Luiz Mendes

Luiz Mendes

Deixa que eu chuto

Perfil: Graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau. Começou a carreira trabalhando em rádio e atualmente é editor de esportes do LeiaJá

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Apito padrão Fifa

Luiz Mendes, | qua, 15/01/2014 - 14:04
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Oito meses após de ser chamado de frouxo pelo então presidente do Náutico, Paulo Wanderlei, o árbitro Sandro Meira Ricci, que faz parte do quadro da Federação Pernambucana de Futebol, foi chamado para ser o juiz brasileiro na Copa do Mundo de 2014. 

Não faz muito tempo que arbitragem do estado passou por uma de suas piores fases. Nunca haverá unanimidade, mas em um passado não muito distante era difícil encontrar um juiz que levasse o mínimo de confiança para jogadores, dirigentes e torcidas locais. A solução foi importar.

A FPF mandou chamar de Brasília Sandro Meira Ricci. A missão dele era trazer de volta um pouco da credibilidade do apito pernambucano. Escalado para finais e jogos importantes, por algum tempo ele conseguiu dar uma estabilidade a crise. 

Mas a vida de quem tem a mãe sempre homenageada pelas arquibancadas não é fácil. A qualidade mundial dos juízes de futebol é muito ruim. Em países com campeonatos de alto nível, a arbitragem sempre deixa a desejar. O que esperar então de árbitros que virão de países onde o futebol não tem tradição? 

Teremos no Brasil homens de preto vindos do Usbequistão, Bahrein, Zâmbia, Nova Zelândia e Taiti. Resta rezar e torcer para uma boa Copa para Ricci e que ele não chegue muito longe, porque será sinal que a seleção brasileira caminhará rumo às finais.

3 dentro

- Seedorf. Craque, simples e carismático, o holandês deixou o Botafogo na Libertadores da América, pendurou as chuteiras e foi assumir o comando técnico do Milan. Se apresentar no banco metade do talento que mostrou dentro dos gramados, será um dos melhores treinadores do mundo.

- Cristiano Ronaldo 1. Confesso que se tivesse que escolher o melhor do mundo em 2013 daria o meu voto para Ribéry. Mas o prêmio ser entregue para Cristiano Ronaldo não foi injusto. A eficiência do Português foi mais essencial para seleção do seu país do que para o Real Madrid.

- Cristiano Ronaldo 2.  Em agradecimento ao prêmio recebido pela Fifa, o camisa 9 Merengue presenteou os fisioterapeutas do clube com carros. O atacante teria feito a promessa dias antes da premiação.

3 Fora

- Fifa. Com medo dos possíveis protestos durante a Copa do Mundo, dirigentes da entidade não ficarão no para o Brasil. Eles participarão de um congresso dias antes do mundial e só retornarão caso seus países cheguem à final da competição.

- Rio de Janeiro. A cidade que vai receber os próximos Jogos Olímpicos alega não ter dinheiro para promover o prêmio Laureus, considerado o Oscar do Esporte. O dinheiro investido para promover o evento seria cerca de R$ 25,8 milhões.

Vale quanto pesa

Luiz Mendes, | seg, 13/01/2014 - 09:45
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Há muito tempo o intervalo entre temporadas, período mais propício para negociação de jogadores, não era tão fraco. Usando termos de economia, o mercado está em baixa e os investidores estão receosos em aplicar grandes recursos.

O futebol parecia ser um mundo paralelo devido aos valores astronômicos utilizado em suas transações. A pouca fiscalização e transparência fizeram do esporte uma paraíso para aproveitadores e pessoas de outro ramo que viam na atividade um bom negócio para a livre circulação de suas riquezas. Parecia que nada poderia abalar esse mundo de grandes cifras.

Em 2011, por exemplo, as 11.500 transferências realizadas por todo o mundo movimentou um pouco mais de três bilhões de dólares. Mas a crise financeira que assolou boa parte da Europa parece que afetou o futebol somente agora. E isso está refletindo no Brasil. Duas das principais portas de entrada para jogadores brasileiros no Velho Continente, Portugal e Espanha, foram duramente atingidas pela crise.

Diante deste cenário, salários dos jogadores estão diminuindo e transações de vários dígitos estão cada vez mais raras. Principal destaque do Campeonato Brasileiro do ano passado, o atacante Walter receberia cerca de R$ 300 mil por mês caso o acordo com o Fluminense tivesse dado certo. O Sport também tem interesse no pernambucano, mas será que o jogador, que ficou famoso por sua habilidade e quilos a mais, vale todo esse dinheiro?

Com a dificuldade de contratação de grandes nomes, os clubes deveriam olhar com maior carinho para as suas categorias de base. Porém, como não foram tratadas com a devida atenção, é difícil que de lá saia a solução para o problema das equipes.

3 dentro

- Sport. Dos quatro representante pernambucanos na Copa São Paulo de Futebol Júnior, apenas o rubro-negro se classificou para a próxima fase. Os meninos da Ilha do Retiro ainda não perderam nenhum jogo na competição.

- Fifa. Como apenas jogadores que atuavam na Europa recebiam o prêmio de melhor jogador do mundo em uma temporada, a entidade resolveu homenagear Pelé, entregando-lhe uma Bola de Ouro especial.

- Santa Cruz. Mesmo com dificuldades para conseguir contratar novos jogadores, o Tricolor do Arruda foi bem ao fechar com dois atacantes. Léo Gamalho e Cassiano chegam ao time brigando pela titularidade.

3 fora

- Sport. O primeiro jogo do rubro-negro em 2014 não deixou o torcedor muito satisfeito, diferente do que afirmou o técnico Geninho. O empate em 1x1 com o Confiança-SE mostrou deficiências antigas do time. Jogadores da base mostraram a mesma ineficiência, porém alguns dos novos contratados mostraram boas qualidades.

Organizadas no poder

Luiz Mendes, | sex, 10/01/2014 - 10:38
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Eles não querem só dominar as arquibancadas ou o estádio. Querem o clube todo. E o método é o mesmo usado contra as torcidas rivais. O medo, a intimidação e a violência. Em alguns casos o projeto vem sendo bem sucedido e em outros parece que o cerco se fechou. 

Em entrevista concedida à Rádio Transamérica, o presidente do Santa Cruz, Antônio Luís Neto, mostrou apoio à organizada do clube. Justamente ela, que por conta de uma briga na Copa do Nordeste do ano passado, em Maceió, tirou do Arruda um dos principais jogos da história tricolor. O centenário coral terá que ser comemorado longe do seu território, provavelmente em Caruaru.

Ficar nas arquibancadas já não basta. O objetivo agora são atingir outros setores. Gerências, conselhos, diretoria e presidência dos clubes. Cansaram de pedir sala no clube, ingressos e ônibus para viagem. A intenção é controlar e mandar também nas finanças do clube. Há casos, como o de Andres Sanches, fundador da Pavilhão 9, uma ramificação da Gaviões da Fiel, e que chegou a presidência do Corinthians e a CBF, aspirando comandar todo o futebol nacional.

Em contrapartida, o Cruzeiro faz uma ação pioneira rompendo de vez com qualquer torcida organizada. Não financia, não apoia e quer a imagem dos brigões cada vez mais longe do clube, inclusive proibindo judicialmente o uso do símbolo do time pelas facções.

No caso do Santa Cruz, a Inferno Coral tem poder de diretoria dentro clube. Membros do grupo participam das entrevistas coletivas nas apresentações de jogadores. Interrompem treinos invadido o gramado para cobrar dos jogadores e tem uma série de benefícios, tamanha é a influência dentro do José do Rêgo Maciel.

Político como é, ALN deveria pedir uma pesquisa para saber a opinião de todos os torcedores do Santa Cruz sobre as ações das organizadas, assim poderia entender o sentimento da massa coral. Com certeza ninguém está feliz por ser privado de celebrar a data mais importante do clube longe daquele que é considerado o segundo lar da maioria. O Mundão do Arruda.

3 dentro

- Náutico. A nova diretoria alvirrubra vem agindo bem nesse início de temporada. Dá o respaldo necessário para as indicações do treinador, corta os privilégios dos jogadores, pretende pagar apenas o que pode aos atletas e que saldar as dívidas da antiga gestão. 

- Messi. O argentino mais uma vez assombrou o mundo no seu retorno ao Barcelona, após um período afastado devido a uma lesão. Em 30 minutos o camisa 10 fez gol, driblou e deu passe. A Copa do Mundo deste ano pode ser o grande estímulo do atacante.

- Sport. Seguindo a lógica, o setor defensivo do Leão foi a prioridade nas primeira contratações. Aquela que o ano passado era a maior fragilidade do time, parece, na teoria, que esse ano será mais confiável. Principalmente com a volta de Durval.

3 fora

- Botafogo. Para manter a fama que o futebol é algo pouco transparente, o clube carioca fez uma parceria para lá de nebulosa com a Telexfree. A empresa acusada de pirâmide financeira e crime contra a econômia, está proibida de atuar no Brasil, mas estampará sua marca na trdicional camisa alvinegra.

- Ottmar Hitzfeld. Depois do técnico da Inglaterra, agora foi a vez do treinador da Suíça criticar a cidade de Manaus, que receberá o jogo dos europeus contra Honduras. De forma preconceituosa, o suíço disse que seu time jogaria no meio da selva.

- Governo Federal. A União pagou cerca de R$ 150 milhões para obras de melhorias de Centro de Treinamentos para receber seleções durante a Copa. 83 lugares receberam o benefício, porém apenas 32, o número de times na competição, serão utilizadas durante o mundial.

A volta do xerife

por Luiz Mendes | qua, 08/01/2014 - 09:28
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Como em um filme de faroeste, o herói de outrora retorna para o seu vilarejo para colocar tudo em seu devido lugar. Com marcas de outras disputas e a experiência adquirida em cercanias distantes, ele volta para o lugar que é seu.

Desde 2010, quando se transferiu para o Santos, que o torcedor do Sport sonha com o retorno daquele que já foi clamado pelas arquibancadas da Ilha do Retiro como o melhor zagueiro do Brasil. Durval só não é mais aguardado do que o seu comandante no título da Copa do Brasil de 2008, Nelsinho Batista.

Esperança e dúvidas permeiam os rubro-negros. Todos sabem do potencial do defensor de poucos sorrisos e também tem consciência que nas últimas temporadas o zagueiro paraibano não apresentou o futebol que o consagrou em Pernambuco. 

A expectativa é que o retorno de Durval não seja parecido com a volta de outro herói do título nacional do final da última década. Quando retornou ao Sport, em 2010, Romerito não foi mais tão decisivo para o time vermelho e preto e frustrou boa parte da torcida.

Toda a novela para o retorno do zagueiro pode ter desgastado um pouco a sua imagem com os mais incrédulos leoninos, mas basta Durval voltar com os desarmes precisos, os chutões necessários e os gols decisivos e a sensação de um bom filme repetido estará novamente na memória rubro-negra. Parte da carência da torcida do Sport parece ter chegado ao fim.

3 dentro

- Bom Senso FC. Para mostrar que não foi apenas algo passageiro, o movimento encabeçado por jogadores para melhorias no futebol nacional promete novas mobilizações logo no início do ano. Uma greve no início da temporada está sendo analisada.

- Fluminense. Após as vergonhosas disputas no STJD, o time das Laranjeiras acerta ao contratar o destaque do último Campeonato Brasileiro. Walter defenderá o clube em 2014 e poderá fazer uma ótima dupla de ataque com Fred ou Rafael Sóbis.

- Califórnia. Estado norte-americano proibiu competições pankration, que nada mais é do que uma versão infantil para o MMA. A Comissão Atlética Local disse não haver segurança para os praticantes. Crianças com cinco anos de idade já entravam em octógonos para trocarem socos e pontapés.

3 fora

- Pernambuco. Das 83 opções de locais para hospedar seleções durante a Copa do Mundo, nenhuma era no estado. Desta forma, as seleções que vão jogar na Arena Pernambuco passarão pouquíssimo tempo por aqui.

- Santa Cruz. O time tricolor perdeu o seu principal volante e parece que não conseguirá repor à altura. Saiu Dedé e chegou Everton, jogador que após defender Sport e Náutico rodou o país todo e não se firmou em lugar nenhum. Contratações continuam no nível da Série C.

- Fifa. O campeão da Copa do Mundo de 2022, no Catar, pode ser conhecido apenas em 2023. Por contas das temperaturas no Oriente Médio, a Fifa definiu que o mundial deverá ser disputado entre 15 de novembro 2022 e 15 de Janeiro 2023.

A voz do torcedor

por Luiz Mendes | seg, 06/01/2014 - 10:10
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Com a morte de Mané Queiroz no último final de semana foi junto no caixão um pouco da voz da torcida pernambucana. O radialista era um dos poucos que ainda abria espaço para que ouvintes entrassem ao vivo, por telefone, para criticar, comentar, elogiar, opinar sobre qualquer coisa referente ao seu time, à imprensa, aos dirigentes e até assuntos que não tinham nada a ver com o futebol.

Lembro que no final do ano passado um tricolor do município do Cabo de Santo Agostinho entrou no ar para falar com Mané e depois de tratar sobre as alegrias que o Santa Cruz tinha lhe dado durante o ano de 2013, ele relatou que era casado com a prima da ex-mulher do Radialista. O tema futebol foi jogado para longe como uma bola chutada de bico por um zagueiro em final de campeonato. Durante dez minutos assuntos e lembranças familiares foram compartilhadas com os milhares de ouvintes naquela noite de domingo.

Em tempos de internet, o espaço do torcedor fica “limitado” a comentar matérias em sites ou ter sua opinião lida durantes transmissões e programas através de murais ou rede sociais. Algumas poucas rádios na AM ainda abrem espaço para o torcedor falar. Em FM, Mané Queiroz era o único a fazer isso em Pernambuco.

Os apaixonados por rádio e futebol querem falar e dividir o espaço na dial. Querem fazer parte da comunicação e não apenas meros receptores de mensagens. O veículo com a maior aproximação com os torcedores dentro de um estádio vai cada vez mais fechando o espaço para quem realmente é feito o esporte.

3 dentro

- Futebol de Areia. Após três finais de semana seguidos com competições na arena instalada na praia do Pina, o esporte parece ter caído no gosto do pernambucano. Sempre com arquibancada cheias, os torneios reuniram seleções de todo o mundo, além dos principais clubes da cidade.

- Atlético-MG. O campeão da Copa Libertadores de 2013 foi considerado o melhor time das Américas no ano passado. O resultado veio de um estudo feito pela Pluri Consultoria. Além do título da Libertadores, a oitava colocação no Brasileiro e o terceiro lugar no mundial foram considerados pelo relatório.

- Santa e Sport. Rubro-negros e Tricolores começaram bem na Copa São Paulo de Futebol Júnior. O Sport aplicou um 5x1 contra o Rio Branco-SP, enquanto o Santa venceu o Goiás, atual vice-campeão do torneio, por 1x0.

3 fora

- Náutico e Porto. Os outros dois representante de Pernambuco na Copinha decepcionaram na estreia. Os alvirrubros perderam por 1x0 para o Paulista-SP. O time do interior pernambucano foi derrotado por 2x0 para os gaúchos do Juventude-RS.

- Joseph Blatter. O presidente do Fifa sempre pregou otimismo em relação a Copa no Brasil. Em entrevista a imprensa suíça, Blatter disse que o país demorou muito para iniciar as obras para o mundial. As possíveis manifestações durante o torneio também foi comentado por ele.

 - Manaus. O governo do Amazonas informou que não terá nenhum esquema de segurança especial para os hooligans ingleses. A seleção da Inglaterra enfrentará a Itália na capital amazonense ainda na primeira fase da competição.

Adorável rival

Luiz Mendes, | sex, 03/01/2014 - 09:08
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Ele foi o grande responsável por tornar a Fórmula 1 mais chata para os brasileiros. Não tinha graça. Durante cinco temporadas seguidas os resultados nos domingo pela manhã eram sempre os mesmos. Vitória de Michael Schumacher.

Aquele terrível alemão de queixo largo era frio e suas comemorações pareciam caçoar propositalmente de qualquer pessoa que estivesse assistindo as corridas no Brasil. O sentimento verde e amarelo era de raiva, angustia e inveja sempre acompanhada daquele pensamento. “Ele é tão bom quanto Senna”. 

O tempo foi passando e Schumi já tinha mais títulos que o brasileiro. E por mais torcida que Rubens Barrichello recebesse dos compatriotas, não dava para bater o alemão. Porque ele era melhor e ainda tinha os privilégios de ser o piloto número um da Ferrari, como previsto em contrato. Para favorecer o companheiro de equipe, Rubinho tinha que abrir mão de tudo. Inclusive de vitórias.

Mesmo com toda a birra, era impossível não se render ao talento de Schumacher. Ainda nos meados da década de 1990, com a Benetton, ele já provava ser excepcional e conquistou os títulos de 94 e 95. Mas foi a partir do ano 2000 que o carro vermelho italiano e o piloto alemão pareciam ser uma coisa só. Não tinha adversário à altura. Não tinha equipe que ameaçasse alguma coisa. 

Hoje a corrida é outra para o heptacampeão. Chegou a hora do Grande Prêmio da vida. Nessa prova não tem pole position, nem parada nos boxes. A única coisa que importa é cruzar a linha chegada e superar mais esse desafio. É difícil, mas se tratando de Michael Schumacher, não se assuste se ele vencer novamente e assombrar o mundo mais uma vez.

3 dentro

- Salgueiro. Carcará segue sobrando nesta primeira fase do Campeonato Pernambucano de 2014. Com mais ritmo e mostrando um futebol de qualidade, é provável que o time sertanejo dê muito trabalho as equipes da capital na próxima fase.

- Delmiro Aparecido Goveia. O advogado paulista foi o primeiro torcedor da Portuguesa a entrar na Justiça Comum para pedir os quatro pontos perdidos pela Lusa no Campeonato Brasileiro. Outros fãs do rubro-verde paulistano prometem fazer a mesma coisa.

- Maya Gabeira. Após quebrar o pé quando tentava descer uma onda gigante na praia de Nazaré, em Portugal no ano passado, a surfista brasileira postou um vídeo nesta quinta-feira mostrando seu retorno ao mar. 

3 fora

- Náutico. Durante a cerimônia de posse de Glauber Vasconcelos, novo presidente do alvirrubro, muitos diretores e catedrais, que durante muito tempo fizeram parte da vida do clube, não apareceram no evento. Sinal que os tempos são outros no Eládio de Barros Carvalho.

- Arena Amazônia. O governo do Amazonas demorou, mas agora já admite que não sabe o que fazer com o estádio que está sendo construído para a Copa do Mundo. Com o gasto de R$ 605 milhões para sua construção, a Arena terá um custo mensal de R$ 500 mil apenas para manutenção.

- Times empresas. É o que mais vai se ver durante a Copa São Paulo de futebol júnior. O tradicional campeonato da categoria é um conglomerado de times de empresário que tratam os jovens valores do futebol como mercadoria. Clubes tradicionais neste torneio são excessão.

Quanto mais violento melhor

Luiz Mendes, | sex, 27/12/2013 - 11:14
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Prestes a realização da “luta do ano”, a revanche entre Anderson Silva x Chris Weidman, volta aquela questão. MMA é esporte?

Em princípio sim. Existem regras, leis. E, em tese, a reunião de uma série de artes marcias e esportes. Taekwondo, Jiu-jitsu, judô, boxe, todas essas modalidades estão presentes nos eventos de luta. 

Que seja um esporte, mas ninguém pode negar que é violento. Estimula a violência? Talvez. Provavelmente ninguém vá sair distribuindo tapas pela só porque assistiu uma luta do UFC pela televisão. Há outras pessoas que vão querer fazer algo parecido e até se matricular em uma academia para praticar finalizações e outras coisas.

O que espanta é que a popularização dos eventos de MMA traz à tona a incrível crueldade humana. Eu, que sou crítico da prática, já me peguei passando muito tempo assistindo trechos de lutas ao zapear pelos canais de TV por assinatura. Existe um encanto inexplicável pelo sofrimento alheio.

Os fãs não querem lutas rápidas. Um soco e acabou. Querem que os cambates durem o maior tempo possível, com os adeversários deferindo o maior número possível de golpes no outro. Sangue e rostos desfigurados. Preferencialmente em câmera lenta e por vários ângulos diferentes.

“Os gladiadores do século 21” é a alcunha dada aos que estão dentro do ringue. Na Roma Antiga, os gladiadores eram escravos da burguesia que eram treinados para lutarem até a morte apenas para o entretenimento dos nobres. Há semelhança com os combates atuais. Deve ser apenas coincidência que as torcidas organizadas de futebol ofereçam treinamento de Muay Thai aos seus integrantes. 

A sociedade brasileira está violenta e impressiona ver famílias reunidas em frente ao televisor assistindo ao banho de sangue, gritando, vibrando, porque um homem está batendo no outro. Desculpa, mas eu não é normal ver alguém acertar o nariz do outro com o cotovelo e ficar rindo disso.

3 dentro

- Santa Cruz. Diretoria tricolor acertou ao renovar o contrato do principal jogador do time nos últimos três anos. O goleiro Thiago Cardoso ficará no Arruda até 2015. A parte estranha da negociação é que a torcida precisará comprar camisas para saldar antigas dívidas com o atleta.

- Beach Soccer. O bairro do Pina recebe vários eventos da modalidade nesse fim de ano. Depois da Copa das Nações, vencida pelo Brasil no último final de semana, o espaço ainda receberá uma competição de clubes locais e novamente um torneio internacional. 

- Fifa. Não é todo mundo que pode tocar na taça da Copa do Mundo. Além dos campeões mundiais, só pessoas autorizadas e de luvas podem manuseá-la. Em uma ação de um patrocinador, foi autorizado que pessoas cegas pudessem tocar e saber como é o troféu. 

3 fora

- STJD. A 40ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2013 será realizada nesta sexta-feira, pós natal. Portuguesa, Vasco, Fluminense e Flamengo lutam por vagas na Série A do próximo ano. A corda arrebentando do lado mais fraco, teremos a lusa na segunda divisão em 2014.

- Lisca. A fama de maluco do novo treinador do Náutico não é à toa. Nunca vi um técnico divulgar na imprensa quais são os jogadores que estão negociando com o clube. O gaúcho fez isso essa semana. Tomara que a atitude não atrapalhe na hora de assinar os contratos dos novos atletas.

- TCN. O programa Todos Com a Nota foi confirmado para 2014. Com isso os clubes permanecem reféns das decisões do governo do estado em relação a jogos na arena, a FPF continuará anunciando públicos fantasmas e os cambistas estão com os empregos garantidos. 

Não foi por acaso

Luiz Mendes, | seg, 23/12/2013 - 15:13
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Aquele esporte que provavelmente você jogou pelo menos uma partida nas aulas de educação física entrou para a história ontem. Antes relegado pela imprensa, nesta segunda-feira o handebol foi destaque em jornais, TVs, sites e rádios. O feito chegaria em algum momento, já que foi bastante planejado para isso. Não foi um acidente a seleção brasileira feminina ter vencido o mundial da modalidade sem perder nenhuma partida e passando pelas mais poderosas equipes do planeta.

O Brasil é um país que gosta de esportes. Além do futebol, existem talentos em várias outras áreas e vez por outra aparecem os Zanettis, as Yanes, as Telianas. Quase sempre a história é a mesma. Sem patrocínios e dependo do próprio esforço e vocação, esse atletas se superam e conquistam títulos expressivos. Depois disso recebem até algum tipo de incentivo, que logo é relegado caso os resultados não se repitam.  É muito mais difícil que casos como esses ocorram em esportes coletivos. Por mais talento que tenha um único jogador, dificilmente ele conseguirá levar toda uma equipe nas costas para conquistar um troféu.

O primeiro título mundial do handebol brasileiro é fruto do planejamento. Foi preciso importar conhecimento e fazer intercâmibios, assim como acontece em grande empresas com cases de sucesso. Sem dinheiro também é quase impossível tirar as boas ideias do papel. A Confederação Brasileira de Handebol iniciou uma parceria com o Hypo, da Áustria, pagando parte do salário das cinco atletas que jogam pela seleção e defendem o clube e contratou o técnico dinamarquês Morten Soubak. O financiamento pra que isso seja possível vem de duas das maiores empresas estatais do país. O Banco do Brasil e os Correios.

Claro que não só de aporte financeiro se faz equipes campeãs. Somado a isso, o Brasil ainda possui Alê, a melhor jogadora da atualidade, e no mundial ainda se destacaram a goleira Babi e Duda Amorim, artilheira da competição. E para completar a saga de uma história vencedora, também houve superação. Dani Piedade sofreu uma AVC dentro de quadra no ano passado e conseguiu se recuperar a tempo de participar da campanha vitoriosa.

Aquele esporte colegial mostrou que pensa e age profissionalmente e com isso dá lições para outros esportes como o futebol, que tem aparato profissional, mas é gerido por amadores.

3 dentro

- Bayern de Munique. Cinco títulos em uma única temporada. A eficiência alemã somada ao futebol envolvente e de posse de bola pregado por Pep Guardiola faz do clube um dos mais fortes do mundo na atualidade. 

- Santa Cruz. Renovações do clube coral começaram pelo sistema defensivo e meio de campo. Oziel, Renan Fonseca, Luciano Sorriso e Raul permanecerão na equipe em 2014. Importante base do time titular foi mantida, mas ainda é preciso acertar com outros jogadores.

- Dado Cavalcanti. 2013 foi o ano do treinador pernambucano. Chegou à semifinal do Campaonato Paulista com o Mogi Mirim. Apesar de não conseguir o acesso, fez uma boa campanha com o Paraná e em 2014 vai treinar pela primeira vez um time da Série A, o Coritiba.

3 fora 

- Todos com a Nota. Programa do governo estadual é importante para aumentar a receita oriuna da arrecadação tributária. Em contrapartida, a promessa é de acesso do público para eventos esportivos e culturais. Até hoje apenas o futebol é que recebe tal investimento.

- Campeonato Cearense. Por conta da desorganização da tabela, o Ministério Público do Trabalho suspendeu o início da competição. Com o calendário apertado, as partidas do torneio estadual tem intervalos menores que 66 horas, o que é proibido por lei.

- Atlético-MG. Não chega a ser humilhante, mas perder para o oitavo colocado do campeonato marroquino e sofrer para vencer um time do futebol chinês é muito pouco em relação ao que se espera de time campeão da Libertadores da América.

Risco Lisca

Luiz Mendes, | sex, 20/12/2013 - 11:20
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Pergunte a dez torcedores do Náutico se até a semana passada eles já tinham ouvido falar sobre Lisca. Provavelmente um tivesse alguma ideia, os nove demais talvez nem soubessem que se tratava de um substantivo próprio. Quem sabe fosse um neologismo desses tempos de internet.

Se questionamento tivesse sido feito no Rio Grande do Sul quem sabe a resposta seria mais rápida. Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi foi o responsável pelo vice-campeonato do Juventude na Série D de 2013. Também nesse ano levou o time de Caxias do Sul à final do Campeonato Gaúcho. No seu currículo também consta ter sido o responsável por revelar importantes jogadores que sairão do Internacional-RS como Nilmar e Alexandre Pato, quando trabalhava nas divisões de base do colorado.

A recém eleita direção alvirrubra foi ousada ao anunciar a contratação do desconhecido treinador. Logicamente Lisca não encabeçava a lista de possíveis técnicos do Náutico para 2014. Foram no mínimo três respostas negativas, para que então houvesse um sim vindo do Sul do país.

Lisca é uma aposta. E como todas, tem um grande risco. Na última década o clube da Avenida Rosa e Silva teve exemplos de contratações de treinadores, então desconhecidos, que deram certo, como no caso de Muricy Ramalho, em 2001 e 2002, e casos frustrantes como os de Edson Gaúcho e Leandro Machado, em 2003 e 2008, respectivamente. Coincidentemente, os dois vindos do Rio Grande do Sul.

Os 73% da torcida do Náutico, que votou na chapa de oposição nas eleições do último domingo, espera que esse primeiro chute da nova diretoria entre no ângulo e estufe as redes. Os que vestem a camisa vermelha e branca nas arquibancadas não aguentam mais pisadas de bola.

3 dentro

- Sandro Meira Ricci. Contestado por parte da torcida pernambucano, o árbitro que faz parte do quadro da FPF apitará a final do Mundial de Clubes da Fifa, no Marrocos, entre Bayern de Munique x Raja Casablanca. Ricci ainda sonha com a copa de 2014.

- Handebol. A seleção brasileira feminina faz a sua melhor campanha da história em campeonatos mundiais. O time chegou a semifinal da competição, realizada na Sérvia, sem perder nenhuma partida. De azarona, a equipe chega a reta final como uma das favoritas.

- Polícia de Santa Catarina. Parece que dessa vez os brigões de arquibancada não vão ficar impunes. As autoridades catarinenses continua na identificação dos envolvidos na confusão no jogo entre Atlético-PR x Vasco, na última rodada do Campeonato Brasileiro.

3 fora

- Atlético-MG. O time não jogou de salto alto. O Raja Casablanca, time que está na oitava colocação com campeonato marroquino, foi melhor que o time brasileiro. Ainda na África, Cuca já anunciou a saída do clube, que já contratou Paulo Autuori.

- Náutico. Jogadores que atuaram esse ano pela Série A ainda não receberam os últimos salários do ano. O atraso nos pagamentos já tinha sido alvo de protestos do Bom Senso F.C. Os jogadores podem iniciar o ano de 2014 em greve.

- STJD. O Brasileirão 2013 está longe de acabar. A Portuguesa, rebaixada no tapetão, achou uma falha no site da CBF e joga a responsabilidade para a mandatária do futebol nacional. Dia 27 de dezembro está marcada a 40ª rodada do campeonato. 

Nome na camisa

Luiz Mendes, | qua, 18/12/2013 - 10:22
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No peito, nas costas, nos ombros, nas mangas, nas axilas. Banco, xampu, cimento, carro, plano de saúde. O manto sagrado dos clubes tem um preço. Em meio a tanta propaganda, o brasão, símbolo mais nobre de um clube, pode ser ofuscado por tamanha poluição visual.

Empresas querem ter seu nome vinculados a equipes que possam expor a sua marca. Desta forma os atletas viram grandes outdoors ambulantes, pois são esses mesmos patrocinadores que ajudam a pagar os seus salários.

 Sem saudosismos, mas há alguns anos certas marcas tinham total identificação com o clube. A Parmalat com o Palmeiras, a Kalunga com o Corinthians, a TAM com o São Paulo e a Petrobrás com o Flamengo. Atualmente no futebol brasileiro só o Fluminense tem um único patrocinador estampado na camisa.

É compreensível. Cada vez mais endividados, os clube precisam de receitas de todos os lados e as equipes de marketing literalmente vendem espaços publicitários nos uniformes. Os calções também entram nessa cota. Os meões ainda não.

Como em qualquer negócio, patrocínios em times de futebol é um jogo de interesse. O da empresa em se promover e o clube em de aumentar a receita. Se realmente valorizassem aquilo que os torcedores reverenciam, os cartolas cobrariam preços mais altos dos que os já praticados e dariam espaços fixos nas camisas, no máximo dois. Um no peito e outro no alto das costas. Isso para um único investidor. Em contrapartida, o anunciante teria exclusividade e desta forma estaria extremamente ligado ao clube. 

Para os mais céticos, publicidade no futebol é rentável e tem seus riscos. Milhares de pessoas usarão uma roupa com a sua marca, porém o esporte bretão brasileiro está longe de ser algo honesto, limpo, transparente e confiável, valores que todas empresas querem agregados ao seu nome. Mas o esporte vende. E muito. Com cifras estrelares.

Essa semana a montadora de carros japonesa Nissan anunciou que não mais patrocinará o Vasco. A justificativa foram as lamentáveis cenas protagonizadas pela torcida carioca na última rodada do Campeonato Brasileiro. Talvez seja apenas isso. Mas o fato do time não está na principal divisão do campeonato nacional, diminuindo a sua visibilidade, também é um fator a ser considerado. Infelizmente ainda temos que desconfiar das boas intenções no futebol.

3 dentro

- Neymar. Seis gols nas últimas três últimas partidas do Barcelona em 2013. Vencendo adversários e as desconfiança dos críticos, o camisa 11 do clube azul-grená fecha o ano beirando a perfeição.

- Várzea. O futebol amador vem ganhando destaque no Recife no final deste ano. Competições como o Recife Bom de Bola e a Taça Recife das Comunidades movimentam os bairros das periferias e aumentam os sonhos dos jovens para um futuro promissor.

 - Bayern de Munique. Com um time de estrelas e base da seleção alemã, a equipe é a grande favorita os título do Mundial de Clubes da Fifa. O Atlético-MG precisará de muito mais do que a inspiração de Ronaldinho Gaúcho pra vencer os campeões europeus.

3 fora

- Shotoo Brasil. Em tempos que se defende a não violência contra as mulheres, o evento de MMA anuncia a primeira luta mista do país. É isso mesmo. Um homem trocará socos e pontapés com uma mulher e haverá pessoas vibrando na plateia.

- STJD. O tapetão, que há muito não aparecia no futebol nacional, resolveu reaparecer e mais uma vez livrar o Fluminense. A Portuguesa, que não é inocente no caso, será a única punida e jogará novamente a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.

- Futebol Feminino. Mesmo com o patrocínio da Caixa Econômica Federal, o Campeonato Brasileiro de Futebol feminino também terminou em confusão. Árbitros se queixam de não terem recebido pagamentos e o balanço financeiro de alguns jogos ainda não foram feitos.

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