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O cemitério de Camaragibe, localizado no bairro Novo, área central da cidade da Região Metropolitana do Recife, abriu os portões nesta quinta-feira (2) para receber familiares e visitantes, cumprindo a tradição do Dia de Finados. Diversas covas são enfeitadas com flores e velas, e muitas pessoas fazem rezas e preces diante dos túmulos dos entes queridos.

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Júlio Gomes/LeiaJá

Segundo o diretor do Cemitério de Camaragibe, Antônio Marcos, o espaço tem capacidade para sepultar até 1600 pessoas e deve receber um público quatro vezes maior, apesar de ele sentir uma redução do fluxo nos últimos anos. “Cada ano, parece que as pessoas vêm perdendo o foco”, afirmou.

Para Denilson Souza, secretário adjunto de Serviço Público de Camaragibe, a decisão de fazer a visita ao cemitério é individual, e pode ter mudado com o passar do tempo. “Eu acredito que seja o seguinte: a pessoa vai se acostumando com a perda, aí vai diminuindo. Mas sempre tem gente nova. Agora assim, a rotatividade é grande”, ponderou o secretário.

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Ações de acolhimento

Além das atividades oferecidas pelo poder público, entidades religiosas comparecem ao cemitério para realizar ações de acolhimento e conforto aos visitantes. É o caso de uma igreja evangélica que, com sua equipe, monta um toldo para receber as pessoas, oferecer lanches, além de disponibilizar um profissional da saúde para aferir a pressão e avaliar se alguém passar mal.

Segundo Jane Cleide, moradora do bairro de Céu Azul, coordenadora do projeto Consolador, da Igreja Universal, a ideia é trazer também uma palavra de conforto às pessoas. “Tem pessoas hoje em dia que dão ouvidos a gente, mas tem pessoas que não dão, porque acham que a morte é só até aqui e acaba, mas não é”, afirmou a fiel.

A programação do Velório Municipal inclui, além das missas às 10h, 15h e 17h, apresentações de música sacra para reconfortar os visitantes enlutados.

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Um homem de 52 anos morreu no Cemitério Municipal de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR), nesta quarta-feira (1º), véspera do Dia de Finados. Segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o homem sofreu um mal estar seguido de desmaio.

Uma viatura do Samu foi enviada ao cemitário, mas a vítima, identificada pelas iniciais J.J.L., faleceu antes do antedimento. Segundo uma funcionária do local, o homem contratou um rapaz para fazer manutenção em um túmulo da família dele e estava auxiliando na limpeza. Enquanto falava ao telefone, o homem, então, passou mal e caiu.

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A Prefeitura de Camaragibe informou que apura o ocorrido. O cemitério passa por um serviço de revitalização para receber a população no Dia de Finados.

Um oficial de Justiça, em cumprimento de ordem de um juiz da 1ª Vara Criminal de Gurupi, no Tocantins, foi ao cemitério de uma cidade procurar a vítima de um latrocínio (roubou seguido de morte) para prestar depoimento. O caso aconteceu no último dia 4, segundo certidão assinada pelo oficial de justiça Cácio Antônio. O texto, regido pelo juiz Baldur Rocha Giovannini, intimava “a vítima (caso houver)”. 

O crime foi registrado no dia 29 de abril de 2022. Francisco de Assis Sousa foi rendido por dois assaltantes, que portavam uma faca, em sua residência. Ele foi morto na ação, e os suspeitos levaram um celular, uma televisão, uma moto e R$ 900 em dinheiro. O acusado do crime foi condenado a cumprir 21 anos de reclusão, sentença decretada no dia 26 de setembro deste ano. Na condenação, o juiz proferiu a intimação da vítima do crime ou outra pessoa relacionada, como cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. 

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“Intime-se pessoalmente a vítima, e caso este seja falecida, intime-se o CADE (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão) para que, querendo, execute perante o Juízo Cível, o dispositivo da sentença que condenou o acusado ao pagamento da indenização mínima, no valor de 100 (cem) salários mínimos (sic). Intime-se a vítima (caso houver) da referida sentença, por força do art. 201, §2º, do CPP”, diz o texto. 

O oficial de justiça Cácio Antônio foi à procura do intimado, chegando em sua “residência”, o Cemitério de Dueré, a 212 km de Palmas. “Por tê-lo chamado pelo nome por duas ou três vezes, inclusive pelo apelido ‘Soviético’ e não tendo obtido resposta, ficando então deduzido que o Intimado encontra-se (sic) mesmo ‘morto’”, diz a certidão assinada pelo oficial. 

O Tribunal de Justiça afirmou, por meio de nota, que o juiz não expediu “nenhum mandado de intimação para pessoa morta”, e que a conduta do oficial de justiça deverá ser apurada por órgão competente. Ao processo, foi incluído um novo documento determinando que a Corregedoria e a Diretoria local do Fórum apurassem a atitude de Cácio Antônio, levando em consideração os seguintes pontos: 

Considerando que a sentença acostada ao evento 84 foi explícita em determinar a intimação da vítima, se houvesse, ou o CADE (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão) para que, querendo, execute perante o Juízo Cível, o dispositivo da sentença que condenou o acusado ao pagamento da indenização mínima; 

Considerando que não tem nenhuma decisão para o oficial de justiça intimar ninguém morto em cemitério e que isto não é de praxe no Judiciário; 

Considerando a ampla divulgação da referida certidão, que trouxe claro desconforto para este juízo; 

Considerando ainda que a conduta correta seria de, no máximo, ter ido ao cartório e ter pegado segunda via da certidão de óbito e no mínimo intimar o CADE (cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, conforme determinado;”. 

O Sindicato dos Oficiais de Justiça do Tocantins foi procurado pela reportagem para saber como será encaminhado o processo de conduta do oficial, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.

Os noivos Fabiana do Nascimento, de 40 anos, e Adriano da Rocha, de 28 anos, escolheram um lugar inusitado para realizar o ensaio fotográfico de casamento, no último dia 1º de setembro. Em vez de um jardim ou um parque urbano, como geralmente fazem os casais, Fabiana e Adriano optaram por um cemitério como pano de fundo para as fotos. Apesar de soar mórbido, o lugar é simbólico para o casal, composto por uma coveira e um agente funerário. 

O ensaio aconteceu no Cemitério Central do município de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, onde vivem os noivos. Foi justamente entre um velório e outro que os dois se conheceram, no local, em dezembro de 2022. 

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A ideia das fotos no cemitério foi de Fabiana. De acordo com a mulher, que era divorciada, os homens sempre se afastavam dela quando descobriam a profissão exercida. Segundo a profissional, ela se dedica há quase 20 anos ao ofício e foi neste ambiente que ela criou os dois filhos. Um deles, inclusive, também se tornou coveiro. 

“As pessoas têm muito medo, têm tabus. Aí eu falei: ‘vamos quebrar esses tabus? Vamo tirar’. Aí ele concordou. A mulher é doida e o homem mais doido ainda, e fomos”, disse Fabiana, aos risos, ao portal G1. 

O agente funerário, que topou a ideia na hora, disse que fez apenas uma observação: “Eu disse: 'ah, vai! Só não quero o casamento, mas as fotos eu tiro'.” A fotógrafa Monique Lemos foi a escolhida para os registros. Ela confessou que nunca havia feito nada parecido antes. 

“No início, eu fiquei um pouco surpresa, porque é algo diferente. A primeira coisa que veio na minha mente é algo macabro por ser no cemitério. Mas aí eu fui perguntar o motivo, perguntei sobre a história deles, comecei a questionar algumas coisas, e ela me contou”, disse a fotógrafa. Os cliques deram certo e o resultado, além de agradar o casal, viralizou nas redes locais.

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A mulher resgatada pela Polícia Militar após 10 horas em uma gaveta mortuária em um cemitério de Minas Gerais apresentou melhora na UTI. O boletim médico desta quinta-feira (30) indicou que o quadro de saúde evolui, mas a paciente segue sem expectativa de receber alta. 

Aos 36 anos, ela é mãe de quatro filhos e mora na periferia da cidade de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira. As autoridades investigam o caso e suspeitam de um possível desacerto entre a mulher e traficantes da região. 

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Antes de ser enterrada viva, a vítima foi espancada. Conforme o médico responsável do Hospital São João Batista, a paciente sofreu traumatismo craniano, cortes na cabeça, lesão grave no dedo da mão, fratura nos braços e ainda há a possibilidade de fratura na perna. 

Dois dias após ser resgatada, ela está consciente e consegue se alimentar. 

O túmulo onde o serial killer Lázaro Barbosa está enterrado, no cemitério de Cocalzinho, em Goiás, foi violado nessa quarta-feira (15). Havia a suspeita de que o crânio teria sido levado, mas o corpo foi encontrado intacto pela perícia. 

Aos 32 anos, Lázaro ficou conhecido em junho de 2021, após matar uma família e se esconder na mata e em fazendas da região por 20 dias para fugir da polícia. As buscas mobilizaram centenas de agentes e acabou em um confronto que resultou na sua morte. 

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A violação foi denunciada pelo coveiro do cemitério municipal, após ser ele informado por uma visitante que tem um familiar enterrado próximo ao túmulo de Lázaro. O local foi escavado e danificado, mas os restos mortais não foram retirados. 

O secretário de Obras de Cocalzinho, Edmar Bezerra, se pronunciou nas redes sociais: "Acionamos os meios de segurança pública, como Polícia Militar e Civil e, de imediato, foi acionado a polícia especializada para fazer a perícia. Hoje (ontem), por volta das 18h, toda a equipe da perícia chegou, acompanhamos de perto e os nossos coveiros fizeram a limpeza do local". A Polícia Civil abriu uma investigação para identificar os responsáveis. 

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Um cemitério adiou o sepultamento do corpo de uma idosa, identificada como Amélia Argentino Ribeiro, em cima da hora devido ao jogo da Seleção Brasileira pelas oitavas de final da Copa do Mundo, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, na última segunda-feira (5). De acordo com o UOL, o enterro estava marcado para o início do jogo, as 16h, no entanto a funerária responsável informou que a cerimônia foi adiada para o dia seguinte às 9h.

Segundo a neta da idosa, a jornalista Aline Porfírio Ribeiro, a mulher morreu de um infarto agudo no miocárdio. Além disso, ela contou que o adiamento gerou problemas para parte da família que se deslocava de outras cidades para a despedida.  “Avisamos todos os familiares, nos programamos, e, por volta das 7h30 [de segunda-feira], a funerária entrou em contato avisando que era necessário fazer umas mudanças", contou a jornalista em entrevista para a Uol.

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Dessa forma foram alterados os horários da cerimônia que iria ocorrer dentro do cemitério e passou a ocorrer em uma sala especial da empresa de assistência funerária, e do horário: o sepultamento havia sido postergado para 9h do dia seguinte. "A alegação que a funerária deu foi a de que o cemitério fecharia por causa do jogo do Brasil na Copa do Mundo", explicou Aline.

Além de ter ocorrido as alterações, a neta contou que também foi informada quando os demais familiares já estavam a caminho de Praia Grande. "A gente se sentiu muito desprezado, desrespeitado", disse ela. "Foi muito difícil explicar para as pessoas mais velhas da família que ela ficaria ali numa sala até a manhã do dia seguinte."

Aline também informou que a Prefeitura e a funerária entraram em contato com ela, mas não souberam explicar de quem partiu a decisão de fechar temporariamente o cemitério. "De acordo com uma das visitantes, o portão estava fechado antes das 16h. O horário correto seria 17h", disse. 

Justiça 

Devido a situação, Aline entrou em contato com advogados para levar o caso adiante. "Ela morreu com 94 anos e não merecia ter um sepultamento assim", disse ela. "Todos nós amamos a Copa do Mundo. Eu adoro, todo brasileiro tem o direito de torcer pela sua seleção, mas eu acho que tem serviços essenciais. É muito triste ver que o cemitério não é um, para a Prefeitura de Praia Grande."

Em resposta, a prefeitura informou em nota que juntamente com a empresa concessionária de prestação de serviços funerários na cidade está procurando agendar previamente os serviços de velório e sepultamento fora do período de jogos do Brasil durante a Copa do Mundo, "para possibilitar maior presença dos familiares e amigos durante as cerimônias". Os horários ficam acertados com a família com o máximo de antecedência possível", alegou.

Por fim, a Prefeitura disse que um funcionário da empresa concessionária "acabou se equivocando e cancelando um serviço que já estava agendado".

"A empresa já se retratou com a família concedendo a realização do velório nas dependências da empresa em dois momentos: nesta segunda-feira (5), assim como também nesta terça-feira (6)", finaliza a nota.  

Nesta quarta-feira (2) é celebrado o Dia de Finados no Brasil, data em que o hábito de muitas pessoas comprarem flores para decorar os túmulos e homenagear os entes queridos é também uma chance de comerciantes obterem uma renda maior no período. Em frente ao cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife, a expectativa para a movimentação é grande.

A família de Vitor Moura, que é permissionária de um quiosque tradicional na área há 40 anos, está empenhada neste ano para conseguir aumentar a arrecadação. Principalmente porque nos últimos dois anos de pandemia da Covid-19 a venda de flores também foi atingida - considerada uma dass piores épocas por quem trabalha no setor. “A gente fazia um estoque de 100% e conseguia [antes da pandemia] vender cerca de 80% de tudo. Nos últimos dois anos, a gente vendeu 60%”, lembra Moura.

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Nesta terça-feira (1º), a movimentação ainda era tímida no cemitério de Santo Amaro. Receoso com os números de venda dos últimos dois anos que, Vitor, que gerencia o negócio da família, optou por diminuir o estoque. “A gente ainda não sabe como vai ser o movimento, então a gente comprou de acordo com a necessidade do cliente, porque a gente já sabe o que eles solicitam. Geralmente no Dia de Finados a procura é só por arranjo”, destaca.

O comerciante Juan Felipe, 28 anos, se mostra mais confiante nessa retomada. A confiança é tanta que ele contratou sete pessoas para a véspera e o feriado de Finados. São três montadores de arranjos e quatro vendedores. “Estamos numa perspectiva melhor do que a do ano passado porque o feriado será durante a semana. Fica a espera de ser um feriado melhor porque, geralmente, vêm mais pessoas”, fala. 

Serão 24 horas ininterruptas de trabalhos. “Até por questão de quantidade [de flores] não temos como fechar [o quiosque], aí temos que deixar tudo pronto. Iremos produzir a noite toda porque amanhã é uma quantidade enorme de pessoas que virão. Aqui é o foco porque estamos no portão principal do cemitério, então se os clientes realmente vierem visitar, às vezes a gente nem suporta. Então vamos trabalhar a noite toda pra deixar tudo pronto”, comenta Juan.

Há 30 anos, Elizabete monta um espaço para vender as suas flores. Foto: João Velozo/LeiaJáImagens

Diferente de Vitor e Juan, Elizabete Maximinio não tem um quiosque nas proximidades do cemitério de Santo Amaro e só comercializa no local na véspera e no Dia de Finados para conseguir uma renda extra. Já são 30 anos que ela e alguns familiares se reúnem para comprar e vender os ornamentos. "Aqui dá uma renda boa pra gente, o que nos ajuda. Na pandemia teve pessoas que não vieram vender, mas eu botei Deus na frente e vim. Para mim [o movimento] foi bom", confirma Elizabete.

Nesses 30 anos vendendo arranjos de flores no Dia de Finados, ela garante que nunca teve prejuízo. "Na época a gente chega a vender mil, mil e pouco [em mercadoria]'', pontua a comerciante.

Movimentação

A Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), afirmou que está realizando uma série de serviços nos cinco cemitérios públicos do município (Casa Amarela, Parque das Flores, Santo Amaro, Tejipió e Várzea), com o intuito de proporcionar mais conforto ao público no próximo Dia de Finados. O trabalho de conservação foi intensificado e o órgão já está preparando uma programação para atender aos visitantes. A expectativa é de que aproximadamente 20 mil pessoas circulem pelos locais durante a data.

As pessoas que visitarem as necrópoles da capital pernambucana contarão com uma programação religiosa.

Confira

Santo Amaro

Missas: 7h | 8h30 (terço) | 10h (com Dom Fernando Saburido)| 12h | 14h30 (terço)| 16h

Parque das Flores

Missas: 8h | 11h | 14h | 16h (com Dom Fernando Saburido)

Várzea

Missas: 7h | 10h

Culto evangélico: 15h

Hinos e louvores: das 7h às 16h

Casa Amarela

Missas: 7h | 10h | 16h

Para o Dia de Finados, celebrado nesta quarta-feira (2), são esperados aproximadamente 20 mil pessoas circulando pelos cinco cemitérios públicos da capital pernambucana. No entanto, para não enfrentar a multidão que passará pelo cemitério de Santo Amaro, por exemplo, algumas pessoas preferiram antecipar as homenagens para os seus entes queridos já nesta terça-feira (1º).

Etiane Maria de Barros, de 70 anos, foi visitar o túmulo do seu filho, que morreu há 26 anos em um acidente. Para ela, mesmo depois de vários anos da partida, é de fundamental importância visitar o local onde seu filho foi enterrado, como uma forma de homenageá-lo. 

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“Todo ano eu venho porque ele é meu filho, e filho a gente não esquece. Agora está parecendo que foi hoje o momento que perdi o meu filho. Tem gente que não gosta de vim, mas eu gosto, faço questão de vim - quando eu não venho, é ruim pra mim”, declara.

Etiane faz questão de homenagear o seu filho todos os anos. Foto: João Velozo/LeiaJá Imagens

Cliceria do Nascimento, 40 anos, foi ao cemitério de Santo Amaro pela primeira vez depois que perdeu a sua mãe há dois meses. De família evangélica, foi sem avisar a ninguém já que - segundo ela -, eles acreditam que a genitora está “dormindo no senhor” e não existiria a necessidade da visita. 

Mas a saudade foi maior e, no intervalo do trabalho, Cliceria sentiu a necessidade de comprar uma flor para levar até o local onde a sua mãe foi enterrada. “Mesmo sabendo que só está a matéria aqui, eu quis vim porque há saudade. Ela teve câncer, passou um ano e dois meses de tratamento e acompanhamento. Eu pedi tanto a Deus para que eu não estivesse na hora que ela falecesse, mas ela morreu nos meus braços”, lembra a mulher.

Maria de Lourdes da Silva, 57 anos, foi até o cemitério de Santo Amaro com um ramo de flores nas mãos para decorar o jazigo de seu marido que morreu há nove meses. Lourdes destaca que agora está homenageando o seu eterno companheiro, mas sempre faz questão de visitar os locais onde as pessoas que ama são enterradas. Tudo isso na tentativa de diminuir um pouco a saudade e a dor da partida.

“A saudade não deixa de existir e não passa nunca. Eu sempre tenho a lembrança, então toda vez que eu posso eu tento vim. Isso é uma demonstração de amor. Como amanhã a movimentação é maior, eu preferi vim hoje. Todos os anos eu sempre venho antes”, comenta.

Para dar suporte aos visitantes das necrópoles da cidade, a Prefeitura do Recife informou que está intensificando os serviços de limpeza e manutenção. Ao todo, serão 230 homens trabalhando nos cemitérios e nas ruas do entorno.

Os visitantes também contarão com a ajuda da administração dos cemitérios e funcionários habilitados para ajudar na localização dos jazigos e ossuários. 

As necrópoles de Santo Amaro, Parque das Flores e Casa Amarela contarão com celebrações religiosas durante todo o dia. O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, irá celebrar, no dia 02, a missa das 10h em Santo Amaro, e a das 16h no Parque das Flores.

Prefeitura do Recife garante que preparou o cemitério de Santo Amaro para receber os visitantes. Foto: João Velozo/LeiaJá Imagens

Sinalização

Com intuito de situar as pessoas, os cemitérios de Santo Amaro e Parque das Flores oferecem uma sinalização que permite ao visitante ter visão geral de todo o espaço, por meio de um mapa esquematizado com os nomes das alamedas e ruas. 

A iniciativa está em andamento no cemitério da Várzea e deve ser concluída na primeira quinzena de novembro. Em Santo Amaro, além do painel, foram instaladas em locais estratégicos placas indicativas dos principais pontos como velório principal, velório popular, administração, capela, saída e nomes das ruas. Outra novidade foi a instalação de placas com a biografia das celebridades indicadas no painel principal. 

Entre os pedidos feitos ainda em vida, Catarina Orduña Pérez, de 99 anos, pediu que a escultura de um pênis gigante fosse colocada em cima do seu túmulo. A família atendeu ao pedido e fez uma festa para inaugurar o monumento no último sábado (23), no cemitério da pequena cidade de Misantla, no México.

A idosa morreu em janeiro do ano passado e os familiares recorreram ao engenheiro Isidro Lavoingnet, conhecido por construir objetos com plástico, para atender ao último pedido. 

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Ele achou que se tratava de uma brincadeira, mas foi convencido, e montou uma equipe de mais 10 pessoas, entre escultor e carpinteiro, para confeccionar a escultura de 1,6 m e 300kg. O trabalho foi concluído em um mês, relatou à Vice.

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“Esse tipo de escultura não é comum, muito menos quando é feita em memória de alguém que morreu", comentou. A parte mais complicada foi a modelagem dos testículos, que precisaram ser refeitos. 

Segundo o neto de Catarina Álvaro Mota Limón, a avó afirmava que um pênis gigante em seu túmulo ajudaria a "quebrar os paradigmas dos mexicanos, que, às vezes, deixam as coisas escondidas por não terem mente aberta".

"Ela me disse que esse era o desejo dela, para que ninguém a esquecesse e para que tudo o que amávamos nela fosse lembrado com mais facilidade", acrescentou.

Desde sábado (30), em virtude do Dia de Finados (2), o Departamento de Trânsito (Detran) DF faz o controle do tráfego nas vias próximas aos cemitérios de Brazlândia, do Gama, de Planaltina e Taguatinga

O feriado de Finados, celebrado nesta terça-feira (2), terá modificações no funcionamento dos serviços públicos na capital federal. Isso ocorrerá porque hoje (1º) é ponto facultativo para o funcionalismo local, em virtude do Dia do Servidor Público, comemorado em 28 de outubro.

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De acordo com o governo do Distrito Federal (GDF), mais de 500 mil pessoas passarão pelos seis cemitérios no feriado. Nos locais, serão oferecidos atendimentos com psicólogos, orientações e serviços de ouvidoria. Os estabelecimentos ficarão com os portões abertos das 7h às 19h.

O controle de acesso aos cemitérios será feito pelos funcionários da empresa administradora, que estarão identificados com coletes. Para evitar que no Dia de Finados ocorra grande concentração de veículos nas proximidades dos cemitérios, o Detran orienta que os visitantes procurem ir aos locais em outros dias.

Metrô DF

A Companhia do Metropolitano (Metrô) informou, por meio das redes sociais, que o horário de funcionamento hoje será o mesmo dos dias úteis: das 5h30 às 23h30. No Dia de Finados, os trens circulam das 7h às 19h.

Ônibus

Amanhã, no feriado, o transporte público coletivo do DF vai operar com os horários de domingo, com reforço, de acordo com a demanda de passageiros, nas linhas que atendem aos cemitérios de Sobradinho, Planaltina, Gama, Taguatinga, Brazlândia e Plano Piloto. Já o metrô vai funcionar das 7h às 19h.

Hoje, os ônibus funcionam nos horários normais, conforme tabela de dia útil. 

Os horários dos ônibus podem ser conferidos no DF no Ponto.

Bancos

De acordo com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), as agências abrem nesta segunda-feira no DF. Amanhã, estarão fechadas. 

Aeroportos

A Inframérica, administradora do aeroporto de Brasília, estima movimentação de cerca de 200 mil passageiros no terminal aéreo durante o feriado de Finados. Entre sexta-feira (29) e a próxima quarta (3) são esperados 1.575 voos, com extras para atender à demanda. O aeroporto é centro de conexões de voos do país e aproximadamente 47% dos passageiros desembarcam na capital a fim de seguir para outras regiões.

Na última sexta-feira, era esperado um fluxo de saída para o feriadão de cerca de 18 mil passageiros, com pico de movimento das 7h às 10h e das 19h às 22h. Hoje e amanhã, o fluxo de retorno previsto é de 18 mil e 19 mil passageiros, respectivamente. Os destinos mais procurados foram São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Salvador.

A expectativa é que a movimentação deste fim de semana prolongado seja equivalente ao fluxo do último feriado, de 12 de outubro.

Rodovias federais

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) reforçou a fiscalização do trânsito nas estradas durante todo o feriado. Com o objetivo de prevenir e reduzir o número de acidentes e combater práticas ilícitas, o policiamento ostensivo nas rodovias começou a ser intensificado a partir da 0h de sexta-feira, com a Operação Finados 2021. 

Até as 23h59 de amanhã (2), a PRF intensificará a presença em locais onde há maior incidência de acidentes graves e de criminalidade. A corporação também promove ações educativas e de conscientização sobre condutas perigosas no trânsito.

Para o próximo Dia de Finados a Prefeitura do Recife está realizando uma série de serviços nos cinco cemitérios públicos da cidade para atender ao público no dia dois de novembro. Segundo o poder público, o trabalho de conservação foi intensificado e o órgão já está preparando uma programação para atender aos visitantes, cumprindo os protocolos de segurança contra a Covid-19.

A expectativa é de que aproximadamente 20 mil pessoas circulem pelos locais durante a data. O horário de atendimento, que normalmente é das 07h às 17h, no dia dois fica estendido até às 18h.

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Na entrada dos cemitérios haverá dispositivos com álcool para que as pessoas possam higienizar as mãos. As cadeiras também estarão afastadas durante a celebração das missas, mantendo um distanciamento mínimo e o uso da máscara também será obrigatório. A Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), montou um esquema especial de limpeza, que terá início às 06h, com expectativa de término às 22h.

Ao todo, serão 230 homens trabalhando nos cemitérios e também nas ruas do entorno. Ficam também à disposição dos visitantes, na administração dos cemitérios, funcionários habilitados para ajudar na localização dos jazigos e ossuários.

Os cemitérios de Santo Amaro, Parque das Flores, Casa Amarela e Várzea contarão com celebrações religiosas durante todo o dia. O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, vai celebrar, no dia dois, a missa das 10h em Santo Amaro, e a das 16h no Parque das Flores. 

Sinalização

Os cemitérios de Santo Amaro e Parque das Flores também oferecem uma sinalização que permite ao visitante ter visão geral de todo o espaço, por meio de um mapa esquematizado com os nomes das alamedas e ruas, facilitando o deslocamento dos pedestres. Em Santo Amaro, além do painel, foram instaladas em locais estratégicos, placas indicativas dos principais pontos: velório principal, velório popular, administração, capela, saída e nomes das ruas. Há ainda placas com a biografia das celebridades indicadas no painel principal.

Morada da Paz

No Cemitério e Crematório Morada da Paz, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, será obrigatório o uso de máscaras durante a permanência no local e demais medidas de prevenção já praticadas e conhecidas por todos: distanciamento físico e utilização de álcool 70%.

Durante todo o dia, o Morada da Paz estará de portas abertas para visitação. Este ano, por conta do protocolo de biossegurança da Covid-19, que impede aglomerações, não haverá as tradicionais missas e demais celebrações religiosas em memória dos fiéis que já não se encontram na vida terrestre.

Era quase meia-noite dessa segunda-feira (26) quando uma multidão tomou conta de um cemitério na cidade de Goiatuba, em Goiás, na expectativa de presenciar um milagre anunciado por um pastor evangélico. Falecido desde a sexta (22), ele deixou uma carta dizendo que ressuscitaria após três dias da sua morte.

Ainda em 2008, o líder religioso Huber Carlos Rodrigues disse que foi informado pelo Espírito Santo de Deus de que ressuscitaria três dias após a morte e escreveu a 'revelação' em um comunicado assinado por duas pessoas, que foi entregue à esposa Ana Maria de Oliveira Rodrigues para que sua integridade fosse preservada durante o período. 

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Treze anos depois da carta, ele morreu por complicações cardiorrespiratórias e a companheira tentou impedir o sepultamento do corpo por acreditar na volta do marido.

“Minha integridade física tem que ser totalmente preservada, pois ficarei por três dias morto, sendo que no 3ª dia, eu ressuscitarei. Meu corpo durante os três dias não terá mau cheiro e nem se decomporá, pois o próprio Deus terá preparado minha carne e meu cérebro para passar por essa experiência”, solicitou.

Ainda no documento, o pastor diz que sua ressurreição vai servir como uma comprovação do poder divino e que seu retorno vai fazer com que as pessoas comecem a crer nas palavras de Deus. "Eu não serei a luz, mas testificarei a luz, a luz verdadeira que veio ao mundo e ilumina todas as pessoas", indicou.

A funerária contratada segurou o preparo do corpo até o limite e, às 23h30 dessa segunda (25), verificou que Huber não retornou à vida, como prometido.

Uma aglomeração de pessoas tomou conta do cemitério e permaneceu com os celulares apontados à espera do milagre até o caixão descer para a cova. Os fieis protestaram e chegaram a exigir que o caixão fosse aberto para verificar se Huber dava sinais de vida, mas o coveiro não permitiu a exumação e enterrou o pastor.

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A Prefeitura de Goiatuba já havia acionado a Vigilância Sanitária, que determinou que a funerária concluísse o sepultamento até a segunda.

Um homem de 41 anos foi preso após furtar uma estátua do Cemitério Dom Bosco, em Caruaru, Agreste de Pernambuco, na quarta-feira (7). Ele foi preso carregando a estátua com um lençol em uma avenida da cidade.

Segundo a Polícia Militar (PM), o suspeito foi flagrado tentando vender a peça a R$ 20. A estátua tem cerca de 1,2 metro e 30 kg.

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A polícia suspeita que o preso possa estar envolvido no furto de outras peças do cemitério. Funcionários do cemitério informaram já ter visto o homem circulando no local.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, na quarta-feira (30), um projeto de lei (PL) que assegura o reconhecimento do nome social em lápides e jazigos. O respeito à identidade de gênero de pessoas falecidas também deve ocorrer nas cerimônias de despedida, devendo se levar em conta a aparência pessoal e as vestimentas.

O projeto é de autoria da deputada Laura Gomes (PSB). Na justificativa da proposta, a parlamentar destacou que Pernambuco, historicamente, "sempre ocupou uma posição de vanguarda e protagonismo na luta pela afirmação dos direitos humanos".

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Segundo a deputada, o projeto é inspirado no caso da morte de Lorena Muniz, mulher trans pernambucana que morreu após ser abandonada sedada durante incêndio em uma clínica de São Paulo. Os parentes não tiveram direito ao uso do nome social dela no atestado de óbito. 

Apesar disso, o trecho do texto original que pedia a inclusão do nome social na certidão de óbito foi retirado, após um parecer da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça apontar inconstitucionalidade, pois tal alteração poderia ser feita apenas pela União.

Apenas os deputados Adalto Santos (PSB) e Alberto Feitosa (PSC) votaram contra a aprovação do PL. A proposição segue para sanção do governador Paulo Câmara (PSB).

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Devido às chuvas intensas que caem no Recife ao longo do fim de semana, por volta das 23h desse domingo (11), parte do muro do Cemitério de Tejipió, na Zona Oeste, desmoronou. Não houve registro de feridos no local, que também é conhecido como Cemitério do Pacheco.

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De acordo com o administrador Jorge Aquino, cerca de 15m do muro da entrada do lado direito do cemitério veio abaixo, na Rua Alto São Pedro, bairro do Pacheco. “A gente demoliu ainda um pedaço que tava comprometido, mas graças a Deus ninguém se machucou”, contou.

Questionado sobre a possibilidade de exposição dos corpos, visto que a integridade dos sepulcros foi comprometida, o gestor garantiu que a situação está controlada. “Vamos dar um reforço no ossuário para não acontecer nada de anormal. Graças a Deus tá tudo tranquilo, a gente também tá providenciando uma tela”, explica.

Uma equipe da Prefeitura recolheu o entulho e, segundo Jorge, a Construtora Guerra já visitou o local. “Vamos botar os tapumes para depois construir”, pontuou. A Defesa Civil ainda é aguardada para realizar uma vistoria.

Questionada sobre prazo para a construção definitiva do muro e as medidas paliativas, a Prefeitura do Recife não se posicionou até a publicação desta matéria.

"Tu pode me ajudar a colocar o corpo no caixão?", foi indagado o arquiteto Frederico Mendonça diante do saco preto que acomodava a sua tia Maria dos Prazeres, no necrotério do Hospital Tricentenário de Olinda.

Vítima da Covid-19 no último dia 21, a idosa de 67 anos ficou apenas seis dias internada antes de ser enterrada pelo próprio sobrinho em um município vizinho. Frente ao iminente colapso da rede funerária de Pernambuco, a falta de vagas no cemitério de Guadalupe fez com que ela aguardasse dois dias até ser sepultada.

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Com o enterro transferido para o Cemitério Paroquial do Barro, na Zona Oeste do Recife, a cerca de 17 km de distância de onde morava, no Bairro Novo, por falta de vagas, Maria dos Prazeres foi colocada no caixão por Frederico, que não teve outra opção a não ser ajudar o único profissional enviado pela funerária à unidade de saúde.

Já no cemitério do Recife, assimilou os reflexos do alto índice de ocupação no sistema quando precisou esperar quase uma hora até que os coveiros estivessem disponíveis. Após um percurso insalubre entre lápides e o último adeus de outras famílias, finalmente o carrinho que carregava sua tia parou, no entanto, todos os sepulcros estavam preenchidos ali.

Foto: Arquivo pessoal

Um buraco começou a ser cavado no estreito entre duas sepulturas. Foi quando Frederico percebeu que a tia seria posta em uma cova rasa, em um caminho para transeuntes, como o trajeto que percorreu. Dos quatro coveiros que o acompanhavam até a descida do caixão à cova, de repente se viu amparado por apenas um. Os demais se ocuparam em atender a alta demanda de óbitos diários da Covid-19.

A pá velha e apenas duas mãos não davam conta, e Frederico se prontificou a ajudar o coveiro que, segundo ele, tem só seis meses de profissão. Nem o sol forte das 11h, nem o medo de ser infectado pelo novo coronavírus, ou até mesmo outras doenças, apagavam as orações da cabeça do arquiteto que, reforçava os votos em memória da tia enquanto despejava areia sobre seu local de repouso.

Do dia 15 de março, quando a tia foi internada, até a data do enterro, no dia 23, Frederico foi confrontado pela trágica realidade da Covid-19 em Pernambuco, que já tirou a vida de 12.623 pessoas até o dia 8 de abril de 2021.

Fora a fragilidade do sistema funerário, a condição desordenada recai sobre o resultado dos testes, que no caso de Dona Maria dos Prazeres, só foi confirmado pela Prefeitura de Olinda nessa segunda (5), 15 dias após sua morte.

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O resultado positivo do teste RT-PCR analisado pelo Lacen-PE foi liberado pelo laboratório no dia 26, cinco dias após o falecimento. Entretanto, Frederico questiona a demora para ser informado pela Secretaria Municipal de Saúde, que só o comunicou na tarde desta segunda (5).

Procurada para uma posição sobre a falta de vagas em seus dois cemitérios - de Guadalupe e Águas Compridas - e a situação imposta à população que não consegue enterrar seus familiares no município, a Prefeitura de Olinda reafirmou que os cemitérios possuem vagas e estão abertos para as vítimas da pandemia.

Em nota, a gestão aponta que "vem trabalhando na ampliação dos espaços para sepultamento das vítimas das Covid-19" e, sem apresentar o quantitativo, diz chegou a abrir novas vagas em Águas Compridas com a desapropriação de um terreno vizinho.

Sobre Guadalupe, a Secretaria Executiva de Manutenção Urbana (SEMU) explica que não pôde adotar o mesmo procedimento pois o cemitério fica alocado no Sítio Histórico, o que impede a ampliação dos limites da estrutura.

"A SEMU acrescenta que está tentando contratar junto à iniciativa privada sepulturas para absorver a demanda decorrente da Covid-19", acrescenta o comunicado, que garante "todos os esforços necessários para que os olindenses sejam assistidos de forma digna".

Funerários expõem a falta de vagas

O presidente da Associação Pernambucana de Dirigentes Funerários (APEDIF) indica que não houve oficialização sobre o fechamento dos cemitérios. Entretanto, questiona as supostas vagas indicadas pela Prefeitura.

"Realmente eles estão com dificuldade de ofertar espaço. A última vez que a gente precisou para um morador de Olinda, na semana passada, eles só iriam ter vaga para terça-feira dessa semana", ressalta Herton Viana.

"É difícil porque não tem como ficar nos hospitais e as funerárias não tem como manusear esse corpo, nem tampouco guardar nas instalações da gente. Automaticamente tá ficando nos hospitais, causando acúmulo e, pode vir a acontecer, de ter que ficar lá porque a família não tem para onde levar”, descreve o representante dos dirigentes funerários, que acrescenta, “se você precisar para hoje ou amanhã eles não têm vaga. É sempre uma programação dias para frente".

Prefeituras negam risco de colapso funerário

Diante da alta nacional de casos de Covid-19, a reportagem do LeiaJá questionou as prefeituras de algumas das cidades de Pernambuco que registraram o maior número de casos da doença a respeito da possibilidade de ocorrer um colapso funerário nos próximos meses. As gestões de Olinda, Recife, Petrolina e Caruaru garantem que seus sistemas estão sob controle e preparados para atender ao aumento da demanda. Algumas delas pontuaram que, passado um ano de pandemia, continuam ampliando a capacidade dos cemitérios.

De acordo com a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), os dois cemitérios públicos da capital pernambucana preparados para receber as vítimas da Covid-19 - Parque das Flores e Santo Amaro- possuem plena capacidade para atender à demanda e funcionam dentro do previsto para o cenário de pandemia. “No total, a Emlurb providenciou a abertura e/ ou construção de 5.671 covas e gavetas para receber este tipo de sepultamentos e, deste montante, há ainda 25% de covas/ gavetas sem uso (1.421 vagas) nos cemitérios de Santo Amaro e Parque das Flores”, pontua a instituição, em nota oficial.

Em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, a Secretaria Executiva de Manutenção Urbana (SEMU) informou que desapropriou um terreno vizinho para ampliar o Cemitério de Águas Compridas, onde também foram abertas novas covas. “Com relação ao Cemitério de Guadalupe o mesmo procedimento não pode ser adotado uma vez que o local se encontra dentro do Sítio Histórico, o que impede a ampliação dos limites da estrutura física. A SEMU acrescenta que está tentando contratar junto à iniciativa privada sepulturas para absorver a demanda decorrente da Covid-19”, coloca a SEMU. A informação oficial é a de que não há fila de espera para sepultamentos.

A Prefeitura de Petrolina, no sertão do estado, também firmou contrato, desde o início da pandemia, para que os sepultamentos de vítimas do novo coronavírus fossem feitos em um cemitério particular, com funcionamento 24 horas. A administração da cidade frisa que, em caso de óbitos ocorridos durante o dia, os corpos podem ser recebidos em qualquer cemitério público da cidade, caso seja da vontade da família.

Segundo a administração petrolinense, todos os coveiros da cidade já foram vacinados contra a Covid-19. “O município conta com o efetivo de 9 sepultadores municipais, a cidade está com processo seletivo de outras 10 vagas, para preenchimento do quadro normativo. Sobre o questionamento da quantidade de sepulturas, no cemitério particular, no qual existe contrato, há mais de 60 vagas. Já nos municipais, mais de 400. Petrolina segue todas as orientações do Comitê de Crise Estadual de Enfrentamento ao Coronavírus”, explica o posicionamento oficial.

Já a Secretaria de Serviços Públicos de Caruaru, no agreste pernambucano, não abriu novas covas em decorrência da crise sanitária. O órgão se resumiu a dizer que “tem trabalhado para garantir todos os serviços funerários no município, cumprindo todos os protocolos sanitários estabelecidos. Dessa forma, diante de todo trabalho realizado até o momento, todos os serviços seguem funcionando sem intercorrências”.

Um homem de 26 anos foi preso por matar outro, de 23, e jogar o corpo em um cemitério, em Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco. O caso ocorreu na tarde da quarta-feira (31).

A vítima apresentava ferimentos por golpes de faca e indícios de ter sido torturada, como sacos plásticos enrolados na cabeça. 

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O suspeito do crime mora próximo ao cemitério. A polícia encontrou vários indícios da participação dele, como manchas de sangue na casa e nas roupas lavadas. 

O investigado é ex-presidiário, estando em liberdade há poucos dias. A polícia suspeita que o crime tenha relação com o tráfico de drogas.

Um dos maiores cemitérios da cidade de São Paulo, o Cemitério da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte, suspendeu os sepultamentos por falta de espaço. A interrupção afeta os enterros da quadra geral, que representam a maior parte do serviço no local. A capital paulista convive com um aumento de mortes decorrentes da Covid-19.

A suspensão dos sepultamentos foi divulgada nesta terça-feira (30) pelo Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), que critica a gestão da Prefeitura sobre o Serviço Funerário Municipal. Para retomar os sepultamentos, o poder público deverá iniciar exumações, o que deve abrir novos espaços no cemitério.

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A unidade da Vila Nova Cachoeirinha era uma das quatro que estavam operando durante à noite para atender a demanda mais recente por sepultamentos. Dados da Prefeitura apontam que a cidade realizou 381 sepultamentos nesta segunda-feira (29). No domingo (28), o número chegou a 392, um a menos que os 393 da sexta-feira (26).

Em nota, a Prefeitura disse que o cemitério não foi fechado, pois continua funcionando para sepultamentos dos que possuem túmulos, no formato de concessão, e para enterros de crianças. "A informação de que o cemitério fará apenas exumação para abertura de novas vagas é improcedente, pois trata-se de um procedimento necessário, que é feito de forma regular de acordo com critérios previstos na legislação em vigor", informou a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB).

Ao Estadão, o secretário de imprensa do Sindsep, João Batista Gomes, reforçou que os sepultamentos para quem já possui túmulo representa uma minoria entre o serviço realizado cotidianamente no cemitério. Ele disse que os sepultamentos que antes ocorreriam no local devem passar para unidades do Perus ou Santana, também na zona norte.

O sindicato vê relação entre a suspensão e o que chama de sucateamento do serviço funerário. "O Sindsep há décadas alerta para a falta de investimento no Serviço Funerário Municipal de São Paulo e para o seu sucateamento", declarou o Sindsep em nota, cobrando a nomeação de concursados e a ampliação de investimentos em novos cemitérios públicos da cidade.

O Morada da Paz, cemitério, crematório e funerária integrante do ‘Grupo Morada’, divulgou oportunidades de emprego nesta quinta-feira (18). Segundo a empresa sediada em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, a seleção conta com as ocupações de servente de obras, operador de campo, jardineiro, operador de crematório, líder de vendas, vendedor externo, assistente de logística e serralheiro.

A empresa possui valores organizacionais; os candidatos que tiverem características que se enquadrem nesses valores terão mais chances de contratação. São eles: respeitar todas as pessoas, agir com simplicidade, possuir espírito servidor, construir e preservar ambiente de colaboração, abraçar a inovação, perseguir excelência operacional e agir com responsabilidade e disciplina.

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Os participantes serão submetidos à análise curricular. Pelo site do Morada da Paz, na aba “Trabalhe conosco”, eles podem consultar mais detalhes a respeito dos critérios seletivos das vagas, além de cadastrar os seus currículos de maneira gratuita.

Os valores dos salários não foram revelados, mas a contratante garante que os selecionados terão remuneração compatível com o mercado, carteira assinada, vale alimentação, carro corporativo e auxílio educação. Ainda sobre a seleção, o analista de Recursos Humanos do Morada da Paz, Bruno Silva, destacou que o “processo seletivo de novos colaboradores está sendo realizado todo no formato on-line”.

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