Tópicos | carnaval

Gabriel Medina está aproveitando a solteirice e durante o último sábado, dia 30, o surfista marcou presença no desfile das Campeãs do Rio de Janeiro e parece que parça do Neymar teve uma noite que acabou rendendo.

Pois é, segundo informações do Em Off, Gabriel Medina foi flagrado trocando alguns beijinhos com uma influenciadora digital que é ex-namorada do funkeiro Kevinho. A bonitona em questão é a Gabriela Versiani e eles não perderam tempo mesmo para dar altos amassos na área VIP de um camarote.

##RECOMENDA##

Um perfil de fofoca do Instagram acabou recebendo o vídeo dos dois se beijando e rapidamente isso foi parar em outras redes sociais. Nas imagens, Gabriel Medina aparece abraçando a moça pela cintura e tudo. Mas vale lembrar que recentemente tiveram algumas especulações de que o atleta estaria vivendo um affair a ex-BBB, Jade Picon, após os dois publicarem Stories no mesmo quarto de hotel e no mesmo dia e horário.

Paolla Oliveira arrasou mais uma vez no desfile da Grande Rio. Desta vez, a Rainha de Bateria da escola de samba carioca estava sem o namorado, Diogo Nogueira, mas mesmo assim deu um show no evento das campeões do Carnaval.

Mostrando muito samba no pé, ela colocou o corpão para jogo, mostrou todo o rebolado e cantou com o público.

##RECOMENDA##

Ela ainda bateu palma para a plateia, agradecendo a participação dos fãs.

A noite deste sábado (30) será de festa na Marques de Sapucaí com a apresentação das seis escolas de samba do Grupo Especial mais bem colocadas no desfile deste ano. A programação começa às 21h30. O Salgueiro, sexta colocada, será a primeira a se apresentar.

A vermelho e branco da Tijuca, que somou 268.3 pontos, desfilou com 3 mil integrantes, que defenderam o enredo Resistência, mostrando que a palavra define a história da população negra no Rio de Janeiro. Com a condição de ter sido a primeira escola a introduzir a temática africana nos desfiles, o Salgueiro levará novamente para a avenida a cultura religiosa, as tradições de comemorações, das rodas de capoeira e de danças como o jongo, sem esquecer de criticar o racismo que ainda existe em pleno ano de 2022.

A segunda a entrar na passarela será a Portela, mais uma escola que neste ano levou para o Sambódromo temas da cultura negra para os desfiles. Com o enredo IGI OSÈ BAOBÁ a escola mostrou que a árvore sagrada testemunha do tempo simboliza a conexão com a ancestralidade do povo africano, o pilar que une o céu e a terra, o elo entre vivos e mortos. O samba enredo empolgou os integrantes, e o baobá marcou presença em diversos setores da azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira.

##RECOMENDA##

Na sequência entrará na avenida, a Escola de Samba Unidos de Vila Isabel, que, neste ano, homenageou um dos mais importantes símbolos da azul e branco da zona norte, o cantor e compositor Martinho da Vila, que, logo no início do desfile, animava o público quando saía de dentro do carro da comissão de frente coroado pelo orixá Omolu. O enredo Canta, Canta, Minha Gente! A Vila é de Martinho!, ajudou a escola a fazer uma apresentação alegre que promete se repetir neste sábado, no Desfile das Campeãs.

Campeã de 2020, a Viradouro ficou em terceiro lugar este ano, com 269.5 pontos. Depois de desfiles suspensos por causa da pandemia da covid-19, a vermelho e branco de Niterói escolheu o enredo Não Há Tristeza que Possa Suportar Tanta Alegria para Reviver o Carnaval de 1919, que ocorreu depois de outra pandemia, a da gripe espanhola. Fantasias irreverentes e alegorias luxuosas relembraram o carnaval daquele tempo. Não faltou nem o bonde que era usado nos desfiles da época. A agremiação de Niterói vai repetir a irreverência.

Com o enredo Empretecer o Pensamento É Ouvir a Voz da Beija-Flor, a vice-campeã do carnaval deste ano no Rio de Janeiro prestou homenagens a escritores negros de reconhecimento no Brasil e em nível internacional. A azul e branco de Nilópolis destacou ainda a religiosidade, a cultura e a luta de negros na história do país e da própria escola.

A conquista do primeiro título no Grupo Especial, depois de bater na trave por quatro anos, foi motivo de muita comemoração para a Grande Rio. Com o enredo Fala, Majeté! Sete Chaves de Exu, a escola criticou a intolerância religiosa com a homenagem ao orixá de religiões de matriz africana. A escola quis derrubar uma visão errada sobre a divindade, vista por alguns como promotor do mal, para mostrar que, na verdade, Exu abre caminhos e é guardião de outros orixás. A avenida verá  de novo hoje várias representações da divindade que ajudou a desemperrar o rumo da escola na busca pelo campeonato.

Os blocos de carnaval que quiserem tomar as ruas fora de época nos dias 16 e 17 de julho podem se inscrever para o Carnaval de Rua 2022. A  prefeitura de São Paulo divulgou nesta sexta-feira (29) o formulário online, que pode ser preenchido até 8 de maio.

A secretária de Cultura, Aline Torres, se reuniu com os representantes dos blocos e foi proposta a realização do Esquenta e Carnaval daqui a pouco mais de dois meses. Na data, também foi proposta a elaboração de um comitê permanente de organizações de blocos e coletivos para estreitar as relações entre a prefeitura e a sociedade civil.

##RECOMENDA##

"O carnaval é uma das maiores manifestações culturais da identidade nacional. E, aqui em São Paulo, é uma das mais marcantes, sendo um Patrimônio Cultural Imaterial", declarou Aline Torres. "Queremos trazer toda a alegria, representatividade e diversidade dessa festa de volta para as ruas, mas com responsabilidade e organização", finalizou.

Os blocos, independente do tamanho, terão de prover um complexo planejamento, como a definição dos roteiros, alteração no sistema viário e de transporte público, infraestrutura, grades, assistência médica e rotas de fuga.

Segundo a prefeitura, o formulário de manifestação de interesse deve ser preenchido e entregue até as 23h59 do dia 8 de maio. 

Por Matheus de Maio

 

 

 

A caminhoneira Marcela Porto, que ficou conhecida nacionalmente como Mulher Abacaxi, sonha em ser rainha de bateria de escola de samba. De acordo com a beldade, o desejo de quebrar barreiras é latente em sua vida. "Uma trans de 47 anos quebrando tabus. Não sou mais novinha. Por isso, a romper duas barreiras", explicou a loira.

"É maravilhoso poder abrir ainda mais portas. Assim como outras abriram para mim. Queria ver também uma rainha de bateria trans da comunidade. Ia ser uma quebra de tabus. Uma coisa extraordinária", disse, ao falar sobre representividade no universo carnavalesco.

##RECOMENDA##

Apaixonada pela magia do samba, ela revelou que no passado entrou para o Carnaval por mídia: "Em 2017, entrei porque queria aparecer mesmo. Mas hoje eu entendo como é importante uma trans estar na Sapucaí. Além disso, fiquei apaixonada pelo carnaval. Tenhos duas paixões: Carnaval e caminhão". Marcela Porto já desfilou na Unidos da Ponte como madrinha.

O Carnaval fora de época já acabou mas, Geisy Arruda continua no clima da folia. Fantasiada de borboleta sexy - usando apenas asas e uma lingerie ousada -, a influenciadora convidou os seguidores para o seu "bloquinho" com direito a muita pose e carão nas redes sociais.

A fantasia de borboleta, composta por uma lingerie ousada e peruca rosa, causou nas redes sociais da influenciadora. Ela compartilhou algumas fotos do modelito carnavalesco e convidou os fãs para caírem na folia. “Carnaval acaba nãoooo!!", disse ela.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A brincadeira divertiu os seguidores e eles foram só elogios. “A mais gostosa”; “Demais... gosto muito”; “Sempre belíssima linda”; “Tá demais de linda”; ”Corpo de milhões”; “Espetáculo de mulher”;  “Muito linda”; “Mulher perfeita”; “Gata”; “Tão linda”.

Com um enredo sobre o Planeta Água, a Mancha Verde se sagrou campeã do Grupo Especial do carnaval de São Paulo em 2022. É a segunda vez que a escola de samba vence o carnaval paulistano. A última vez havia sido em 2019. As escolas Colorado do Brás e a Vai-Vai ficaram nas últimas posições e acabaram rebaixadas.

A leitura das notas foi acompanhada pelos integrantes das escolas no Sambódromo do Anhembi, na zona norte de São Paulo. A disputa foi acirrada. Após a apresentação das notas do sétimo quesito, a Mocidade Alegre assumiu a liderança, mas perdeu a posição em seguida. O resultado só foi definido após a leitura das notas dadas pelo último jurado, no último quesito.

##RECOMENDA##

O desfile da Mancha Verde, na primeira noite de apresentações, atrasou. O abre-alas da escola entrou no sambódromo depois de 12 minutos, mas a escola não estourou o tempo regulamentar. O enredo "Planeta Água" começou com uma comissão de frente com referências a Iemanjá, seguida de outros orixás desfilando no chão.

No abre-alas da Mancha, havia uma fonte em que a água jorrava da boca de alegorias de peixes. Telões exibiam quedas d'água, mesmo recurso utilizado em outro carro.

Já o mestre-sala vestia chapéu e tinha uma capa de rede de pescador, enquanto a porta-bandeira era Nossa Senhora Aparecida, alusão à história dos que pescaram a imagem da santa. A escola fez paradinhas longas, de cerca de meio minuto, em que segurou o canto somente com o coro dos integrantes, que repetiam "Iemanjá, Iemanjá, rainha das ondas…"

O segundo carro da Mancha trazia referências indígenas, com uma alegoria giratória próxima ao topo, com bustos de mulheres. Mais atrás, alas com plantas vitória-régia, peixes e pescadores, em que os desfilantes seguravam varas e ficavam dentro de canoas. Já o terceiro carro também exibia imagens do fundo do mar em telões, com uma grande sereia à frente e uma integrante como Iemanjá.

Apuração acirrada

Em reunião na segunda-feira, 25, a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo (Liga-SP) havia decidido em plenária por punições de 0,5 ponto para a escola Colorado do Brás por exibir a imagem de uma marca de roupa na fantasia de um componente, o que foi avaliado como "merchandising".

A Acadêmicos do Tatuapé também foi punida por ter utilizado maquinário para empurrar um carro alegórico que teve problemas técnicos. A escola do Tatuapé, no entanto, conseguiu evitar o rebaixamento.

Na reunião da Liga-SP na segunda, também foram selecionadas as notas da comissão de frente como critério de desempate. Ao todo, cada quesito foi avaliado por quatro jurados, com o descarte da menor nota em cada categoria.

A apuração começou pouco após as 16h20. "Com todos obstáculos e adiamentos, apresentamos um espetáculo maravilhoso na posta", disse a todos o presidente da Liga-SP, Sidnei Carriuolo. Antes da leitura das notas, foi feito um minuto de silêncio em memórias às vítimas da covid-19 nas escolas, seguido de palmas.

A apuração começou pelo quesito Harmonia, no qual todas as escolas pontuaram com a nota máxima após o descarte da mais baixa. Logo no primeiro quesito, componentes de algumas escolas, como a Tom Maior, a Gaviões da Fiel e a Rosas de Ouro, celebravam individualmente com um grito ou palmas.

O quesito seguinte foi o de mestre-sala e porta-bandeira, em que a Vai-Vai perdeu pontos. O primeiro casal da escola foi substituído pelo segundo após a porta-bandeira passar mal. O terceiro foi enredo. As únicas que não pontuaram apenas com notas 10 foram a Dragões da Real e a Águia de Ouro, ambas com um 9,9.

O regulamento prevê notas de 9,0 a 10,0, com uma escala decimal após a vírgula. As notas foram apresentadas na seguinte ordem: harmonia, mestre-sala e porta-bandeira, enredo, evolução, bateria, fantasia, alegoria, samba-enredo e comissão de frente. Com terço em mãos ou a cabeça baixa, integrantes da Mocidade e da Acadêmicos de Tucuruvi anotavam cada nota.

Ao lado, à direta, o Vai-Vai ouvia em silêncio. A presidente da Mocidade, Solange Rezende, mexia a mão direta enquanto segurava terços coloridos com a outra. Diferentemente das outras duas primeiras colocadas, a Tucuruvi não estava na lista das favoritas deste carnaval e celebrava cada 10.

O resultado dos Grupos de Acesso I e II será anunciado a partir das 20 horas.

O desfile das campeãs está marcado para a noite desta sexta-feira, 29, com as cinco primeiras colocadas do Grupo Especial, a campeã e a vice-campeã do Grupo de Acesso I e a primeira colocada do Grupo de Acesso II.

As entradas individuais custam de R$ 70 (arquibancada A, E e F) a R$ 400 (camarote) e estão à venda no site Clube do Ingresso (clubedoingresso.com) e nas bilheterias do Anhembi, no portão 1, diariamente, das 12 às 20 horas.

Apesar de algumas terem atrasado o início a entrada na pista e enfrentado problemas técnicos, todas as 14 escolas do grupo especial desfilaram dentro do tempo máximo, de 65 minutos. Neste ano, ainda estavam em vigor algumas regras de transição para a pandemia, como a redução para quatro (em vez de cinco) carros alegóricos e de cerca de 25% no máximo de componentes.

Segundo a São Paulo Turismo (SPTuris), ligada à Prefeitura, 64 mil pessoas assistiram aos desfiles do Grupo Especial, 29 mil na sexta-feira, 22, e 35 mil no sábado, 23.

O último domingo (24) foi de nostalgia para Juju Salimeni. Longe dos desfiles das escolas de samba neste ano, ela decidiu relembrar os figurinos com os quais já se jogou na passarela ao longo da última década. 

Com um carrossel de fotos, Juju compartilhou as diversas fantasias que já usou nos últimos carnavais. Em 2022, ela ficou fora da folia pela incerteza da realização da festa que não lhe permitiu se programar para a avenida. No post, ela repassou 11 anos de dedicação ao Carnaval, nos quais já foi rainha de bateria da escola paulistana X-9, entre outros destaques.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Nos comentários, os fãs foram só elogios à musa. "Linda"; "Perfeita"; "Você é maravilhosa"; "Corpo de milhões"; "Tá muito gata"; "Sempre bela e elegante"; “Senti sua falta nesse Carnaval,musa inspiradora!”; “Deusa das avenidas, rainha das rainhas, amo demais”; “Maravilhosa em todas”. 

Susana Vieira divertiu seus seguidores ao publicar um vídeo no último sábado, dia 23, diretamente de sua piscina. Nele, a atriz explicou os motivos por não estar marcando presença nos desfiles de Carnaval, apontando que o vírus da Covid-19 ainda está circulando.

"Oi, amores! Feliz sábado de Carnaval em abril! É a nova moda. Olha só, eu estou tão feliz de ter ficado em casa assistindo as escolas ontem. Não pude sair ainda, porque o tal do bicho ainda está por aí e eu tenho que me preservar. Mas eu assisti pela televisão e vibrei com todas, não tinha uma melhor que a outra, era o Rio de Janeiro tomando conta da pista", disse a artista.

##RECOMENDA##

Susana ainda aproveitou para deixar uma mensagem à Paolla Oliveira, que desfilou ontem. "Hoje meu recado para você, Paolla Oliveira. Musa, diva, colega, amiga, arrebenta, meu amor! Hoje você vai ferver na Avenida! Feliz Grande Rio, gente! Bom desfile para vocês, e até ano que vem! Ano que vem estarei na pista, porque Deus existe. Um beijo", complementou.

[@#video#@]

O segundo dia de desfiles do grupo especial do carnaval de São Paulo, que começou no fim da noite de sábado, 23, e terminou na manhã de domingo, 24, apresentou ao público desfiles de tom político, reafirmou a negritude por meio de discursos antiracistas e, mais uma vez, trouxe homenagens às escolas e ao carnaval paulista.

Duas representações de políticos, supostamente de presidentes, chamaram a atenção no Sambódromo do Anhembi. Na Gaviões da Fiel, que desfilou o enredo "Basta!", um homem com faixa que parecia ser a presidencial andava em meio a militares e policiais. Já a Rosas de Ouro, no carro "Vacina salva", o último do desfile sobre curas, apresentou a representação de um presidente assustado que virava jacaré após ser vacinado por uma enfermeira.

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

Apesar das duas referências, a reportagem do Estadão não identificou manifestações políticas explícitas durante o desfile, seja em faixas nas arquibancadas, seja em gritos dos espectadores. As escolas não têm admitido explicitamente que as representações são do presidente Jair Bolsonaro. A Gaviões até mesmo negou em nota publicada dias atrás.

Vai-Vai volta com ave sagrada africana

"Vai passar um furacão", anunciou a escola pouco antes de voltar a desfilar pelo grupo especial após um ano de carnaval no Acesso I, pouco antes das 23 horas deste sábado, 23. "Retornando pro local que nunca deveríamos ter saído", destacou o presidente da agremiação, Clarício, no carro de som.

No aquecimento do desfile, a escola lembrou de quem se foi durante a pandemia. "Comunidade, mostre tudo o que fizeram nesses ensaios", foi dito no microfone. "Vamos mostrar que sempre fomos especiais."

Mestre Serginho, à frente da bateria da escola há décadas, resumiu ao Estadão antes do desfile: "Vamos dar um show". Ao lado dele, também desfilou o maestro João Carlos Martins, que regeu os ritmistas quando foi homenageado, em 2012, e agora retorna. "Eu sou Vai-Vai", comentou à reportagem.

No entorno, equipes de apoio e quem desfilava vibravam, cantavam, sambavam, batiam palmas e registravam o retorno histórico antes mesmo de cruzar a passarela do samba. O Vai-Vai desfilou o enredo "Sankofa!", inspirado em uma ave sagrada africana, relacionada ao ensinamento de que "nunca é tarde para voltar atrás e buscar o que ficou perdido".

A proposta conversava com a trajetória da escola, nascida em 1930, como cordão, e uma das mais tradicionais e maiores vencedoras do carnaval paulistano. Na comissão de frente, seis mulheres negras passavam dentro de estruturas como grandes saias pretas com dourado e utilizavam alegorias de cabeça que remetiam a uma árvore antiga, simbolizando as origens africanas.

Em parte da coreografia, davam a luz a bebês. À frente, bailarinos com roupas metálicas surgiam debaixo das estruturas, com roupas douradas e prateadas. Na parte do samba "a tradição que resistiu", erguiam os punhos.

Logo após, as baianas desfilaram com as integrantes mais veteranas nas primeiras fileiras, com uma faixa no peito de Velha Guarda. O mestre-sala e a porta-bandeira vestiam trajes que remetiam às origens africanas do samba.

O carro abre-alas trazia uma Aranha antropomorfa articulada, enquanto as laterais mostravam zebras e outras referências africanas, incluindo uma divindade negra com quatro braços e quatro pernas. Logo atrás, uma ala exibia o símbolo sanfoka, de uma ave que se volta à própria cauda.

O samba-enredo é de autoria do cantor Xande de Pilares e de Rodrigo Peu, Claudio Russo, Junior Gigante, Jairo Limozine, Silas Augusto, Zé Paulo Sierra e Bruno Giannelli. A autoria é do carnavalesco Chico Spinoza. O samba fez alusões à trajetória da própria escola, citando nomes históricos como o sambista Geraldo Filme e Dona Olívia.

No segundo carro, parte do forro era de sacos de lixo em meio a esculturas douradas de referências africanas. Nas alas seguintes, o preto, o dourado e estampas regionais predominaram, assim como os carros alegóricos mais altos que as torres dos jurados e as arquibancadas. Uma chuva de papel picado recebeu a ala das crianças, enquanto a memória de baluartes da escola foi lembrada por um casal de mestre-sala e porta-bandeira e na tradicional coroa da escola, que estampa fotos de ícones do carnaval.

Gaviões da Fiel dá um "Basta!" na avenida

Em seguida, por volta da 0h40, a Gaviões da Fiel desfilou o enredo "Basta!", sobre desigualdades sociais. A escola agitou as arquibancadas, repletas de torcedores do Corinthians, que gritaram com o anúncio do desfile. Fogos de artifício foram utilizados no entorno do sambódromo por torcedores e, dentro, como havia ocorrido com a Mancha Verde, sinalizadores espalharam fumaça com as cores da escola. Nas camisetas, equipes de apoio traziam a palavra "opressão" antes do nome do enredo, seguida da expressão "liberdade já".

Na comissão de frente, gaviões totalmente pretos prendiam criaturas de múltiplos rostos atrás de grades - uma referência a galhos de árvore - e simulavam disputas. No abre-alas, punhos negros fechados e referências africanas, além do tradicional gavião, com olhos luminosos e junto ao escudo do Corinthians. Como a Colorado do Brás, a escola também trouxe representações de pessoas em situação de rua.

No segundo carro, uma grande escultura de uma criança negra desnutrida segurava um prato vazio. Na lateral, barracos de uma favela, onde eram representados moradores e a imposição da violência contra a população por um homem armado. Atrás, uma grande escultura da mulher que simboliza a justiça, com os olhos vendados.

Uma dos momentos mais comentados nos últimos dias foi apresentado na avenida de maneira mais discreta. Em meio a uma ala com policiais, militares e fantoches, um homem de terno com faixa semelhante a de um presidente, acompanhado de uma mulher, desfilava. Nos últimos dias, chegou-se a discutir se seria uma referência ao presidente Jair Bolsonaro após uma entrevista do intérprete do personagem, o que foi negado pela escola.

Atrás, veio o casal de mestre-sala e porta-bandeira de preto e prata, com referências à bandeira brasileira. Após o terceiro carro, uma ala trazia desfilantes com estandartes que mostravam ícones da defesa da democracia, como o jogador Sócrates, Gandhi, Nelson Mandela e Frida Kahlo. Na sequência, crianças vestidas de estudantes com lápis gigantes remetiam às novas gerações e mostravam o papel da educação para o futuro do País.

A ala das baianas veio com pombos da paz.

Já o último carro trazia imagens de outros ícones da luta contra a desigualdade social, como o cacique Raoni, Tereza de Benguela e Paulo Freire. No topo, um indígena com adereço de gavião na cabeça. Ao lado, desfilantes com cabeças de gavião seguravam cartazes por justiça e prosperidade. A atriz Sabrina Sato sambava à frente da bateria.

O samba-enredo da Gaviões contou com mais de 20 autores, criado a partir da junção das propostas de dois grupos. "Vidas negras nos importam/ O grito da mulher não vão calar/ Meu gavião chegou o dia da revolução/ Onde a democracia desse meu Brasil/ Faça o amor cantar mais alto que o fuzil", diz um trecho. Outra parte que chamou a atenção foi a que falava na "pátria, mãe hostil".

Clementina de Jesus foi a aposta da Mocidade

Depois, pouco antes da 1h40, foi a vez da Mocidade Alegre, escola fundada em 1967 e que ficou em terceiro lugar no último carnaval. O enredo se chamou "Quelémentina, cadê você?", em homenagem à cantora Clementina de Jesus, do carnavalesco Edson Pereira.

Na comissão de frente, bailarinos estavam fixos a bonecos, criando a simulação de que eram três andando em conjunto. Atrás, um tripé, trazia uma fonte e uma foto do centro histórico de Valença (RJ), cidade natal da cantora. Com um movimento, a peça virava o manto e a coroa de Nossa Senhora da Glória, de devoção da artista.

O abre-alas trouxe uma igreja colonial colorida, com alegorias de anjos gigantes. Ao longo do desfile, um integrante segurava um cartaz na lateral da pista que dizia: "Atenção. O desfile começa aqui. Nossa missão é cantar e evoluir!!! Precisamos de vocês."

As baianas vieram com cestos de frutas e legumes na cabeça, sobre uma saia de ‘fogo’. Mais atrás, um casal de mestre-sala e porta-bandeira vestia-se ele de pescador com chapéu e rede e ela com peixes na saia.

Em outro carro, havia a representação de um grande disco de vinil de Clementina, junto a um jukebox e representações de apresentações da cantora. Na parte, a "Mocidade se ajoelha aos seus pés", os passistas se abaixavam no chão.

O samba é de autoria de Márcio André, Fabiano Sorriso, China da Morada, Marquinhos, Biel, Lucas Donato, Daniel Katar, Bello e Marcelo Valência. "É lindo ver a mulher negra lutar! Quem te vê sorrir, não há de te ver chorar! Rainha Quelé, vem ser coroada! Na minha, na sua, na nossa morada!", diz um trecho.

Na madrugada, Águia de Ouro fala de diversidade étnica

Na sequência, a Águia de Ouro desfilou pelo sambódromo, a partir de 2h45. O enredo foi voltado à exaltação da diversidade étnica e cultural brasileira e contra a intolerância religiosa, com Sidnei França de carnavalesco. Fundada em 1976, a escola é a atual campeã do carnaval paulistano.

A comissão de frente trazia bailarinos com roupas que remetiam a religiões de matriz africana. Na sequência, uma ala apresentava trajes semelhantes aos de orixás incorporados do candomblé.

Em grande parte das alas, passistas estavam com o rosto parcialmente coberto, como em cerimônias do candomblé. Durante o desfile, integrantes das equipes de apoio da escola (que transitam nas laterais e entre as alas) estavam com chapéus e lenços das mesmas referências religiosas. A águia da escola veio na frente do carro abre-alas, toda branca, batia as asas e movia a cabeça. Abaixo, bustos de pessoas negras com plantas e elementos de religiões de matriz africana.

No carro seguinte, participantes do desfile abriam sombrinhas no formato de flores. Uma das alas lembrou personalidades negras brasileiras, como Zezé Motta, Djamila Ribeiro, Conceição Evaristo e Carolina de Jesus. Outra, trazia cartazes com frases envolvendo a letra contra o racismo, como "Vidas negras importam".

O samba-enredo foi batizado de "Afoxé de Oxalá - No ‘cortejo de babá’, um canto de luz em tempo de trevas". "Awurê, Awurê, menino… O respeito há de ter quem semeia intolerância perde a paz no coração", cantava um trecho.

Barroca e o malandro-boêmio e entidade Zé Pilantra

Por volta das 4h10 foi a vez da Barroca Zona Sul, que abordou a figura de Zé Pilintra, o malandro-boêmio considerado entidade pela umbanda. Ele apareceu interpretado por bailarinos já na comissão de frente, com os característicos terno e calça brancos, gravata, sapato e chapéu de malandro; E também em uma escultura no topo de um tripé no formato de uma casinha vermelha. Entre eles, em destaque, o coreógrafo e dançarino Carlinhos de Jesus, que fazia saudações ao Zé Pilintra e jogava rosas vermelhas aos espectadores.

A escola apresentou o carro abre-alas predominantemente em vermelho, com o seu símbolo (um menino tocando um pandeiro) em três formatos, incluindo o escudo, a girar, uma carranca e garrafas de cachaça com o rótulo marcado como "Zé". Atrás, uma grande escultura de Zé Pilintra sentado em uma cadeira. Na sequência, o mestre-sala vinha com o chapéu de malandro, típico da entidade.

Um dos casais da escola trouxe o mestre-sala como Zé Carioca, personagem de estilo semelhante ao de Zé Pilintra. Já o carro seguinte tinha um grande cassino, com roleta, dados e os arcos da Lapa, bairro boêmio do Rio de Janeiro. Em outra ala, pela terceira vez no grupo especial paulistano, foram representadas pessoas em situação de rua.

O fundador da umbanda no Brasil, Zélio Fernandino de Moraes, foi retratado em uma ala inteira e também em um carro alegórico sobre a religião. O último carro trazia uma favela colorida e uma escultura de Cristo Redentor. A escola atravessou a pista no tempo máximo (65 minutos), chegando a criar certa tensão: integrantes da dispersão estavam alertas para que o último carro e a bateria acelerassem no fim.

Rosas de Ouro chega pela manhã com a cura

A penúltima escola do grupo especial a desfilar foi a Rosas de Ouro, às 5h20. Fundada em 1971, ela ficou em quinto no carnaval passado. O tema escolhido foram os rituais e caminhos para a cura dos males - pelas mãos, pela alma ou pela mente. Paulo Menezes foi o carnavalesco.

Batizado de "Sanitatem", o samba-enredo diz em um trecho: "Faço minhas preces ao senhor/ Que a ciência seja a fonte do saber/ A medicina, esperança pra salvar/ O povo cantando em oração/ A alma e o brilho no olhar/ Entenda que o samba também tem o dom de curar".

Na comissão de frente, um dos bailarinos cuspia fogo. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira trazia pombos da paz na roupa, nas cores da escola (branco e rosa) e dourado. Como na Águia de Ouro, uma ala trazia pessoas com vestes e pintura que remetiam à iniciação kétu, na religião, com a cabeça careca, pinturas e roupa brancas, plantas e espada de São Jorge, referência também presente no abre-alas.

Em outro carro, o tema foi o Egito Antigo, com hieróglifos, deuses antropomorfos e outros elementos associados ao período e ao local. As curas milagrosas, em três dias, foram lembradas em uma das últimas alas.

Em um tripé, o manto de uma Nossa Senhora do Círio de Nazaré era coberto de papéis com pedidos. No carro seguinte: um Jesus Cristo negro perecia na cruz. Já o último carro trazia a cura pela ciência, com vidros de doses com a frase "vacina salva". Na frente, um homem com uma faixa que simulava a presidencial virava jacaré ao ser vacinado. Na última ala, desfilantes seguravam bandeiras das escolas do grupo especial paulistano. Na noite anterior, outras escolas, como a Dragões da Real e a Acadêmicos do Tucuruvi), também homenagearam outras agremiações.

No fim, Império cantou o poder das comunicações

A escola Império de Casa Verde entrou na pista do sambódromo às 6h30, debaixo de céu azul. O desfile viajou dos "primórdios da humanidade" até os influenciadores digitais para falar sobre "o poder das comunicações", com o influenciador digital Carlinhos Maia como homenageado. Os carnavalescos são Mauro Quintaes e Leandro Barboza.

O carro abre-alas trouxe um grande tigre, que abria a boca e mexia a cabeça, e referências à era do gelo. As alas seguintes trouxeram referências a diferentes momentos da comunicação, chegando a personalidades do meio, como Chacrinha, retratado em um tripé antecedido de passistas fantasiadas de chacretes. No último setor, celulares e o influenciador Carlinhos Maia como destaque e homenageado do último carro, com telões, que exibiam vídeos do influencer e um QR code para receber mensagens.

O samba-enredo se chamava "O poder da comunicação. Império, o mensageiro das emoções…", em que um dos trechos cantava: "Grafias linhas geniais, vias digitais/ Abro a janela pra grande viagem/ O mundo na palma da mão/ Vila Primavera, influência maior, se avexe não!". A autoria da composição é de André Diniz, Marcelo Casa Nossa, Claudio Russo, Darlan Alves, Samir Trindade, Diego Nicolau e Fabiano Sorriso.

Para mostrar os caminhos de Exu, a Grande Rio desfilou, nesse sábado (23), o seu samba-enredo “Fala Majeté! Sete Chaves de Exú. Quem participou ativamente foi a Rainha de Bateria da escola, a atriz Paolla Oliveira, que escolheu look ousado para a avenida, escondendo pouco do corpaço que ostenta a companheira do sambista Diogo Nogueira.

[@#galeria#@]

##RECOMENDA##

Na sua conta do Instagram, já na madrugada deste domingo (24), Paolla postou uma galeria clicada antes do desfile, ainda com a “roupa” intacta. “Foi lindo! Obrigada Grande Rio!”, comentou a atriz.

Confira os cliques:

[@#video#@]

O Grupo Especial retorna na noite deste sábado (23) para o Sambódromo com as últimas seis escolas a desfilar no carnaval 2022. A Paraíso do Tuiuti, de São Cristóvão, na zona norte da cidade, entra na avenida Marquês de Sapucaí, às 22h.

Com o enredo “Ka ríba tí ye”, a escola é mais uma do grupo especial a exaltar a cultura e personalidades negras, assim como fizeram o Salgueiro e a Beija-Flor no primeiro dia de desfiles. Em busca do título inédito, a agremiação levará para a avenida uma homenagem aos homens e mulheres negros que marcaram a história da humanidade através da determinação, da beleza e do conhecimento.

##RECOMENDA##

A grande campeã do carnaval carioca, a Portela, que ostenta 22 títulos, traz um enredo sobre o baobá (“Igi Osè Baobá”), que é chamada de árvore da vida pelos africanos e que pode viver mais de 5 mil anos. A agremiação de Madureira, na zona norte do Rio, falará sobre o simbolismo da planta como uma árvore de resistência e de conexão com a ancestralidade do povo africano.

A Mocidade Independente de Padre Miguel, da zona oeste da cidade, será a terceira escola a pisar na Marquês de Sapucaí, em busca de seu sétimo título no carnaval. O enredo “O batuque do caçador” falará sobre Oxóssi, orixá da caça e da alimentação, que tem o arco e a flecha como seus símbolos.

Com o enredo “Waranã: a reexistência vermelha”, a Unidos da Tijuca desfilará no Sambódromo em busca do quinto título exaltando o guaraná, planta usada tradicionalmente pela etnia indígena brasileira Sateré Mawé que conquistou todo o país.

A escola de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Acadêmicos do Grande Rio, apostou no enredo “Fala, majeté! Sete chaves de Exu”, sobre a entidade iorubá reverenciada no candomblé e na umbanda, mas demonizada pelas igrejas cristãs.

A Unidos de Vila Isabel encerra o segundo dia de desfiles com o enredo “Canta, canta, minha gente! A Vila é de Martinho”, uma homenagem ao sambista Martinho da Vila, um dos grandes artistas da música popular brasileira e também compositor de muitos sambas da agremiação da zona norte carioca, entre eles o de 2013 (quando a escola conquistou seu terceiro e último título).

Doze escolas disputam o título do Grupo Especial este ano. No primeiro dia, desfilaram Imperatriz Leopoldinense, Mangueira, Salgueiro, São Clemente, Viradouro e Beija-Flor.

A campeã e as outras cinco mais bem colocadas desfilam novamente no próximo sábado (30). A última colocada será rebaixada para a Série Ouro, a segunda divisão, que também desfila no Sambódromo.

Com o desfile das escolas de samba no Sambódromo, neste feriadão de Tirantes e São Jorge, criou-se um clima de carnaval fora de época na cidade do Rio de Janeiro. A própria prefeitura passou a considerar o feriadão como carnaval, já que, as festividades originais, que seriam realizadas entre a última semana de fevereiro e primeira de março, tiveram que ser canceladas devido à Covid-19.

Os desfiles de blocos de rua não foram autorizados pelas autoridades municipais, mas o prefeito Eduardo Paes afirmou que não os reprimiria.

##RECOMENDA##

“Não vou sair correndo atrás de folião. O que a gente pede é a compreensão das pessoas. Só faltava agora botar Guarda Municipal atrás de folião. Isso não vai acontecer. A gente tem permitido que a cidade celebre, que seja vivida a vida. A cidade está cheia, as ruas estão cheias, bares e restaurantes lotados. A cidade está aberta, está celebrando. Não vou ficar atrás de folião nem por um decreto”, afirmou Paes no último dia 16.

Os blocos têm aproveitado essa brecha deixada pela prefeitura para sair às ruas neste feriadão. Na tarde de hoje (23), por exemplo, um bloco reuniu centenas de foliões na Cinelândia, no centro da cidade.

Pedro Henrique Garcia, de 22 anos, era um desses foliões. Segundo ele, desde o início do feriadão, já foi há vários blocos. “Sentia muita falta disso. É uma coisa que vem desde criança comigo. Infelizmente não teve a preparação que a gente esperava. Não tem banheiro e as pessoas estão tendo que usar a rua”, disse.

Julia Souza, de 26 anos, aproveitou o sábado para ir à Cinelândia com as amigas. Segundo elas, era o primeiro bloco que elas curtiam neste feriadão. “A gente ouviu falar que os blocos seriam bons, só não viemos antes por uma amiga minha estava trabalhando. Aproveitamos hoje, que é sábado, para vir ao bloco”.

No momento em que a Agência Brasil esteve no bloco, havia apenas uma viatura da Polícia Militar e um furgão da Guarda Municipal, que deixou o local antes da reportagem.

Em seu perfil no Twitter, na última terça-feira (19), Paes afirmou que não autorizou os blocos porque não teve tempo de preparar a estrutura necessária para os blocos. “A organização do carnaval de rua – iniciada em meu 1º governo – exige meses de preparação, algo difícil na imprevisibilidade dos tempos pandêmicos”, escreveu.

Ana Maria Braga é o tipo de apresentadora que não tem medo de inovar nas escolhas de seus penteados e sempre aparece com os fios diferentes, seja usando alguns tipos de perucas ou até mesmo pintando e cortando os próprios cabelos. Em 2022, é claro, não está sendo diferente.

Nesta sexta-feira (22), em plena temporada de Carnaval, a apresentadora aproveitou para dar uma inovada no visual. Ana Maria Braga apareceu fantasiada de Tina Turner - com o cabelo e as roupas típicas da cantora durante os anos 1980.

##RECOMENDA##

O programa começou de forma divertida, com uma música da Rainha do Rock e Ana arrasando no look. 

[@#video#@]

Sete escolas de samba do grupo especial de São Paulo inauguram o carnaval no Sambódromo do Anhembi nesta sexta-feira (22), a partir das 22h30. De acordo com a Liga das Escolas de Samba, os quatro dias de desfiles (os grupos de acessos desfilaram no dia 16 e 21 de abril) atraem mais de 110 mil espectadores, além dos cerca de 30 mil componentes de escolas. Mais sete escolas desfilam neste sábado (23). O encerramento do ciclo carnavalesco será no dia 29 de abril, com o Desfile das Campeãs.

Na sexta-feira (22), a Acadêmicos do Tucuruvi abre a passagem das agremiações com o samba-enredo Carnavais… De lá pra cá, o que mudou? Daqui pra lá, o que será?. A proposta é refletir sobre o passado, o presente e o futuro do carnaval. A música é uma composição de Diego Nicolau, Marcelo Chefia, Rodrigo Minuetto, Rodolfo Minuetto e Leonardo Bessa. A escola, fundada em 1976, tem à frente os carnavalescos Dione Leite e Fernando Dias. 

##RECOMENDA##

Às 23h45, a Colorado do Brás traz para a avenida a história da escritora negra Carolina Maria de Jesus, autora do livro Quarto de Despejo: diário de uma favelada. Com versos do samba-enredo Carolina - A cinderela negra do Canindé foram compostos por Thiago Sukata, Turko, Rafa do Cavaco, Claudio Mattos, Maradona, Valêncio, Luan e Thiago Meiners. O desfile da Colorado terá uma Rainha LGBTQIA+, Camila Prins.

A Mancha Verde entra na passarela às 0h40, abrindo a madrugada, e canta o Planeta Água. O samba exalta Iemanjá, orixá das águas salgadas, e destaca a água como um bem essencial à vida em todo o seu ciclo. A escola foi vice-campeã do carnaval em 2020. 

O enredo da Tom Maior junta as reflexões do livro O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, à realidade do sertão nordestino. O Pequeno Príncipe no Sertão é o nome do enredo que será desenvolvido pelo carnavalesco Flávio Campello. A ideia é manter a mensagem original da obra, mas com adaptações que trazem os personagens e as cores do Nordeste brasileiro. A escola entra no sambódromo à 1h45.

A Unidos de Vila Maria é a quinta agremiação a desfilar, às 2h50. O mote para o samba de 2022 nasce com reflexões sobre a pandemia e a “necessidade de analisar e repensar a vida ao longo dos anos, fazendo assim uma viagem até os dias de hoje”, conforme explica na sinopse do desfile o carnavalesco Cristiano Bara. Essa análise resultou no samba-enredo O Mundo Precisa de Cada Um de Nós. A Vila é Porta-Voz.

A Acadêmicos do Tatuapé entra na avenida às 3h55 para narrar a história do café no Brasil a partir da figura do Preto Velho, uma entidade de religiões de matriz africana. Preto Velho Conta a Saga do Café num Canto de Fé é o título do samba-enredo que tem Celsinho Mody como intérprete. Wagner Santos é o carnavalesco da escola.

Quem fecha o desfile, às 5h, é a escola Dragões da Real, que homenageia o cantor Adoniran Barbosa. “Dá licença de contar, no raiar dessa manhã, que essa gente feliz: É Adoniran! Na passarela, o povo diz no pé! Nóis vai sambando até quando Deus quiser”, são alguns dos versos do samba-enredo. É o carnavalesco Jorge Silveira quem vai contar essa história na passarela.

As escolas de samba do Rio de Janeiro terão que escoltar os carros alegóricos do Sambódromo até os barracões para evitar imprevistos. A decisão foi tomada depois que uma menina teve uma perna amputada em um acidente envolvendo uma alegoria da escola Em Cima da Hora, após o desfile da agremiação, na noite de quarta-feira (20).

O carro já tinha deixado o Sambódromo quando, segundo a Liga das Escolas de Samba do Rio (Liga RJ), responsável pelos desfiles da Série Ouro (segunda divisão do carnaval carioca), a menina subiu na alegoria, ocasionando o acidente.

##RECOMENDA##

Estado muito grave

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, Raquel Antunes, de 11 anos, continua internada no Hospital Souza Aguiar, e seu estado é muito grave.  

O pedido para a escolta foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). O juízo da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio determinou que todas as escolas da Série Ouro, do Grupo Especial e das escolas de samba mirins terão que garantir que nenhuma criança ou adolescente se aproxime indevidamente das alegorias.

A Justiça também determinou que a Polícia Militar coloque viaturas e a Guarda Municipal faça patrulhamento a pé na rua Frei Caneca e em outras vias do entorno do Sambódromo onde circulam as alegorias depois dos desfiles.

As estruturas de cimento e aço do Sambódromo ganharam vida novamente, após dois anos de sono involuntário, devido à pandemia. Quando a primeira escola pisou na Avenida Marquês de Sapucaí na noite desta quarta-feira (20), pela Série Ouro, foi dada a largada oficial do carnaval fora de época no Rio de Janeiro.

Mas antes das escolas, o privilégio de estrear na pista foi dos componentes da velha guarda, carregando os estandartes de cada agremiação, cantando a composição Velha Guarda, de Dicró: "Sou velha guarda, a espinha dorsal do samba".

##RECOMENDA##

Um dos cuidados obrigatórios este ano seria a apresentação do comprovante de vacina contra a Covid-19, exigido de todos para ingressar no local do desfile. Porém, conforme a reportagem da Agência Brasil constatou, as pessoas estavam passando pelas catracas sem terem que apresentar o passaporte vacinal.

Na ordem dos desfiles, a primeira escola a retomar o Sambódromo foi a Em Cima da Hora, às 21h50, trazendo o enredo 33 - Destino Dom Pedro II, uma reedição do Carnaval de 1984, quando a escola desfilou na estreia do Sambódromo pelo grupo 1-B, antiga segunda divisão. O samba tece uma crônica das viagens de trem enfrentadas pelos trabalhadores para ganhar o pão na capital. Dom Pedro II era o nome da estação de trem que, em 1899, passou a se chamar Central do Brasil.

Segunda a desfilar, a Acadêmicos do Cubango, de Niterói, entrou com muita garra, com todos os componentes cantando o samba, o que levantou as arquibancadas. Ela veio contar a história da atriz Chica Xavier, que atuou em mais de 50 novelas na televisão e estreou no Theatro Municipal do Rio em 1956, na peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes.

A escola de São João de Meriti, Unidos da Ponte, este ano escolheu o enredo Santa Dulce Dos Pobres – o Anjo Bom da Bahia, desenvolvido pelos carnavalescos Rodrigo Marques e Guilherme Diniz. O objetivo era contar a história da santa e apresentar seu legado de obras sociais.

A Porto da Pedra, de São Gonçalo, apostou no enredo O Caçador que Traz Alegrias, para homenagear mãe Stella de Oxóssi. O sobrinho da importante ialorixá da Bahia, obá Adriano Obiodun, é um dos compositores do samba-enredo da escola.

A União da Ilha, que caiu para o Grupo de Acesso em 2020, elegeu o enredo Nas Encruzilhadas da Vida, Entre Becos, Ruas e Vielas, a Sorte Está Lançada: Salve-se Quem Puder!, a fim de exaltar a fé por Nossa Senhora Aparecida.

Já a Unidos de Bangu escolheu o enredo Deu Castor na Cabeça, em homenagem ao bicheiro Castor de Andrade, entrelaçando a vida do patrono do Carnaval e do futebol com a história do bairro da Zona Oeste e do Bangu Atlético Clube.

A última prevista a desfilar no primeiro dia da Série Ouro era a Acadêmicos do Sossego, com o enredo Visões Xamânicas. O carnavalesco André Rodrigues criou um pajé para conduzir o público por meio de suas visões.

Nesta quinta-feira (21) será a vez das outras escolas da Série Ouro desfilarem na Marquês de Sapucaí: Lins Imperial, Inocentes de Belford Roxo, Estácio de Sá, Acadêmicos de Santa Cruz, Unidos de Padre Miguel, Acadêmicos de Vigário Geral, Império da Tijuca e Império Serrano.

A Gaviões da Fiel negou que esteja prevendo trazer para seu desfile de carnaval a representação de um "Bolsonaro gay". Em nota compartilhada via redes sociais, a escola de samba de São Paulo afirmou que a apresentação não terá foco em "questões políticas ou de apoio partidário em geral", chamando de "fake news" as notícias veiculadas na imprensa sobre esse tema.

"Os nossos valores estarão bem representados na pista, quais sejam: democracia, igualdade, sustentabilidade e paz", segue a nota. O texto não cita o presidente da República.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Nesta quarta-feira, 20, o termo "Bolsonaro gay" amanheceu como um dos mais comentados no Twitter. Usuários da rede social repercutem o rumor de que a escola representaria o chefe do Executivo como homossexual em um de seus carros alegóricos. A agremiação chegou, inclusive, a ser criticada pela possibilidade, tanto por apoiadores quanto por críticos do presidente.

Embora a nota tenha negado tratar de "questões políticas", o samba-enredo da Gaviões para este ano traz uma mensagem politizada sobre os problemas sociais do País. Um trecho diz que "a cega justiça enxerga o negro como réu" e faz críticas ao "fascismo do asfalto". A canção, no entanto, não menciona o presidente Bolsonaro ou qualquer outro nome da política nacional.

Sem a autorização da Prefeitura de São Paulo, o evento "Carnaval Viva a Rua" foi cancelado pelos organizadores. O evento aconteceria no feriado prolongado de Tiradentes, em frente ao Parque Ibirapuera. O evento contava com atrações confirmadas como Elba Ramalho, Chico César, Monobloco, entre outros.

No dia 5 de abril, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que os blocos de rua teriam permissão para sair à rua no feriado de Tiradentes, desde que os organizadores arcassem com os custos e infraestrutura necessários. Dentre as exigências estavam segurança, gradil, médicos, plano de emergência e rotas de fuga.

##RECOMENDA##

Nesta quinta-feira (14), um grupo de organizadores de blocos de carnaval se reuniu na Câmara de Deputados de São Paulo para pautar os desfiles. Eles mantiveram a posição de sair às ruas no feriado de Tiradentes, mesmo que sem a aprovação prévia da prefeitura.

Os organizadores do Carnaval Viva a Rua disseram que não vão desistir da festa na próxima semana, apesar de terem sentido um “tom de ameaça" nas notas divulgadas pela prefeitura. Em nota, o órgão disse que os eventos sem autorização seriam “desfiles ilegais” e que representam “risco absolutamente desnecessário”.

“Os blocos não estão aqui pedindo favores para a prefeitura. Estão aqui para afirmar um direito, o direito de pular carnaval. O carnaval é uma manifestação cultural que só se realiza na rua, se a gente tiver o direito de ocupar a cidade”, disse Guilherme Varella, gestor cultural e advogado durante a reunião na Câmara.

Por Matheus de Maio

 

 

Mesmo sem apoio do poder público, a mobilização por um carnaval de rua "extraoficial" no feriado prolongado de Tiradentes tem crescido no Rio e em São Paulo, com um volume de adesões superior ao de fevereiro. Onze organizações e 130 blocos cariocas, incluindo alguns dos mais tradicionais, anunciaram apoio aos que vão às ruas, enquanto mais de 40 agremiações paulistas se organizaram para o "carnabril".

Em manifestos publicados nesta e na semana passada, organizações têm pedido que o poder público não coíba a festa e apoie os que precisam de infraestrutura. Também argumentam pela livre manifestação popular e que os desfiles serão sem trio elétrico, e, portanto, não teriam impacto tão significativo na cidade.

##RECOMENDA##

Parte dos blocos que desfilaram com outro (ou nenhum) nome em fevereiro agora tem declarado que irão às ruas, enquanto outros que não aderiram na época sairão. Em São Paulo, por exemplo, tanto grupos com uma década ou mais de carnaval, como a Espetacular Charanga do França e o Bloco Fuá, quanto estreantes, como o Bloco Feminista, decidiram ir às ruas, sem divulgar publicamente o trajeto. No Rio, a adesão inclui agremiações que costumam arrastar milhares de foliões, como o Cordão do Boi Tolo, quanto de menor porte, como o Bloco das Tubas. Um "BlocAto" pelo evento também foi realizado no Rio ontem pela rede Ocupa Carnaval. "(Os apoiadores) acreditam que as pessoas têm o direito de bater o tambor na praça, e que a prefeitura não pode inibir", diz Tomas Ramos, membro da rede. Em São Paulo, o coletivo Arrastão dos Blocos mapeou que serão de 10 a 12 desfiles não oficiais por dia.

De acordo com Lira Alli, do coletivo, as agremiações estão se organizando diante da falta de apoio municipal. Como exemplo, grande parte estaria firmando parceria com catadores de produtos recicláveis, enquanto alguns pretendem firmar um esquema de segurança e até contratar banheiros químicos. Além disso, discute-se a realização de uma campanha pelo consumo exclusivamente de bebidas em lata e garrafas plásticas, a fim de evitar acidentes com vidro. "Todo mundo está saindo com estruturas mais simples. A maior parte decidiu recentemente sair, quando as curvas baixaram, e boa parte não está divulgando", diz. "Ninguém vai sair com trio, até porque isso também aumenta a possibilidade de judicialização."

Diferentes critérios têm sido discutidos entre quem irá desfilar. De São Paulo, o Bloco do Fuá, por exemplo, vai passar por ruas pequenas e de mão única.

Segundo Marco Ribeiro, um dos integrantes, a data, a hora e o local de saída são de conhecimento daqueles que frequentam os ensaios. "Eles não interferindo, não tendo violência (policial), a gente tem capacidade de fazer o nosso carnaval."

Já o Bloco Feminista, também paulistano, lançou uma campanha para arrecadar os R$ 7,5 mil estimados para o desfile. "A gente vai fazer um cortejo andando, com a bateria de chão e um carrinho de mão com som. A ideia é andar pelo bairro", conta Juliana Matheus, uma das fundadoras.

Um dos blocos não oficiais mais conhecidos do Rio, o Cordão do Boi Tolo também decidiu ir às ruas, o que não fez em fevereiro. "Acho que vai ter bastante gente fazendo. Agora a gente vê as condições ideais", comenta Luis Otavio Almeida, um dos fundadores. "Vai se aproximar um pouco (do que é um carnaval tradicional), mas não vai ser igual."

MUNICÍPIOS

Ontem, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), voltou a dizer que são necessários mais de 30 dias para organizar um carnaval de rua. "A gente não tem a mínima ideia do que seja, do tamanho que seja, de onde vai ser (no Tiradentes). Por isso, o nosso apelo para que a gente possa fazer mais pra frente." Procurada, a RioTur não se manifestou até 20 horas de ontem.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando