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Faz nem um mês que o deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL) causou ao chamar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “analfabeto desgraçado”. Na época, ele chegou a avisar que, no que dependesse do seu trabalho dentro da Câmara Federal, o líder petista irá para uma penitenciária comum. Lula está preso desde o último dia 7 de abril, em uma cela especial na sede da Polícia Federal.

Nesta terça-feira (4), data em que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal STF) julga um novo habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente, condenado na Operação Lava Jato, o ex-ator pornô voltou criticar o petista. “Esse Supremo Tribunal Federal (STF), liderado por Gilmar Mendes e cia, começaram a pautar uma possível liberação de Lula da cadeia. Vão julgar um habeas corpus impetrado pela defesa, o qual tem como alegação a parcialidade de Moro”, contou mais cedo. 

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Em seguida, Frota detonou os petistas. "Era o que faltava, né? Esses petistas vagabundos ainda vão fazer uma vigília para o condenado”, disparou. 

Na semana passada, o novo integrante do Congresso Nacional chegou a polemizar mais uma vez ao afirmar que há cafetões e atrizes pornô dentro da Câmara. “A Câmara dos Deputados é a verdadeira pornografia”, disse durante uma entrevista. 

A partir de 1º de janeiro de 2019,  também vai ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados um então candidato que se posiciona de forma dura quando se trata de combater a criminalidade: o sargento da reserva da Polícia Militar Gilson Cardoso Fahur (PSD), que se intitula como o “exterminador de vagabundos”. Gilson Fahur, 54 anos, foi o deputado federal mais votado no Paraná com aproximadamente 315 mil votos válidos.

Em diversas declarações durante entrevistas, Fahur polemizou ao tratar sobre “bandidos”. Ele é dono de frases como “quero pegar essa raça e exterminar”, “gostaria de cortar umas cabeças de vagabundos”, “já matei em legítima defesa uns doze vagabundos” e também “não tem esse negócio de tiro na mão ou na perna, tem que acertar no peito ou na cabeça”. 

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Apoiador do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), Fahur é católico, casado e atuou por 35 anos como policial militar rodoviário. Ele garantiu que não vai decepcionar todos que votaram nele. 

O sargento da reserva também já falou que bandido bom é bandido morto. “Não gostou? Paciência, porque eu penso assim, até porque já conheci a maldade de alguns seres humanos, que de humanos não tem nada”, escreveu nas redes sociais.

Não foi apenas o governador da Amazonas, José Melo (PROS), que se pronunciou sobre os mortos no presídio no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, afirmando que os presos que faleceram não eram santos e, sim, matadores e estupradores. O deputado federal Jair Bolsonaro (PP) também falou sobre o assunto nas redes sociais. “Enquanto a grande mídia está preocupado com 60 marginais, que foram mortos pelos próprios colegas, dentro do presídio em Manaus, nós estamos preocupados com os inocentes mortos por esses marginas”, disparou.

Bolsonaro, durante sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, voltou a falar sobre o massacre. Declarou que a imprensa ficou chocada com o ocorrido. “Mas nada se fala sobre os seis policiais militares assassinados, no Rio, nos últimos 3 dias. Eu queria que matassem 200 mil vagabundos. Eu estou preocupado é com os inocentes que morrem”.

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O deputado defende uma legislação penal diferente para cada estado. “Como é nos Estados Unidos. Temos uma porcaria de uma Constituição ao se referir aos direitos humanos. Não há pena de morte aqui. O cara não teme nada. Não há prisão perpétua. O canalha nem precisa trabalhar. Fica sugando o Estado no tempo em que está detido". 

Durante a reunião, ele defendeu os policiais. “Falam no uso moderado da força. Daí, o cara já botou 20 tiros em cima do policial. Muitos de vocês estão se lixando para a vida do Policial. Vocês tinham que ter vergonha. Sabe o que é vida? A vida de um policial não vale uma titica para alguns dos senhores que estão aqui”, disse se referindo aos deputados. 

Bolsonaro ainda declarou que quanto mais Direitos Humanos existir, maior será a violência contra o cidadão de bem. “Se um dia tiver poder para tal, não vai ter um centavo para ONG, um centavo para qualquer órgão relacionado a Direitos Humanos, vocês vão trabalhar, vão deixar de viver em cima da desgraça que vive um policial militar e um policial civil. Uns coitados que tem uma vida por traz daquela farda. Esses são os nossos verdadeiros heróis e não gente de paletó e gravata pregando aqui métodos hipotéticos que levariam a perfeição, mas que na verdade levam a morte ao policial e morte e tristeza do nosso povo brasileiro”, cravou.

Em novembro, no Recife, durante entrevista ao Portal LeiaJá, Bolsonaro também falou sobre a questão da violência. Ele chegou a dizer que vida de bandido não deve ser preservada. “Por exemplo, quando divulga 60 mil mortes violentas por ano. Eu pergunto: quantos bandidos e quantos inocentes? Se for 60 mil bandidos [mortos], têm que passar para 120 mil e não preservar a vida de marginal. Eles não poupam as nossas vidas, então, é por aí”, chegou a dizer.

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