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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal apure, nos próximos 30 dias, uma fake news divulgada contra o próprio magistrado, o general Decio Schons e o comandante do Exército Tomás Ribeiro Paiva. No mesmo período, os investigadores também deverão diligenciar no caso das ameaças do general da reserva José Placídio Matias dos Santos ao ministro da Justiça Flávio Dino.

As ordens constam de despachos assinado na segunda-feira, 6. O caso da peça de desinformação divulgada sobre Moraes e os militares foi remetida ao Supremo pelo juízo da 9ª Vara Federal de Campinas. Já a petição sobre suposto crime contra Dino aportou na Corte máxima após o Superior Tribunal Federal decidir que a investigação deveria ficar sobre a alçada do STF.

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A investigação sobre a fake news contra Moraes e os militares foi aberta após o general Décio Schons relatar ter recebido questionamentos sobre um vídeo publicado no YouTube. Tal gravação, falsamente, dizia que Décio teria denunciado o comandante do Exército e o ministro Alexandre de Moraes por supostos crimes que teriam cometido.

As publicações em questão tratavam sobre um suposto 'conluio' de Paiva com ministros do STF. Elas chegaram a ser desmentidas por agências de checagem de fatos.

Ao pedir a investigação, os advogados de Décio argumentaram que a publicação tinha o 'claro propósito de acusar prejuízo à imagem do militar' e 'criar cizânias no interior das Forças Armadas, jogando militares da ativa contra os da reserva e civis contra militares'.

Já no centro da investigação que mira José Placídio estão publicações feitas pelo general no 8 de janeiro, defendendo que militares com comando de tropa se rebelassem e "entrassem no jogo, desta vez do lado certo".

Como mostrou o repórter Marcelo Godoy, o oficial que exerceu função de confiança no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sob o comando do general Augusto Heleno se dirigiu diretamente ao comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, para que ele se colocasse à frente de um golpe de Estado.

No mesmo dia, o coronel da reserva fez outra postagem em que ameaçou o ministro da Justiça, Flávio Dino: "Sua purpurina vai acabar".

José Placídio foi alvo de investigação militar, que concluiu pela existência de autoria e materialidade do crime de 'incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de creme militar'. Os autos, no entanto, foram enviados à Justiça Federal para analise de crime contra a honra do ministro Flávio Dino.

Posteriormente, à Justiça Militar reconheceu sua incompetência para atuar no caso, mandando os autos ao STF. Eles foram distribuídos ao gabinete de Moraes em razão da conexão com o inquérito sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

O julgamento do Supremo Tribunal Federal sobre a graça concedida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao aliado Daniel Silveira foi palco de um impasse envolvendo os ministros André Mendonça e Alexandre de Moraes. Após votar pela validade do 'perdão', o primeiro citou 'vozes na sociedade' que consideraram 'excessiva' a pena imposta ao ex-deputado condenado pelo STF. A fala, no entanto, acabou interpelada por um questionamento do relator da ação penal na qual Silveira foi condenado, o ministro Alexandre de Moraes: 'É jurista?'.

Os magistrados estavam sentados lado a lado na sessão plenária desta quinta-feira (4). Mendonça citava uma entrevista concedida pelo pesquisador Fernando Abrucio ao Estadão. Após o questionamento do colega, respondeu que tal pesquisador não era jurista. Em seguida, Alexandre emendou: "Só para que conste nos anais".

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Mendonça seguiu: "Cito também Fernando Capez, um consultor jurídico, que foi colega de Vossa Excelência". Alexandre, mais uma vez, interviu: "E à época candidato a deputado pelo partido do presidente".

Mendonça ainda citou o jornalista Valdo Cruz, da GloboNews. Alexandre mais uma vez afirmou: "Também não jurista". Mas, nesse caso, o ministro indicado por Bolsonaro ao STF seguiu, fazendo referência a um texto que o jornalista dizia que uma ala do Supremo consideraria a pena imposta Silveira 'pesada', apesar de condenação 'correta'.

"Não sei que parte é essa. Minha avaliação foi feita nos autos então não toquei nesse assunto. O fato é que surgiram vozes na sociedade, o que a meu juízo, diante de um instituto político, autoriza, à luz da Constituição - não estou dizendo que eu concorde com o instituto ou como a forma que o instituto seja organizado. Mas entendo, até pelo contexto do momento, a concessão da graça teve um efeito de pacificação, ainda que circunstancial e momentâneo. Não excluo eventuais finalidades que nós possamos questionar, mas também não posso excluir razões políticas que em tese justificariam a concessão do instituto", indicou Mendonça.

Uma nova investida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o ministro Alexandre de Moraes foi frustrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Os ministros negaram um recurso que buscava afastar Moraes da ação que impediu Bolsonaro de fazer lives de campanha no Palácio da Alvorada.

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A decisão unânime foi tomada em uma sessão extraordinária no plenário virtual. Até o ministro Kassio Nunes Marques, indicado para o cargo por Bolsonaro, votou contra o afastamento de Moraes, que é presidente do TSE.

Relator de investigações sensíveis que atingem o ex-presidente e seus aliados, Moraes se tornou um dos alvos preferenciais do bolsonarismo no Judiciário. Bolsonaro chegou pedir ao Senado a abertura de um processo para o impeachment do ministro.

O ex-presidente alega que Moraes foi parcial porque fez um gesto de degola durante o julgamento da ação em questão. O presidente do TSE esclareceu que o movimento não teve relação com a votação e foi uma brincadeira com um assessor que estava na plateia. A defesa de Bolsonaro insiste que o gesto comprova 'animosidade e interesse pessoal'.

O primeiro pedido para afastar Moraes do processo já havia sido negado pelo ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou nesta terça-feira (11). Na ocasião, ele afirmou que não via 'qualquer demonstração que indique descumprimento do dever de imparcialidade' e ainda acusou Bolsonaro de tentar 'tumultuar o processo eleitoral'.

"O excipiente vem agora nesta exceção veicular alegações completamente destituídas de fundamentação jurídica", cravou Lewandowski.

O argumento do ex-presidente foi colocado à prova no plenário do TSE porque Bolsonaro decidiu entrar com um recurso na esperança de reverter a decisão individual de Lewandowski.

O recado do TSE chega às vésperas do julgamento que pode deixar o ex-presidente inelegível. A defesa de Bolsonaro enviou nesta segunda, 10, suas alegações finais, uma das últimas pendências no processo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira, 31, que a abertura do inquérito das fake news foi um 'acerto histórico'.

"Se não tivesse esse inquérito, as agressões teriam aumentado de forma exponencial até uma ruptura", defendeu.

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A investigação foi instaurada por ordem do então presidente do tribunal, Dias Toffoli, e se tornou uma das primeiras ofensivas do STF contra a base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Moraes foi escolhido relator do inquérito, o que o colocou na mira da militância bolsonarista. "Não achem que eu pedi para ser o relator, foi goela abaixo", afirmou.

Ele contou que a investigação foi aberta por iniciativa do próprio tribunal, em meio a uma escalada de ameaças aos ministros, porque a Polícia Federal (PF) não teria respondido aos apelos de Toffoli.

"Você não tem resposta da PF, o risco pessoal e profissional aumenta, nós vamos, enquanto Brasil e enquanto instituição, esperar pra ver o que ocorre? Foi um acerto histórico do ministro Dias Toffoli como presidente do STF", avalia.

Na época, a decisão gerou uma onda de críticas ao STF, porque na prática o tribunal abriu a apuração e passou a equilibrar os papéis de 'vítima' e 'juiz' do caso.

"A forma de utilização tradicional dos mecanismos era insuficiente. Toffoli já havia enviado mais de 30 ofícios à Polícia Federal. Estavam todos parados", contou. "Ou você interpreta finalísticamente ou você entrega a chave do Supremo Tribunal Federal."

Diante de uma pequena e seleta plateia, na Fundação FHC, em São Paulo, o ministro fez uma espécie de balanço da atuação do Supremo em defesa da democracia ao longo do governo Bolsonaro. Moraes defende que o STF funcionou como uma espécie de trincheira contra os arroubos autoritários do ex-presidente e de sua base aliada.

"A queda do STF seria a queda do Estado Democrático de Direito", disse. "Vimos deputados gravando vídeo e ameaçando de morte ministros do Supremo Tribunal Federal como fosse uma coisa normal."

O ministro relembrou, por exemplo, o ataque ao STF, em junho de 2020, quando extremistas do autodenominado grupo 300 do Brasil soltaram fogos contra o prédio do tribunal: "Hoje é rojão, amanhã é tiro e depois de amanhã é bazuca", projeta. "Era ridículo, mas incendiou as redes."

Moraes também se defendeu das críticas à decisão que mandou fazer buscas em endereços ligados a grandes empresários bolsonaristas investigados sob suspeita de financiarem atos antidemocráticos. A operação aberta em agosto do ano passado atingiu nomes como Luciano Hang, da rede de lojas Havan, Afrânio Barreira Filho, do Grupo Coco Bambu, e Joseph Meyer Nigri, fundador da Tecnisa.

"Por que não são pobres, eles não podem ter busca e apreensão? Porque no Brasil só pobre e preto pode ter busca e apreensão? Só que isso evitou 7 de Setembro financiado", defendeu.

O ministro assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às vésperas da eleição e precisou lidar com tentativas de colocar sob suspeita a segurança das urnas eletrônicas, de descredibilizar os institutos de pesquisa e de anular o resultado do processo eleitoral.

Foi ele quem vetou as investigações abertas pela PF e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre os institutos de pesquisa eleitoral. "Claramente era uma forma de tentar influenciar nas eleições", afirmou.

A campanha de Bolsonaro também chegou a pedir o adiamento do segundo turno. A equipe jurídica do então presidente alegou que ele teria sido prejudicado porque parte de suas inserções de rádio não teria ido ao ar. "A ideia era colocar o segundo turno em risco", avalia Moraes.

Com a derrota de Bolsonaro nas urnas, o PL passou a tentar anular parte dos votos. A ação rendeu ao partido uma multa de R$ 22,9 milhões, imposta por Moraes, e investigações na esfera criminal. O ministro classificou a estratégia como uma 'grande e patética manobra'.

"Negócio patético se não fosse agressivo à democracia", disparou o ministro. "O absurdo de um partido político que, no primeiro turno elegeu 99 deputados, quase 20% da Câmara, 6 a 8 senadores, governadores, pedir a impugnação da eleição."

Na avaliação do ministro, o discurso infundado sobre fraude das urnas foi uma 'lavagem cerebral'. Ele também avalia que foi um 'erro' ter deixado os bolsonaristas acampados em frente ao Quartel General do Exército em Brasília. "Eu diria mais que um erro, foi uma omissão que está sendo investigada. Obviamente eu não poderia determinar de ofício a retirada", explicou.

Moraes ainda ironizou os acampamentos, que segundo ele lotavam no final do dia, com 'churrasco' e 'chope de graça': "Esses são os verdadeiros revolucionários."

A PF e o Ministério Público Federal (MPF) já sinalizaram que o acampamento serviu de base para os atos golpistas do dia 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes. As sedes do STF, do Congresso e do Planalto foram invadidas e depredadas por bolsonaristas radiciais inconformados com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Essas pessoas precisam ser responsabilizadas para perceber que não é fácil atentar contra a democracia", defende Moraes. "É um negócio assustar o que essa lavagem cerebral das milícias digitais está fazendo com as pessoas. E nós não podemos subestimar de novo."

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, usou parte do tempo da transmissão ao vivo de dessa quarta-feira (28) nas redes sociais para atacar o ministro Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Tudo o que Alexandre de Moraes faz, e não é de hoje, é para me prejudicar e ajudar Lula", disse o presidente, citando o candidato petista que lidera as pesquisas de intenção de votos na eleição presidencial deste ano. Em seguida, Bolsonaro voltou a levantar dúvidas sobre o processo eleitoral. "Espero que nada de anormal aconteça", disse o presidente.

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Moraes voltou a ser alvo de Bolsonaro após autorizar, nesta semana, a Polícia Federal a quebrar o sigilo bancário e telefônico do ajudante de ordem da Presidência, Mauro Cesar Barbosa Cid. A corporação apontou suspeitas de que movimentações financeiras foram destinadas a pagar contas pessoais da família presidencial e de pessoas próximas da primeira-dama, Michelle Bolsonaro - o caso foi revelado pela Folha de S. Paulo.

Moraes abriu nesta quarta-feira (28), inquérito para apurar de onde partiu o vazamento das informações sobre a investigação. Na live, no entanto, Bolsonaro atribuiu a Moraes o vazamento das informações para a imprensa. "Alexandre, quem vazou foi você! Seja homem, Alexandre", bradou o presidente. "É o tempo todo atazanando minha vida."

Bolsonaro citou como exemplo a decisão liminar do TSE que o proibiu de usar prédios e equipamentos públicos, como o Palácio do Alvorada, para fazer lives de cunho eleitoral. "É como minha live aqui. Estou escondido", disse, sem revelar onde estava fazendo a transmissão. Ele estava ao lado do ex-ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, candidato do Republicanos ao governo de São Paulo.

Supremo

Bolsonaro também criticou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela decisão que suspendeu uma ação de cobrança de R$ 18 milhões em impostos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do instituto que leva o nome do petista. Segundo Gilmar, a cobrança estava amparada em decisões da operação Lava Jato consideradas ilegais pela Corte. Mais cedo, Bolsonaro participou de uma motociata em Santos, no litoral paulista, e ao discursar voltou a chamar Lula de "o maior ladrão da história do Brasil".

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quinta-feira, 4, contra a retroatividade da nova Lei de Improbidade Administrativa (LIA).

O posicionamento vale para processos transitados em julgado (quando não há mais possibilidade de recurso) e dificulta a anistia de políticos condenados por improbidade, como os ex-governadores José Arruda (PL-DF) e Anthony Garotinho (UB-RJ), o ex-prefeito do Rio César Maia (PSDB) e até mesmo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressista-AL).

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Durante a votação, Moraes fez diversas críticas à redação da nova LIA. Segundo o relator, o texto foi "genérico". Ele argumentou que a falta de detalhamento, contudo, "não trouxe qualquer previsão de uma anistia geral", tampouco regras de transição da antiga legislação para a atual.

Moraes defendeu que a retroatividade é um princípio típico do Direito Penal, usado em benefício dos réus em ações criminais, e não pode ser aplicado ao Direito Civil.

"A retroatividade é uma previsão constitucional expressa e excepcional para lei penal benéfica, não para lei civil", disse.

A posição do ministro vai na contramão do principal argumento usado pela classe política: o de que as punições previstas na Lei de Improbidade, como a perda da função pública, a indisponibilidade de bens e o ressarcimento ao erário, são tão severas quanto as sanções penais.

"Por mais grave que sejam as sanções, a ação de improbidade não é ação penal e não são sanções penais", rebateu.

Em contrapartida, o ministro votou para impedir que políticos investigados ou sem condenação transitada em julgado sejam enquadrados na extinta modalidade culposa prevista na redação original da Lei de Improbidade.

"O que não significa que as investigações e as ações em andamento somente por atos administrativos culposos devam ser imediatamente extintas, até porque há necessidade de se analisar se nesses casos não há dolo eventual. Esses casos em andamento devem ser analisados caso a caso", defendeu.

As discussões no Supremo sobre a retroatividade da lei e a possível anistia de condenados ocorre em caráter de repercussão geral, ou seja, a decisão dos ministros valerá para todos os processos semelhantes em tramitação nos órgãos de Justiça do País. O caso concreto que baseia a votação é uma disputa entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e uma advogada contratada para atuar como procuradora. A autarquia acusa a contratada de negligência profissional, o que a enquadraria no crime de improbidade administrativa.

No dia em que começa seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ) chamou o ministro Alexandre de Moraes de "reizinho do Brasil" e disse que o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), cometeu um "equívoco grave" ao deixar de pautar para votação no plenário da Casa a sustação da ação penal contra ele.

"O detentor da ação penal solicitou o arquivamento deste inquérito por duas vezes e foi ignorado pelo Alexandre de Moraes, um ministro que é o reizinho do Brasil, um menininho frustrado que age da maneira dele, fora da Constituição Federal. Tem muita coragem atrás da mesa, com uma caneta e o poder de mando", declarou o parlamentar, no plenário da Câmara dos Deputados.

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No final de março, Silveira protagonizou o que foi definido por Lira como "uso midiático" das dependências do Congresso. Após Moraes determinar a colocação imediata de tornozeleira eletrônica no deputado, ele chegou a passar uma noite na Câmara numa tentativa de escapar da decisão judicial. A Polícia Federal (PF) foi à sede do Legislativo, mas o parlamentar se recusou a colocar o equipamento.

Depois de o ministro estabelecer uma multa diária de R$ 15 mil por descumprimento da decisão judicial, além do bloqueio de todas as contas bancárias de Silveira, o deputado decidiu deixar as dependências da Câmara e colocar a tornozeleira eletrônica. Na ocasião, pressionado por Lira, o presidente do STF, Luiz Fux, marcou o julgamento da ação penal contra Silveira para hoje.

Durante o tempo em que esteve na Câmara tentando escapar da tornozeleira, o deputado chegou a dizer que queria ver até onde iria a "petulância" de Alexandre de Moraes. Ao afirmar que não cumpriria a decisão, defendeu o impeachment do ministro e o chamou de "medíocre".

O magistrado determinou a colocação imediata de tornozeleira eletrônica no deputado em resposta a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com a PGR, o parlamentar descumpriu as medidas cautelares impostas quando ele foi autorizado a deixar a prisão.

Silveira foi preso em fevereiro do ano passado após divulgar vídeos com ameaças a integrantes do STF. Ele foi solto definitivamente em novembro, mas ficou submetido a uma série de medidas cautelares, incluindo a proibição de acesso a redes sociais e de contato com outros investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais. O fato de não cumprir tais medidas levou à imposição da tornozeleira eletrônica.

No plenário da Câmara, nesta quarta, 20, Silveira voltou também a criticar Lira. "Talvez o presidente Arthur Lira não tenha percebido esse equívoco muito grave, na verdade, contra o Legislativo, em não ter pautado a sustação da ação penal", afirmou. "Se o deputado não tem respeitada a sua imunidade material e formal, através de opiniões, palavras e votos, quem vai ter?", cobrou o parlamentar.

Em 29 de março, quando Silveira dormiu em seu gabinete na Câmara para tentar escapar da tornozeleira eletrônica, deputados bolsonaristas começaram a pressionar Lira a tomar uma atitude contra a decisão do ministro.

Ao longo do dia 30, a pressão continuou. O presidente da Câmara, contudo, apenas divulgou uma nota em que defendeu a "inviolabilidade" da Casa, mas também criticou o que chamou de "uso midiático" do Legislativo, numa referência à atitude do parlamentar.

Durante reunião com líderes partidários na semana seguinte, Lira externou todo seu incômodo com a atitude de Silveira e disse que se pautasse no plenário a suspensão da medida determinada pelo STF com relação ao parlamentar, como queriam os bolsonaristas, abriria um precedente para que outros deputados que enfrentam ações penais também exigissem igual proteção.

O recado para o Palácio do Planalto foi claro: ao dizer que não seria pressionado a ajudar Silveira, Lira olhou para o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Barros, por sua vez, não fez comentários.

Silveira será julgado hoje no STF por crimes contra a segurança nacional, a honra do Poder Judiciário e a ordem política e social do País, que podem levá-lo de volta à prisão com uma condenação definitiva. A tendência é que o ministro André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, peça vista, o que retardaria a conclusão do julgamento. Entretanto, conforme apurou o Estadão, a tendência é que, caso isso ocorra, outros ministros podem adiantar a apresentação de seus votos.

Alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que 'em várias localidades do mundo' governos tentem pressionar, coagir e ofender o Poder Judiciário quando não gostam das decisões judiciais ou da 'defesa intransigente que o Poder Judiciário faz da Constituição e da legislação'.

A afirmação foi feita durante sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal na tarde desta terça-feira, 5, durante julgamento que negou pedido de extradição feito pela Turquia contra o empresário Yakup Sagar. O colegiado, por unanimidade, seguiu o voto de Alexandre de Moraes, que considerou que parte das imputações feitas a Sagar 'tem clara motivação política'.

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"Um dos pilares do estado democrático de direito, junto com eleições livres e imprensa livre, é a independência do Poder Judiciário. Um Poder Judiciário independente, autônomo, que não sofre pressões do Executivo. Não sofre pressões, coações e perseguições. Lamentavelmente nós temos, de tempos pra cá, em várias localidades do mundo, Executivos tentando pressionar o Poder Judiciário. Quando não gostam das decisões do Judiciário. Quando não gostam da defesa intransigente que o Poder Judiciário faz da Constituição e da legislação. Simplesmente ou pressionam, ou coagem, ou ofendem, ou pior ainda, prendem, como no caso em questão", afirmou o ministro em seu voto.

Alexandre destacou que o governo turco prendeu 2745 juízes e promotores, o que chamou de 'absurdo', e ainda apontou como as detenções implicam em uma 'coação psicológica gigantesca' a outros magistrados. Além disso, o ministro destacou que um integrante da suprema corte do País chegou a ser preso pelo governo turco, em um ataque direto à instância máxima do Judiciário daquele país. "Claramente, ostensivamente e eu diria vergonhosamente, o Poder Judiciário vem sofrendo um ataque à sua autonomia e à sua independência", afirmou.

O ministro do STF não fez nenhuma menção ou referência aos aliados do presidente Jair Bolsonaro, mas é atacado com frequência pela base bolsonarista, incomodada com os posicionamentos do magistrado em investigações que são sensíveis ao Palácio do Planalto. Nos últimos anos, houve diferentes momentos em que foram registradas escaladas dos ataques - o mais recente deles no final de março, quando Bolsonaro exaltou o golpe de 1964, que deu início à ditadura militar.

O caso de Sagar

No julgamento em que Alexandre fez as declarações sobre os ataques ao Judiciário em todo mundo, os ministros do STF analisaram algumas alegações feitas pelo governo turco contra Yakup Sagar, que foi preso, para fins de extradição, em dezembro de 2021.

Depois de ser interrogado, Sagar teve a preventiva substituída pelo uso de tornozeleira eletrônica. Dono de uma empresa de confecção em São Paulo, ele mora no Brasil desde dezembro de 2016, com a mulher e a filha, e obteve a condição de refugiado no início deste ano.

O Executivo da Turquia acusa o empresário de integrar, junto com mais 83 pessoas, o movimento Hizmet, ligado à suposta organização Fethullah Gülen, que, em julho de 2006, teria tentado golpe armado contra o governo, que tinha como primeiro-ministro o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan.

Ao pedir a extradição de Sagar, o País citou delitos tipificados no Código Penal do país e na lei sobre financiamento ao terrorismo, argumentando que os crimes não são políticos e que o empresário seria responsável por 'angariar recursos para viabilizar as atividades criminosas da organização'.

Já a defesa do empresário apontou a descrição genérica dos fatos a ele imputados e alegou desvio de finalidade do processo, que 'teria se tornado instrumento de perseguição extraterritorial do governo turco a seus opositores'.

O advogado de Sagar também destacou que a Constituição proíbe extradição no caso de imputação de crime estritamente político.

Além disso, a defesa evocou a condição de refugiado de Sagar, indicando ainda que o empresário não tem antecedentes criminais no Brasil, tem endereço conhecido e sua filha cursou Comércio Exterior no País.

Ouvida no processo como parte 'amiga da corte', a Defensoria Pública da União argumentou que o governo turco 'tem realizado acusações como forma de perseguição'. No mesmo contexto, a Conectas Direitos Humanos destacou que o Estado turco 'não demonstra respeitar os direitos de seus nacionais e que há uma série de denúncias internacionais contra a prática de perseguição política por meio de extradições'.

Ao analisar o caso, Alexandre de Moraes votou por negar o pedido de extradição e ainda revogou as medidas cautelares impostas ao empresário, destacando como parte das acusações contra Sagar tem 'clara motivação política'. Além disso, o ministro indicou que não há comprovação de que o movimento Hizmet seja terrorista.

O relator explicou que o Supremo não autoriza extradições se houver risco 'de o réu ser julgado por juízes de exceção'. "Um dos pilares do Estado de Direito é a independência do Poder Judiciário, que deve ser autônomo e não pode sofrer pressões, coações e perseguições", apontou.

A apresentadora Ana Hickmann celebrou com os seguidores, nesta segunda-feira (7), o aniversário do filho. No Instagram, a loira homenageou Alexandre com uma postagem emocionante. Ana abriu o baú de registros para festejar os oito anos do herdeiro, fruto do seu casamento com o empresário Alexandre Corrêa.

"Dia 07 de março de 2014, às 21:58, meu coração bateu mais forte quando eu ouvi o choro mais lindo. O maior amor da minha vida havia nascido. Meu filho, meu maior tesouro. Hoje você completa oito anos. Que Deus te abençoe, que todos os seus sonhos se realizem. Te amo!!! Feliz aniversário!!!!!", escreveu ela.

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Os fãs de Ana Hickmann deixaram mensagens parabenizando Alezinho. "Feliz aniversário para esse príncipe lindo", disse uma pessoa. Isabel Hickmann, irmã de Ana, também celebrou a nova idade do sobrinho na mesma rede social.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou há pouco, durante entrevista à Jovem Pan News, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de ter quebrado sigilo telefônico de um ajudante de ordens dele. A medida teria sido tomada no inquérito que investiga se o chefe do Executivo divulgou informações sigilosas de uma investigação sobre ataque às urnas durante live.

"Para mim foi uma surpresa quando recebemos por escrito um pedido de audiência do Fachin juntamente com o ministro Alexandre, que tem vários inquéritos contra mim, contra meu ajudante de ordens. Foi quebrado sigilo telefônico do meu ajudante de ordens na questão de vazamentos, e isso permitiu a Moraes ter acesso a troca de mensagens entre mim e o ajudante de ordens", disse.

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Em resposta ao ministro, Bolsonaro afirmou que sua agenda tem um grau de sigilo ultrassecreto e que a medida foi tomada para ter acesso às informações nacionais. "(Moraes) usou subterfúgio para chegar à minha pessoa", declarou.

Eleições

Em resposta à declaração do ministro do STF Edson Fachin de que Justiça Eleitoral "já pode estar sob ataque de hackers" - o ministro citou a Rússia como a origem da maior parte dessa ofensiva -, Bolsonaro afirmou disse não saber o porquê do "ataque gratuito ao País onde o chefe de Estado está presente". O chefe do Executivo está em Moscou, na Rússia, e se reuniu hoje com o presidente Vladimir Putin para tratar sobre assuntos de interesses diplomáticos.

Bolsonaro aproveitou para reforçar que vai analisar os esclarecimentos emitidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) diante das demandas das Forças Armadas sobre o funcionamento das urnas eletrônica. "Ou nós vamos concordar, ou discordar totalmente, de forma técnica", disse. "Estamos aguardando o que as Forças Armadas dirão sobre os documentos que o TSE enviou", completou.

A participação das Forças Armadas na preparação das eleições, desta forma na Comissão de Transparência, é inédita. Ela se dá a convite do TSE. Bolsonaro reforça que a instituição trabalha "dentro das quatro linhas da Constituição" e "não precisa sair delas para fazer valer a força da democracia no País".

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, preste depoimento à Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (4), sobre um vídeo publicado nas redes sociais em que são compartilhadas "diversas informações falsas" sobre a Corte e seus membros, como consta no despacho do relator.

A oitiva deveria ter acontecido até o último dia 29 de janeiro, mas foi cancelada após Weintraub declarar às autoridades policiais ter testado positivo para a Covid-19. No despacho, Moraes não especifica onde e em qual horário o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) deverá ser ouvido.

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No vídeo que motivou a investigação, Weintraub concede entrevista ao podcast Inteligência Ltda, na qual afirma que um dos membros do STF teria demonstrado interesse em comprar sua casa no Brasil sob a justificativa de que o ele não retornaria ao País após a ida aos Estados Unidos para assumir a diretoria do Banco Mundial.

Weintraub deixou o governo Bolsonaro em junho de 2020 sob fortes críticas e ameaçado de sofrer um processo de impeachment. O ex-ministro ocupou o Ministério da Educação por um ano e dois meses, período em que protagonizou polêmicas por declarações alinhadas à chamada "ala ideológica" do governo - inspirada no ensinamos do escritor Olavo de Carvalho -, assim como pelos problemas enfrentados pela pasta durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19 e a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019.

Em crise com Bolsonaro por causa de suas pretensões eleitorais, o ex-ministro estuda lançar candidatura para o governo de São Paulo nas eleições deste ano, onde rivalizaria com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que conta com o apoio do governo.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu abrir uma espécie de apuração preliminar sobre declarações feitas pelo ex-ministro da Educação Abraham Weintraub sobre um dos magistrados da corte, em entrevista a um podcast publicada no domingo, 16. O ministro determinou que cópia da gravação seja juntada a uma petição que vai tramitar ligada ao inquérito das fake news.

Na entrevista concedida ao podcast Inteligência Ltda, Weintraub afirmou: "Eu vou contar um outro detalhe picante. Moro numa casa, num condomínio fechado, uma casa boa. Um juiz do STF estava procurando casa na região, dentro do condomínio. Viu a minha casa e falou: 'Pô, casa bonita, hein? De quem é?'. Falaram: 'Abraham Weintraub'. 'Pergunta para ele se não quer vender para mim'. 'Não tá à venda'. 'Pergunta se quer vender para mim, já que ele não vai mais voltar ao Brasil'. O que acha disso? É adequado? Esse juiz me negou habeas corpus. Foi um dos 10 que me negaram habeas corpus".

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A fala se deu após Weintraub comentar que o chamam de 'covarde' em razão de ele ter viajado para os Estados Unidos sob a alegação de que precisava sair do Brasil para não ser preso. Horas depois de chegar àquele país, em junho de 2020, o governo soltou edição extraordinária do Diário Oficial da União (D.O.U), exonerando-o do cargo.

O ex-homem forte do governo Bolsonaro, que ficou 14 meses no cargo de ministro da Educação já havia sido incluído no inquérito das fake news por ter chamado os ministros de "vagabundos" e dizer que colocaria "todos na cadeia" durante a famosa reunião interministerial do dia 22 de abril.

O então ministro da Advocacia-Geral da União, André Mendonça - hoje o mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal, indicado por Bolsonaro - entrou com habeas corpus para tirá-lo da investigação, mas os ministros da corte máxima decidiram por 9 a 1 que ele deveria permanecer na investigação.

Após pouco mais de um ano morando nos EUA, Weintraub retornou ao Brasil na semana passada. Para anunciar a volta ao País, o ex-ministro da Educação produziu um vídeo com tom eleitoral, ressaltando ataques STF e ao governador João Doria (PSDB). Ele já havia revelado antes o interesse de ser candidato ao governo paulista.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 90 dias o inquérito das milícias digitais. O prazo para conclusão da investigação já havia sido estendido em outubro, mas chegaria ao fim neste mês.

No despacho, o ministro diz que a decisão foi tomada considerando a 'existência de diligências em andamento'.

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A investigação foi aberta em julho do ano passado depois que o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos. Na prática, as duas apurações estão relacionadas, uma foi instaurada a partir da outra, e ambas atingem aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O inquérito das milícias digitais se debruça sobre a atuação de grupos bolsonaristas na internet. A suspeita é que apoiadores do presidente tenham se organizado nas redes sociais para incentivar ataques contra as instituições e a democracia. A apuração também investiga se a articulação recebeu dinheiro público.

Um dos principais reveses sofridos pelo Planalto na investigação ocorreu no mês passado, quando a delegada federal Denisse Dias Rosas, responsável pelo caso, sugeriu que o próprio presidente seja investigado por promover desinformação sobre o sistema eletrônico de votação. A investigação também pegou o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, foragido nos Estados Unidos, e o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), preso em agosto.

Em evento no Palácio do Planalto para marcar o Dia internacional contra a Corrupção, o presidente Jair Bolsonaro disse não entender como um parlamentar pode ficar preso por sete meses. "Doeu no meu coração ver um colega preso? Doeu", completou o chefe do Executivo.

Embora o presidente não tenha citado diretamente, trata-se de uma referência ao aliado Daniel Silveira (PSL-RJ), deputado federal preso de fevereiro a novembro - ou seja, nove meses - por discursos antidemocráticos. "Não posso entender um parlamentar ficar preso sete meses. Se errou, como todos nós podemos errar, jamais a pena seria para isso", disse ainda Bolsonaro. "Se coloquem no lugar dele", acrescentou.

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O discurso foi marcado por uma série de críticas indiretas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a prisão de Silveira. "Eu não prendi ninguém, principalmente por liberdade de expressão. Isso é um ato antidemocrático, que dá nojo e é tapa na cara", disparou Bolsonaro. "Estamos assistindo atos arbitrários no Brasil com constância".

As críticas de Bolsonaro direcionadas ao ministro se intensificaram quando Moraes ganhou destaque à frente de processos que podem atingir o presidente e seus apoiadores. O ápice da tensão ocorreu no último Sete de Setembro, quando o presidente Bolsonaro chamou o ministro de "canalha" e ameaçou tentar afastá-lo do cargo diante da uma multidão na Avenida Paulista.

Bolsonaro ainda reiterou críticas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e ao ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos). De acordo com o presidente, o antigo aliado não se empenhou para, junto à Polícia Federal, investigar o crime da facada sofrida por ele em 2018. "Será que os mandantes podem ser gente que a gente menos espera?", perguntou.

Apesar das reclamações, Bolsonaro garantiu que não tem "vontade de desistir".

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira, 11, prorrogar por mais 90 dias dois inquéritos que incomodam o Planalto: o que apura se houve tentativa de interferência indevida do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal e o que investiga se a base bolsonarista articulou ações contra a democracia na internet.

"Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, a partir do encerramento do prazo final anterior, o presente inquérito", escreveu o ministro.

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A primeira investigação foi aberta a partir de acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro ao deixar o governo, em abril do ano passado. Na semana passada, Moraes determinou que Bolsonaro seja interrogado dentro de 30 dias. A decisão foi tomada depois que o presidente se antecipou ao julgamento no STF sobre a modalidade do interrogatório e comunicou que se apresentará pessoalmente diante dos investigadores. Ao tribunal, a Advocacia-Geral da União (AGU), que representa os interesses do Planalto, disse que a mudança de posição teve como motivação a 'plena colaboração' com as apurações.

O depoimento de Bolsonaro é uma das últimas pendências para a conclusão da investigação, que ficou quase um ano parada em meio ao impasse sobre o depoimento do presidente. A suspeita lançada por Moro é a de que o chefe do Executivo quis substituir encarregados por postos de comando na Polícia Federal em uma tentativa de blindar familiares e aliados de apurações.

No mês passado, o delegado Felipe Alcântara de Barroso Leal foi afastado do caso ao tentar aprofundar o que chamou de 'novas lacunas investigativas'. Ele mirou a produção de um relatório que teria sido produzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho mais velho do presidente, no caso das rachadinhas e mudanças internas na Polícia Federal, incluindo a exoneração de Alexandre Saraiva da chefia da superintendência da PF no Amazonas após a apresentação de uma notícia-crime contra o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, por suposta atuação em favor de madeireiros.

A investigação das milícias digitais, por sua vez, foi aberta em julho a partir do compartilhamento do material colhido no inquérito dos atos antidemocráticos. A suspeita é que apoiadores do presidente tenham se organizado nas redes sociais para incentivar ataques contra as instituições e a democracia. A apuração também investiga se a articulação da base bolsonarista envolveu dinheiro público.

O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, anunciou que a entidade vai elaborar parecer contrário ao pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes feito pelo Planalto, ao qual se referiu como "iniciativa sem qualquer fundamentação jurídica". "O pedido de impeachment apresentado pelo presidente contra o ministro Alexandre de Moraes, iniciativa sem qualquer fundamentação jurídica, reveste-se do repugnante intuito de criminalizar o Poder Judiciário", escreveu em sua conta do Twitter o jurista.

No documento apresentado ao Senado, o presidente Jair Bolsonaro atribui crime de responsabilidade ao magistrado pelo inquérito das fake news, no qual teria atuado como "censor da liberdade de expressão ao interditar o debate de ideias e o respeito à diversidade". O texto ainda pede o afastamento de Moraes de cargos públicos pelo período de oito anos.

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A investida do governo contra o ministro ocorre pouco mais de duas semanas após ele incluir Bolsonaro no inquérito que apura a divulgação organizada de informações falsas. O presidente usou notícias falsas para lançar suspeitas sobre a confiabilidade do sistema eletrônico de votos utilizado em eleições no Brasil. Prometeu pedir o impeachment do também ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, contra quem tem feito ataques sistemáticos em discursos e fala a apoiadores.

Em meio às cobranças públicas sobre a atuação frente a processos que atingem o presidente Bolsonaro e seus aliados, a Procuradoria-Geral da República solicitou ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito contra o cantor Sérgio Reis, o deputado federal Otoni de Paula, o caminhoneiro Zé Trovão e mais sete pessoas, entre elas empresários do agronegócio, classificando como um 'levante' os 'atos violentos de protesto' que o grupo quer convocar para a véspera do feriado de 7 de setembro.

"O objetivo do levante seria forçar o governo e o Exército a 'tomar uma posição' em uma mobilização em Brasília em prol do voto impresso, proposta que foi, recentemente, derrotada na Câmara dos Deputados, bem como a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Para tanto, pretendem dar um 'ultimato' no presidente do Senado Federal, invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal, 'quebrar tudo' e retirar os magistrados dos respectivos cargos 'na marra'", registra trecho do pedido da PGR, reproduzido na decisão do ministro do STF.

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O documento foi assinado pela subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo - braço direito do chefe do órgão Augusto Aras - e culminou nas buscas que são cumpridas pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 20. A Procuradoria quer investigar a 'convocação da população, através de redes sociais, a praticar atos criminosos e violentos de protesto às vésperas do feriado de 7 de setembro, durante uma suposta manifestação e greve de 'caminhoneiros". Segundo a PGR, foram solicitadas diversas medidas cautelares diversas da prisão temporária.

A Procuradoria pediu a livre distribuição do inquérito, isto é, o sorteio entre todos os ministros. No entanto, o caso acabou no gabinete de Alexandre de Moraes, por prevenção. Segundo fonte que acompanha o caso, o STF deu esse encaminhamento porque Moraes já era relator de uma representação apresentada por senadores sobre o mesmo tema.

Os pedidos da PGR foram acolhidos por Alexandre em decisão dada nesta quarta, 18, sendo que o despacho registra diversas das suspeitas que recaem sobre os investigados, detalhando as articulações do grupo. No documento de 22 páginas, Alexandre de Moraes não só mandou a PF fazer buscas, mas também proibiu os investigados - com exceção de Otoni de Paula - de se aproximarem da Praça dos Três Poderes, dos ministros do STF e dos senadores da República. Além disso, ordenou o bloqueio de uma chave pix (e da conta a ela vinculada) que, segundo a PGR, tem recebido 'doações de particulares para financiar a paralisação' planejada pelo grupo.

São alvos do inquérito, além de Sérgio Reis, Otoni de Paula e Zé Trovão, o cantor Eduardo Oliveira Araújo, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja Antonio Galvan, Wellington Macedo de Souza, que se apresenta como coordenador nacional da Marcha da Família, além de Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm. Ao menos três deles - Sérgio Reis, Eduardo Araújo e Turibio Torres - estiveram em reuniões no Planalto semana passada. No dia 12 de agosto, o assessor especial de Bolsonaro, Mosart Aragão, publicou nas redes sociais um vídeo do presidente ao lado de Sérgio Reis e Eduardo Araújo, no palácio.

A articulação dos 'atos violentos às vésperas do 7 de setembro'

Segundo o despacho, 'o início da divulgação da ideia atentatória à Democracia, ao Estado de Direito e suas Instituições' se deu no início de julho durante transmissão ao vivo em que o caminhoneiro 'Zé Trovão', 'incitou seguidores, a pretexto de fazer um pronunciamento sobre uma suposta greve dos caminhoneiros, a invadir o Supremo e o Congresso Nacional e a "partir pra cima" do Presidente e do Relator da CPI da Pandemia de modo a "resolver o problema [do aumento] dos combustíveis no Brasil".

A PGR relatou a Alexandre que o caminhoneiro bolsonarista se 'empolgou' com a repercussão da live e seguiu postando vídeos convocando a população a 'exigir a exoneração dos onze ministros do STF', dizendo ainda ter feito um contato com 'o agronegócio', para 'apoiar sua causa'. De acordo com a Procuradoria, havia uma 'preocupação de se evitar que órgãos de segurança pública tomem conhecimento da conspiração em andamento'.

Ainda segundo o órgão, a partir do dia 15 de julho, passaram a circular nas redes sociais publicações com as frases "Paralisação dos caminhoneiro e o povo", "exoneração dos ministros do STF", "07 de setembro 2021" e "agro, caminhoneiros e o povo, juntos num só objetivo". Dez dias depois, a mobilização teria começado a tomar forma, indicou o Ministério Público Federal, com uma reunião realizada no hotel no Blue Tree Premium Faria Lima, 'sob os auspícios do "Movimento Pro Brasil"'.

"A Procuradoria-Geral da República aponta que, aproximadamente, 20 (vinte) pessoas participaram do referido encontro, entre as quais o próprio Marcos Antônio Pereira Gomes (Zé Trovão), Sérgio Reis, Eduardo Oliveira Araújo, Alexandre Urbano Raiz Petersen, Turíbio Torres, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm", registra o despacho de Alexandre.

Após o encontro, Sérgio Reis passou a se manifestar em favor da mobilização dos caminhoneiros diz a PGR. A Procuradoria cita os vídeos que circularam nas redes sociais com a convocação da paralisação contra os ministros do STF, frisando que, em uma das gravações, o aliado de Bolsonaro 'sugere que o movimento conta com apoio financeiro para manter os manifestantes hospedados e alimentados em Brasília por mais de um mês' e 'dá a entender que esteve reunido em Brasília com integrantes do Ministério da Defesa e do Exército, Marinha e Aeronáutica'. Em outro vídeo citado pela Procuradoria, Sérgio Reis aparece discursando ao lado de Zé Trovão, Eduardo Araújo e Antonio Galvan para 23 empresários do agronegócio na sede da Associação Brasileira dos Produtores de Soja'.

Com relação aos demais investigados, a PGR diz que um dos empresários que teriam participado da primeira reunião do grupo em São Paulo, Petersen, é presidente de associação chamada Coalização Pro-Civilização que 'tem recebido transferência bancárias com uma chave PIX na qual figura o domínio o site Brasil Livre'. "São doações de particulares para financiar a paralisação planejada por Zé Trovão, possivelmente patrocinada por Antonio Galvan e amplamente divulgada por Wellington Macedo e por sua Marcha para a Família", registra trecho da representação da PGR reproduzida na decisão de Alexandre.

Já sobre Torres, Martins e Semczesz, a PGR diz que não é possível aferir ao certo seus papeis no suposto esquema, mas que, ao que tudo indica, 'os dois primeiros pertencem a um núcleo operacional da aventada empreitada criminosa, na medida em que vêm tendo um papel ativo na montagem das caravanas, na intermediação de contatos políticos e na logística de acampamento em Brasília'.

Semczesz, por sua vez, é apontado como articulista do site Brasil Livre, 'simpatizante da Sociedade de Defesa da Tradição, Família e Propriedade e responsável pela tradução de uma entrevista em alemão com a deputada ultraconservadora Beatrix von Storch (neta de um ministro de Adolf Hitler, acusada de propagar ideias neonazistas que se reuniu com Bolsonaro)' e, segundo a Procuradoria, parece integrar-se a um núcleo ideológico do grupo'.

Ainda de acordo com a PGR, Otoni de Paula seria integrante do núcleo do político do movimento, diz a PGR. "O parlamentar fluminense teria hipotecado apoio ao levante no sábado, 14 de agosto, quando redigiu o seguinte tuíte, em tom de ameaça ao Senado Federal e a ministros do Supremo, o que, obviamente não se insere na esfera abrangida pela imunidade parlamentar material constitucionalmente prevista: 'Dia 7 de setembro temos que ir às ruas com pauta única- Art. 52 da CF. Temos que forçar o Senado Federal a abrir processo de impeachment contra Moraes e Barroso. Ou eles abrem o impeachment contra Moraes e Barroso. Ou eles abrem o impeachment ou paramos o país por tempo indeterminado. Não é mais por Bolsonaro, é pela nossa liberdade'", indicou a PGR na representação enviada a Alexandre de Moraes.

O ministro Alexandre de Moraes será o relator da notícia-crime apresentada ao Supremo Tribunal Federal contra o procurador-geral da República, Augusto Aras, por suposto crime de prevaricação. O pedido de investigação é de autoria dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabiano Contarato (Rede-ES), que sustentam que Aras é omisso diante do que chamam de 'crimes e arbitrariedades' do presidente Jair Bolsonaro.

A notícia-crime foi inicialmente dirigida ao gabinete da ministra Cármen Lúcia, mas depois reencaminhada pelo presidente da corte máxima, Luiz Fux, ao gabinete de Alexandre de Moraes, por prevenção. Tal redistribuição se dá quando há, sob a relatoria de determinado magistrado, um caso que tem relação com o processo em questão.

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"Os fatos alegados na petição inicial relacionam-se com o objeto de diversos processos em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal, o mais antigo deles sob relatoria do Ministro Alexandre de Moraes (Inquérito n. 4828). Com fulcro no artigo 75 do Código de Processo Penal, segundo o qual 'a precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição judiciária, houver mais de um juiz igualmente competente', redistribuam-se os autos ao Ministro Alexandre de Moraes", registrou o despacho de Fux, publicado nesta sexta-feira (20).

Na notícia-crime apresentada ao STF, Vieira e Contarato sustentam que Aras 'permaneceu inerte' diante das acusações feitas, sem provas, por Bolsonaro sobre a segurança das urnas eletrônicas. "O comportamento desidioso do Procurador-Geral da República fica evidente não só pelas suas omissões, mas também pelas suas ações que contribuíram para o enfraquecimento do regime democrático brasileiro, do sistema eleitoral pátrio e para o agravamento dos impactos da Covid-19 no Brasil", diz a peça.

Alexandre de Moraes é relator de uma série de investigações sensíveis ao Palácio do Planalto, entre elas a dos atos antidemocráticos - arquivada a pedido da Procuradoria-Geral da República, mas com diferentes desdobramentos, como a abertura do inquérito sobre 'milícias digitais que atentam contra a democracia'. Além disso, o ministro conduz o inquérito das fake news, no qual o presidente Jair Bolsonaro foi recentemente incluído, a pedido do Tribunal Superior Eleitoral, em razão de seus ataques à urna eletrônica e ameaças às eleições 2022.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral Alexandre de Moraes de interferir nas investigações a respeito da segurança das urnas eletrônicas, ao afastar o delegado da Polícia Federal responsável por inquérito vazado sobre invasões a sistemas da Justiça Eleitoral. Durante transmissão semanal ao vivo nesta quinta-feira (12), Bolsonaro disse que Moraes "chuta lá no TSE para ele mesmo pegar no Supremo".

Nesta tarde, o ministro Alexandre de Moraes acolheu no STF notícia-crime apresentada pelo TSE e mandou abrir investigação - a segunda contra Bolsonaro - para apurar se o presidente cometeu crime ao divulgar o inquérito sigiloso sobre uma invasão ao sistema eleitoral em 2018. Além do presidente, também serão investigados o deputado federal Felipe Barros (PSL-PR) e o delegado afastado da Polícia Federal Victor Neves Feitosa Campos, pela possível divulgação e repasse de informações sigilosas.

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Segundo Bolsonaro, Feitosa Campos deve ser ouvido sobre porque houve atraso na apuração daquele inquérito, uma vez que "há ali sim uma comprovação clara, com provas do próprio TSE de interferência". "Querem intimidar quem?", completou, sobre o afastamento do delegado.

Apesar das acusações de "comprovação clara", Bolsonaro disse não ter provas de que o sistema eleitoral do TSE sequer foi invadido e ressaltou que, ainda assim, "alguma coisa aconteceu".

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), foi cobrado por parlamentares a se posicionar sobre as ameaças do presidente Jair Bolsonaro a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (STF). O chefe do Legislativo, porém, tem manifestado resistências em dar respostas públicas às declarações de Bolsonaro contra as eleições e as decisões do Judiciário, conforme o Broadcast Político apurou.

Pacheco foi informado do cancelamento da reunião entre Poderes e atribuiu a decisão a um movimento do presidente do STF, Luiz Fux, que havia proposto o encontro, sem participação da cúpula do Congresso. "A cúpula do Poder Judiciário (STF e TSE) reagiu, como deveria, aos ataques de Bolsonaro às eleições, à democracia e à independência dos Poderes. Falta a cúpula do Congresso Nacional fazer o mesmo. Até quando se omitirá?", questionou o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ).

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O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (Cidadania-SE) também expôs a cobrança. "Lidar com um presidente da República que usa a mentira como método é um desafio para as instituições. A Justiça dá passos firmes no sentido correto, de não aceitar ataques reiterados à democracia. Cabe ao Legislativo seguir o exemplo e defender os verdadeiros interesses da nação."

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