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Os fundos de investimentos registraram resgate de R$ 2,1 bilhões em julho, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Conforme o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, antecipou, o resultado foi influenciado pelas saídas de R$ 8,5 bilhões na categoria renda fixa e de R$ 3,9 bilhões na de curto prazo, bem como pelos resgates nas categorias Fidc (-R$ 3,8 bilhões), ações (-R$ 2,3 bilhões) e previdência (-R$1,1 bilhão).

No acumulado do ano, a captação líquida dos fundos chega a R$ 100 bilhões, volume recorde para o período.

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Na contramão, os fundos referenciados DI, que aplicam apenas em papéis do governo, captaram R$ 15 bilhões. Conforme o Broadcast já havia antecipado, a tendência é que a categoria volte ao radar dos investidores nos próximos meses por conta do ciclo de alta da taxa Selic e da insegurança dos investidores em relação a produtos mais sofisticados e arriscados.

Os fundos multimercados, que investem em ações, dólar e derivativos, captaram R$ 1,6 bilhão no período. No quesito retorno, dentre as modalidades existentes nesta família, o destaque foi o segmento "estratégia específica", conforme o Broadcast antecipou, com ganho de 1,28%.

CAPTAÇÕES COM RENDA FIXA - As captações realizadas em julho voltam a se concentrar no mercado de renda fixa, segmento em que foram levantados R$ 5,519 bilhões, entretanto, um volume 24% inferior ao registrado em junho, informou o boletim mensal da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima).

Nas captações domésticas de renda fixa, as emissões de debêntures responderam por 60,6% do total, somando R$ 3,345 bilhões. As colocações com esforços restritos responderam por 60% do volume total, enquanto as ofertas de debêntures ICVM 400, direcionadas ao público em geral, foram retomadas após dois meses sem emissões desse tipo, informa a Anbima. Este movimento contribuiu para elevar o prazo médio das captações com o ativo em 2013 para 6,3 anos, melhor média obtida desde 2008.

No acumulado do ano, as captações em renda fixa caíram 16,4% para R$ 53,508 bilhões, sendo 81,1% concentradas em operações com esforços restritos de colocação.

As captações externas de renda fixa voltaram em julho, após o mercado ficar sem operações em junho. Em julho, o total captado no exterior somou R$ 915 milhões, elevando para R$ 26,089 bilhões o acumulado do ano. O montante emitido em renda fixa no exterior até julho é 17% inferior ao acumulado entre janeiro de julho de 2012, quando foram captados R$ 31,420 bilhões no exterior.

As captações externas de empresas brasileiras encerraram o primeiro semestre com queda de 17,2% em relação ao mesmo período de 2012, ao totalizarem US$ 25 bilhões, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O desempenho do período foi impactado, conforme boletim da entidade, pelas expectativas quanto à mudança da política monetária dos Estados Unidos, o agravamento do cenário macroeconômico doméstico e o aumento da percepção de risco país. "Depois do volume recorde registrado em maio (US$ 13 bilhões), não houve ofertas em junho", destaca a Anbima.

A alteração no cenário também pesou sobre o desempenho das ofertas de ações no mercado local. Foram levantados apenas R$ 432 milhões em junho - na distribuição da oferta da Iguatemi - enquanto a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Votorantim Cimentos foi interrompida por até 60 dias, postergando para depois do período de férias a possível retomada das ofertas com renda variável.

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Apesar do ambiente adverso, no primeiro semestre, a oferta da BB Seguridade, em abril (R$ 11,5 bilhões), e o baixo desempenho observado em 2012 fizeram com que as captações com ações crescessem mais que o dobro das realizadas no mesmo período do ano passado.

As ofertas de junho, conforme a associação, concentraram-se no segmento de dívida, com R$ 7,3 bilhões, principalmente em debêntures, com emissões de R$ 5,1 bilhões. O montante é próximo à média observada nos primeiros cinco meses do ano. "Ainda assim, as captações com renda fixa apresentaram redução de 18,6% no semestre em relação aos seis primeiros meses de 2012", acrescenta a entidade.

O segmento de renda fixa respondeu por 71% das captações no mercado local no semestre, de R$ 62,2 bilhões. Conforme a Anbima, este resultado aponta declínio tanto na participação relativa destes ativos, como no volume absoluto, em comparação às realizadas nos mesmos períodos de 2011 e 2012. Além disso, "contrasta com a trajetória ascendente destes títulos no total das ofertas observada desde 2007".

"Parte desta redução, contudo, pode ser atribuída à elevada utilização dos títulos de dívida em 2012 (R$ 128,8 bilhões) e à retomada das ofertas de ações em 2013 (R$ 17,7 bilhões), vis-à-vis o baixo volume deste instrumento em 2012 (R$ 14,3 bilhões)", acrescenta a Anbima, em seu boletim mensal.

A indústria de fundos registrou o primeiro resgate líquido mensal do ano em junho, no montante de R$ 1,3 bilhão, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Apesar da saída e do cenário adverso, a captação líquida acumulada no ano, até o mês passado, foi de R$ 102 bilhões - volume recorde para o primeiro semestre.

O resgate de junho foi estimulado pelas categorias curto prazo (-R$ 2,79 bilhões), renda fixa (-R$ 6,11 bilhões) e multimercados (-R$ 2,66 bilhões). Já a captação acumulada na primeira metade do ano foi impulsionada pelos mesmos fundos de curto prazo (R$ 19,94 bilhões) e renda fixa (R$ 16,25 bilhões), além de previdência (R$ 14,59 bilhões) e Fidcs (R$ 25,49 bilhões).

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A piora do cenário em junho se refletiu nos principais indicadores do mercado financeiro, com a queda do IMA-Geral (-1,52%), do Ibovespa (-11,31%) e a alta do dólar (3,93%), afetando o desempenho da indústria. Com isso, os fundos cambiais apresentaram a maior rentabilidade da indústria em junho(3,93%), conforme o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, já havia antecipado. Os fundos referenciado DI e curto prazo, menos expostos ao cenário atual, registraram retorno de 0,61% e 0,60%, respectivamente.

Os fundos long and short, neutro e direcional, obtiveram boa rentabilidade com a utilização de estratégias de valor relativo, proveniente da diferença entre posições compradas e vendidas no mercado de renda variável. Esses fundos têm apresentado um desempenho consistente, superando os principais indicadores de renda fixa e de renda variável nos últimos 12 meses, com ganhos de 10,18% e 11,30%, respectivamente, ao longo deste período.

Os fundos de ações foram os mais afetados com a piora do cenário em junho, registrando recuo expressivo diante da queda de 11,31% do Ibovespa. No primeiro semestre, todos as modalidades apresentaram variação negativa, e com gestão ativa conseguiram minimizar as perdas de 22,14% acumuladas pelo Ibovespa no período. A categoria Ibovespa Ativo perdeu 11,33%, enquanto que a small caps caiu 11,60% e a livre variou -6,01%.

No mês passado, todos os fundos multimercados apresentaram rentabilidade negativa, mas, no acumulado do primeiro semestre, apenas as modalidades trading (-6,4%) e estratégia específica (-7,55%) não ganharam.

Os fundos de renda fixa renderam 0,21% em junho e 2,7% no ano. A modalidade renda fixa índices, também conhecidos como fundos de inflação, acumularam perdas de 1,74% em junho e 3,84% nos primeiros seis meses de 2013.

Os fundos de investimentos sofreram resgate de R$ 10,6 bilhões entre 1º e 7 de junho, segundo dados preliminares da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Considerando também os fundos estruturados (FIDCs, imobiliários e participações), a saída é de R$ 10,3 bilhões.

Das 35 modalidades de fundos de investimentos analisadas pela entidade, 16 captaram. Em termos de rentabilidade, apenas sete registraram variação positiva.

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Os fundos referenciados DI, que aplicam apenas em papéis do governo, impulsionaram a saída da indústria, com resgate de R$ 4,9 bilhões na semana e retorno de 0,15%.

Os produtos de renda fixa, que investem principalmente em títulos públicos, também sofreram resgate significativo, de R$ 4,28 bilhões, com rentabilidade de 0,04%. Só os fundos renda fixa índices, também conhecidos como fundos de inflação, tiveram saída de R$ 1 bilhão. A modalidade perdeu 0,14% nos sete primeiros dias do mês, acumulando perda de 2,28% no ano.

Seguiram a mesma tendência os fundos de curto prazo, com saída de R$ 3 bilhões no período de referência. O ganho da categoria foi de 0,15%.

O resgate dos fundos de ações não foi expressivo: -R$ 38 milhões, sendo que nenhuma modalidade apresentou retorno positivo. A modalidade Ibovespa ativo foi a que mais perdeu: -3,56%.

Enquanto isso, os fundos multimercados, que investem em ações, dólar e derivativos, tiveram captação líquida de R$ 1,23 bilhão. No quesito retorno, dentre as modalidades existentes nesta família, a única que registrou variação positiva foi a "trading", com ganho de 0,2%. A modalidade que mais perdeu foi a "macro", com variação negativa de 0,6% em sete dias.

Os fundos de previdência captaram R$ 449,4 milhões, sendo que nenhuma modalidade apresentou retorno positivo. A modalidade previdência ações foi a que mais perdeu: -3,31%.

O Banco do Brasil (BB) lidera três rankings propostos pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) quanto ao volume de financiamento de projetos. No consolidado de 2012, de acordo com o critério "assessor financeiro de financiamento", o BB fica no topo da lista, com volume de R$ 4,070 bilhões. O Itaú BBA vem em seguida, com R$ 3,779 bilhões e a Lakeshore em terceiro, com R$ 3,549 bilhões.

A Anbima usa três categorias na metodologia. O BB é o primeiro em todas. Além da lista de assessores financeiros de financiamento (desenvolvimento do modelo econômico-financeiro do projeto e definição da estrutura de capital do projeto), há a de estruturadores (liderança na negociação dos termos e condições do financiamento com os demais financiadores) e de emprestadores (empréstimo ao responsável pela adoção do plano).

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No consolidado do ranking Estruturador, o banco estatal alcançou volume de R$ 5,450 bilhões, num total de 30 projetos financiados. O Santander ficou em segundo lugar, com volume de R$ 2,141 bilhões e 14 projetos. O Bradesco BBI ocupa a terceira posição, com R$ 1,635 bilhão e 15 operações. No ranking Emprestador, o BB alcançou volume de R$ 3,693 bilhões, com 28 operações. O Itaú BBA vem em seguida, com R$ 2,682 bilhões e 14 projetos. O terceiro lugar é ocupado pelo Santander, com R$ 1,656 bilhão e 16 operações.

O volume de recursos de capital próprio e dívida para financiamento de projetos chegou a R$ 58,9 bilhões em 2012, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O montante é o mais alto da série histórica, iniciada em 2007 e equivale a mais que o dobro do realizado em 2011.

A Anbima destacou que o montante foi puxado sobretudo pelo aumento de projetos ligados ao setor de energia. O setor respondeu por 80,3% dos financiamentos realizados. Apenas a usina hidrelétrica de Belo Monte foi responsável por R$ 29,4 bilhões.

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O levantamento ainda destaca os investimentos estimados em concessões, que somaram R$ 26,4 bilhões em 2012, mais de três vezes o volume de 2011 (R$ 7,6 bilhões). Desse total, 52,4% são de concessões ligadas aos eventos esportivos que serão realizados no Brasil nos próximos anos. Entre os R$ 13,8 bilhões das concessões ligadas à Copa do Mundo e às Olimpíadas, destacaram-se as operações relacionadas ao setor de transportes (Aeroportos de Guarulhos e de Viracopos), que movimentaram R$ 10,9 bilhões.

Houve maior utilização de empréstimos ponte (bridge loans) no ano. Entre 2011 e 2012 o volume desses financiamentos, de prazos mais curtos, subiu de R$ 2,0 bilhões, para R$ 7,7 bilhões (23 projetos). Estas operações foram mais recorrentes no setor de transporte e logística, com 18 empréstimos ponte e volume de R$ 5,9 bilhões.

No segmento de dívida, a Anbima destaca a emissão de debêntures com isenção fiscal para pessoas físicas, com dois dos projetos de 2012: Linhas de Transmissão Montes Claros e a Concessionária Auto Raposo Tavares. Esta última teve volume de R$ 380 milhões de financiamento.

Ao longo de 2013, novos projetos devem ser financiados com debêntures incentivadas. Dos 30 projetos já aprovados por portarias ministeriais, 25 ainda não geraram operações de mercado de capitais, aponta o levantamento.

Os 6,8 milhões de investidores pessoas físicas, que incluem os segmentos de varejo e alta renda, investiram R$ 506 bilhões no ano passado, montante 7,4% superior ao visto em 2011, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). As estatísticas são para fundos e tesouraria e não contemplam poupança e fundo de previdência. Esta cifra é, conforme a Associação, superior à alocação total em poupança, de R$ 496 bilhões, e em previdência, de R$ 338 bilhões.

O patrimônio do varejo foi alavancado em 2012, segundo a Anbima, pela ascensão das classes B e C e também devido à ampliação do acesso desse público aos serviços financeiros. Em geral, conforme a Associação, os dados deste segmento retratam um perfil conservador dos investidores pessoas físicas, com maior preferência por liquidez e rentabilidade de curto prazo.

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"As aplicações são pouco diversificadas, em grande medida pela reduzida especialização desses clientes na gestão do seu portfólio, o que tende a se alterar com a maturação das iniciativas de educação ao investidor em curso", destaca a Anbima, no primeiro boletim que traz um raio X do segmento de varejo.

Enquanto na poupança, que conta com 97 milhões de clientes, o investimento médio é de R$ 5,1 mil, no varejo (que inclui fundos e tesouraria), é de R$ 74,3 mil. Nas aplicações em fundos, os investidores de varejo aplicam mais em carteiras conservadoras como renda fixa e DI, respondendo por 49,9% e 30,5% do total, respectivamente.

Apesar de elevado, o volume de recursos alocados em Fundos DI, assim como o número de clientes, recuou em 2012 ante o ano anterior. Em contrapartida, o segmento varejo alta renda tem maior direcionamento para aplicar em fundos multimercados e de ações.

"Essa queda (dos investimentos por pessoas físicas) sinaliza a busca por diversificação associada ao movimento de redução de juros", destaca a Anbima.

O Bradesco BBI foi a instituição que mais originou operações de emissão de títulos de renda fixa em 2012, participando com R$ 27,7 bilhões em transações, sendo 25,3% do total captado no mercado, mostra ranking da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), divulgado nesta quarta-feira. No ranking das instituições que mais distribuíram operações de renda fixa ao mercado no ano passado, o líder é o Itaú BBA, com R$ 13,14 bilhões em operações, ou 29,5% do total.

O ranking de "originação" mostra emissões que podem ter ficado na carteira dos bancos que coordenaram a operação. No ranking de distribuição estão somente operações em que houve esforço para colocação no mercado.

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No ranking das instituições que mais atuaram como líderes e colíderes de emissões no mercado externo, a lista é encabeçada pelo banco norte-americano JPMorgan, que atuou em R$ 26,3 bilhões de operações externas em 2012.

No ranking de originação, o segundo lugar é ocupado pelo Itaú BBA, com R$ 23,5 bilhões de operações (21,6% do mercado), e o terceiro pelo Banco do Brasil, com R$ 21,3 bilhões (19,5%). O ranking de distribuição tem em segundo lugar o Bradesco BBI, que distribuiu R$ 7,2 bilhões (16,1% do mercado) e o BTG Pactual em terceiro, com a distribuição de R$ 6,9 bilhões de operações de renda fixa (14,7%).

O ranking de captações externas traz em segundo lugar o Banco do Brasil como a instituição que mais atuou como líder e colíder nas emissões feitas por empresas brasileiras, participando de US$ 26,1 bilhões de emissões, seguido pelo Citigroup, com US$ 22,5 bilhões de operações externas.

Em operações de renda variável, o ranking de originação de 2012 da Anbima é ocupado pelo BTG Pactual, com R$ 1,6 bilhão, seguido pelo Bradesco BBI (R$ 1,59 bilhão) e pelo BB (R$ 1,48 bilhão). O ranking de distribuição de renda variável do ano passado tem como líder o BTG Pactual, com R$ 3,5 bilhões, seguido pelo Itaú BBA (R$ 1,54 bilhão) e pelo Bradesco BBI (R$ 1,38 bilhão).

O presidente do Goldman Sachs no Brasil, Paulo Leme, disse que o viés para o cenário global no próximo ano é negativo e que, por esse motivo, discorda da opinião do mercado financeiro de que as taxas de juro podem subir. "A Selic será mantida no nível atual de 7,25% por muito tempo e acho que a curva de juro deveria estar muito mais achatada", do que se encontra atualmente, disse Leme, durante o 4ºSeminário de Private Banking da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), realizado nesta quarta-feira em São Paulo.

Leme abriu sua apresentação destacando que o mundo passa por uma daquelas crises que ocorrem a cada 50 anos a 100 anos, nas quais momentos de melhora são interpretados com um enganoso otimismo. O chairman do Goldman Sachs disse que os mercados financeiros passam por um processo de desalavancagem doloroso, no qual todos devem estar preparados para muita incerteza e pouco retorno.

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Segundo Leme, o cenário externo trará um desafio extraordinário para o Brasil, que se beneficiou do ciclo positivo, o que provocará volatilidade nos mercados, nos ciclos dos negócios e pressão pela valorização do real.

Sua estimativa é de que o dólar fique entre R$ 2,00 e R$ 2,10, acrescentando, "não ser uma visão importante", dado que projeção essa pode "ser descartada de acordo com o comportamento do mercado externo. Ele também citou que não há riscos imediatos de inflação no Brasil, que deve ficar entre 5% e 6,5% nos próximos meses, de acordo com sua estimativa.

O executivo disse ainda que, se por algum motivo houver uma mudança "tremenda" na direção da economia mundial, para melhor, o efeito deve ser enorme na atividade econômica brasileira e aumentará a pressão sobre o governo, que não conta com o câmbio como instrumento para atingir suas metas de inflação e crescimento. Leme espera que o crescimento mundial fique entre 2% e 2,5% em médio por ano nos próximos anos, enquanto a China deve registrar expansão de 7,5% até 8%, disse.

Não está no plano do Tesouro Nacional no momento fazer emissões que não sejam em real e dólar, comentou o Subsecretário da Dívida Pública do Tesouro, Paulo Valle. "Nosso objetivo é ter real e dólar com bastante liquidez, porque o investidor estrangeiro pode comprar o título em dólar e 'swapar' para a moeda que queira", destacou.

De acordo com Valle, a ação do Tesouro segue uma estratégia clara, que é a de emitir títulos em dólares de 10 e 30 anos e em reais de 10 anos, com perspectiva de alongamento desse prazo ao longo do tempo. "Provavelmente faremos uma reabertura do título de 10 anos (em dólar). Em algum momento, vamos criar um novo (papel), de 30 anos em dólar".

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Seguro ele, o caixa externo do governo está em condições "confortáveis", pois já "pre-financiou" a dívida externa para os próximos dois anos e tem US$ 378 bilhões em reservas internacionais. Valle afirmou ainda que o movimento de redução dos juros pelo Banco Central, que cortou a taxa básica de 12,50% ao ano para 7,5% ao ano e fez com que a taxa de juro real atinja o patamar de 2%, estimula investidores a trocarem títulos da dívida pública do tipo NTN-B com prazo de maturação mais curta por papéis mais longos. "Acredito que isso é uma tendência, pois com a queda da taxa de juros havia um movimento geral no mercado de alongamento e o leilão de NTN-B é uma boa maneira para alongar", destacou.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, disse nesta quarta-feira que a conta de liquidação intradia entre instituições financeiras e não financeiras, que está em operação desde o segundo semestre de 2011, aumenta a capacidade de operações envolvendo ativos entre tais partes. "O redesconto intradia é muito importante porque propicia a instituições não bancárias capacidade operativa maior. E isso torna o mercado mais líquido e transparente", afirmou.

"A conta de liquidação traz benefício a todos os componentes do sistema financeiro. Isso provoca maior eficiência, menor custo e preço", ponderou o diretor do BC. De acordo com Aldo Mendes, o Banco Central está estudando a possibilidade de ampliar o escopo de ação do redesconto intradia para operações overnight. "O STR é como um organismo vivo que precisa ser aperfeiçoado", disse, referindo-se ao Sistema de Transferência de Reservas.

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"Depois que foi introduzido o redesconto intradia o número de operações e volume de recursos cresceu três vezes", disse Aldo Mendes. "O giro de volume de recursos é de R$ 1 trilhão, cifra que é significativa. Há um total de 30 instituições que operam e já solicitaram permissão para operar no redesconto intradia", acrescentou. Os comentários do diretor do BC foram feitos na abertura do Seminário Anbima Conta de Liquidação e Compromissada Intradia, que está sendo realizado em São Paulo.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, destacou que dois estudos divulgados recentemente pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Mundial ratificam as boas condições macroeconômicas e financeiras do País. "Relatório do FMI mostrou que o Brasil está muito bem preparado para adversidades", comentou, referindo-se à resiliência da economia interna em meio à grave crise internacional, iniciada em 2007. "Condições econômicas são favoráveis para convergência da inflação à meta", disse.

"O sistema financeiro nacional é resistente a choques externos", destacou Mendes. "A supervisão do sistema financeiro é forte e preventiva, uma das melhores do G-20", comentou, fazendo uma menção ao trabalho regulatório do BC no Brasil. "Temos uma rede de proteção financeira que se mostrou eficiente durante a crise. Além disso, temos um saudável processo de inclusão financeira no Brasil, destacou relatório do Banco Mundial." O diretor do BC fez os comentários durante solenidade de posse da nova diretoria da Associação Brasileira dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em São Paulo.

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Sobre a entidade, Mendes afirmou que a Anbima mantém um canal de comunicação "franco e aberto" com a autoridade monetária, o que tem sido importante para o desenvolvimento do mercado financeiro do País. "A política da Anbima de autorregulação é complementar à ação do BC", disse, referindo-se à atuação da instituição oficial na supervisão e fiscalização do setor no Brasil.

Os fundos de previdência foram, pelo segundo mês consecutivo, destaque de captação na indústria ao levantarem R$ 1,8 bilhão em julho deste ano, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), adiantados na última sexta-feira pela Agência Estado. Nos sete primeiros meses de 2012, a categoria acumula captação líquida de R$ 17,2 bilhões.

Já a indústria de fundos seguiu na contramão em julho, ao contabilizar resgates líquidos de R$ 4,7 bilhões em julho, sendo R$ 3 bilhões em apenas um fundo da categoria de direitos creditórios (FIDC).

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No acumulado de 2012 até julho, a captação líquida da indústria de fundos está em R$ 72,6 bilhões, a maior da série histórica, iniciada em 2002. As categorias renda fixa (R$ 20,8 bilhões) e referenciado DI (R$ 18,6 bilhões) seguem como líderes em captação líquida, sendo esta última concentrada em um único fundo do segmento Corporate.

Em julho, segundo a Anbima, o bom desempenho de segmentos do mercado capturado pelo Ibovespa e pelo Índice de Mercado Anbima-Geral (IMA-Geral) e seus componentes influenciou de maneira positiva o retorno dos principais tipos de fundos de investimento. O destaque ficou para a modalidade ações small caps, que investem em ações de empresas com pequeno valor de mercado, que registrou a maior alta, de 3,80%, em julho.

Nas categorias renda fixa e multimercados, os tipos renda fixa índices e multimercados macro voltaram a se destacar, com ganhos de 2,45% e 2,28%, respectivamente. "Esses fundos também continuam apresentando os maiores retornos da indústria em 12 meses, superados apenas pelo tipo Cambial, cujo retorno foi de 32,73%", destaca a Anbima, em seu boletim mensal.

As emissões em renda variável - via ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) ou subsequentes (follow on) - devem retomar o "caminho do crescimento" no segundo semestre. A previsão é do diretor da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Marcio Guedes. "A conjuntura internacional adversa em alguma hora vai ter que acabar e no Brasil não há questões conjunturais ruins que afastem o investidor", declarou. O diretor não quis, no entanto, mencionar uma projeção de quantas operações podem ser realizadas até o final do ano.

De acordo com dados da Anbima, no primeiro semestre o volume captado no mercado de ações totalizou R$ 8,630 bilhões, queda de 45% ante os R$ 15,681 bilhões do mesmo período de 2011. "Mais ofertas só não foram realizadas por discordâncias de preços. O emissor quer um valor superior do que o investidor quer pagar. Mas já há discussões para equilibrar as remunerações. Também a urgência da necessidade desse capital pode fazer com que a empresa acelere sua emissão", explicou.

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Hoje, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), há seis ofertas em análise, entre iniciais e subsequentes, pela autarquia. "Acreditamos que existam mais do que essas seis empresas que querem acessar o mercado de capitais de renda variável. Esse mercado opera em janelas de oportunidade. Então, o que as instituições que participam dessas operações têm feito é dizer para essas empresas se prepararem, porque assim que a janela abrir o processo tem que ser feito o mais rápido possível", declarou Guedes.

Segundo ele, companhias dos setores de educação, varejo, saúde, ou seja, mais voltados ao mercado nacional, são as que têm mais potencial de acessar o mercado de renda variável. Ele, no entanto, não arrisca se serão mais IPOs ou operações de follow on. "O que a gente sente é que o investidor está mais reticente em 'comprar' projetos, até pelos processos burocráticos, como obtenção de licenças, por exemplo. Portanto, operações do setor de óleo e gás serão mais difíceis de ter demanda. Os investidores estão querendo mais empresas que mostrem que têm potencial de crescimento", completou a diretora da Anbima, Carolina Lacerda.

CRIs

Para Guedes, a recente desaceleração do crescimento do setor imobiliário deverá influenciar a emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), pois o lastro desses títulos geralmente são recebíveis e estoques de empresas do setor. "Hoje, o setor está menos aquecido, você tem uma oferta grande, mas uma demanda mais fraca. Então as empresas estão buscando menos recursos com CRIs", disse o executivo.

No primeiro semestre, conforme a Anbima, o volume desses certificados totalizou R$ 3,345 bilhões, queda de 49,2% ante os R$ 6,578 bilhões de janeiro a junho do ano passado. "A base de comparação é forte. Então, ante 2011 vamos ver quedas. Mas o ritmo do primeiro semestre deve ser mantido no restante do ano, ou seja, o ritmo dessas operações deverá ser estável", disse, ressaltando que as empresas desse setor, embora estejam crescendo menos, estão "saudáveis".

Em junho, mês no qual o Ibovespa registrou sua quarta queda consecutiva do ano, os fundos de ações foram destaque, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A maior alta da indústria de fundos foi registrada pelo tipo "ações dividendos", de 3,06% no mês e de 10,93% no primeiro semestre.

Outras modalidades de fundos com variação positiva foram "sustentabilidade e governança" e "Ibovespa ativo", com crescimento de 2,74% e 1,81% no mês de junho respectivamente. No semestre, as altas foram respectivamente de 7,11% e 1,75%.

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O tipo "renda fixa índices" fechou o mês passado com recuo de 0,8%, mas ainda acumula alta na primeira metade do ano, de 10,43%.

O setor de fundos encerrou junho com saldo positivo de R$ 2,9 bilhões, impulsionado pela captação líquida de R$ 3 bilhões na categoria previdência e de R$ 1,7 bilhão na modalidade ações.

As taxas de administração dos fundos de investimento caíram em maio, de acordo com levantamento da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A redução ocorreu, sobretudo, nos fundos DI e renda fixa voltados para o varejo, com baixa aplicação inicial.

Para fundos DI com aplicação mínima menor que R$ 1 mil, a taxa média caiu de 3,42% ao ano em abril para 3,33% em maio. Entre R$ 1 mil e R$ 10 mil, as taxas diminuíram de 2,01% para 1,84% no mesmo período.

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Nos fundos DI para grandes investidores, que exigem investimento inicial maior, as taxas subiram. Para investimento inicial entre R$ 200 mil e R$ 500 mil, a taxa média avançou de 0,61% para 0,66%. Na média geral da categoria DI, a taxa de administração fechou maio em 1,28%, ante 1,29% em abril e 1,32% em maio do ano passado.

Nos fundos de renda fixa, ocorreu queda semelhante. Para as carteiras com aplicação inicial abaixo de R$ 1 mil, por exemplo, a taxa média caiu de 2,81% ao ano para 2,65%.

A Anbima destaca que em maio, seis fundos DI e três fundos de renda fixa registraram queda nas taxas de administração. No mesmo período, nove DIs e 15 fundos de renda fixa tiveram a aplicação mínima reduzida. Como muitos cortes feitos pelos bancos em maio começaram a valer a partir de junho, a Anbima prevê nova redução das taxas no mês passado.

A redução das taxas e da aplicação inicial nos fundos foi uma forma encontrada pelas gestoras de recursos para não perder aplicadores para a poupança, em meio à queda da Selic. Como a poupança não tem taxa de administração nem Imposto de Renda passou a render mais que fundos com taxas elevadas.

Esse movimento no setor de fundos começou com a Caixa Econômica Federal, que baixou as taxas de administração e ainda cortou a aplicação inicial para R$ 10 em algumas carteiras. Em seguida, o Banco do Brasil diminuiu a aplicação inicial em dois fundos de renda fixa para R$ 1. O movimento dos bancos públicos foi acompanhado por instituições privadas, como Bradesco e Santander.

Os fundos de curto prazo, com menor nível de risco, lideraram o ranking de captação do setor na primeira quinzena de junho ao levantarem cerca de R$ 7 bilhões, conforme os números preliminares da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A rentabilidade da categoria no período de referência foi idêntica à do CDI, de 0,32%. No acumulado de 2012, esses fundos somam captações líquidas de R$ 14,4 bilhões, conforme a entidade.

Na outra extremidade, os multimercados foram a única categoria a figurar no terreno negativo na primeira quinzena de junho ao registrarem saques líquidos de mais de R$ 1 bilhão. Em 2012, porém, a categoria acumula captações líquidas de R$ 6,2 bilhões.

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No ranking de rentabilidade, a modalidade multimercados trading liderou, com retorno de 0,27% até o dia 15 de junho. Na lanterna, os multimercados estratégia específica tiveram perda de 0,17% no período de referência.

Já os fundos DI tiveram captação líquida de R$ 1,9 bilhão nos 15 primeiros dias de junho e quase R$ 20 bilhões no acumulado deste ano. A rentabilidade foi de 0,33% na primeira quinzena de junho.

Destaque de captação também para os fundos de previdência, que levantaram R$ 1,5 bilhão no período de referência. No acumulado de 2012 até a última sexta-feira (15), a categoria soma captações líquidas de R$ 13,8 bilhões.

A categoria de renda fixa teve captação líquida de R$ 760 milhões na primeira quinzena de junho, com rentabilidade de 0,23% ante 0,32% do CDI. Em 2012 esses fundos já levantaram R$ 25 bilhões.

Fundos de ações levantaram R$ 522,24 milhões na primeira quinzena de junho. Em termos de rentabilidade, fundos de ações Ibovespa Indexado renderam 2,82%, o melhor retorno da categoria, porém, inferior à rentabilidade da Bovespa no período, de 3,08%. No acumulado deste ano até 15 de junho, os fundos de ações somam captação líquida de R$ 838,34 milhões.

A indústria de fundos já levantou R$ 10,6 bilhões em junho, segundo a Anbima, cifra que recua para R$ 8,2 bilhões considerando o saldo dos fundos estruturados, que incluem fundos de private equity, imobiliários e Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs).

O Itaú BBA foi líder no número de fusões e aquisições anunciadas no primeiro trimestre de 2012, conforme ranking da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O banco de investimento também foi responsável pelo maior montante divulgado no período, de R$ 7,7 bilhões.

Em seguida, veio o Goldman Sachs, com R$ 4,7 bilhões em operações anunciadas. Bradesco BBI e Banco Votorantim ocuparam o segundo e terceiro lugares, com R$ 3,6 bilhões e R$ 2,1 bilhões, respectivamente.

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No ranking de negócios anunciados, Bradesco BBI, BR Partners, Vinci, G5 Evercore dividiram a segunda classificação ao intermediarem três negócios cada. Quando considerado o volume de operações fechadas no primeiro trimestre deste ano, de acordo com a Anbima, o JP Morgan ocupou o primeiro lugar ao assessorar duas transações que totalizaram R$ 9,4 bilhões. G5 Evercore e Vinci intermediaram três negócios fechados de janeiro a março, respondendo pela segunda posição no ranking da Anbima.

O presidente da Anbima, Marcelo Giufrida, afirmou que a entidade está conversando com o governo para que seja criado um Fundo de Apoio à Liquidez (FAL), com o objetivo de estimular o mercado secundário de renda fixa. O FAL funcionaria como um "market maker", que teria recursos originais do BNDES e de depósitos compulsórios dos bancos que estão no Banco Central. A Anbima quer que este fundo de liquidez trabalhe apenas com títulos emitidos no Novo Mercado de Renda Fixa. Ele fez os comentários em seminário promovido pela Febraban e pelo BNDES.

A Anbima trabalha com a meta de que o FAL passaria a funcionar no final deste ano ou no início de 2012. A gestão deste fundo seria privada. Tanto a direção da Anbima quanto o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, dizem que a criação de um market maker no mercado secundário de renda fixa será muito importante para ampliar de forma substancial os investimentos em títulos em projetos de longo prazo de infraestrutura e logística no Brasil.

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O presidente da Anbima, Marcelo Giufrida, afirmou que está perto de R$ 2,5 trilhões o total de ativos de investidores institucionais no Brasil, que envolve aplicações tanto em renda fixa como variável.

Segundo ele, para que o Brasil avance nos investimentos de longo prazo seria importante que diminuísse a participação relativa dos financiamentos do setor pelo BNDES e aumentasse a atuação dos agentes privados.

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Em 2010, de acordo com o vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Carlos Ferraz, a instituição foi responsável por 28% do funding de projetos industriais e de infraestrutura de longa maturação no País.

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