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Uma menina de 9 anos foi baleada no rosto nesse sábado, 16, na Vila Kennedy, favela da zona norte do Rio. A bala atingiu o olho esquerdo da criança, que foi socorrida e está internada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da cidade.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o estado de saúde da menina é considerado estável. Ela está internada em observação.

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O caso está sendo investigado. A Polícia Militar informou, em nota, que "não houve operação e nem confronto armado envolvendo nossas equipes na Comunidade da Vila Kennedy no último sábado".

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Grupo saqueia supermercado

Um supermercado foi saqueado por diversas pessoas na noite de sábado, 16, em Inhaúma, também na zona norte carioca. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram grupos saindo com caixas de produtos e carrinhos de compras carregados, além de gôndolas reviradas e produtos espalhados pelo chão.

O caso aconteceu em supermercado na rede Inter da Estrada Adhemar Bebiano. Agentes da PM foram acionados e chegaram ao local por volta das 20h, quando o grupo que saqueava se dispersou. Ninguém foi preso.

Ainda de acordo com a PM, os responsáveis pelo supermercado "ficaram de relatar os fatos em registro policial na delegacia posteriormente". O Estadão ainda não conseguiu contato com a rede Inter.

A Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro reassumiu o policiamento da Vila Kennedy, comunidade considerada "tubo de ensaio" das Forças Armadas desde o início da intervenção federal, em fevereiro. A comunidade na zona norte do Rio passará a contar a plena atuação dos militares do 14º BPM a partir desta terça-feira (15).

Em nota, o Gabinete de Intervenção Federal informa que as primeiras fases da atuação na comunidade buscou "recuperar a capacidade operativa dos órgãos de segurança pública" e "reduzir os índices de criminalidade" na região. "A nova etapa do processo - iniciado em fevereiro pela Intervenção Federal - prevê a retomada das áreas de atuação do batalhão, incluindo as comunidades Vila Kennedy e do Batan."

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A Vila Kennedy, favela de 41 mil habitantes que nasceu de um conjunto habitacional dos anos 1960, foi considerada um "tubo de ensaio" e alvo de constantes operações conjuntas entre a Polícia Militar e as Forças Armadas.

Em fevereiro, os moradores foram "fichados" durante pelos militares ao ter os rostos e documentos fotografados. À época, a Defensoria Pública do Rio afirmou que a prática configurava constrangimento ilegal e remetia às práticas da ditadura militar (1964-1985). O Comando Militar do Leste, por sua vez, respondeu que ação era legal e feita regulamente.

No mês seguinte, uma operação da Prefeitura do Rio na região, com apoio dos militares, demoliu barracas e quiosques de comerciantes informais da Praça Miami, no centro da comunidade, que não tinham licença. A atuação causou revolta e comoção entre os moradores da Vila Kennedy. No mesmo dia, à noite, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) se desculpou pela ação dos agentes municipais, condenou o "uso desproporcional da força" e disse que a ideia foi da Polícia Militar.

De acordo com o Gabinete de Intervenção Federal, as ações na Vila Kennedy nos últimos meses resultaram em 21 prisões em flagrante, recuperação de 844 motos e 791 carros, apreensão de 892 quilos de maconha, além de cocaína e crack. Além disso, a pasta diz que realizou a capacitação de policiais militares e reforço na infraestrutura do 14º Batalhão, que contará com novos veículos, munições e fuzis.

L., Comerciante de 38 anos, morador da Vila Kennedy:

"Quando o presidente (Michel) Temer anunciou a intervenção, ninguém na Vila Kennedy imaginou que o 'laboratório' seria lá. Uma semana depois, veio a primeira operação. E depois outra, e mais outra, quase todo dia. Logo no primeiro dia teve aquele fichamento dos moradores, como se todos nós fôssemos bandidos. O que a gente mais deseja são serviços, não força de segurança. Não é arma que vai resolver nosso problema.

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A Clínica da Família não tem remédio. Nos colégios, faltam professores. No início, apoiamos a intervenção, porque achamos que era por tempo indeterminado. Mas eles dão expediente e vão embora.

No dia 4 de março, os militares retiraram barricadas do tráfico e, quatro horas depois, traficantes puseram de volta. Parece gato e rato.

Os poucos resultados mostram que eles (os militares) não estavam preparados. No meio disso, a gente se assustou com a forma com que a Marielle foi executada, como a voz dela foi calada. Parece que matando a vereadora, mataram cada favelado também"

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma semana depois da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) derrubar quiosques da Praça Miami, os moradores da Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio, receberam uma série de serviços sociais oferecidos pela própria prefeitura, em parceria com o governo do estado e o gabinete da intervenção federal.

O prefeito Marcelo Crivella e o general interventor Braga Netto estiveram na comunidade na manhã deste sábado (17), durante a ação comunitária que disponibilizou a retirada de documentos, regularização de comércio, assistência médica, veterinária e odontológica e atividades de lazer e recreação. Oitocentos militares das Forças Armadas atuaram na segurança e na prestação de serviços aos moradores. 

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"A proposta, o desejo e a determinação do general Braga Netto é fazer com que a Vila Kennedy seja um protótipo, um piloto do que se vai tentar replicar em outras comunidades, com uma sequência de atividades semelhantes. Então, nós entramos com Forças Armadas e polícia pra poder remover aqueles obstáculos ao acesso [barricadas], estabilizamos a área", explicou o porta-voz do comando conjunto das operações da intervenção no RJ, coronel Carlos Frederico Cinelli. 

Entretanto, a presença ostensiva dos militares na comunidade, que possui mais de 40 mil habitantes e tornou-se oficialmente bairro no ano passado, não tem sido garantia de segurança para a população. "Ficar aqui de dia é mole. À noite aqui está um perigo", desabafou um morador que pediu para não ser identificado. 

A enfermeira Maria Neide dos Santos, que vive há 29 anos na Vila, relatou que houve tiros na manhã anterior quando sua mãe havia saído de casa, obrigando-a a se proteger das balas. "Essa palavra 'tranquilo' tá difícil de confirmar. Organizada a Vila Kennedy não está", comenta. 

Apesar da crítica, Maria Neide diz que a chegada das forças armadas representaram alguma melhora. "Eu queria que eles ficassem aqui eternamente. Porque a PM tem que parar com a corrupção. A Marielle morreu por quê? Porque botou a boca no mundo", ressaltou a moradora, que disse esperar ações de justiça pelas Forças Armadas na comunidade.

No entanto, o representante do Comando Militar do Leste à frente da operação na Vila Kennedy, o coronel Carlos Cinelli descartou uma permanência duradoura do efetivo no bairro.

"Nós não vamos permanecer na comunidade. O general não tem a ideia de que as operações se restrinjam à ocupação da comunidade. Isso já foi visto no passado, que Forças Armadas ocupando a comunidade não é uma receita que vá dar sustentabilidade no futuro", afirmou o comandante, que citou as ocupações nos complexos de favelas do Alemão e da Maré como exemplos a não serem repetidos. 

"A palavra 'ocupação' dá a ideia de permanência e essa permanência já existe. O próprio projeto das UPPs não será desmantelado, o general Richard [Nunes], da secretaria de Segurança, já comentou que o estudo está sendo refeito e isso vai caber, essa ocupação da comunidade, por forças policiais e nós estamos nesse momento dando um apoio pra que isso possa ser feito", explicou. 

O posicionamento do coronel é consonante com os apelos de militantes de direitos humanos pelo fim da intervenção militar no Rio de Janeiro, que vem sendo intensificados nas manifestações realizadas após o assassinato da vereadora Marielle Franco. A parlamentar também era contra a intervenção, cujos resultados têm sido questionados pelos ativistas, já que os conflitos em diversas áreas da cidade continua fazendo vítimas. 

Na noite sexta-feira (16), um confronto entre policiais e traficantes deixaram quatro mortos no Alemão, incluindo um bebê de 1 ano atingido enquanto estava com a mãe. De acordo com o aplicativo Fogo Cruzado, a favela Bateau Mouche, na Praça Seca, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, está sob tiroteios desde o meio-dia deste sábado. 

Segundo o coronel Cinelli, foram solicitados novos estudos sobre o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e confirmou que o modelo, que deverá sofrer ajustes, junto com a atuação mais efetiva da PM são algumas das apostas do gabinete de intervenção militar para a segurança pública do estado.   

"O trabalho precisa ser feito pela Polícia Militar, pra isso ela está sendo capacitada a partir de agora, está sendo modificada a sua gestão, pelo gabinete de intervenção. É recuperar essa capacidade operacional pra que ela possa garantir esse patrulhamento ostensivo, que efetivamente vai impedir que essas organizações criminosas retomem o controle dessas áreas", afirma. 

Depois de derrubar 52 barracas que funcionavam havia anos na Praça Miami, a principal da Vila Kennedy, favela da zona oeste do Rio, a prefeitura do Rio voltou atrás e promete realocar e legalizar os comerciantes, além de abrir uma linha de crédito para que eles possam comprar equipamentos de trabalho. Neste domingo (11) foram pré-cadastradas 44 pessoas pela Coordenação de Feiras da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação.

No sábado (10) o prefeito Marcelo Crivella (PRB) se reuniu com 30 representantes da feira na praça e anunciou que será publicado um decreto autorizando em definitivo a presença das barracas. Tendas provisórias serão instaladas para que eles sigam trabalhando, enquanto se constroem equipamentos definitivos. No dia anterior, o município anunciara que licenças seriam sorteadas, ou seja, não valeriam para todos.

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No encontro de sábado, no Palácio da Cidade, sede da prefeitura, Crivella se desculpou pela ação da sexta-feira, quando equipes da própria prefeitura chegaram de manhã cedo com retroescavadeiras destruindo os quiosques, para desespero dos donos. Os trabalhadores choraram e alguns se colocaram diante das máquinas, suplicando para que suas barracas fossem poupadas. A maior parte vende comida e tira dali sua única renda para sustento de sua família.

Na sexta à noite, o prefeito já havia divulgado nota oficial repudiando "uso desproporcional da força" na operação de ordenamento urbano e dizendo que a ideia não foi da prefeitura, mas da Polícia Militar. Na nota, afirmou que na feira havia venda de drogas e de carga roubada. O Exército apoiou as equipes, assim como a Guarda Municipal.

Segundo a Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização da prefeitura divulgou horas antes da nota de Crivella, foram encontradas construções irregulares, de alvenaria e metal, que ocupavam "quase todo o espaço livre da praça, um flagrante desrespeito à Lei orgânica do município".

No sábado, o prefeito prometeu a abertura de uma linha de crédito específica para quem atua na praça da Vila Kennedy, e sublinhou que os comerciantes terão que atuar "dentro da lei". "Não pode ter ‘gato’ de luz, não pode ter ponto de água clandestino e tem que ter taxas para serem pagas, porque isso é um dever de cada cidadão". O modelo e a quantidade de quiosques a serem construídos ainda serão definidos.

"A promessa foi maravilhosa, mas quero ver na prática, se vai sair a licença definitiva. Já comprei uma tenda, custou R$ 300, não ganhei nada de ninguém. Essa é minha única renda, vou ter que dar meu jeito, não posso parar. Trabalho de domingo a domingo", disse o comerciante Leonardo Damasceno, que participou da reunião sábado e foi cadastrado neste domingo. "O prefeito jurou que não sabia de nada (da ação de sexta), nem a equipe dele. Disse que foi um pedido da Polícia Militar para a prefeitura. Tenho certeza que isso (o cadastramento) é resultado da repercussão negativa". Os comerciantes já tentavam se legalizar junto à Subprefeitura de Bangu, mas recebiam respostas evasivas, conforme contaram à reportagem.

A Vila Kennedy, favela de 41 mil habitantes que nasceu de um conjunto habitacional dos anos 1960, vem recebendo ações das Forças Armadas no escopo da intervenção federal na segurança do Rio nas últimas duas semanas. Os militares retiraram barricadas instaladas pelo tráfico de drogas para evitar a presença de forças de segurança e de bandos rivais e ajudam no patrulhamento da PM.

Militares das Forças Armadas conduzem, na manhã desta quarta-feira (7) uma operação na comunidade da Vila Kennedy, zona oeste do Rio de Janeiro. A ação, deflagrada pelo Comando Conjunto e pela Secretaria de Segurança Pública, é coordenada pelo Gabinete de Intervenção Federal.

A operação tem como objetivo cerco e "estabilização dinâmica" da área, além de desobstrução de vias, segundo nota divulgada pelo Comando Conjunto. Segundo o comunicado, é possível que sejam cumpridos "eventualmente" mandados de prisão pela Polícia Civil.

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Participam desta ação 900 militares das Forças Armadas com apoio de veículos blindados, aeronaves e equipamentos pesados de engenharia. Ruas e acessos à comunidade podem ser interditados, assim como setores do espaço aéreo estão sujeitos a controle, com restrições dinâmicas para aeronaves civis. Não há interferência, porém, nas operações dos aeroportos.

Uma operação das Forças Armadas realizada neste sábado (3) na comunidade da Vila Kennedy, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, terminou com cinco presos. De acordo com o Comando Militar do Leste (CML), houve o cumprimento de um mandado de prisão e a prisão de quatro pessoas em flagrante. Dos flagrantes, um foi desacato, outro foi desobediência e dois por posse de drogas.

Também foram apreendidos 12 cartuchos de 9 mm, dez carros e seis motos. Mais de 700 pessoas foram revistadas, bem como 617 veículos.

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Os militares também retiraram 16 barricadas colocadas por criminosos, cujo objetivo era impedir o trânsito no interior da comunidade. Ao todo, participaram da ação cerca de 1.400 militares.

Marcelo Ribeiro de Andrade, 35 anos, foi assassinado na porta de casa na Rua da Independência, na Vila Kennedy em Caruaru. Ele foi abordado por dois homens armados em uma moto na manhã desta quarta-feira (02) quando voltava da caminhada com a esposa. Ele morreu na hora. Segundo a PM, a mulher da vítima tentou agredir os assassinos que fugiram logo em seguida. A Polícia vai investigar o crime, e de acordo com informações da Polícia Militar, Marcelo tinha banco na Feira da Sulanca. O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru, até agora ninguém foi preso.

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