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O PSDB Mulher - Pernambuco se manifestou por meio de nota oficial em relação aos recentes casos de violência contra a mulher no Estado. Dentre as agressões mais chocantes o segmento citou o da jovem Maria Alice Seabra, 19 anos, assassinada pelo padrasto e o da doméstica Aldenize Firmino, 38, cujo corpo foi achado de cabeça para baixo dentro de um balde. 

Expressando solidariedade às famílias das vítimas, o colegiado, presidido pela ex-deputada Terezinha Nunes, entende que o combate ao problema da violência contra a mulher não se restringe ao aparelho policial. “A sociedade precisa se conscientizar e contribuir com organizações voltadas para a defesa da mulher”, acredita o segmento.

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Confira a nota na íntegra: 

A violência contra a mulher que havia sido reduzida no Brasil após a aprovação da lei Maria da Penha, voltou a se manifestar de forma cruel nos últimos dias, sem que ainda se tenha uma explicação para isso.  O Nordeste, em particular, vem sendo palco de crimes que têm causado estarrecimento. O problema não é próprio de um estado e nem de um partido político que por ventura esteja no poder. Tem atingido a toda a região.

Em Pernambuco, o Pacto pela Vida vem conseguindo reduzir o problema ao longo dos anos mas, só nos últimos 15 dias, nove mulheres foram mortas, sendo os casos mais chocantes o da jovem Alice Seabra, de 19 anos, assassinada pelo padrasto e que teve uma mão decepada e da doméstica Aldenize Firmino, 38 anos, cujo corpo foi achado de cabeça para baixo dentro de um balde.

O PSDB Mulher vem expressar às famílias das vítimas sua solidariedade e conclama todas as mulheres a darem as mãos para tentar dar um basta a este estado de coisas. Está claro que apenas o aparelho policial não é suficiente para coibir os abusos. É necessário que a sociedade se conscientize e se una a todos que, no Governo ou fora dele, podem dar sua contribuição ou já estão engajados em organizações voltadas para a defesa da mulher.

O ódio que caracteriza os casos acima demonstra que o problema da violência contra a mulher pode estar se agudizando e é necessário buscar saídas. As Igrejas, a OAB, o Movimento de Mulheres, as diversas secretariais e órgãos de defesa da mulher no estado podem dar grande contribuição ao debate sobre o tema e fazer ecoar um grito de indignação que atinja a toda a sociedade. Antes que mais vítimas sejam acrescidas à estatística nefasta que nos atinge.

A perícia do  Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) está realizando, no final da tarde desta sexta-feira (26), o exame luminol no carro de Gildo Xavier, acusado de dopar, estuprar e matar a enteada Alice Seabra na última sexta (19). De acordo com um dos peritos criminalísticos do caso, Fernando Benevides, o procedimento serve para esclarecer a dinâmica do crime. 

Durante os exames com o luminol, que detecta sangue humano, os peritos localizaram sangue no volante do carro, no banco do passageiro, no banco traseiro, na coluna do carro e no tênis de Gildo Xavier. Com isso, a polícia poderá confirmar a dinâmica confessada pelo padrasto.  O resultado dos exames será divulgado em dez dias. 

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O corpo de Alice foi velado na manhã de hoje em uma casa funerária nos arredores do cemitério de Santo Amaro. Após a confissão do crime, a polícia encontrou o corpo da menina em um canavial na cidade de Itapissuma com uma das mãos decepadas.

Gildo Xavier será indiciado por quatro crimes: sequestro qualificado, estupro, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, podendo ser condenado a 48 anos, se somadas às possíveis penas máximas de cada crime.

Confira as imagens do trabalho do Instituto de Criminalística a seguir: 

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Com informações de Roberta Patu

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O corpo de Maria Alice Seabra, sequestrada e assassinada pelo padrasto, começou a ser velado na manhã desta sexta (26) em uma casa funerária nos arredores do cemitério de Santo Amaro. A movimentação na porta foi grande e os familiares e amigos continuaram a chegar durante horas. A cerimônia foi privada, dentro da casa funerária, que está de portas fechadas. O clima de revolta tomou conta no lado de fora, e em forma de comentários, os populares esperam por justiça para a morte de Maria Alice.

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Silvio Felix, tio da vítima, explicou que o clima na família é de tristeza, mas agora é esperar. Ele conta que morava longe da sobrinha e não sabia que a relação da família era complicada, mas ninguém esperava isso."Nós tínhamos esperanças que ela fosse encontrada viva, mas infelizmente teve esse final trágico. Ele já está preso. É esperar que ele tenha uma pena merecida", afirmou.

Isolado da aglomeração em frente ao velório, o senhor José Pedro da Silva, tio do assassino confesso, lamentou o fato e se disse surpreso. "Ninguém diria que ele seria capaz de uma coisa dessas. Ela um homem trabalhador. Vivia de casa pro trabalho. Mas aquelas lágrimas não me convenceram. Ele tem que pagar o que deve", disse.

"Eu a conheci pelas redes sociais, pois ela era torcedora do Santa Cruz, inclusive minha sobrinha fez amizade com ela por conta dessa paixão pelo clube. Era uma menina tímida", conta o senhor Roberto Freitas que veio acompanhar o enterro em solidariedade. Ele explicou que a torcida do Santa Cruz está planejando fazer uma homenagem a Maria Alice no próximo jogo. Hoje, às 14h, eles irão à Federação de Futebol solicitar autorização para o árbitro conceder um minuto de silêncio. Uma faixa e salva de palmas devem fazer parte também da homenagem.

A profissional de serviços gerais, Gleiciane Gonçalves, não conhecia a vítima, mas ficou comovida com o sofrimento da família. "Viemos prestar solidariedade à família. É muito triste. Tomei conhecimento do caso pelo Facebook, mas a gente se comove. Nós que temos filhos, que também têm padrasto. Ele é um monstro".

Cortejo e enterro - Um pequeno cortejo em total silêncio, do local do velório até o cemitério de Santo Amaro, encerrou a cerimônia fúnebre de Maria Alice Seabra. Ela foi sepultada ao lado de onde seu pai havia sido enterrado anos antes.

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O absurdo conseguiu ser ainda maior do que todos imaginavam. Os detalhes do sequestro e morte de Maria Alice Seabra, 19 anos, foram revelados pela Polícia, na tarde desta quinta-feira (25), na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, na Zona Oeste do Recife. Durante quase três horas de depoimento, Gildo Xavier, padrasto da vítima, confessou o crime e admitiu: planejava estuprar a garota, por quem alimentava desejo sexual há três anos.

Segundo Gleide Ângelo, delegada responsável pelo caso, o homem planejou tudo. Pediu um adiantamento no trabalho de R$ 300, sob a falsa história de que a filha teria sido atropelada, utilizou o dinheiro para alugar um carro, juntou todas as suas coisas que estavam em Gravatá (município em que trabalhava) e veio para o Recife. Na última quinta (18), afirmou que tinha conseguido uma entrevista de emprego para a enteada, no bairro da Encruzilhada. Na sexta (19), apanhou a garota por volta das 16h para uma viagem sem retorno.

“Ele premeditou tudo. Alugou o carro e ainda passou em uma loja, na Avenida Recife, para por películas no veículo. Comprou um vidro de Rupinol (utilizado para dopar em casos como o “boa noite, cinderela”). No caminho, perguntou à menina por que tinha feito uma tatuagem. Alice disse que não era da sua conta. Neste momento, parou o carro na altura do Sítio do Pica Pau, em Paulista, agrediu a menina na cabeça e começou a dopá-la. O celular tocou (era a mãe de Alice), a jovem começou a gritar e Gildo agrediu muito ela. Ela começou a vomitar, convulsionar, e ele estuprou ela ali mesmo, no carro, ainda viva, quando depois percebeu que ela estava agonizando”, contou, emocionada, a delegada Gleide Ângelo.

Para garantir que a vítima morresse, o réu confesso admitiu ter utilizado o cinto de segurança do carro para estrangulá-la. Quando a percebeu sem vida, jogou o corpo em canavial na cidade de Itapissuma. Segundo a delegada, Gildo Xavier ainda voltou ao local, dez minutos depois de ter jogado o corpo, e tentou reanimar Alice, arrependido pelo crime cometido. Sem sucesso, pegou o carro e seguiu para o município de Aracati, no Ceará, onde estava foragido desde então.

Acusado manteve contato com a Polícia pelas redes sociais

No outro estado, Gildo Xavier confessou ter entrado nas redes sociais e visto a repercussão do sumiço da menina. Começou a dar informações à Polícia, pelo Whatsapp, mas como as investigações não surtiram efeito, resolveu voltar, se entregar e ajudar na procura pelo corpo. Preso em flagrante, o homem será indiciado por quatro crimes: sequestro qualificado, estupro, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O homem pode ser condenado a 48 anos, se somadas às possíveis penas máximas de cada crime.

O corpo da garota foi encontrado pela Polícia com uma das mãos decepadas, coincidentemente a do mesmo braço no qual a vítima tinha feito a tatuagem. “Ele diz que nunca mutilaria Alice, não confirma que fez isso. Apenas a perícia irá dizer se foi algum animal, já que o corpo estava em estado de decomposição”, explicou a Gleide Ângelo, ao lembrar que os exames periciais ainda demorarão certo tempo para serem divulgados.

Jovem já havia sido agredida pelo padrasto no Carnaval

A obsessão do padrasto por Alice foi acentuada no momento que a menina saiu de casa. No início do ano, ela descobriu que o “pai” com quem ela convivia desde os quatro anos estava traindo a mãe com uma amante. O fato resultou na separação do casal, mas o homem pediu para voltar e a mãe aceitou. “Alice disse à mãe que, se Gildo voltasse, ela sairia de casa. E fez. Ela estava morando há dois meses com uma tia, em Igarassu”, assegurou a delegada do caso.

O comportamento agressivo do acusado já pôde ser identificado no mês de fevereiro deste ano, durante o Carnaval. Numa brincadeira realizada pelo tio de Alice, o padrasto teve um ataque de ciúme e partiu para cima da garota, agarrando-a pelo pescoço. Mesmo assim, em nenhum momento a mãe deu parte na Polícia e disse nunca ter suspeito do desejo sexual do marido com a própria filha. O homem preso garante que nunca tentou abusar a enteada durante todos esses anos. Depois do depoimento, o homem foi levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) e, de lá, para o Cotel, em Abreu e Lima.

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O padrasto da jovem Alice Seabra, desaparecida desde a última sexta-feira (19), se entregou à polícia. Principal acusado pelo desaparecmento e possível morte da estudante, Gildo da Silva Xavier já se manifestou por uma rede social pedindo desculpa à esposa e afirmando que 'o ódio falou mais alto'.

Ele se entregou a tarde desta terça (23) para a polícia e foi encaminhado para o DHPP - Departamento de Homicidios e Proteção à Pessoa, no Cordeiro. Gildo chegou por volta da 0h30 na delegacia, acompanhado de Gleide Ângelo, delegada responsável pelo caso.

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"Ele já fez o pior com Alice", desabafa irmã mais velha

Nem a delegada nem o acusado falaram com a imprensa no momento da chegada ao DHPP. Ainda não existe informações se a jovem está viva ou foi assassinada pelo padrasto. As buscas serão retomadas na manhã desta quarta-feira (24).

Confira no vídeo o momento em que Gildo chega ao DHPP:

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*Com informações de Nicoly Moreira e vídeo de Nathan Santos

Desde a última sexta-feira (19), a ausência de notícias de Maria Alice Seabra deixa os familiares aflitos. Em entrevista a ao Portal LeiaJá, a irmã mais velha da jovem, Angélica Seabra, desabafou e relatou que o padrasto já fez algo de muito ruim com sua irmã e que a indicação de ter a deixado em Goiana é apenas uma forma de despistar a polícia e fugir.

Com a voz embargada e com esperança, Angélica Seabra falou que pelo perfil agressivo do marido da mãe, Gildo da Silva Xavier, infelizmente, tudo leva a crer que ele já agrediu ou até deu fim a vida da irmã. “Emocionalmente, Gildo era muito transtornado. Qualquer situação que o desagradasse, ele ficava com muita raiva e batia. Uma vez ele chegou a esganar Alice e quase a matar por ciúmes. Já com minha mãe, ele sempre a agredia”, contou.

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Quanto ao motivo que levaria Gildo a nutrir o ‘ódio’ por Alice, que foi publicado nas redes sociais, Angélica diz que é incerto. “Como ele era muito imprevisível fica difícil precisar. Algumas coisas que o incomodou recentemente foram as seguintes: Alice ter descoberto a traição dele, ela ter tatuado o nome do nosso pai no braço ou por ela ter arrumado um namorado. Mas nada disso justifica a maldade de ter feito o que fez”, falou.

Ainda em entrevista, a irmã de Alice disse que a indicação dele ter deixado a jovem em Goiana é falsa. “Não acredito que ele deixou ela lá. Se realmente isso tivesse acontecido alguém já teria visto ou localizado minha irmã, porque fica próximo a uma usina. Ele mente muito e eu tenho certeza que Gildo só está despistando a polícia para fugir. Infelizmente, sinto que ele já fez o pior com Alice”, revelou. 

Caso - Na última sexta-feira (19), Maria Alice Seabra, 19 anos, foi levada do bairro da Estância, pelo padrasto Gildo Xavier com a promessa de uma entrevista de emprego. A jovem desejava trabalhar para poder pagar o curso superior. Foi com essa motivação que o marido da mãe a levou. Até o momento o acusado está foragido, porém se comunica com a delegada responsável pelo caso, Gleide Ângelo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) através do aplicativo WhatsApp. 

>> Jovem desaparece e padrasto é acusado << 

>> Padrasto de garota desaparecida afirma arrependimento <<

 

 

 

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Choro, comoção e apenas um apelo, que a filha Alice volte para casa. Esse é o desejo da mãe Maria José de Arruda, 48, conhecida como Dedé, que desde sexta-feira (19) aguarda notícias da filha Maria Alice de Arruda Seabra Amorim, 19 anos, que saiu com o padrasto para uma possível entrevista de emprego. Segundo Dedé, o marido Gildo da Silva Xavier, 34, que ela convive há 15 anos, sequestrou a filha com uma promessa de trabalho na cidade de Gravatá, Agreste de Pernambuco.

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A mãe de Alice Seabra conversou com a equipe do Portal LeiaJá, neste domingo (21), e relatou como era o convívio entre sua filha e seu marido, que estão desaparecidos. “Eles tinham uma relação de pai e filha, até então, Gildo nunca demonstrou um amor diferente que não seja de pai. Até porque, ele criou minha filha desde os quatro anos de idade. Só agora, com esse desaparecimento, que comecei a perceber que poderia ser carinho diferente”, contou.

Quanto à acusação de ter sequestrado a filha, ela revelou a possível motivação. “Acredito que ele sentia desejo pela minha filha, mas nunca percebi! Só achava estranho o ciúme excessivo que ele nutria por ela e que ultimamente tinha aumentado, inclusive, pedi para ele procurar um psicólogo”, falou.

Durante a conversa, a mãe ainda destacou que a filha era impedida de viver a vida dela. “Ele não deixava Alice ir sozinha para nenhum lugar, nem para lanchar aqui perto de casa. Quando tinha show e ela queria ir, sempre tínhamos que acompanhá-la. Até então, eu imaginava que essa atitude era uma preocupação de pai”, lamentou.

A mãe de Alice diz que o marido prometeu uma entrevista de emprego para a enteada, na mesma empresa onde trabalhava, no município de Gravatá. Com isso, ele teria levado a filha desde a sexta-feira e até este domingo (21) não deu notícias. Após o sumiço e uma ligação com gritos da filha, ela decidiu procurar a polícia. Confira a entrevista em vídeo com a mãe de Alice a seguir: 

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A irmã mais velha de Alice, Angélica Seabra, disse que o padrasto sempre foi agressivo com a mãe e que uma vez avançou na irmã. “Ele já chegou a bater na minha mãe e sempre brigava com ela, mas ela nunca se separou dele. Recentemente, descobrimos que ele estava traindo minha mãe com outra mulher e mesmo assim, ela o perdoou”, disse. “Acredito que ele desejava minha irmã, porque o ciúme que sentia por ela era obsessivo. Alice não podia fazer nada”, concluiu.

Já a mãe de Gildo Xavier, a senhora Maria de Lurdes Xavier, relatou que o filho sempre foi bom, porém que se ele tivesse feito algo com Alice, teria que pagar. “Ele é um excelente filho, nunca me deu trabalho algum, mas se ele faz algo de errado com Alice, que a considero como uma neta, ele terá que pagar”, desabafou. “Sei também que quando tudo passar, as pessoas vão esquecer e eu vou ficar acompanhando ele na cadeia”, concluiu.

A mãe de Alice registrou um Boletim de Ocorrência (BO). Segundo Maria José, ela será ouvida pela delegada Gleide Ângelo.

 

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