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A acupuntura é um modelo de tratamento que pertence a Medicina Tradicional Chinesa (MTC). O método consiste na inserção de agulhas finas na pele, que visam tratar de doenças que causam desequilíbrio no corpo. Esse procedimento também pode ser aplicado em animais.

De acordo com a especialista em acupuntura animal e veterinária do Hospital Veterinário da Universidade Guarulhos (UNG), Samara dos Santos, o procedimento é recomendado na prevenção e tratamentos de animais que sofrem de doenças e alterações no organismo. A técnica também auxilia o sistema imunológico, equilibra as funções orgânicas e colabora nos processos de desinflamação. "Muito recomendado para promover bem-estar e diminuir a dor de animais portadores de doenças musculoesqueléticas, neurológicas, dermatológicas e comportamentais", explica.

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As agulhas são colocadas nos acupontos do animal, que são os locais da pele que possuem resposta a estímulos. "Cada acuponto possui uma função específica relacionada à algum órgão, víscera e meridiano energético correspondente. O estímulo nos acupontos pode ocorrer através do uso de agulhas, moxabustão, laserpuntura, acupressão, cromopuntura entre outras técnicas", detalha Samara.

Segundo a especialista em acupuntura animal, a inserção das agulhas no animal não causa dor, mas a sensibilidade individual e as necessidades energéticas do pet podem causar a sensação de fisgadas em alguns pontos específicos. "Essa sensação é causada pela chegada de energia ao meridiano", comenta.

O tratamento dura em média 25 a 30 minutos, mas pode variar de acordo com a necessidade e temperamento do pet. "A quantidade será conforme a resposta do organismo do animal frente ao tratamento. Normalmente são realizadas de 5 a 10 sessões semanais, após esse período sessões quinzenais e mensais", descreve Samara.

De acordo com a veterinária, qualquer pet pode realizar o procedimento, mas, será necessária uma avaliação prévia do especialista em acupuntura veterinária, que é o único profissional autorizado a realizar o tratamento. O custo de cada sessão pode variar de R$ 80 a R$ 150.

A 4ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve decisão que condenou uma associação de artes marciais a indenizar duas clientes que foram abusadas durante sessão de acupuntura. Segundo os autos, o mestre e fundador da associação onde as sessões aconteciam, de 92 anos, tocava e massageava as vítimas de maneira imprópria.

A reparação foi fixada em R$ 15 mil a título de danos morais para cada uma das mulheres. Testemunhas também deram depoimentos confirmando a conduta criminosa do idoso.

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"Em suma, evidente a ligação do fundador Sensei com a associação e suas alunas, como se havia decidido quando do agravo de instrumento, circunstância que permitiu, apesar da sua idade e do tempo que ali exerce a acupuntura, os abusos de natureza sexual fartamente comprovados e que conduzem à responsabilidade civil e consequente indenização pelos danos morais", escreveu o desembargador relator do caso Maia da Cunha. O julgamento teve participação de outros dois desembargadores. A decisão foi unânime.

Ajustar os canais energéticos e equilibrar o Yin e Yan. Esses são alguns dos principais fundamentos da acupuntura - milenar técnica terapêutica embasada na medicina oriental. No Brasil, especialista afirma que ainda há preconceito e ausência de informação da prática da acupuntura, principalmente, quanto ao profissional que pode atuar e realizar os procedimentos, porém resultado atrai mais pacientes.

A presidente do Conselho Regional de Acupuntura dos Estados do Nordeste (CRAENE) e coordenadora do Espaço Shen - Estudos de Medicina Chinesa, Leila Massière, relatou que além de existir muito preconceito há também o desconhecimento das técnicas de acupuntura e quem pode realizá-las. “Na verdade, a acupuntura ainda é muito perseguida. Algumas pessoas acreditam que apenas o médico pode realizar os procedimentos, o quê não é verdade. Qualquer pessoa, que estudou e possui conhecimento das técnicas pode atuar plenamente”, explicou.

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Quanto aos tipos de tratamentos, Leila elencou alguns deles. “A ciência chinesa é repleta de técnicas, cada uma com sua especificidade e ação segmentada para um determinado problema. Existe, por exemplo, o Shiatsu, a massoterapia, a moxa, agulhas, algumas que permanecem no corpo, e a fitoterapia”, apontou. A especialista ainda explicou como a acupuntura funciona, “As agulhas possuem o poder de desencadear uma ‘corrente’ que entra no organismo, agindo nos nervos do corpo, e chega ao cérebro. Além disso, a corrente percorrer os canais de energia, atuando nos órgãos”, falou. 

Em relação à eficácia da acupuntura, Messière afirma que a acupuntura trata praticamente tudo. “As técnicas são excelentes para emagrecer, ansiedade, dores na coluna, enxaqueca, dores menstruais, entre outras. Entretanto, para as doenças infectocontagiosas, os antibióticos são mais recomendados, dependendo do nível da enfermidade. No geral, o ideal é que os pacientes recorram aos dois conhecimentos, até porque é um processo de autoconhecimento do corpo em conjunto com o acupunturista”, aconselhou Leila. Ainda durante entrevista, Messière relatou que a maioria das pessoas procuram a acupuntura depois de ter tentado vários recursos da medicina ocidental. 

O estudante Gilberto Motta, de 33 anos, que sentia fortes dores nos tendões do antebraço e já havia recorrido à medicina ocidental, decidiu experimentar as técnicas do tratamento de acupuntura. Segundo Motta, as seções proporcionaram resultados excelentes e sem a necessidade de ingerir anti-inflamatório. “Quando iniciei o tratamento parei de tomar as medicações e percebi que as técnicas estavam funcionando. Desde então, decidi recorrer sempre às técnicas sempre que estou com dores de cabeça, na lombar e nas costas”, relatou.

A funcionária pública Joanna Lessa, de 30 anos, argumentou que aderiu às técnicas da medicina chinesa por que ela atua na causa do problema e não nos sintomas. “O tratamento é centralizado no equilíbrio das coisas e isso proporcionou um resultado muito positivo para mim. Sem contar que na acupuntura você se sente parte do processo de cura”, defendeu. Ainda segundo a professora, após várias crises de renite, ela aderiu ao tratamento e descobriu que a doença surgiu devido a ansiedade e questões gastrointestinais. 

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Novas pesquisas revelam que a acupuntura ajuda a tratar celulite e redução de peso. Segundo a acupunturista especializada pela Universidade de Medicina Tradicional de Beijing, Dra. Aparecida Enomoto, o tratamento de celulite é feito através da eletroacupuntura, as agulhas são presas a eletrodos que emitem impulsos elétricos ao corpo, auxiliando a produção de colágeno.

O tratamento pode ser aliado à perda de peso e gordura localizada, isso porque a acupuntura promove o aumento do metabolismo em determinados locais em que as agulhas são aplicadas. Para o tratamento, é necessário saber de onde vem o aumento de peso, para ser tratado especificamente. No caso de distúrbios na tireoide, que pode causar o aumento ou perca de peso, a acupuntura pode amenizar esse problema.

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A Dra. Aparecida Enomoto, explica que para o tratamento ser completo é necessário ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos.

 

Após mais de dez anos, psicólogos de todo o Brasil foram desautorizados pela Justiça a praticar a acupuntura como instrumento complementar no tratamento de seus pacientes. Mesmo sob críticas dos médicos, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) havia autorizado a prática em 2002.

Agora, conforme decisão da 1.ª Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), profissionais de Psicologia não podem usar a acupuntura como método ou técnica complementar, uma vez que a prática não está prevista na lei que regulamenta a profissão. O entendimento é inédito e dá aval a um acórdão do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, que já havia proibido psicólogos de exercer a acupuntura.

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"No Brasil, não existe legislação que proíba certos profissionais da área de saúde a praticar a acupuntura. No entanto, não se pode deduzir, a partir desse vácuo normativo, que se possa, por intermédio de ato administrativo, como a resolução editada pelo Conselho Federal de Psicologia, atribuir ao psicólogo a prática da acupuntura", afirmou em seu voto o ministro Napoleão Nunes Maia Filho.

Na decisão, Maia Filho ressaltou que o exercício da acupuntura dependeria de autorização legal expressa, por ser idêntico a procedimento médico invasivo, "ainda que minimamente".

De acordo com resolução antiga do Conselho Federal de Medicina (CFM), a acupuntura é considerada uma especialidade médica. Em 2002, para fiscalizar a atuação de psicólogos acupunturistas, o CFP alegou ter a ajuda da Associação Brasileira de Acupuntura. A resolução da entidade ainda diferenciava a acupuntura de terapias alternativas não comprovadas cientificamente. Os psicólogos eram proibidos pelo conselho de aliar seu trabalho a florais de Bach, tarô, chás ou homeopatia.

O CFP analisa a questão e ainda não se manifestou oficialmente. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Acupuntura é um procedimento terapêutico, originado na China, que se caracteriza pela inserção de agulhas na superfície corporal.  Tantos nas pesquisas clínicas como na prática, tem se observado a eficácia da técnica no tratamento de doenças e disfunções orgânicas, neurológicas, psiquiátricas, ortopédicas, respiratórias, reumatológicas e digestivas, entre outras.

Diante disso, a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) organizou uma extensa lista de doenças tratáveis pela Acupuntura. No Brasil, o Conselho Federal de Medicina reconhece a prática como especialidade médica desde 1995. O tratamento é feito através de inserções de agulhas, que estimulam as terminações nervosas existentes na pele e nos tecidos subjacentes, principalmente nos músculos. São liberadas diversas substâncias químicas conhecidas como neurotransmissores, desencadeando uma série de efeitos importantes, tais como analgésico, anti-inflamatório e relaxante muscular, além de ação moduladora sobre as emoções, os sistemas endócrino e imunológico e sobre várias outras funções orgânicas.

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Bem praticada, a Acupuntura é segura. No entanto, quando realizada por profissionais sem a devida qualificação, tem se revelado extremamente danosa. Os relatos de complicações são muitos e variados: desmaios, lesões em nervos periféricos, pneumotórax (perfuração do pulmão), hemotórax (sangramento no tórax), infecção no pavilhão auricular, meningite, encefalite, mastoidite e até óbito.

Por lei, as únicas profissões de saúde do país que detêm o direito de diagnosticar doenças, realizar procedimentos invasivos e prescrever medicamentos, são os médicos, cirurgiões dentistas e médicos veterinários. O Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura defende que a prática seja realizada por estes profissionais, nos seus respectivos campos de atuação.

Com informações da Assessoria

Em homenagem ao Dia do Acupunturista, comemorado no dia 23 de março, a UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, por meio da graduação em Fisioterapia, e o Conselho Regional de Acupuntura dos Estados do Nordeste (Craene), promovem, nesta quinta-feira (21), das 19h às 21h, palestra aberta ao público para falar sobre os aspectos gerais da terapia oriental. As inscrições podem ser feita na hora do evento.

No evento, os participantes vão entender um pouco mais sobre como são feitas as aplicações da agulha, os benefícios da terapia para o corpo e como se dá o processo da formação profissional do acupunrista.

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O debate será na Clínica Escola de Fisioterapia, que fica na Rua Jornalista Paulo Bittencourt, 168, Derby. Outras informações: (81) 2121-5922.

O número de procedimentos de acupuntura realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o País cresceu 429% em cinco anos: em 2007 foram feitas 97.274 sessões, enquanto que neste ano, até setembro, já foram feitas 514.659 - incluindo as realizadas com agulhas, ventosas ou por eletroestimulação. As aplicações de acupuntura feitas exclusivamente com agulhas somam mais da metade dos casos: 369.320, segundo levantamento do Ministério da Saúde feito a pedido do Estado. Só no Estado de São Paulo, por exemplo, foram 39.631 atendimentos na rede pública em 2007 e 219.988 atendimentos até setembro deste ano, o que representa um acréscimo de 455%.

O acesso é oferecido principalmente nas Unidades básicas de saúde, que são responsáveis por 70% dos atendimentos, seguido por 25% dos atendimentos feitos nas unidades especializadas (ambulatórios específicos) e 5%, nos hospitais (nos cuidados paliativos).

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As principais indicações são alívio da dor crônica (hérnias de disco, lombalgias, artrites, enxaquecas), melhora da função respiratória, insônia, ansiedade, depressão e redução dos sintomas como dormência e enjoos em pacientes com câncer.

O Ministério da Saúde repassou em 2011 R$ 5,6 milhões pelos procedimentos de acupuntura, incluindo as consultas, realizados nos 678 estabelecimentos que prestam o serviço pela rede pública. Neste ano, até agosto, já foram repassados R$ 4 milhões. Apesar de a prática da acupuntura já ser reconhecida pelo SUS desde 1988, o salto nos atendimentos é atribuído à implementação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), em 2006.

A medida, que tem como objetivo a prevenção, promoção e recuperação da saúde passou a oferecer à população o acesso às terapias não convencionais, o que inclui acupuntura, práticas corporais (como lian gong e tai chi chuan), homeopatia, fitoterápicos e plantas medicinais.

A medicina antroposófica e o termalismo social/crenoterapia (baseado em banhos de águas termais) também já são praticados de maneira esporádica por algumas unidades do SUS, mas ainda estão em fase de observação pelo ministério - não há repasse oficial de verba do governo.

Segundo Patrícia Sampaio Chueiri, coordenadora geral da PNPIC, os números levam em conta apenas as sessões que foram efetivamente aprovadas e pagas pelo ministério. Se for considerado o número de sessões que os Estados informam terem feito, o valor salta para 797.306, até setembro deste ano. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Acupuntura somente poderá ser exercida por médicos, de acordo com julgamento do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A decisão, tomada terça-feira durante a análise de recurso interposto pelo Conselho Federal de Medicina, passa a valer a partir da publicação. O Conselho Regional de Farmácia já avisou que vai interpor recurso. Até o julgamento final, no entanto, a proibição irá valer.

"Vamos agora conversar para ver como será a aplicação desta decisão. Não queremos fazer caça às bruxas ou que consultórios de outras especialidades sejam da noite para o dia fechados", afirmou o ex-presidente do Colégio Brasileiro de Acupuntura, o médico Dirceu Sales. Atualmente existem pelo menos 500 farmacêuticos, fora outros profissionais, que fazem tratamento com acupuntura em seus pacientes. "É hoje uma atividade legal. Essas pessoas ficarão sem emprego?", questiona Paulo Varanda, do Grupo de Trabalho de Práticas Integrativas e Complementares.

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O Conselho Federal de Medicina argumenta que somente médicos podem fazer diagnóstico e tratamento. "Mas o diagnóstico da acupuntura não é o tradicional. Não se avalia a presença de doença, mas o equilíbrio energético. Está muito distante do que é feito pela alopatia", argumentou Sales.

A polêmica se arrasta desde 2001, quando o CFM ingressou com ações contra conselhos de outras categorias profissionais, como psicologia e terapia ocupacional, que permitiam que seus integrantes fizessem acupuntura nos pacientes. Todas as decisões garantiam o direito da prática da atividade as outras profissões. "Foi um ganho para a saúde, para a segurança do paciente", afirmou o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital Tavares Correa Lima. Sales tem avaliação semelhante. "São usadas agulhas de vários tamanhos, em áreas nobres do corpo. O profissional precisa saber o que está fazendo". Varanda, no entanto, avalia que a decisão é um grande retrocesso. "Em outros países, várias categorias profissionais podem exercer a atividade. O que médicos querem é que nós paguemos pedágio. Eles querem controlar a atividade, dirigir clínica. É puramente comercial".

O tema também é discutido no projeto de lei que define o que é ato médico, que tramita no Congresso. A proposta que está em análise não faz referência explícita à acupuntura. "A proibição é indireta, porque fala do uso de técnicas invasivas. Do jeito que está, dentro de algum tempo nem manicure vai poder atuar", disse Varanda.

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