A marca de luxo Louis Vuitton decidiu apagar as referências a Michael Jackson de sua coleção apresentada em janeiro, após as acusações de pedofilia reunidas no documentário sobre o rei do pop.
Em nota divulgada na quinta-feira no site Women's Wear Daily (WWD), a bíblia da moda, a Louis Vuitton declarou que não vai comercializar mais nenhum produto que "comporte referências diretas a Michael Jackson".
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A coleção outono-inverno desenhada por seu diretor artístico Virgil Abloh foi dedicada ao cantor. Como convite para o desfile em Paris, o americano havia enviado uma luva coberta de paetês, como as que o artista usava.
Abloh havia escrito uma longa homenagem ao cantor, "ícone de sua infância e de sua vida adulta", um garoto que "cresceu nos bairros pobres de Indiana, que se tornou símbolo da unidade planetária".
Entre as referências a Jackson na coleção, destaca uma versão da lendária jaqueta que Michael usou no vídeo de "Beat it".
"Estou consciente de que, à luz do documentário, o desfile provoca reações emotivas", disse Abloh ao WWD. "Condeno firmemente toda forma de abuso, violência, ou violação dos direitos humanos das crianças", frisou.
Divulgado em março pela emissora americana HBO, o documentário dá voz a dois homens que garantem terem sido, durante anos, vítimas de abusos sexuais por parte de Michael Jackson, quando eram menores.
Este documentário foi divulgado uma década depois da morte do cantor, sobre quem já haviam pesado acusações desse tipo. Rádios de países como Canadá, Austrália e Nova Zelândia decidiram deixar de tocar suas músicas.