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A Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) informou que uma nova vacina contra a dengue deve chegar ao Brasil na próxima semana. Composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, a Qdenga, da empresa Takeda Pharma Ltda., foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março. De acordo com o órgão regulador, a dose confere ampla proteção contra a dengue.

Em nota, a ABCVAC informou que o preço da vacina, disponível inicialmente apenas em laboratórios particulares, deve variar entre R$ 350 e R$ 500 para o consumidor final, dependendo do estado. Em São Paulo, por exemplo, o Preço Máximo ao Consumidor (PMC) autorizado pela Anvisa para as clínicas é R$ 379,40.

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“As clínicas devem utilizar esse parâmetro na composição da sua precificação final, que também inclui o atendimento, a triagem, a análise da caderneta de vacinação, as orientações pré e pós-vacina, além de todo o suporte que os pacientes necessitam para se informar corretamente sobre a questão da vacinação”, destacou a ABCVAC.

Indicação

De acordo com a Anvisa, a vacina é indicada para crianças acima de 4 anos de idade, adolescentes e adultos até 60 anos de idade. A Qdenga, portanto, é a primeira dose aprovada no Brasil para um público mais amplo, já que o imunizante aprovado anteriormente, a Dengvaxia, só pode ser utilizado por quem já teve dengue.

A nova vacina estará disponível para administração via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.

“A concessão do registro pela Anvisa permite a comercialização do produto no país, desde que mantidas as condições aprovadas. A vacina, contudo, segue sujeita ao monitoramento de eventos adversos, por meio de ações de farmacovigilância sob a responsabilidade da empresa”, informou.

A eficácia contra a dengue para todos os sorotipos combinados entre indivíduos soronegativos (sem infecção anterior pelo vírus) foi de 66,2%. Já para indivíduos soropositivos (que tiveram infecção anterior pelo vírus), o índice foi de 76,1%.

“A demonstração da eficácia da Qdenga tem suporte principalmente nos resultados de um estudo de larga escala, de fase 3, randomizado e controlado por placebo, conduzido em países endêmicos para dengue com o objetivo de avaliar a eficácia, a segurança e a imunogenicidade da vacina”, informou a Anvisa.

 

O Ministério da Saúde adotará as Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs), tecnologia desenvolvida pela Fiocruz Amazônia, que basicamente utiliza água em um pote plástico de dois litros recoberto por um tecido sintético impregnado de larvicida. O instrumento atrai as fêmeas do Aedes aegypti para colocar ovos e ao pousar elas se impregnam com o larvicida presente nas estações. As fêmeas, impregnadas com larvicida, acabam contaminando outros recipientes com o inseticida que impede o desenvolvimento das larvas e pupas, reduzindo a infestação e, por conseguinte, o avanço das doenças causados pelo mosquito.

A estratégia - fruto de pesquisa desenvolvida pelo Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), como diretriz da Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses (CGARB/SVS/MS) - já foi testada e aprovada com resultados comprovados em 14 cidades brasileiras, de diferentes regiões, nas quais foi aplicada entre 2017 e 2020.

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Uma carta-acordo firmada entre a Fiocruz Amazônia e a Organização Panamericana de Saúde (Opas), no Brasil, com mediação do Ministério da Saúde, definirá as ferramentas de transferência tecnológica que serão utilizadas para a expansão da estratégia no país.

Implantação

Serão elaborados manual com orientações básicas para implementação das estações e um curso virtual (a ser disponibilizado na plataforma da Fiocruz) para agentes de saúde retirarem dúvidas e serem certificados.

O treinamento virtual será oferecido nas modalidades síncrona e assíncrona, mostrando o passo a passo do processo de montagem das armadilhas, a implantação e manutenção das estações disseminadoras com o larvicida Pyriproxyfen – de uso aprovado pelo MS, com eficácia comprovada de até 95% na eliminação de larvas do mosquito – com ED’s.

A estimativa é de que o processo de transferência tecnológica ao Ministério da Saúde ocorra até o final deste ano para que a estratégia seja, em definitivo, incorporada como Diretriz Nacional da Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses para o Controle de Aedes.

“Conseguir desenvolver um estudo, chegar à comprovação de um método para apoiar as ações de controle do vetor para todo o Brasil e com apoio do Ministério da Saúde é um grande passo. Do mesmo modo nos orgulhamos muito de tudo isso ter sido realizado, do início ao fim, aqui no Amazonas, na nossa Fiocruz”, afirma Sérgio Luz, da Fiocruz Amazônia.

Redução dos mosquitos

“Micronizamos o produto (larvicida) num tamanho e textura ideal para que fique impregnado nas patas e no abdômen da fêmea do Aedes aegypti, quando esta pousa na armadilha para depositar seus ovos. Ao pousar, o pó fica aderido na fêmea e é levado por ela para vários outros criadouros, uma vez que é da biologia das fêmeas do Aedes colocar os ovos em vários criadouros, para manter a sobrevivência da espécie”, explica José Joaquin Carvajal Cortes, também da Fiocruz Amazônia.

O produto é potente e tem efeito exclusivo sobre as larvas e pupas, alterando o desenvolvimento até a morte delas, reduzindo assim a quantidade de novos vetores. Os ensaios realizados atestaram que o mosquito consegue carregar o larvicida até 400 metros de distância atingindo 94% de cobertura de todos os criadouros da área e uma mortalidade de 90 e 95% das larvas.

Tecnologia barata

Além de ser uma metodologia de fácil operacionalização e principalmente de custo baixíssimo, as EDLs se adaptam bem à realidade dos programas de controle das cidades e não alteram muito a dinâmica laboral dos órgãos municipais de saúde, o que facilita a implementação da estratégia em cidades com pouca disponibilidade de recursos humanos.

Como funciona?

A estação simula o criadouro do mosquito. Lá ele procura um local de repouso e para colocar seus ovos. A principal preocupação é a de manter o nível de água nos recipientes, principalmente em locais de temperatura alta. A residualidade do larvicida gira em torno de 40 a 50 dias.

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Com informações da assessoria da Fiocruz Amazônia

A dengue é uma doença que afeta quase 100 milhões de pessoas no mundo todos os anos, provocando sintomas como febre alta e dores intensas. Agora, uma nova pesquisa talvez tenha a resposta para um possível tratamento para o vírus.

Testes em culturas de células e ratos revelaram que um composto identificado recentemente é capaz de desarmar o vírus, impedindo o mesmo de se replicar e prevenir a doença, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (6) na revista científica Nature.

A pesquisa também indica que o composto pode ser efetivo se administrado de forma preventiva, antes da infecção, ou como um tratamento após a instalação do vírus.

Para Scott Biering e Eva Harris, especialistas da Escola de Saúde Pública da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, a descoberta é um desenvolvimento "empolgante" na batalha contra a dengue.

"[O estudo] representa um grande avanço no campo da terapêutica da dengue" afirmou a dupla, que não participou diretamente da pesquisa, em resenha publicada na Nature.

Não há dúvida de que o vírus transmitido pelo mosquito aedes aegypti representa uma ameaça para a saúde pública global, já que as estimativas indicam que ele infecta pelo menos 98 milhões de pessoas por ano e está presente em 128 países.

Além disso, como existem quatro cepas diferentes do vírus, ser infectado por uma delas não garante proteção contra as outras, e as reinfecções costumam evoluir para complicações mais graves, a chamada dengue hemorrágica.

Até o momento, não existe tratamento para o vírus, e as estratégias de mitigação se concentram no foco da transmissão, que são os mosquitos. Apenas uma vacina, a Dengvaxia, foi aprovada em alguns países, mas sua efetividade é limitada a uma única cepa.

- 'Sem precedentes' -

O composto, chamado de JNJ-A07, mostrou efeitos "sem precedentes em animais infectados", comentou à AFP Johan Neyts, professor de virologia da Universidade de Leuven, na Bélgica, que fez parte do estudo.

"Mesmo se o tratamento for iniciado no pico de replicação viral, há uma atividade antiviral significativa", acrescentou.

O JNJ-A07 age sobre a interação entre duas proteínas no vírus da dengue, que são fundamentais para a sua replicação. Testes em células, tanto humanas quanto de mosquitos, mostraram que o composto foi efetivo contra as quatro variantes.

Além disso, como o vírus evolui rapidamente, os especialistas avaliaram como o composto JNJ-A07 se sairia na medida em que o vírus sofresse mutações.

"Em células infectadas em laboratório, levou quase seis meses até que pudéssemos obter uma resistência importante [ao tratamento]", disse Neyts. "Dado que a barreira à resistência é tão alta, é muito improvável que isso se torne um problema clínico", acrescentou.

Curiosamente, as mutações que causaram resistência também pareciam tornar o vírus incapaz de se replicar nas células do mosquito. Isso poderia sugerir que, mesmo que o vírus desenvolvesse resistência ao JNJ-A07, ele não seria mais transmissível por mosquitos.

- Exames clínicos em progresso -

Segundo Neyts, a versão do composto reportada na Nature foi "otimizada" e está em desenvolvimento clínico pelo laboratório Johnson & Johnson. No entanto, muitos questionamentos ainda pairam sobre o JNJ-A07, especialmente se ele poderia aumentar a vulnerabilidade à reinfecção.

Segundo Biering e Harris, dado que o JNJ-A07 age para reduzir a viremia, que é a presença do vírus no sangue, são necessários mais estudos para determinar se o tratamento pode deixar as pessoas mais suscetíveis a contraírem dengue hemorrágica.

Apesar disso, Neyts acredita que o estudo traz possibilidades interessantes. "Ver o composto agindo de forma tão potente em animais foi de tirar o fôlego", frisou.

Estudo achou ligação entre a disseminação do SARS-CoV-2 e surtos de dengue no Brasil, sugerindo que a exposição à doença transmitida pelo mosquito pode fornecer alguma imunidade contra a COVID-19.

A agência Reuters teve acesso aos resultados da pesquisa, liderada por Miguel Nicolelis, professor da Universidade Duke, EUA, ainda não publicada, que comparou a distribuição geográfica no Brasil dos casos do novo coronavírus com a disseminação da dengue em 2019 e 2020.

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"Essa descoberta surpreendente levanta a intrigante possibilidade de uma reação imunológica cruzada entre o vírus da dengue e o SARS-CoV-2 […]. Se for provada correta, essa hipótese pode significar que a infecção pela dengue ou a imunização com uma vacina eficaz e segura contra a dengue poderia produzir algum nível de proteção imunológica" contra o novo coronavírus, sublinha o cientista.

O estudo descobriu que locais com taxas mais baixas de infecção pelo novo coronavírus e com crescimento mais lento de casos de COVID-19 foram os locais que sofreram intensos surtos de dengue neste ano e em 2019.

Nicolelis afirma que os resultados são particularmente interessantes porque pesquisas anteriores mostraram que pessoas com anticorpos da dengue podem apresentar resultados falsamente positivos para anticorpos do SARS-CoV-2, mesmo que nunca tenham sido infectadas pelo novo coronavírus.

"Isso indica que há uma interação imunológica entre os dois vírus que ninguém poderia esperar, porque os dois vírus são de famílias completamente diferentes", ressalta o cientista, acrescentando que mais estudos são necessários para provar a conexão.

Descoberta por acaso

A equipe de Nicolelis encontrou uma relação semelhante entre surtos de dengue e uma propagação mais lenta de COVID-19 em outras partes da América Latina, bem como na Ásia e nas ilhas dos oceanos Pacífico e Índico.

O cientista explica que sua equipe se deparou com a descoberta da dengue por acidente, durante um estudo sobre a disseminação da COVID-19 pelo Brasil, quando constataram que as rodovias tiveram um papel importante na distribuição dos casos pelo país.

Depois de identificar alguns pontos sem casos no mapa, a equipe procurou possíveis explicações. Um avanço ocorreu quando compararam a disseminação da dengue com a do coronavírus.

"Foi um choque. Foi um acidente total […]. Na ciência, isso acontece, você está atirando em uma coisa e acerta um alvo que nunca imaginou que acertaria", comenta Nicolelis.

Da Sputnik Brasil

Um estudo realizado pelo World Mosquito Program (WMP), da Universidade de Monash, na Austrália, em parceria com a Tahija Foundation e Universidade Gadjah Mada, na Indonésia, apontou redução de 77% na incidência de casos de dengue, virologicamente confirmados, nas áreas onde houve liberação de Aedes aegypti com Wolbachia, em Yogyakarta, na Indonésia, quando comparado com áreas que não receberam o método. Este é o primeiro teste padrão-ouro que mostra a capacidade de redução de casos de dengue através da metodologia do Aedes aegypti com a Wolbachia. No Brasil, a iniciativa é conduzida pela Fiocruz e já apresenta dados preliminares que apontam redução de chikungunya.

O estudo clínico randomizado controlado (Randomized Controlled Trial - RCT) “Applying Wolbachia to Eliminate Dengue (AWED)”, teve duração de três anos e foi conduzido em uma área que abrange cerca de 321 mil habitantes. Doze de 24 áreas de tamanhos semelhantes da cidade de Yogyakarta foram escolhidas aleatoriamente para receber os mosquitos com Wolbachia do WMP em conjunto com as medidas de rotina de controle da dengue realizadas no município. As 12 áreas restantes continuaram recebendo apenas as ações de rotina de controle da dengue.

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Confira no vídeo abaixo, como funciona o método:

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O ensaio envolveu 8.144 participantes com idades entre 3 e 45 anos que se apresentaram a uma das 18 clínicas de atenção primária com febre aguda indiferenciada de um a quatro dias de duração. O estudo utilizou o método de teste negativo para analisar e medir a eficácia da Wolbachia (cepa WMel) em reduzir a incidência de casos confirmados de dengue em um período de 27 meses. Após 2 anos do término das liberações, a frequência de Wolbachia continua elevada nas populações de mosquitos Aedes aegypti nas 12 áreas de intervenção. A implementação do Método Wolbachia foi bem aceita pela comunidade e não houve preocupações de segurança.

Este estudo marca uma década de pesquisas de laboratório e de campo, começando primeiro na Austrália e depois expandindo para 11 países onde a dengue é endêmica, entre eles o Brasil. O diretor global do WMP, Scott O'Neill, afirma que este era o resultado que os cientistas do WMP esperavam. "Temos evidências de que nosso método é seguro, sustentável e reduz a incidência de dengue. Agora podemos ampliar essa intervenção para várias cidades em todo o mundo”, destaca. 

A diretora de avaliação de impacto do WMP, Katie Anders, ressalta que “este é o primeiro estudo para demonstrar impacto na incidência da doença. O resultado do ensaio é consistente com nossos achados de estudos anteriores não randomizados em Yogyakarta e no norte de Queensland, e com previsões de modelagem epidemiológica de uma redução substancial na carga de dengue após implementação do Método Wolbachia”.

O estatístico independente do estudo, Nicholas Jewell, professor de Bioestatística e Epidemiologia da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres e também professor da Universidade da Califórnia, em Berkeley, avalia que "os resultados são convincentes. É duplamente empolgante, pois o desenho do ensaio usado na Indonésia fornece um modelo que pode ser seguido por outras cidades candidatas a realizar intervenções de saúde".

Detalhes do resultado serão apresentados em novembro, em um congresso acadêmico, além de publicação em um periódico científico. Mais informações podem ser obtidas na página internacional do programa.  

Método Wolbachia no Brasil

No país, o Método Wolbachia é conduzido pela Fiocruz, em parceria com o Ministério da Saúde, com apoio de governos locais. As ações iniciaram no Rio de Janeiro e em Niterói, em uma área que abrange 1,3 milhão de habitantes. Em Niterói, dados preliminares já apontam redução de 75% dos casos de chikungunya nas áreas que receberam os Aedes aegypti com Wolbachia, quando comparado com áreas que não receberam.

Atualmente, o projeto está em expansão para Campo Grande, Petrolina (PE) e Belo Horizonte. Na capital mineira também será realizado um estudo clínico similar ao conduzido pelo WMP na Indonésia. A cidade será a primeira das Américas a acompanhar casos de dengue, zika e chikungunya por meio de um estudo clínico randomizado controlado (RCT, em inglês), em conjunto com o Método Wolbachia.

Em uma primeira etapa, alguns bairros vão receber o Aedes aegypti com Wolbachia enquanto outros irão receber após a validação do estudo e aprovação junto ao Ministério da Saúde. A escolha dos bairros que vão receber o Método Wolbachia primeiro será por meio de sorteio, metodologia proposta pelo Estudo Clínico Randomizado. 

Para a realização do RCT, serão convidadas para participar 60 crianças, na faixa etária de 6 a 11 anos, da 1ª à 3ª série, matriculadas em escolas públicas municipais de BH selecionadas para participar do projeto. Com a autorização dos responsáveis e o necessário consentimento das crianças, será colhida uma amostra de sangue, para avaliar se elas tiveram contato com o vírus da dengue, zika ou chikungunya.

Este estudo, chamado Projeto Evita Dengue, é realizado em colaboração com a implementação do Método Wolbachia, feito pelo WMP Brasil/Fiocruz em conjunto com a Prefeitura de Belo Horizonte. Trata-se de uma colaboração científica entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Emory, a Universidade Yale e a Universidade da Flórida. O estudo é financiado pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID/NIH), dos Estados Unidos.

Antes do RCT, será realizado um piloto da operação do WMP Brasil em BH em três áreas de abrangência da Regional Venda Nova (Centros de Saúde Copacabana, Jardim Leblon e Piratininga). A previsão é que a liberação dos mosquitos com Wolbachia seja iniciada ainda neste ano.

Mais informações sobre o Método Wolbachia estão disponíveis no site do programa no Brasil

Da Fiocruz

Em Pernambuco, 34 municípios estão com alto risco de surto de dengue. A VI Gerência Regional de Saúde, no interior do estado, é a que concentra o maior número de cidades em risco. São elas: Brejo da Madre de Deus, Caruaru, Gravatá, Ibirajuba, Santa Cruz do Capibaribe, São Bento do Una, São Joaquim do Monte e Taquaritinga do Norte. 

Ao todo, Pernambuco teve 611 notificações e 53 casos confirmados de dengue, até a quarta semana de janeiro deste ano, de acordo com dados da Secretaria estadual de Saúde. 

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E, na tentativa de evitar uma possível epidemia, em 2020, a Assessora Técnica da Gerência da Vigilância de Arboviroses da Secretaria de Saúde do Estado, Daniela Bandeira, revela que a Secretaria estadual está buscando intensificar as campanhas de educação em saúde.

“Não podemos abaixar a guarda, nem para quem está em situação satisfatória e muito menos para quem está em alerta ou risco. Agora, para esses municípios que estão em situação de risco, estamos acompanhando mais de perto as ações de combate.” 

Em janeiro, o Ministério da Saúde declarou que 12 estados brasileiros correm o risco de sofrer surto de dengue. Além de toda a região Nordeste, a população do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo, deve ficar atenta para o possível surto do sorotipo 2 da dengue. 

Coordenador-Geral de Vigilância em Arbovirose, do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, pede que a população dos estados siga as orientações e entre no enfrentamento ao Aedes aegypti. 

“Hoje, mais de 80% dos criadouros do mosquito são domiciliares. Então, a ação de controle é necessária, integrada de atividades do poder público, tanto do Ministério da Saúde, como das secretarias estaduais e municipais, de saúde, aliado as ações de mobilização da população.”

Da Agência do Radio Mais

A campanha nacional de combate à dengue começa hoje (23) em todo o país. Escolas, centros de assistência social e Unidades Básicas de Saúde (UBS) fazem parte da ação do Ministério da Saúde que tem por objetivo conscientizar a população sobre os perigos da doença, que sempre atinge picos durante os meses do verão. Este ano a Semana Nacional de Mobilização contra o Aedes aegypti também vai enfatizar as outras doenças transmitidas pelo mosquito: zika e chikungunya.

De acordo como números do próprio ministério, essas doenças tiveram uma queda significativa no último ano. Até o dia 2 de setembro, foram registrados 219.040 casos de dengue em todo o país. No mesmo período do ano passado, 1.483.623 haviam sido notificados. Os agentes de saúde, exército e equipes empenhadas nas campanhas deste ano já visitaram mais de 150 milhões de residências.

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“Não podemos baixar a vigilância. É melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências de não ter feito essa iniciativa”, disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros. O ministro da Saúde também declarou em nota que os estados têm autonomia para criarem ações de combate ao mosquito, mas destacou que a recomendação é de colocar o assunto em pauta em qualquer oportunidade. 

As doenças provocadas pelo mosquito Aedes aegypti ainda vêm somando infectados e ampliando o número de óbitos. Nesta terça-feira (3), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) emitiu mais um boletim da microcefalia e arboviroses em Pernambuco e as estatísticas continuam a crescer.

Nesta semana, o número de casos notificados de microcefalia chegou a 1.912 - entre o dia 1 de agosto de 2015 e 30 de abril de 2016 -, 803 prováveis, 339 confirmados e 920 descartados. Dentre os casos positivos, 23 foram detectados intraútero através de exames de imagem. Além disso, na última semana, a quantidade de óbitos subiu para 54, quatro a mais em relação à última semana.

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Entre os protocolos adotados pela SES, está também o registro quanto ao panorama das gestantes. Entre o dia 2 de dezembro de 2015 e 30 de abril deste ano, foram notificadas 4.088 grávidas com exantemas – manchas no corpo -, no entanto, a Secretaria afirma que a presença dessa característica não é indicativa de que a mulher terá um filho com microcefalia. 

Arboviroses

Em Pernambuco, o número de notificações de pacientes com Zika, alcançou a casa dos 9.216 somente neste ano, sendo 23 confirmações em 142 municípios, inclusive, Fernando de Noronha. 

Quanto aos casos de chikungunia, o número de óbitos cresceu quase o dobro, alcançando 20 vítimas, oito a mais do que na última semana. Ao todo, foram notificados 18.678 casos, 3.732 confirmados em 184 municípios, além de Fernando de Noronha. 

Dentre os números que mais cresceram foi a quantidade de mortes provocadas pela dengue. Na última semana, Pernambuco havia registrado um óbito provocado pela doença, no entanto, já no boletim desta terça, a quantidade subiu para cinco. Foram notificados 67.165 casos, sendo 12.320 confirmados em 184 municípios e Fernando de Noronha.

Índice de infestação

De acordo com a SES, 77 municípios estão em situação de alerta, 91 em risco de surto e 15 em situação satisfatória. 

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou, no início da tarde desta terça-feira (26), mais um boletim da microcefalia e arboviroses em Pernambuco. Desta vez, os números tiveram um pequeno crescimento em relação aos dados emitidos na semana anterior. No entanto, o número de municípios em situação de alerta para essas doenças teve crescimento. 

Da última semana para a atual, foram somadas mais 12 notificações de microcefalia, alcançando o número de 1883 de 1 de agosto de 2015 até 23 de abril de 2016. Desse número, 779 são prováveis, 334 confirmados – sendo 23 detectados intraútero por exames de imagens - e 816 descartados. Quanto ao número de óbitos por microcefalia, já são somados 50. Um a mais que o número divulgado no boletim semanal anterior.

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As gestantes também fazem parte do protocolo divulgado pela SES e consta que 4.032 delas possuíam exantema (manchas no corpo); no entanto, a Secretaria alerta que este traço não caracteriza que a mulher terá um bebê com microcefalia. 

Arboviroses

O número de casos de Zika notificados no estado já alcança a casa dos 8.914, com 23 confirmações em 142 municípios, incluindo Fernando de Noronha.  Já os casos de Chikungunya vem somando óbitos, tendo chegado ao número de 12 mortes, 17.764 casos notificados, 389 confirmados em 169 municípios e Fernando de Noronha. 

A dengue também continua assustando a população e manteve o número de uma morte causada pela doença, na semana. São ao todo 62.744 notificações e 10.115 casos confirmados em 184 cidades e também em Fernando de Noronha. 

Risco de surto

A Secretaria alerta que já existem 77 municípios em situação de alerta, além de 91 cidades em risco de surto. Sobre os locais em situação satisfatória, este número é de apenas 15. 

A Secretaria Estadual de Saúde divulgou, nesta terça-feira (29), o mais recente boletim da microcefalia e arboviroses em Pernambuco, que considera o levantamento realizado entre os dias 1 de agosto e 19 de março. De acordo com os números apresentados, os casos de microcefalia apresentaram desaceleração em relação às últimas semanas. Apesar da notícia animadora, foi registrado o primeiro óbito por dengue na última semana. Já o número de mortes por Chikungunya, aparentemente, foi freado, permanecendo em duas mortes. 

Entre os boletins do dia 8 e 15 de março, o número de casos notificados com microcefalia sofreu aumento de 57, enquanto o documento divulgado entre os dias 15 e 22 apresentaram um acréscimo de 40 notificações. Já no levantamento da SES, emitido nesta terça-feira (29), o número de notificações apresentou um aumento de dez casos em relação ao último boletim. Entre os números divulgados, o número de casos prováveis é de 728; 273 confirmados e 349 descartados. 

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Dentre os casos confirmados, 99 estão relacionados ao Zika vírus por critério laboratorial (sorologia IgM). Apesar da aparente desaceleração, o número de óbitos continua a crescer. Nesta semana somam-se 45 mortes, seis a mais do que divulgado no último boletim e mesmo acréscimo em relação ao dia 15.

A SES divulgou que também foram registrados 24 casos de bebês natimortos e 21 que vieram a óbito logo após o nascimento. Destaca-se que nenhum dos casos teve microcefalia como causa básica de morte.

Quanto às gestantes, o protocolo registrou 3.438 grávidas com exantema [manchas no corpo] entre os dias 2 de dezembro e 26 de março. Outro número que permaneceu o mesmo em relação à última semana é o número de casos detectados intraútero, somando 18 casos. A SES alerta que o exantema não é indicativo de que a mulher terá um bebê com microcefalia. 

Arboviroses

O número de pessoas afetadas pelo Zika vírus passou para 16, sendo esse o número de confirmações. Enquanto isso, o número de notificações passou a ser de 7.166. 

Já para Chikungunya, Pernambuco possui 13.947 casos notificados, 303 confirmados, em 160 municípios e dois óbitos, mesmo número registrado nas últimas semanas.

Enquanto a microcefalia parece estar desacelerando, o estado registrou seu primeiro caso de morte por Dengue. Além disso, foram 45.117 casos confirmados, 6.448 confirmados, em 183 municípios e o distrito de Fernando de Noronha. 

Índice de infestação predial

A SES divulgou o levantamento que consta 69 municípios em situação de alerta, 84 em risco de surto, 15 em situação satisfatória e 16 cidades não informaram.  

As três viroses que mais assustam o Brasil no momento – dengue, Zika e chikungunya – são doenças infecciosas agudas transmitidas pelo mesmo vetor, o mosquito Aedes aegypti. As semelhanças não param por aí: todas elas podem provocar febre, dor e manchas pelo corpo. “A diferença é sutil e o diagnóstico precisa ser clínico e epidemiológico, levando em conta a situação de infecções naquela localidade”, explicou a infectologista e epidemiologista Helena Brígida.

Em entrevista à Agência Brasil, a integrante do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia destacou que, no caso da dengue, o sintoma de maior destaque é a febre, sempre alta e de início súbito. Já a característica mais marcante na infecção por chikungunya são as dores nas articulações, bem mais intensas que nas outras duas doenças. Por fim, o Zika tem como principal manifestação manchas pelo corpo bastante avermelhadas e que coçam muito, além de joelhos e tornozelos inchados.

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“A gente tem que perguntar ao paciente se coça muito, se ele teve febre, se a febre passa quando ele toma remédio, se há dor nas juntas, se o pé está inchado. Não dá pra dizer logo de cara o que é. O médico tem que ouvir todo o conjunto de sintomas para definir a melhor conduta”, destacou. A especialista contou ainda que, em seis horas de plantão em um único dia, se deparou com quatro casos de Zika em seu consultório. A colega que atendia na sala ao lado, segundo ela, registrou outros quatro casos da mesma doença.

A infectologista também ressaltou que o tratamento para as três doenças é sintomático, ou seja, estabelecido com base nos sintomas apresentados pelo paciente e não muda diante de um resultado laboratorial positivo ou negativo. A confirmação por teste, segundo ela, é importante sobretudo entre gestantes, diante da possível associação de microcefalia com o vírus Zika, e entre pacientes com quadro de complicações neurológicas também possivelmente associadas à infecção.

Em mais um dia de mobilização nacional contra o mosquito aedes aegypti – transmissor da dengue, chikungunya e do Zika Vírus – a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta sexta-feira (19), que vai usar todos os recursos necessários para a construção de uma vacina que combata o Zika Vírus. Mas até que isso aconteça, a petista conclamou a população para travar um combate constante contra o aedes. 

“Um mosquito não pode derrotar 204 milhões de pessoas. Somos fortes. Juntos vamos superar essas dificuldades. Vamos usar todos os nossos recursos para garantir uma vacina contra este vírus, mas até a gente criar, produzir e distribuir temos que combater o vírus”, observou durante sua passagem por Petrolina, no Sertão de Pernambuco, para entregar 2.432 casas do programa Minha Casa, Minha Vida. 

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Sob a ótica da petista, a junção das forças para eliminar os focos de transmissão do mosquito servirá de exemplo para outras questões do país. “Juntos vamos superar estas dificuldades. Enfrentamos muitos problemas, mas quero dizer a vocês que este país vai crescer, vai gerar empregos e continuar fazendo programas como este do Minha Casa, Minha Vida”, destacou. 

Ao deixar Pernambuco, a presidente seguiu para Juazeiro, na Bahia, onde participa de uma aula para explicar, segundo ela, “uma das questões mais graves” que o país está enfrentando, com “aquele velho mosquito da dengue que é o vírus Zika”. A estratégia do Governo Federal é envolver as crianças na campanha “Zika Zero”.

“Só tem um jeito de combater: matar o mosquito. Não deixá-lo nascer. A gente sabe que ele, principalmente a mosquita (sic), põe ovos em água parada. E aí, onde que tem água parada? Sobretudo, nas casas das pessoas”, disse a presidente. Segundo ela, seria necessário no mínimo 15 minutos, uma vez durante a semana, para vistoriar as casas. 

O zika vírus, transmitido pelo aedes, surgiu na África e está atingindo os países da América.  No Brasil, Pernambuco é o estado com mais casos confirmados da Zika, principal provedor da microcefalia em bebês, conforme suspeitas iniciais. A presidente também prometeu contribuir com as mães que têm os filhos diagnosticados com a malformação. “Temos que receber essas mães, ajudá-las e cuidar delas nesta hora, que nós sabemos ser muito dura. Temos que assegurar também a essas crianças, e o governo assegura com uma bolsa específica”, garantiu.  

No fim do discurso, a presidente recebeu um buquê de rosas e, quebrando protocolos, ela distribuiu flores entre os que participavam da cerimônia. A petista foi aclamada com músicas da campanha pela reeleição. 

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