enfrentar o Corinthians na quarta-feira, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro. Desfalques na vitória sobre o Flamengo, o volante Tinga e o meia Souza treinaram normalmente na segunda-feira e devem ser relacionados.

Tinga ficou fora da última partida por conta de uma gripe, enquanto Souza sentiu um desconforto muscular. Outro reforço confirmado para quarta-feira é do lateral-esquerdo Diego Renan, que retorna após cumprir suspensão.

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A principal dúvida fica em torno de Léo. Após sentir um problema muscular e não atuar contra o Flamengo, o zagueiro realizou apenas uma atividade física na segunda. Seu retorno, assim, é mais improvável.

Sobre o confronto diante do Corinthians, o meia Montillo procurou demonstrar confiança e apostou em um bom resultado. "No Campeonato Brasileiro, todos os jogos são sempre difíceis, ainda mais contra o Corinthians, que tem uma confiança extra por ter vencido a Libertadores. Mas vamos para lá em busca da vitória e tomara que possamos fazer um bom jogo e trazer os três pontos para Belo Horizonte", afirmou.

O invicto Palmeiras terá uma nova cara na tarde deste domingo (29) em Catanduva. O técnico Luiz Felipe Scolari barrou Tinga, bastante vaiado na última partida, e Valdivia, com dores no tornozelo direito, também não enfrenta o Catanduvense, às 17 horas, pela terceira rodada do Campeonato Paulista.

O chileno se machucou na partida contra a Portuguesa, quarta-feira, no Pacaembu. Neste sábado, os médicos vetaram a participação do meia, que segue como dúvida para a rodada seguinte da competição estadual, quarta-feira, contra o Mogi Mirim. Tinga é o outro desfalque alviverde, mas por motivos técnicos. No jogo passado, ele foi bastante criticado pela torcida e deixou o time no intervalo.

Com duas vagas abertas, aumenta a chance de Daniel Carvalho iniciar pela primeira vez uma partida pelo Palmeiras. Ele estreou no segundo tempo contra a Portuguesa e na sexta-feira admitiu que ainda não está apto a jogar os 90 minutos, mas que está pronto para ser o titular. "Aguento mais do que um tempo", contou.

Patrik, Maikon Leite e Pedro Carmona são os outros que brigam por uma vaga. Se Felipão optar por Maikon Leite, Luan jogará um pouco mais recuado.

Apesar das dúvidas no meio, o treinador tem uma certeza: Deola está garantido no gol. Com a aposentadoria de Marcos, o goleiro quer valer a condição de titular para, quem sabe, também fazer história no Palmeiras.

Mas que ninguém pense que Deola se sente seguro na posição agora que Marcos deixou os gramados. "Aqui sempre temos de jogar bem, porque têm outros goleiros para roubar sua vaga."

Deola assistiu ao primeiro jogo do time no Paulistão pela tevê, por estar suspenso. Bruno, no entanto, voltou para a reserva já na partida passada, no empate de 1 a 1 com a Portuguesa - o gol tomado veio mais por falha da defesa do que por erros de Deola.

Após o jogo com a Lusa, o time pouco treinou em campo e passou a maior parte do tempo recuperando-se fisicamente. A partida deste domingo será também a última de Flávio Murtosa no comando da equipe - a partir de quarta-feira, contra o Mogi Mirim, Luiz Felipe Scolari já estará livre da suspensão que o deixou três rodadas fora do banco.

FESTA APÓS 22 ANOS - A cidade de Catanduva prepara uma grande festa para voltar a receber um dos grandes times de São Paulo após mais de duas décadas. Neste domingo, o Catanduvense recebe o Palmeiras, no Estádio Sílvio Salles, sonhando com uma vitória.

A última vez que um dos grandes do futebol paulista fez um jogo oficial na cidade foi no campeonato estadual de 1990. Na oportunidade, o extinto Grêmio Esportivo Catanduvense empatou sem gols com o Santos.

Agora, 14 mil ingressos foram colocados à venda para o jogo deste domingo, sendo 8 mil para a torcida palmeirense. E a expectativa é de casa cheia para receber o Palmeiras e buscar a primeira vitória no campeonato - o Catanduvense tem um ponto.

Dentro de campo, o técnico Roberval Davino não pretende fazer grandes mudanças em relação ao time que empatou com o Mirassol na rodada passada. "Nosso time já mostrou evolução no último jogo e estamos confiantes", argumentou o treinador.

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